Psicopedagogia por uma Sociedade Aprendente – Luciana Barros de Almeida*A sociedade atual passa por revoluções diversas, incluindo-se os meios de informação, midiáticos e tecnológicos. Todos os dias somos invadidos com novas informações e novas maneiras de absorver e aprender, influenciando diretamente em todos as esferas da vida, desde o pensar, o agir, o ensinar e o aprender. Num momento em que a capacidade de aprender é cada vez mais importante nas interações que estabelecemos e que o conhecimento se torna um recurso social determinante, a escola torna-se ainda mais relevante ao propiciar oportunidades para que os alunos descubram a capacidade que o conhecimento tem de transformar a realidade e resolver problemas e criar outras alternativas possíveis. Essa é a sociedade aprendente.O termo aprendente foi cunhado pela psicopedagoga argentina, Alicia Fernàndez, uma grande influenciadora da psicopedagogia no Brasil. Os conceitos de aprendentes e também de ensinantes não são sinônimos de aluno e professor e sim a posicionamentos subjetivos/objetivos singulares frente ao conhecimento, ultrapassando o âmbito escolar, mas que podem se referir na linguagem cotidiana à função de ensinar e/ou de aprender. Na visão de Alicia, para que seja possível a aprendizagem, é necessário que quem aprende conecte-se mais com seu sujeito ensinante e quem ensina conecte-se mais com o sujeito aprendente, ou seja, aquele que está aprendendo deve poder mostrar suas ideias, opiniões e hipóteses sobre o que está aprendendo, enquanto quem ensina deve reconhecer que o outro, ao mostrar o que sabe, também o ensina.
Esse momento dessa sociedade da informação gerou muitas mudanças sociais que impactam o desenvolvimento de um modo geral, que exigem modificações das escolas em relação à estratégia e, automaticamente, mudanças na família e no ambiente em que vivemos. De que forma os profissionais da educação, sejam eles psicopedagogos, professores, pedagogos ou psicólogos educacionais, podem intervir para favorecer o desenvolvimento dessas crianças e jovens nessa sociedade aprendente? O papel desses profissionais da educação é manterem-se conectados com os novos elementos que o mundo propõe para essa sociedade percebendo e de que forma essas crianças e jovens estão interagindo com esses novos elementos. Esse profissional será o mediador entre esses elementos sociais e a capacidade do sujeito em articular isso, ou seja, buscar o equilíbrio entre o sujeito e o objeto de conhecimento.Estes profissionais que compõem uma equipe multidisciplinar tem diferentes posicionamentos cada um do seu lugar e do seu espaço de saber apropriado precisam assegurar a integralidade do ser aprendente, portanto neste novo contexto da sociedade aprendente, o conhecimento torna-se um imperativo de convivência, por isso hoje é inconcebível reduzir a educação escolar tão somente a conhecimentos acumulados, tem-se a necessidade de avaliar e intervir para e transformar a educação escolar em experiências saudáveis de aprendizagem.Percebe-se que diante da multiplicação dos diferentes modos de conhecimento ainda é premente a cultura da humanização nas relações compartilhadas entre alunos e professores e as novas formas de ensinar e de aprender, além das influências genéticas sobre o sujeito da aprendizagem, considerando-se também o ambiente em que vive. Acompanhar e entender estas mudanças constitui um exercício desafiador e essencial para os diversos profissionais da educação. Por conta disso, esse será o cerne do IV Simpósio Internacional de Psicopedagogia desse ano. Esperamos que novas ideias, pensamentos e experiências possam nos levar para caminhos e visões que contribuam para que a educação progrida e haja crescimento e evolução constantes para alcançarmos uma sociedade melhor.*Presidente do Conselho Nacional da ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia (A ABPp é a instituição que congrega os psicopedagogos brasileiros, desde 1980 e por meio de seus membros realiza nos dias 21 e 22 de outubro de 2016, em São Paulo-SP o IV Simpósio Internacional de Psicopedagogia, mais informações através do site http://www.abppeventos.com.br/)———————————————Assuma – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Se há um idiota no poder, é porque os que o elegeram estão bem representados”. (Barão de Itararé)Há um só caminho a seguir, e ele está entre os dois que seguimos. Estamos indo, uns pela esquerda e outros pela direita. Ou seja, por onde dizem que devemos ir. Ainda não conseguimos enxergar o caminho central. Continuamos na encruzilhada esperando que o sapo nos diga que caminho devemos tomar. Foi assim que a Alice fez. Mas ela vivia uma fantasia diferente da nossa, que somos meros títeres. Mas está na hora de amadurecermos e sermos os cidadãos que devemos ser. E tudo está na política, porque sem ela não seremos cidadãos. E se é assim, devemos assumir a responsabilidade pela política que queremos para nosso desenvolvimento. No início do mês de maio deste ano eu estava no Rio de Janeiro e li, no jornal Folha de São Paulo, esta magnífica frase do Ministro Joaquim Barbosa: “Somos o único caso de democracia que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram”. Roraima está nos dando o maior exemplo disso. E será que estamos acordando para isso? Será que estamos nos conscientizando da nossa responsabilidade nesse desmando moral na nossa política? Será que estamos atentos para o risco que corremos, continuando nesse marasmo moral? Então vamos acordar e fazer nossa parte. E não é gritando nem bagunçando nas ruas que vamos resolver o problema, mas nos educando politicamente.Vamos fazer nossa parte zelando pela nossa dignidade. Nunca iremos corrigir esse absurdo vendendo nosso voto, ou tomando a bênção ao político como se ele fosse nosso superior. Ele está ocupando um cargo superior, porque você o colocou lá. E está sendo pago, por você, para isso. Não se esqueça de que os maus, tanto quanto os bons, na política, foram eleitos por nós. Logo, nós somos os responsáveis, tanto pelos bons trabalhos que eles fazem quanto pelos desmandos, roubos e outras coisas. É verdade que temos bons e respeitáveis políticos. Mas eles não conseguem trabalhar. Os maus políticos não lhes dão chances. Vamos desocupar as escolas, caras. Vocês não vão resolver os problemas, esperneando nem causando prejuízos à sociedade, pelos erros que vocês mesmos estão cometendo, apoiados pelos maus políticos nos seus rendimentos. Você, jovem, comece a lutar pelos seus direitos na Educação. Porque é aí que está todo o valor da cidadania. E não conseguiremos o que queremos sem o protesto silencioso, nas urnas. E só conseguiremos isso quando conseguirmos o voto facultativo para podermos dizer o que realmente queremos. Mas só conseguiremos o facultativo com Educação. Pense nisso.*[email protected]