Opinião

OPINIAO 03 04 2015 821

Adote um bueiro  –  Lindomar Neves Bach*
Buscando temas e ideias inovadoras para campanhas que ninguém pensou ainda, me ocorreu, na madrugada, o insight de criar e promover a campanha para adoção dos bueiros pelos cidadãos desse Brasilzão afora. Bem verdade que muitas cidades ficariam de fora porque não existe a preocupação de fazer obras debaixo da terra. Na maioria das cidades, seria uma campanha excludente, haja vista que apenas a parcela mais abastada da população dispõe do referido serviço de saneamento básico. Já em outras seria vital para evitar inundações causadas por aquelas chuvas fortes e repentinas. Quando se impermeabiliza o solo com concreto armado e asfalto, os únicos responsáveis pelo escoamento são os heroicos bueiros.
É uma questão de planejamento. O esgoto e a drenagem das ruas das cidades deveriam ser realizados antes da construção das casas e de obras de urbanismo, como asfalto e calçadas, mas todos nós sabemos que não é bem assim que acontece. Na maioria das vezes é a ultima obra a ser executada, causando o transtorno de quebrar calçadas, asfalto, além de tumultuar ainda mais o transito, já caótico, de algumas capitais.
Quando tudo conspira e a coisa vira realidade, e que o serviço é feito com material de qualidade e dentro das especificações técnicas da engenharia, não é difícil ver o descaso da população pelo benefício conquistado, diga-se de passagem, com preços superfaturados de nossos suados impostos. Os coitados dos bueiros da rua sofrem todo tipo de agressão, desde serem entupidos por lixo largado na rua pelos que mais se beneficiam da sua função, até serem violados para receberem o esgoto doméstico (sacanagem). 
Jogam, sem respeito algum, areia, resto de construção, folhas, sacolas plásticas, bituca de cigarro, papel de bala, preservativos, fraldas e muitos eteceteras. Uma “dieta” terrível para quem só deveria receber agua limpa da chuva.
Então, a campanha se basearia em que cada família com um bueiro pluvial na frente de sua casa cuidaria do mesmo como seu, retirando das imediações qualquer coisa que pudesse obstruir o perfeito escoamento, evitando o acúmulo da água da chuva e suas consequentes tragédias. Evitar-se-iam assim as inundações, a proliferação de doenças como leptospirose, dengue, parasitoses, viroses. 
Essa campanha emplacaria com certeza, a imagem de bueiros seria vinculada a figuras ilustres, viraria febre nas redes sociais. Símbolo de status. Playboys, patricinhas, madames, socialites e candidatos à celebridade postariam selfies ao lado do objeto da referida campanha. Políticos mal intencionados se utilizariam da evidência dos incautos bueiros para se projetar com fins eleitoreiros, chegando a digladiarem pela paternidade da obra. Enfim teríamos bueiros melhor tratados. 
Quem compra a ideia? Porque a realidade é bem diferente e parece que ninguém se importa ou está atento ao abandono dos pobres bueiros.
*Designer gráfico  –  [email protected] 
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O amanhã a Deus pertence  –  Waldecir R. Andrade*
Olho à minha volta e vejo muito preconceito, descaso e uma quase total indiferença da sociedade. Uma tremenda falta de vontade política, em relação a pessoa com deficiência. Podem me chamar de chato, crícrí, pé-no-saco, urubulino e seca pimenteira.
Todavia, a cada dia percebo a fábrica de deficientes muito eficaz; através do trânsito, do mal atendimento nos prontos socorros, das doenças congênitas, dos acidentes de trabalho e etc.
Reclamo sim, pois vejo a falta de preocupação e ineficácia presente neste assunto. Problema este que deveria estar em pauta todos os dias, visto que a cada dia surge mais algumas pessoas com deficiência.
Eu mesmo fui alguém sem deficiência, o qual vivia com “umbigo reluzente”, onde minha vidinha girava em torno de coisas fúteis e bens materiais, falsos amores e falsos amigos. Egoísta em meu mundo, estava alienado em relação as outras pessoas.
Antes da cegueira sentia-me “o cara”, sendo avaliado por minha conta bancaria e analisado de acordo com minhas cilindradas. Em fim, amores e amigos por puro interesse.
Depois da cegueira, comecei a ver o mundo e o ser humano de outra forma. É claro que a princípio, bateu a “autopiedade”, levando-me a completa escuridão, sendo ela, minha maior inimiga; cheguei a depressão e vontade de desistir do mundo.
Mas na “Terapia Corporal”, fazendo com que várias pessoas não sentisse dores através das minhas mãos. A vida começou a ter um brilho diferente no verdadeiro amor ao próximo.
Quebrei e quebro em todos os momentos, diversos preconceitos; vislumbrando um mundo novo. Entendendo que todos, sem exceção temos algum tipo de limitação, visível ou não. Eu consegui meu lugar ao sol, será que se necessário você conseguirá?
Infelizmente qualquer um corre o risco de acordar cego, de ser mutilado no trânsito, ou sofrer algum acidente de trabalho, e mesmo uma doença o fizer entrar no mundo das pessoas com deficiência. Por isto tenha esta consciência que a “pessoa com deficiência” de amanhã, pode ser você.
Não quero com isto te aterrorizar, quero simplesmente esclarecer, o verdadeiro sentido de “ser humano”; onde a empatia deve sobressair a qualquer preconceito, valorizando cada um pelo que ele é como um todo, e não pela deficiência que ele possa ter. Afinal: “Para morrer, basta estar vivo”.
*Terapeuta corporal e conselheiro do Conselho da Pessoa com Deficiência
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Por que ser diferente  –  Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”. (Borb Marley)
Esse pensamento do Bob Marley me encanta. Ontem eu estava procurando um assunto ameno pro nosso papo de hoje, até que ouvi, pela televisão, um dançarino dizer que ser diferente é normal. Foi no programa da Fátima Bernardes. Logo em seguida, o programa apresentou uma garota, linda de viver, com doze anos de idade, e que já faturou vários prêmios no surfe. Não estou sendo preciso porque o que me interessa é o que vi e ouvi durante a apresentação da garota. 
Referindo-se a um surfista campeão, a garota linda disse desembaraçadamente: “… se ele pode, eu posso”. Em momento nenhum a garota linda mostrou querer ser igual ao surfista. O que ela expressou na sua maravilhosa beleza de expressão, foi que cada um de nós tem o poder de ser superior. E é por isso que os vencedores são diferentes, e por isso, normais.
Não procure ser igual a alguém. Seja sempre diferente, sem ser diferente. Victor Hugo já disse, faz muito tempo: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Nossa superioridade está no que fazemos como deve ser feito. Swami Vivecananda também disse: “Não se julga o valor de um homem pela tarefa que ele executa e sim pela maneira de ele executá-la”. Não somos o que pensamos que somos, mas pelo que somos de acordo com o que pensamos de nós mesmos. Quando achamos que não somos capazes, não chegamos a lugar nenhum. Não somos mais do que meras crisálidas que não conseguem chegar a borboletas. 
Estamos mergulhando no marasmo de mais um fim de semana prolongado sem nada na racionalidade que o explique. Mas não podemos mudar sem mudar o mundo. E como isso não vai ser possível, vamos aproveitar o sossego. Aproveite da melhor maneira que você puder aproveitar. Descanse e leia alguma coisa agradável, divirta-se sadiamente e valorize-se. Amanhã, com certeza, conversaremos sobre o nosso dia a dia que está ficando cada vez mais cansativo. Mas isso faz com que reflitamos mais, sobre nossa tarefa no aprimoramento do mundo no nosso futuro. Mantenha, durante o feriadão prolongado, seus pensamentos no nível mais superior da racionalidade que é a simplicidade. Uma pessoa superior é sempre uma pessoa simples. Porque é aí que reside a superioridade. Não tente se fazer presente com exibicionismo. Sua presença será sempre notada com a sua simplicidade. Reflita sobre isso no seu feriado. Faça dele um momento propício à reflexão madura sobre o que você quer da vida, na vida. Ninguém deve dirigir sua vida a não ser você mesmo. Pense nisso. 
*Articulista – [email protected] –  99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR
BANCOS
O leitor Adelmar Noronha afirmou que a situação dos Correios no Município de São João da Baliza é crítica. “Este relato serve de apelo, uma vez que já solicitamos, várias vezes, melhorias para este posto de atendimento e nenhuma ação acontece. Desta vez, parece que vão fechar definitivamente o posto e com isso teremos um enorme prejuízo, tanto os comerciantes como os moradores, já que o local funciona como correspondente do Banco Postal, facilitando o envio de mercadoria e o depósito de valores. Esperamos que seja esclarecido este impasse o quanto antes”.
BOLSA FAMÍLIA
Adauto Menezes enviou o seguinte e-mail: “Vejo com tristeza a divulgação de que pessoas que não merecem receber o benefício acabam dando o ‘jeitinho brasileiro’ e conseguem burlar as condicionantes para integrar o programa e, assim, recebem o pagamento de forma indevida. Mas é bom que fatos como este aconteçam e a própria população, através de seu exercício da cidadania, denuncie, já que as informações de quem recebem são claras e estão à disposição dos interessados. Só faltam os pagamentos indevidos serem restituídos para beneficiar quem realmente necessita”.
SANGUE
Marilson Lemos comentou que como doador frequente no Hemocentro, compareceu esta semana para fazer a doação e, conversando com os técnicos, percebeu que muitas pessoas ainda ignoram o quanto é importante doar sangue para salvar uma vida. “Neste período de feriado prolongado que antecede às datas comemorativas, o risco de acidentes triplica e sempre o estoque de bolsas necessita ser reposto. Não custa nada ser solidário e ajudar a salvar uma vida. Um dia poderemos necessitar desta doação”, frisou.
RADAR
O internauta Aluizio Gonçalves chama a atenção do órgão responsável pelo controle e fiscalização da operação dos radares eletrônicos localizados na BR-174 próximos ao Distrito Industrial, na saída para Manaus (AM). “Na semana passada, ao passar pelo trecho da rodovia, percebi que os mesmos já apresentam falha no registro da velocidade. Agora é esperar a multa chegar e contestá-la”, escreveu.