Zika desafia o mundo – Dolane Patrícia*
Estamos vivendo em um mundo onde a tecnologia tem se desenvolvido de forma impressionante. No entanto, um mosquito parece desafiar a ciência em todo o planeta. O mosquito Aedes aegypti, no Brasil, é o transmissor do vírus conhecido como Zika. O mesmo inseto transmissor da dengue, da febre amarela e da chicungunha. Existem porém outros como aedes albopictus, africanus,apicoargenteus, furcifer, luteocephalus e vitattus.
O vírus Zika foi descoberto há mais de 60 anos e se tornou um desafio para os cientistas. O nome do lugar onde foram infectados os primeiros macacos, deram origem ao nome: Floresta Zika, em Uganda.
É um microrganismo que, nunca na história, havia provocado uma epidemia tão grave, isso pode ser compreendido pela recente descoberta da sua ligação com os casos de microcefalia em todo país. O infectologista Dr. Eurico de Arruda Neto, membro do Comitê Científico de Virologia da SBI, explica que o vírus se espalha por não respeitar fronteira.
Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia – SBI, “somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nigéria. Porém, em 2007, deixou o continente africano e asiático, gerando um surto na Oceania – acometendo 75% da população das Ilhas Yap, Micronésia. A França teve 55 mil infectados em um período de três meses, sendo o único país da Europa que enfrentou o vírus, no ano de 2013.”
“O Zika vírus foi isolado pela primeira vez a partir de um macaco Rhesus (Macaca mulata) da floresta de Zika, em Uganda, em meados da década de 40, e em humanos ele foi isolado no final dos anos 60 na Nigéria. Desde então, o vírus se espalhou para várias partes do continente africano, além de chegar até a Europa, Ásia e Oceania.” SBI
A correlação entre os casos de infecção por vírus zika e o aumento de casos de microcefalia é grande no Brasil, e cientistas trabalham já assumindo que um fenômeno é causa do outro. O mecanismo biológico por trás dessa relação, porém, ainda desafia os pesquisadores do ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), da USP, que desde o mês passado trabalham em esquema de força-tarefa para estudar o vírus.
A revista Exame informa que a doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil durante a Copa do Mundo, essa informação também pode ser encontrada em várias outras fontes de pesquisa.
“O vírus não é tão forte quanto o da dengue ou da chikungunya e os pacientes apresentam um quadro alérgico”. Os sintomas, porém, são parecidos com os das doenças “primas”: febre, dores e manchas no corpo. Quem é infectado pelo zika também pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite.
Segundo a revista Exame, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a relação entre a infecção pelo zika vírus e os casos de bebês que nasceram com microcefalia, resultado do desenvolvimento anormal do cérebro durante a gestação. Ela pode causar retardo mental em 90% dos casos. EXAME
De acordo com uma reportagem do G1, “o vírus foi identificado em terras brasileiras por dois pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia depois que uma doença misteriosa começou a preocupar a população de Salvador e região metropolitana.
O Ministério da saúde alerta que a principal ação de combate ao mosquito, é evitar sua reprodução. O Aedes aegypti se prolifera nos locais onde se acumula água. Por isso, é importante não deixar recipientes expostos à chuva, além de tampar caixas d’agua e piscina. Recomenda-se também a instalação de telas de proteção em janelas e portas e o uso de repelentes.
“Estamos enfrentando talvez um dos maiores desafios de saúde pública ao longo dessas últimas décadas. Diria deste século”, é o que garante Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, que afirmou também que o cenário epidêmico de agora da zika guarda muitas semelhanças com o advento da aids no mundo. Principalmente pela dificuldade de decifrar o vírus, como foi com o HIV.
Há um ano, a zika não era nem sequer citada com relevância. Agora, mundialmente, a doença já é registrada em 23 países e serão 4,5 milhões de casos nas Américas em 2016, segundo a Organização Mundial da Saúde. O POVO
O site mundoeducação.bol.uol.com.br, alerta que o vírus é transmitido, principalmente, pela picada de mosquitos do gênero Aedes, mas há indícios de que a contaminação possa ocorrer também por relações sexuais e de forma perinatal (da mãe para o bebê).
O tratamento da febre Zika é sintomático, ou seja, preocupa-se apenas em aliviar os sintomas da doença. A doença cura-se sozinha em aproximadamente 12 dias e não apresenta complicações.
Para os especialistas, o país apresenta condições ideais para uma proliferação ainda maior do vírus do que a registrada até agora. O principal fator é a resistência do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença, e que voltou a infestar centros urbanos no Brasil depois de duas vezes erradicado nas últimas décadas. É o que afirma o site www.bbc.com.br.
“Desconhecemos sua ciência básica e, por isso, não temos nem o número exato de casos no país. Infecções virais sempre foram graves para a existência humana e essa tem se mostrado um enorme desafio para os especialistas”, diz Jean Pierre Peron, professor do Departamento de Imunologia da Universidade de São Paulo (USP).
“O único jeito de combater esse vírus catastrófico é desenvolver uma vacina e, para isso, precisamos de toda a colaboração possível. Estamos atrasados na ciência mais elementar e precisamos dela para descobrir todas as artimanhas do zika”, afirma Timerman.
Por fim, há a luta contra o mosquito Aedes aegypti e contra seus focos de reprodução. Se houver uma consciência de que é necessário lutar contra a reprodução do mosquito, venceremos a batalha.
No entanto, o Ministério da saúde tem um papel extremamente relevante no combate ao mosquito e na solução dos problemas de microcefalia. A Saúde é prioridade, uma garantia constitucional. É necessário mais investimento nas pesquisas.
Não pode um mosquito vencer a guerra, a não ser que o mundo não desperte para a necessidade de colocar a saúde das pessoas em primeiro lugar.
Segundo a Veja, as infecções são dramáticas até que a ciência mapeie o mecanismo de ação do vírus, e os cientistas pouco sabem sobre o zica.
Todos se veem agora diante desse desafio. Agora é preciso investir na ciência pois, como diz Albert Einstein: “Toda a nossa ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil – e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos.
*Advogada, juíza arbitral, Personalidade Brasileira. Twitter: @DolanePatricia_ You Tube: DOLANE PATRICIA RR. #dolanepatricia FACEBOOK Dra Dolane Patrícia
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Memória falha – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“No Brasil, a cada 15 anos todos esquecem o que aconteceu nos últimos 15 anos”. (Ivan Lessa)
É como se a cada quinze anos começássemos tudo de novo, como se renascêssemos de um novo dilúvio. Pelo que estou vendo no caminhar molengo, corremos o perigo de dar uma parada no tempo. Não sabemos mais distinguir o distinto. Mas estou contando com você. Você sabe o quanto me preocupo, não só com o andar do desenvolvimento, mas com a parada, quase permanente dos que deveriam caminhar; que somos nós.
O Canuto Mendes de Almeida tem um pensamento formidável, que nos leva a tal reflexão: “Boa memória tem quem lembra do que tem que lembrar, e esquece do que tem que esquecer. Má memória tem quem se esquece do que tem de lembrar, e lembra o que tem que esquecer”. Se se prestar bem atenção se verá que é assim que vivemos, como seres humanos. E porque esquecemos o passado não vivemos o presente como ele deve ser vivido. Nem sempre nos tocamos para as diferenças entre lembrar o passado e viver no passado. Lembranças do passado às vezes nos fazem lembrar erros que não devemos cometer no presente, porque eles fazem parte do passado.
Viver feliz é viver a vida como ela deve ser vivida. E nem sempre sabemos como devemos viver para que sejamos felizes. Ontem vínhamos pela Avenida da Liberdade, aqui em Sampa, quando um senhor de idade, com aparência boa, caminhava de muletas, pela calçada. De repente ele cambaleou e caiu sobre a calçada. Dois cidadãos correram em seu auxílio e com dificuldade o levantaram e ele pareceu seguro. Perguntado se estava bem ele disse que apenas sofrera uma tontura. Mas o estranho foi o comportamento da dona Salete, querendo que fôssemos buscar água para o cidadão e outras coisas. Os “socorristas” ficaram olhando pra ela com as testas franzidas. Fiz um sinal de tudo bem, para eles, eles riram e continuaram cuidando do homem. Saímos e saí sorrindo com o comportamento legal da Salete, mas pensando em como estamos preparados para enfrentar os problemas cotidianos no nosso mundo chamado moderno.
Não é desumano encarar a vida com aparente descaso aos casos aparentemente graves. O importante é que saibamos dar à vida o valor que ela tem. E podemos fazer isso com nossos sentimentos, mas com comportamento condizente com o mundo em que vivemos, sem embarcar na piroga do descaso. Viver a vida como ela deve ser vivida, atualmente, não é fácil, mas é muito simples. Basta que saibamos medir as dimensões do progresso que não haverá se não nos lembrarmos do que devemos nos lembrar do passado. É na medida, que medimos as dimensões do progresso. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR
MATRÍCULAS 1“Vários pais de alunos matriculados na rede municipal de ensino de Boa Vista estão enfrentando problemas para matricular ou transferir seus filhos nas escolas da rede municipal de ensino. Forneceram um número telefônico (0800 280 35 36) para resolver tais ações, mas o telefone não atende de jeito nenhum. Já venho tentando há vários dias e não consigo, sequer, completar a ligação para transferir meu filho de uma escola para outra. A criança está perdendo aula por não conseguir ligação. A informação que nos repassaram na Secretaria Municipal de Educação é para continuar tentando que as ligações serão completadas”, escreveu a mãe de um aluno que optou pelo anonimato.
MATRÍCULAS 2Sobre o mesmo assunto, o leitor Evandro Lopes comentou: “Esse sistema não é eficiente, pois, desde o ano passado, já apresentava problemas e, mesmo com tempo hábil, não foi aperfeiçoado pela gestão municipal. Acontece que perdemos tempo tentando ligar para o número de matrículas, quando esta situação poderia ser resolvida de forma ágil, com o comparecimento até a secretaria das escolas municipais”, disse.
INSALUBRIDADEOs servidores concursados da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) encaminharam reclamação sobre o não pagamento por parte do governo estadual da insalubridade, suspenso desde março de 2015. “Solicitamos a inspeção de algum órgão fiscalizador sobre as condições de trabalho aos quais estamos expostos debaixo de uma tenda, com riscos para a nossa saúde. Temos este direito garantido, mas simplesmente o governo estadual, sem motivo algum, deixou de nos pagar”, denunciou um servidor de forma anônima.
ÔNIBUSO estudante Maicon Abreu ([email protected]) enviou o seguinte relato: “Acho válida a implantação do projeto de mobilidade urbana na Capital, mesmo que tardio. Mas, por outro lado, nós, acadêmicos, gostaríamos de lembrar a construção de uma parada de ônibus no final da avenida Ville Roy que irá beneficiar a nós, acadêmicos, e aos funcionários de um shopping, já que ficamos no sol quente, sem nenhuma proteção. Quando começar o inverso, a situação será pior ainda”.