Um outro amor – Walber Aguiar*O amor é como um raio, galopando em desafio, abre fendas, cobre vales, revolta as águas dos rios, quem quiser seguir seu rastro se perderá no caminho, na pureza de um limão ou na solidão de um espinho…DjavanEra agosto. Inverno de insetos e fecundações, de desejos reprimidos e comunhão de afetos, de aventuras conjugais e ilusões necessárias. Ali, entre a sobriedade da dor e a loucura do sentimento, brotou da lama das chuvas, a intensa vontade de partilhar, de criar vínculos, de entender a felicidade do ponto de vista do jugo, da parceria, do homem enquanto ser gregário.
Condenado a ter esperança, surgia agora uma alternativa. Isso porque, confrontado com a ótica divina da conjugalidade, ao homem restava apenas a felicidade a dois, a tentativa de fundir as vontades, o desejo de caminhar e olhar na mesma direção.
Ora, sob a dimensão e a realidade da queda, o que era sólido tornou-se esboroável, o que se afigurava com eterno, relativizou-se diante da dúvida, das angústias e da complexidade conjugal. Nesse tempo de hermeticidade do sentimento, não há mais a inocência em relação ao mal; advindo daí o ciúme, a inveja, a cobiça, as relações por interesse. Assim, nesse tempo das flores vermelhas da paixão e das flores amarelas do medo, da busca desesperada pelo complemento afetivo, há uma necessidade premente de se ver e se perceber como uma espécie de náufrago do afeto, onde seguir sozinho é uma possibilidade.
A partir daí nos deparamos com as paixões de Vinicius de Morais e seu essencial existencialismo do “mas que seja infinito enquanto dure”. Por outro lado, Mário Quintana optou pela solidão, pela ruminância das horas silenciosas, à semelhança de Carlos Drummond de Andrade. Dizia ele que as mulheres são seres complicados.
O que fazer com o casamento, a união estável, a proposta divina, a família como idéia de Deus?. O “pra sempre” foi relativizado na poeira dos dias apressados, da desconfiança, da incompatibilidade de gênios, do cansaço relacional, quase sempre desgastado pela sufocante poeira do cotidiano sem aventura.
Era inverno. Tempo de solidão, de imaginação fertilizada pelo desejo de amar e ser amado; ou de, simplesmente, amar a si mesmo, incondicionalmente., lançando um novo olhar sobre a felicidade desacompanhada.
Estaríamos preparados para essa inquietante filosofia do afeto?
*Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras [email protected] ———————————————A Igreja é um hospital – Marlene de Andrade*
É dentro da igreja que os fiéis celebram com alegria a restauração operada através de Jesus Cristo. Ela foi fundada pelo Apóstolo Paulo e hoje está ramificada em várias denominações cristãs.
Muitas pessoas começam a frequentar uma denominação, genuinamente cristã, na maioria das vezes com suas vidas destruídas, porém ao começarem a se congregar, melhoram profundamente em todas as áreas do seu viver.
Não é à toa que ladrões perigosos deixam de ser ladrões, estupradores se regeneram, matadores de aluguel se rendem ao Senhorio de Jesus e entre outros, corruptos também se convertem ao Senhor dos Senhores. Não estou falando de seitas e sim da Igreja genuinamente cristã, independentemente de sua placa.
A Igreja além de ser o Corpo de Cristo, funciona também como um hospital de excelente padrão. Nela as pessoas chegam adoecidas e muitas vezes até com ideação suicida e lá, em meio à pregação da Palavra de Deus, louvores ao Senhor e apoio dos irmãos, elas se regeneram, pois a Palavra de Deus é viva, eficaz e não volta vazia.
Assisti a uma palestra, na UFRR, proferida pelo Dr. Edilson M. Bonfim, exercendo hoje o cargo de Corregedor Geral do Município de São Paulo e autor de 25 obras de direito, o qual explicou que não era religioso, contudo afirmou que bandido só se regenera quando entra para uma Igreja.
Ele disse que não entendia como os pastores conseguiam fazer a vida desses facínoras se transformarem para melhor. Que equívoco! A multidão de almas organizadas nas Casas de Oração, ou seja, nos templos de barro são apenas colaboradores da Obra Vicária de Cristo. Que fique bem entendido então: não são os pastores os responsáveis pelo milagre da restauração das vidas e sim Jesus, nosso Salvador. Ele, e somente Ele, traz a Graça que nos redime.
Depois da conversão, Jesus promove em nós a frutificação do fruto do Espírito Santo, o qual é: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio…” (Gálatas 5: 22). Mas não se engane, dentro das congregações há também o joio, porém todos possuem liberdade para escolher ser trigo.
*Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMThttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47———————————————–A tortura é que eles não falam – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não leem”. (Mário Quintana)Claro que eu não seria tão contundente quanto o Quintana. Mas lamento pelos que não leem. Perdemos muitas coisas importantes no nosso aprendizado do dia a adia. Sempre encontramos algo interessante num livro aparentemente insignificante. Uma leitura nunca é insignificante. Aprendemos sempre com ela. É nela que descobrimos coisas que nem imaginávamos importantes. Nem imaginaríamos que essa frase citada aí em cima, li-a num livro sobre informática. E que além dela há muitas outras de igual importância literária. Legal pra dedéu.
Ontem foi um dia atípico pra mim. Acordei com o barulho de tratores asfaltando a rua. Uma barulheira infernal, mas que adorei. E quase não terminei o café da manhã quando recebi a ordem pra ir pagar as contas de telefone. Preparei-me e saí quase correndo para não voltar atrasado para fazer essa matéria. Na lotérica a fila preferencial era pequenininha. Tenho um medo doentio de enfrentar filas pequenas quando há filas grandes. As pequenas são sempre enganosas. Resolvi encarar a fila maior. Me saí bem. Paguei e voltei pra casa. Mas, passando pela frente da loja resolvi entrar para cumprimentar meu grande amigo, proprietário da loja. Ele estava ocupado e deixei um abração com sua secretária. Resolvi cumprimentar outro amigo advogado. Também não estava e deixei um abração com a secretária. Aí resolvi não cumprimentar mais ninguém.
Os tratores continuavam barulhentos e tive que driblar a lama, pra não pisar no asfalto. Driblei, driblei, até que um dos trabalhadores gritou:
– Pode pisar no asfalto, tem grilo não!
Ri e brinquei com ele, mas não tive coragem de pisar. Tive medo de afundar. Afinal, já estou com quase trinta e sete quilos de peso. Cheguei e sentei-me. Lembrei-me de que tinha lido uma frase importante num livro grande. Vasculhei todos os livros da prateleira e não o encontrei. Repeti a operação, e nada. Sentei-me e olhei pra prateleira. Quase assustei-me. O livro estava na minha frente e piscando pra mim. Aposto que ele estava querendo gritar: “Estou aqui, cara”. Sorri e balancei a cabeça. Eu procurava um livro de literatura e ele era um livro de informática. Escolhi essa frase, porque o livro contém muitas outras e todas encantadoras. Fiquei pensando em como perdemos muito por não dar importância às diferenças. Porque não somos ligados à informática deixamos de ler este livro porque ele é de informática. E acabamos deixando de conhecer pérolas da literatura por estarem num livro de informática. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460 ——————————————-ESPAÇO DO LEITORIMPRUDÊNCIAO leitor Igor Queiroz comentou: “Já li muitas histórias dessa Avenida Pitombeira sobre pessoas que morreram ou ficaram em estado grave pelos dois motivo citados na matéria: sinal de embriaguez e velocidade acima da permitida na via. Portanto, diante de tantos acidentes graves, requer uma medida urgente por parte dos órgãos competentes para amenizar acidentes. Se as pessoas não se sensibilizarem, vários acidentes graves ainda continuarão acontecendo por ano neste local”.MOSQUITOSobre a matéria relacionada à ausência do caro fumacê, o leitor Clíovis Santos, de Rorainópolis, relatou que naquela cidade a situação não é diferente do que ocorre na Capital e nos outros municípios em relação à infestação de mosquitos. “Em casa, a minha esposa e meus dois filhos menores já foram infectados pela febre zika. Na casa da minha mãe, foram minha sobrinha, minha irmã e meu pai com os mesmos sintomas. Mesmo usando mosqueteiros, repelentes e inseticida, nada resolve. Estamos apelando para que as autoridades tomem uma medida urgente”, disse.CORRUPÇÃO O internauta Henrique Nobre enviou o seguinte e-mail: “Felizmente, existem neste país instituições como o MP, MPF e Polícia Federal que trabalham de forma séria no combate ao crime organizado. Esta campanha de coleta de assinaturas chega em boa hora, onde o país acumula prejuízos com a corrupção desenfreada. A população será a maior beneficiada apoiando ações como estas, porque na ponta ela é a maior prejudicada com a falta de recursos públicos, desviados de forma desonesta”.OBRAMoradores relataram que ninguém foi verificar a situação da obra no final da Avenida Nossa Senhora da Consolata, no São Vicente. “Com isso, temos que fazer um desvio imenso para chegar às nossas residências. Apesar de a Folha ter relatado esta situação, nenhuma ação foi executada para minimizar este problema”, relatou uma moradora.