Opinião

Opiniao 02 11 2016 3194

Em busca de uma educação de qualidade  – Sebastião Pereira do Nascimento*Em todos os anunciados relativos à educação no Brasil, sempre considera-se a mesma retórica onde, lamentavelmente, condizem com uma educação em desalinho, motivada pela falta de compromisso do poder público e da sociedade. E na medida em que se aprofunda nessa temática, os exemplos também são sempre tacanhos e vergonhosos, evidenciando a grande despreocupação desses setores no que diz respeito à educação no país. Por outro lado, é factível considerar que existem alguns exemplos bons de educação no Brasil, onde se faz realmente um satisfatório ensinamento. Considerando isso e, sobretudo, a existências de bons educadores no país, há sempre uma expectativa desejosa de melhorar a qualidade da nossa educação. Sendo uma possibilidade exequível, a ampliação dos bons exemplos de educação atrelados a um sério comprometimento do poder público e da precisa participação da sociedade civil, uma vez que fazer educação não é um processo intelectual, e sim um processo de envolvimento, assim como apregoa o educador estadunidense Myles Horton. Outro aspecto que deve ser considerado concomitantemente é a inteira participação dos entes envolvidos no processo de organização curricular, fazendo com que não seja uma questão política, mas sim uma questão exclusivamente educacional. Diante dessa construção, os bons exemplos funcionariam como potência motriz, impulsionando os primeiros passos em busca de uma boa educação. Todavia, para proceder aos passos iniciais desse novo caminhar é preciso antes de tudo uma desaceleração do autoritarismo e da hipocrisia, no sentido de admitir os reais problemas concernentes à educação brasileira, por exemplo, a ausência de bons materiais didáticos, a precária infraestrutura das escolas, a desvalorização dos professores, a incompetência de gestores escolares, o distanciamento entre família/escola, a má qualificação dos professores, o plano pedagógico desvinculado das realidades regionais, entre outros problemas. Assim, dentro do que imaginamos como solução para uma boa educação, seria no primeiro momento a aceitação dos problemas e, a posteriori as tomadas de decisões correta para uma educação de qualidade como sempre mencionou o educador Paulo Freire. Pois, resolvendo os problemas cruciais teremos então uma educação competente, pautada em diretrizes consistentes e capazes de oferecer uma resposta positiva para todo o sistema educacional no país, desde o ensino fundamental, passando pelo ensino médio e superior, até a consolidação da formação continuada.    A partir dessa contextualização, percebemos também ser isso uma educação auxiliada pela filosofia, onde a práxis humana já passa ser uma escolha filosófica a partir da interiorização que envolve o próprio aprendizado. Isso leva ratificar a frase do professor Sílvio Gallo, onde falando da consciência humana expõe que “nós nos percebemos como seres conscientes na medida em que nós percebemos o mundo e sabemos que nós não somos o mundo…”.    Ainda no campo da filosofia podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando Paulo Freire quando ele se refere que a educação é uma resposta da finitude da infinitude. Ela é possível para o homem porque este é inacabado e sabe-se inacabado. Isto leva-o à sua perfeição. A educação, portanto, implica em busca realizada por um sujeito que é homem. O qual deve ser o sujeito de sua própria educação. Pois, não pode ser objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém. No contexto da busca da educação pelo homem, Paulo Freire complementa ainda que “a busca deve ser algo e deve traduzir-se em ser mais”. Sendo, portanto, “uma busca permanente de si mesmo. Um mais além de si, capaz de captar sua realidade, de conhecê-la para transformá-lo”. Como aporte curricular, é notório que a filosofia traz grande contribuição para educação, no momento em que faz reflexões sobre o conhecimento, fazendo um diálogo com os saberes do dia a dia dos professores interagindo com os alunos nas aulas formais e não formais. Nesse processo de instruir, ocorre a produção do conhecimento realizada pelo professor, que ao mesmo tempo age dinamizando sua práxis para que ocorra com eficiência o processo ensino aprendizagem para a vida pessoal e profissional do sujeito educando.Assim, a filosofia no contexto educacional, contribui para evidenciar a ideia de que o ser humano não se encontra limitado a sua própria experiência pessoal ou mesmo as suas próprias reflexões. Ao contrário, o homem só se aprofunda e se apropria de conhecimento ou de múltiplas experiências mediante as relações que se interpõem com outros sujeitos. Assim, acredito ainda que a interação social na educação é base do ensino aprendizagem, onde a filosofia sai do seu recôncavo conceitual e passa ser coadjuvante das ideias e das experiências compartilhadas, possibilitando a multiplicidade e o desenvolvimento intelectual do homem.

*Filósofo – [email protected]—————————————–Por que não? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quem não tem sonhos vive agarrado ao presente. (Márcio Moreira Alves)O que você deseja para ser uma pessoa feliz? Se você deseja, seu desejo faz parte dos seus sonhos. Não tente nem continue caminhando pelas veredas da ilusão. Não basta sonhar. O importante é agir com determinação para a realização do sonho. O que você quer não vai cair do céu. Você tem que lutar para conseguir o que realmente quer. Logo, sonhe com determinação. Não se deixe levar pelas divagações. Vejo o que você realmente quer e vá à busca. Nada é impossível para quem acredita no possível.Verifique em que grupo você está. Se está na turma dos perdedores ou na dos vencedores. E você nunca vai ser um vencedor enquanto ficar marcando passo sobre o mesmo terreno. Nem os recrutas fazem mais isso. Não desista nunca dos seus projetos. As dificuldades encontradas pelos caminhos fazem parte do amadurecimento. E você nunca vai amadurecer enquanto ficar agarrado ao presente. Viva cada momento do presente, mas sem ficar agarrado a ele. Embora você não acredite cada minuto depois do minuto presente é considerado futuro. É nele que você vai usar a experiência que conseguiu com os erros ou acertos do minuto passado. Porque a vida é assim mesmo.O tempo está passando mais rapidamente. Segundo a Astrologia Espacial o dia, hoje, não tem mais vinte e quatro horas, embora os relógios não nos indiquem isso. E não nos esqueçamos de que o tempo passa e leva a gente. Vem daí essa correria desenfreada que vivemos na azáfama do nosso dia a dia. E o mais indicado para que não sejamos afetados pela algazarra do tempo corredor é o nosso preparo. E ele está nos nossos sonhos. Então vamos sonhar com maturidade. Mas sonhar. Não podemos ficar agarrados, nem ao presente nem ao passado. Nosso futuro está no futuro. E hoje, amanhã é futuro; e amanhã hoje será ontem. Então vamos viver o hoje. Faça isso e você será feliz. Certamente já falamos do Gothe, por aqui: “A alma humana é como a água: ela vem do céu e volta para o céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e vir”. Porque como seres de origem racional, somos assim mesmo. Vamos e voltamos, tanto de lá pra cá, quanto de cá para lá. Um eterno ir e vir. E se é assim, vamos viver por aqui, o aqui. E o que temos e teremos por aqui, depende do que cultivamos aqui. E tudo depende de nossa capacidade de sonhar para o nosso desenvolvimento. E este está na imunização racional. E esta depende de cada um de nós. Precisamos ser e nos sentirmos donos de nós mesmos. Todo o poder de que necessitamos está dentro de nós mesmos. Ninguém tem poder sobre você. Pense nisso.*[email protected]