Desafios para o SUS – Marcelo Castro*Toda sociedade luta pela conquista de direitos e garantias fundamentais. Dentre elas, a saúde está entre as mais lembradas, sendo garantida pelo Sistema Único de Saúde, que completa 27 anos. Esse direito foi reconhecido tardiamente no país, mas, de maneira generosa, garante acesso às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação de maneira universal, integral e igualitária.
A partir da Constituição de 1988, o país abandonou a segmentação da saúde quanto ao modelo de se cuidar das pessoas, passando a vê-la de modo integral, unindo prevenção e cura e incluiu todos, deixando de ser um serviço apenas para o trabalhador contribuinte do regime geral da previdência social.
Ao longo desses anos, saiu do atendimento de 50 milhões de pessoas para 200 milhões, sendo a maior política de justiça social brasileira, sem nunca voltar atrás e contando com participação da sociedade nos conselhos de saúde existentes em todo o país. Todos os governantes respeitaram a Constituição e contaram com dirigentes que promoveram consideráveis avanços.
Um saldo positivo quando se olha para a saúde e sua recente história. Uma conquista realizada por muitas mentes, cérebros e corações. Há no país milhares de pessoas que mensalmente discutem e fiscalizam a saúde nos seus conselhos de saúde, numa verdadeira democracia participativa. São profissionais, estudiosos, especialistas, pesquisadores e acadêmicos que todos os dias lutam pelo sonho de ter no país uma saúde de qualidade.
Atualmente, União, estados e municípios investem cerca R$ 214 bilhões anuais em saúde pública. Sabemos que ainda é insuficiente dado seus altos custos em razão do avanço tecnológico da medicina. Tal situação exige do Estado racionalidade em sua incorporação, pautando-se pelo custo-benefício e evidências científicas.
Com todas as dificuldades, sendo a principal delas o seu subfinanciamento, temos saúde no SAMU, nas UPAS, nos hospitais, nos centos de atenção e controle de câncer, nas unidades básicas, nos laboratórios, no programa de aids, nos centros de atenção psicossocial, na vacinação, na fiscalização e controle de transporte de mercadorias perigosas, de portos, aeroportos, nas ações dos 300 mil agentes de saúde e endemias e em muitos outros espaços e formas.
Isso é força viva da sociedade na garantia da implementação do SUS em constante aperfeiçoamento, ouvindo os seus integrantes institucionais, os municípios e os estados, a população nos conselhos de saúde, o setor privado, o legislativo e agora o judiciário, que tem sido chamado diariamente a mediar questões individuais de saúde. A saúde pública somente se realiza com a participação de todos.
Para avançarmos ainda mais, são temas que importam considerar: financiamento suficiente, atenção básica de qualidade e em todos os municípios do país, gestão regionalizada e eficiente, e relações público e privada em ambiente de segurança jurídica e sanitária. Ainda cabe destacar o desafio da ciência e tecnologia que vise à suficiência das necessidades mais relevantes do SUS e sua capacidade impulsionadora do desenvolvimento nacional e geradora de emprego. As necessidades da rede pública ainda esbarram na necessidade da formação de profissionais de saúde para o modelo SUS e debater a judicialização que precisa ser enfrentada, visando à sua diminuição e por fim a gestão participativa numa verdadeira democracia.
Meu compromisso no Ministério da Saúde é atuar com maior destaque nesses pontos, sem desconsiderar os demais, e trabalhar para dar continuidade a tudo o que vem sendo desenvolvido nesses 27 anos, subindo junto com a sociedade os degraus de sua consolidação para a garantia de um país mais justo. A saúde nos pertence e dela não vamos nos separar.
*Ministro da Saúde—————————————Quem está pianinho – Vera Sábio*Existe uma frase muito correta, a qual revela que dois erros não fazem um acerto. E, pensando nisso, convido a você, leitor, a ser responsável pelo bem que fizer e pelo bem que não fizer.
Infelizmente, ser adulto é isso, não é viver pianinho e muito menos falar o que não se escreve. Afinal, a responsabilidade individual transforma toda a realidade de um povo.
Enquanto não tivermos esta consciência de quanto nosso papel de cidadãos bons de memória ativa contribui para um futuro melhor, nadaremos e nadaremos no seco; pior ainda, dançarão nas cadeiras, no entanto não sairão delas, os políticos que lá estão.
Não podemos dizer que coisas boas não estão acontecendo, pois isto não é verdade. Nunca, antes na história do país, aconteceu uma prisão de um senador em exercício, mas agora aconteceu. E pense o quanto esta mudança pode colaborar em punir os culpados e limpar o país.
No entanto, outra mudança excelente aconteceu em podermos verificar quais senadores votaram a favor de não punir o culpado. E assim, lhes pergunto: será que estes que não querem que culpados sejam punidos merecem nossa consideração?
Gosto muito desta frase, que faz parte de mim: “Mais cego é aquele que não quer ver”. Por tanto, a verdade sempre nos esclarece, nos é gratuitamente oferecida, nos surge como bênção de Deus que com certeza quer o melhor para todos nós.
Todavia, o que precisamos é não vivermos iludidos por promessas eleitoreiras que já estão aparecendo e que logo mais surgirão aos montes, nos tempos das eleições. Sejamos conscientes e atentos para que o bem sobressaia ao mal e possamos reconstruir nossa Pátria amada.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 991687731——————————————-
Você crê na justiça? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A justiça cega para um dos dois lados não é justiça. Cumpre que enxergue por igual à direita e à esquerda”. (Rui Barbosa)É impressionante a número de pessoas que reclamam da justiça. Todos se sentem injustiçados pela justiça. E ela vai perdendo o crédito que sempre mereceu e continuará merecendo; embora não recebendo. É simples pra dedéu.
A justiça é infalível, incomensurável, inatingível e por aí afora. O problema das injustiças praticadas na justiça está no judiciário e não na justiça. Está nos que lidam com a justiça e não nela. Nem sempre os justiceiros veem a justiça pelos dois lados: o da direita e o da esquerda. E novamente a conta do prejuízo cai na conta precária do injustiçado. Aí, inocentemente, ele começa a esbravejar contra a justiça acomodando o justiceiro injusto.
Vamos falar sério? E estou falando sério. Nosso falar, nosso expressar, tudo depende do nosso modo de pensar. E porque ainda não estamos preparados para pensar equilibradamente, continuamos a pôr a cupa em quem não tem culpa. Aí nos misturamos com os maus. E, sem perceber, vamos alimentando os erros para seus praticantes. Deu pra sacar? É simple, mesmo sendo difícil. Mas não aprenderemos a viver se não aprendermos a encarar as dificuldades.
Você nem imagina o quanto você vai se valorizar a partir do dia em que começar a entender e compreender o tamanho do poder que você tem para resolver todos os problemas. Comece por não se sentir inferior a eles. O desmando que estamos vivendo na nossa política é problema nosso. Ninguém, além de nós mesmos, tem o poder de resolver o angu fedorento em que se tornou nossa política. E você faz parte desse gruco chamado de “nós”. Quando nós somos responsáveis pelos culpados, você está no grupo. Reconheça isso e procure fazer sua parte para melhorar, mas com racionalidade, maturidade e conhecimento.
Enquanto ficarmos pondo a culpa na justiça pelos erros do judiciário, não teremos justiça. Os cometedores dos erros continuarão acomodados na nossa ignorância; então vamos sair dela. E a vereda mais curta é aceitar que somos, nós, os responsáveis pelo nosso destino. Ou nos valorizamos ou vamos, vida afora, sofrer os desmandos governamentais cometidos por governantes eleitos por nós. E se a culpa é nossa, não vamos ficar pondo-a na justiça. Faça sua parte amadurecendo. A política não existiria se nós não existíssemos. E a justiça, no judiciário, não existiria sem nosso voto na política. Pense nisso e veja o valor que seu voto tem. Então não o desperdice com irresponsabilidade. Comece a lutar pelo seu voto facultativo. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460 ——————————————ESPAÇO DO LEITORCOMPETITIVIDADE”Boa Vista começa a apontar como uma verdadeira metrópole. E o sinal mais marcante disto é a evolução do comércio local. Com a expansão de shoppings e grandes mercados, o Estado de Roraima passa a ter mais opções de consumo e empregos, o que, na prática, significa, além da maior circulação de riquezas, a possibilidade de um desenvolvimento socioeconômico substancial. É o progresso chegando ao extremo Norte”, comentou o internauta Alex Ribeiro em relação à implantação do novo hipermercado na Capital.ZPESobre a privatização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), o leitor Rudson Leite escreveu: “O importante é que a ZPE saia do papel e torne-se realidade, não importando quem irá administrá-la, e que sua finalidade seja alcançada. Com relação à geração de empregos, está mais do que na hora de serem ofertados empregos de qualidade, uma vez que o que se vê é apenas oferta na área de limpeza de ruas, isso no âmbito municipal”FÉRIASSobre a indefinição sobre o calendário das férias escolares de 2015, entre o Sinter e o governo estadual, Rodrigo Martins Cavalcante fez o seguinte comentário: “A exemplo da direção do Sinter, que repudia a forma como está querendo ser colocado sem antes ter tido uma consulta com os alunos, professores e os pais, que nessa época começam a planejar o período de férias, também não concordo com o calendário que está querendo ser imposto pela secretária Selma Mulinari. Não vamos aceitar como estão querendo e, se persistir esta indefinição, vamos articular um grupo para formalizar um denúncia no MPRR contra esta imposição“.TRÁFICO“A que ponto chegamos. Os traficantes agora estão usando até carinho de crianças para esconder a droga que será comercializada. É um absurdo. Deveria ser dobrada a pena nestes casos pelo fato de manipularem crianças para que sejam escudo deste mal que aflige milhares de família”, comentou a leitora Maria Auxiliadora Vale.