Opinião
Opiniao 05 03 2015 698
Lembranças da caserna que o tempo não apaga – Francisco de Assis Campos Saraiva* No calendário assinalava o mês de março de 1957. Naquele período me encontrava servindo ao Exército nos órgãos de Comando do 1º Grupamento de Engenharia em João Pessoa – Paraíba. O comandante da Unidade era o cel. Haroldo do Paço Mattoso Maia e o sub-comandante o ten. cel. Samuel Augusto Alves Correia. Na 1ª Seção estava como chefe o cap. Alfredo Hernando Pereira Turbai; na 4ª Seção o maj. Raimundo Saraiva Martins e adj. cap. Carlos Alberto Ribeiro Cacaes. Na 3ª o cel. Clóvis Alexandrino Nogueira e adj. cap. Luís Caetano Ceriani. Na Cia. de Comando e Serviços o cap. Virgilio da Veiga e os oficiais subalternos ten. Fernando Ferreira de Paula, Celso Viana de Araújo, Hermano Costa Araújo, José Ramos Torres de Melo Filho, Ary Ramalho Pessoa, Augusto Adolfo Salgado, Edilton de Goes Pereira e Luiz Carlos da Silveira e Souza. Sgts. Auxiliares: Nilo Antonio Elias, Edmir Machado, João Batista Garcia, Abdon Elkarin Checker Pimentel, Valderi Veras Magalhães, Carlos Alberto de Freitas, Arnaldo Alves Gomes, José Ramos da Silva, Anísio de Andrade Silva, Afonso Joaquim Pereira Seixas, Airton Ciraulo, Nivaldo Carolino da Silva, Antonio Queiroga, João Alves Lima, Josué Casado da Silva, Edarci da Silva Lucas, José de Andrade Silva, Geraldo Guerra da Silva, Dimas Danúbio Dantas, Valdemir Ariovaldo do Egito, José Fidelis de Araujo, Antonio Magalhães, Francisco de Assis Campos Saraiva, Edward De Lorenzo de Souza, Otacílo Coelho Pires e Deoclécio Amaral de Jesus. Cabos Abdon Cavalcante Itapá, Gerinaldo Silva, Newton Bezerra Chaves, José Amarante, José Cassiano da Silva (Corneteiro), Cícero Mousinho de Sousa, Hermano Lira, Juracy Coutinho de Almeida, Geraldo Araujo Lira, Marízio Araujo, Daniel Leitão de Andrade, Edvaldo do Nascimento Belo, Antonio Joatan Bonfim, Jary Dias da Costa, Humberto Trocoly, Francisco Martins e José Ribamar Silva (Boletim Diário). No Comando da Cia. de Equipamento de Engenharia estava o cap. Eutímio Pires Cavalcante. Auxiliares: sgts. Mário Negri, João Batista Alves, João Alves Ribas, Antonio Alonso, José Pires Chacon, José Ruytal Gonçalves, José Hipólito de Azevedo, Valter Barbosa Lima, Raimundo Gonçalves Leite, João Boaventura Frazão e Oriovaldo Ribeiro da Rosa. Chefe da Seção Técnica o cel. Yosef Murard e adj. maj. José Vasconcelos Dias. Dir. da Seção de Saúde, Cap. Méd. Gastão de Carvalho e Souza e Adj. Cap. Victor Raimundo de Oliveira. Chefe. do Lab. Químico e Farmacêutico Cap. Adherbal Dantas Santana. Setor de Pessoa Civil Servidor Francisco Lopes Ramos e o barbeiro da Unidade era Eulajose Dias de Araújo. Prestando serviço como engraxate o Sr. José Eugênio Sales, apelidado de Jose Pretinho, por ser da raça negra, simpático e humilde por natureza. Naqueles dias o Quartel se movimentava em preparativos para a visita do primeiro general à Organização Militar. Era uma correria severa e cansativa para os integrantes da OM. O treinamento da tropa ficou intensivo à medida que a data se aproximava. Certo dia a tropa estava em forma simulando a chegada do General Terra Ururaí, diretor de Vias de Transporte, que era o esperado à Unidade Militar. A tropa estava em forma e foi dado sinal para que o cabo corneteiro Cassiano viesse às pressas em acelerado marcha e assim a ordem foi cumprida. No local, ofegante, não conseguiu dar o toque de corneta de chegada do General ao Quartel. Necessitou de um tempo para que isso fosse possível. Um fato bisonho ficou na memória de todos. O maj. Vasconcelos, adj. da Seção Técnica, mandou chamar o engraxate José Eugênio Sales – o Zé Pretinho, que o atendeu de imediato. E perguntou: você tem trajes compatíveis para engraxar os sapatos do general e de sua comitiva? Pensou por alguns segundos e respondeu positivamente. Pois vá se preparando, por que isso lhe vai acontecer brevemente. Fique atento e de sobreaviso. Dali por diante Zé Pretinho não teve mais sossego e se indagava intimamente: Será que vou ter coragem de engraxar os sapatos do general? Era a indagação que se lhe fazia a todo o momento. E no dia marcado o general chegou a Unidade, lhe tendo sido prestada à solenidade de honra. Ao término da mesma, o general e sua comitiva foram conduzidos para a Casa de Hóspedes dos Oficiais localizada no Bairro Miramar. O engraxate Zé Pretinho foi levado numa camioneta especial integrando a comitiva. Estava elegantemente trajado. Terno de linho irlandês branco, de seu casamento, que fora tirado do baú para aquele evento. Sapato Fox preto cujo brilho reluzia aos olhos de todos. Meias lux e gravata soberba. Cinto modelo Don Ruan e camisa branca de linho acetinado, que compunha o conjunto usado em seu enlace matrimonial de trinta anos atrás. Cabelos pretos semi-encaracolados e penteados a rigor com brilhantina glostora. Unhas limpas, cortadas e pintadas com base incolor. O Zé Pretinho estava a caráter e chamava a atenção dos que estavam em seu derredor. Às 13h00 o general e a comitiva foram conduzidos para o almoço que seria servido no Esporte Clube Cabo Branco, na Ponta do Seixas, o mais oriental das Américas e um dos pontos turísticos mais conhecidos do Brasil. Quando se deu por conta, Zé Pretinho estava sozinho, sem um centavo no bolso, após ter engraxado o sapato do general e toda sua comitiva, com fome e sem dispor, pelo menos, da viatura que o conduziu para ali. Esqueceram-se dele. Desorientado, deixou a cadeira de trabalho e todo o material e partiu a pé sol a pino para o bairro de Mandacaru, onde morava, enfrentando cerca de seis quilômetros, num percurso fatigante a toda prova. Sua decepção foi tanta que nunca mais quis ouvir falar de engraxar sapatos de general e da comitiva que o compunha. Zé Pretinho era um cidadão modesto, simpático, de trato agradável e granjeava a amizade de todos. Posteriormente, lhe foi pago pela Unidade Militar pelo trabalho realizado na visita do general. Com ele engraxei sapatos por quatorze anos, quando deixei o 1º Grupamento de Engenharia para cursar a Escola de Saúde do Exército em Janeiro de 1970, no Rio de Janeiro. Devo lembrar que os fatos ora evidenciados foram de minha memória, no que há possibilidade de excesso ou omissão. Foram decorridos mais de meio século e não é fácil para um cidadão de 77 anos lembrar-se de tudo infalivelmente. Peço escusas pelos companheiros que deixei de mencionar. Todos foram partícipe igualmente nessa tão bela jornada, que guardarei para sempre com imensa saudade. Diletos companheiros com os quais muito aprendi cujos ensinamentos me trouxeram êxito e sabedoria em meu viver. Muitos já estão na eternidade e aqui faço uma homenagem in memorian com o preito da imensa saudade que ficará para sempre em meu coração. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22.6). *Oficial R1 do Exército, empresário, titular e dir. téc. do Lab. Lobo D’Almada, membro da ALB e da ALLCHE E-mail: [email protected] ——————————- Não pare nunca – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Aquele que para esperando que as coisas melhorem, descobrirá depois que aquele que não parou está tão adiantado que já não pode ser alcançado”. Os vencedores não ficam esperando que as coisas melhorem. Eles sabem que têm a responsabilidade de fazer as coisas mudarem. E quando sabem disso, sabem que o que realmente importa não é o que eles fazem, mas como fazem o que fazem. A maneira como você executa suas tarefas é o que vai dizer quem você realmente é. E você é o que você pensa. Por isso não perca seu tempo com pensamentos que não lhe tragam benefícios. E os benefícios nem sempre são materiais. Sua riqueza não está no seu poder de posses, mas no seu poder espiritual e racional. E você já sabe que somos todos iguais nas diferenças. Valorize-se valorizando seu próximo. Quando nos sentimos superiores não nos preocupamos com inferioridade. E só evitaremos isso quando soubermos que ninguém é inferior a ninguém. Não é seu cargo superior que faz de você uma pessoa superior; mas a maneira e a forma como você executa seu cargo. Nunca permita que a empáfia domine você. Sinta-se um líder e você será uma pessoa feliz. E se é feliz, é rico. A felicidade é uma riqueza que está à disposição de todos nós. Já sabemos que ninguém tem o poder de nos fazer feliz, se não estivermos a fim de ser feliz. E quando estamos a fim, já somos felizes. Simples pra dedéu. É só você não tentar complicar. Mantenha seus pensamentos em você. É de você que você precisa para ser feliz. E a felicidade é a maior riqueza de que nós dispomos. Não perca seu tempo com aborrecimentos. Não podemos evitar os aborrecimentos. Mas o importante é que não deixemos que eles nos dominem. Por que se aborrecer com as tolices dos outros, por exemplo? Se se aborrecer estará se igualando a eles. Observe os que vencem. Não os imite, mas modele-os. Cada um de nós faz a seu modo. Mas deve fazê-lo seguindo modelos dos que já fizeram. Não permita que a inveja domine você. Lembre-se de que quando lutamos pela igualdade é porque nos sentimos inferiores. A igualdade pode estar na diferença. E normalmente está. E é exatamente isso que faz com que vençamos na vida. Quando não desistimos descobrimos que: “O homem vai longe depois de cansado”. Quando não permite que o cansaço leve-o à insignificância. Desistindo você pode estar parando no momento em que alcançaria o objetivo. Alguém já disse, e assino embaixo, que só os tolos desistem. Acredite em você, não importa sua posição social, profissional ou, seja qual for. Não desista nunca dos seus sonhos. Vá sempre em frente e você os realizará. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 —————————————— ESPAÇO DO LEITOR CELULARES Usuários dos serviços públicos estão reclamando, constantemente, sobre o uso de celulares por servidores em repartições públicas. “Deveria haver critérios para usar celular quando [os servidores] estivessem atendendo a população, que vai em busca de resolver algum problema nas repartições públicas. Recentemente, ao procurar um órgão estadual, esperei a boa vontade da atendente que conversava com a outra sobre uma notícia publicada em uma rede social. Enquanto isso, o povo que esperasse na fila”, relatou a dona de casa Elzenir Lima. SELETIVO Professores que foram à Escola de Música relataram que a direção deveria ter providenciado outro local para recepcionar os inscritos no processo seletivo. “A estrutura que foi disponibilizada não tinha como propiciar comodidade às pessoas que foram se inscrever, sem contar com a morosidade no atendimento. Acredito que faltaram planejamento e uma melhor organização. Foram mais de três horas para conseguir ser atendido, mas outros amigos me relataram que passaram a manhã toda para garantir a inscrição”, relatou um professor. TRÂNSITO A internauta Karla Maisa enviou o seguinte comentário: “Gostaria de deixar como sugestão às autoridades ligadas ao setor de trânsito na Capital a possibilidade de reorganizar o fluxo de veículos na rua José Aleixo, no bairro Liberdade, em razão de inúmeros acidentes que ocorrem todos os dias. Já apelamos para que o município acolha a nossa reivindicação de transformar a rua em via única e assim melhorar o trânsito de pedestres e ciclistas, já que a mesma é muito estreita e não comporta ser via de mão dupla”. PONTES A leitora Altamira Peixoto enviou e-mail relatando a situação dos assaltos próximos às pontes dos bairro Cinturão Verde e Centenário. “Ao que parece, ainda está longe de ser resolvida. Recentemente, minha nora, que mora próximo a um desses locais, ao retornar do trabalho, no final da tarde, foi abordada por um elemento que roubou seu celular e sua carteira. Ao acionar a viatura pelo 190, demorou mais de meia hora para que fosse feita uma ronda próximo ao local. Na realidade, está faltando um policiamento mais ostensivo para inibir a criminalidade”, afirmou.