Violência obstétrica – Dolane Patrícia*Apesar de não ser um tema muito abordado cotidianamente, o desrespeito, os abusos e maus-tratos no momento do parto, seja de forma física ou psicológica, são um tipo de violência contra a mulher. É o que chamamos de violência obstétrica, caracterizada pelo tratamento desumanizado sobre o corpo da mulher no momento do parto. Podemos citar, dentre outros, o desrespeito, o assédio moral e físico, abuso e a negligência dos médicos ou enfermeiros.
Esse assunto está em foco em todo o mundo! O site www.saudenacomunidade.org informa que, a cada ano, cerca de 300 mil mulheres perdem suas vidas em todo o mundo por causas relacionadas à gestação, parto e puerpério (período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação).
O site ainda destaca que essas mortes são apenas a ponta de um “iceberg”, Estima-se que mais de dois milhões de mulheres em todo o mundo passem por complicações muito graves, a cada ano.
A revista ÉPOCA iniciou uma campanha denominada #partocomrespeito para levantar a discussão sobre os direitos das grávidas e suas famílias, “uma em cada quatro mulheres é vítima de desrespeito, abuso, maus tratos e até negligência no parto. A mãe da atriz Grazielli Massafera foi uma delas”
É uma campanha louvável, uma vez que muitas mães sequer relatam o ocorrido, chegando ao ponto de acreditar ser normal esse tipo de tratamento no momento do parto, quando na verdade se trata de um tipo de abuso, considerado uma violência contra a mulher.
A revista Época trás, ainda, diversas histórias de pessoas que sofreram algum tipo de abuso no parto, apresenta dentre muitos, o seguinte relato:
“Quando a paranaense Kelly Mafra publicou seu relato de parto em uma comunidade no Facebook para mães, em 2014, “(…) Desde o momento em que as contrações começaram, ouviu: “Na hora de fazer, não gostou?” e “Não grita, vai assustar as outras mães”.
O médico fez um pequeno corte no períneo Kelly não foi avisada. Na sutura, o médico deu um ponto a mais para apertar a abertura da vagina. Kelly ainda sente dores, uma vez que a elasticidade normal do órgão foi reduzida.
Existem muitos relatos, e a história de uma mãe pode estar expressando a frustração de muitas que se calaram: “O médico entrou e falou ‘Vamos fazer esse bebê nascer’. Mandaram eu fazer força, mas não conseguia por causa do quadro de pressão alta. O médico disse que eu seria a primeira mulher do mundo que não ia conseguir parir um filho. Uma enfermeira debochou, disse que “na hora de fazer foi bom”. (GAZETA).
O G1 também abraça a causa e publicou o caso de um bebê que teve a cabeça arrancada durante o parto em Aracaju (SE) em 2012: (…) “Ela passou por um grande sofrimento, foram horas e horas de muitas dores e desconforto e todos os médicos fazendo força na barriga dela para que a criança nascesse. Mas, em determinado momento, ela ouviu um barulho e um dos médicos disse ‘Marcos você é louco?’”, relatou a prima da gestante.
“Ela está toda dolorida e teve as partes íntimas cortadas para a retirada do bebê, no entanto, após não obterem sucesso decidiram abrir a barriga dela e assim retirar o corpo da criança que estava morta”. Agressões verbais, recusa de atendimento, privação de acompanhante, lavagem intestinal, raspagem dos pelos em tom de deboche, jejum e separação de mãe e bebê saudável após o nascimento estão entre os itens da gigante lista de violências obstétricas.
Existem casos que chocam e traumatizam. É importante saber as situações que podem ser consideradas como violência: Podemos destacar o fato de deixar sem água e sem comida, gritar, proferir ofensas, impedir o parto normal apenas por conveniência e comodidade, proibir a entrada do acompanhante, etc.
É preciso denunciar, só assim estaremos contribuindo para um mundo mais justo, podemos também estar ajudando a avaliar a assistência que é dada à mãe, tanto pelo SUS, quanto pelos usuários de plano de saúde.
O Uol também traz uma história comovente: “O que era para ser um momento perfeito tornou-se uma lembrança ruim na vida da artista plástica Marcela Aureliano. Com 32 anos, ela foi impedida de ter um parto natural ‘por conta da idade’, entre outros tipos de violência obstétrica que sofreu, já foi super maltratada pelas enfermeiras que não sabiam lidar com mulheres em trabalho de parto”.
Lígia Moreira Sena dá dicas sobre a denúncia a violência no parto enquadra-se como violência contra a mulher. Se fosse violência contra o nascituro, seria possível denunciar via Secretaria de Direitos Humanos, mas como a denúncia é contra a mulher, é necessário acionar o serviço 180 e registrar o boletim de ocorrência.
É preciso o nome do profissional, o local de trabalho e todas as informações que a mulher conseguir coletar. Na sequência, denunciar à unidade do Ministério da Saúde mais próxima.
A indicação é fazer um boletim de ocorrência dando nomes aos bois (fui xingada, fui humilhada, me amarrou, me bateu, gritou comigo, me ameaçou, impediu meu acompanhante de entrar – é lei!, e tudo mais), não usando o termo violência obstétrica, que ainda não é conhecido.
A estagiária Suzana Simon relata a história de violência geriátrica sofrida por sua mãe Elizângela Viana Araújo em Boa Vista: “Quando minha mãe foi ter a Sanndy, o médico de plantão não estava, quem fez o parto foi um enfermeiro, minha mãe perdeu um líquido, ele puxou muito o braço do bebê que teve Paralisia Duplex Braquial. Era para o parto ser Cesáreo, porque o bebê era muito grande e a gravidez era de risco.
Suzana relata que sua mãe pedia para o parto ser cesáreo, que a criança era muito grande, 4,500Kg e não estava se sentindo bem, implorou para não continuar, até desmaiar…
“Foi quando começaram a puxar o bebê pelo braço, já estava passando da hora de nascer. Foi necessário o bebê recém nascido passar por uma terapia de choque.”
A família inteira sofreu o abalo. Elizângela nunca buscou seus direitos por não ter condições emocionais de narrar o fato e relembrar tudo que sofreu.
Hoje Sanndy está com 6 anos de idade e o seu braço nunca voltou ao normal!
Você pode participar da campanha #partocomrespeito, realizada pela revista Época. “Se você também sentiu vontade de abraçar esta causa, escreva sua mensagem em uma folha, tire uma foto segurando um cartaz e, na hora de compartilhar, use a hashtag #partocomrespeito. Se você foi vítima, mande sua história, com nome completo e telefone,
Participe! Afinal “o parto é o único encontro em que podes ter certeza que vais conhecer o grande amor de sua vida”.
*Advogada, juíza arbitral, Personalidade Brasileira@DolanePatricia_——————————————-Vida serena – Afonso Rodrigues de Oliveira“Descobriremos o segredo da serenindade quando vencermos o mau hábito de julgar as pessoas”. J. Paul Schmitt)A agitação do mundo, vinda da natureza sempre foi normal. Mas não é por isso que devemos continuar agitados. Tolstoi nos mandou um recado simples, mas de importância incomensurável: “Parece-me que o sorriso, e só ele, faz aquilo que chamamos a beleza de um rosto”. E por que você costuma sair do salão de beleza, de cara amarrada? Corta essa. Sua beleza está no que você mostra no seu sorriso. E fim de papo. Sabia que ninguém tem o poder de fazer você se sentir feliz se você não estiver a fim? Mas é assim. Em todas as fases da história da humanidade, até mesmo nas mais histriônicas, vivemos momentos de revoltas. Não foi à toa que o teatro de rua desenvolveu-se num dos períodos mais agitados da história da humanidade. Pense, escreva, e ensaie a peça que você pretende apresentar na sua vida. Seja um intérprete competente. Você é o ator.
Sempre que alguém estiver a fim de incomodar você, lembre-se de que só você tem o poder de se aborrecer. Se se aborrecer o problema será seu. Você embarcou na piroga furada, do troglodita. Somos responsáveis pelos trancos que sofremos na política. Ela sempre foi a mesma; o segredo está em sabermos dirigi-la. Porque, mesmo que você não se atente, somos nós, cidadãos, os responsáveis pelos desmandos na política. Vamos reclamar menos e aprimorar mais nossa responsabilidade na escolha dos políticos que se julgam mandatários. Você, mulher, que está hasteando a bandeira da liberdade, cuidado. Eu confio plenamente em você. Mas não se esqueça do aviso do Millor Fernandes: “O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris”. Desculpe-me pela brincadeira, mas quem brincou foi o Millor.
Falando sério, eu me sentiria envergonhado se soubesse que o Vereador do meu Município ganhava apenas um salário mínimo por mês. Mesmo porque isso o incentivaria à corrupção. Vamos lutar pelos nossos direitos, mas façamos a coisa direito. Somos responsáveis pelo nosso destino. E não o construiremos com desordem. E quando pretendemos combater a desordem com desordem estamos, nada mais nada memos do dando uma desordeiro. Não podemos mais construir a liberdade matando o dentista. Quando sabemos o que queremos não temos por que lutar contra o que não queremos. Enquanto lutamos para destruir o que não nos serve deixamos de construir o que realmente queremos. Lembre-se de que hoje é o único momento de sua vida que você pode realmente controlar. Ontem é passado e amanhã será futuro. Não permita que outras pessoas pisoteiem sua alma. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460——————————————–
ESPAÇO DO LEITORTRANSPORTE ESCOLARO leitor Elias Garcia, do município de Cantá, comentou da insatisfação sobre a paralisação do transporte escolar que atende os alunos da Escola Estadual Santa Catarina, na Vila Santa Rita, que está há mais de dez dias sem aula. “O motivo da interrupção do serviço, segundo relato dos próprios motoristas, é o atraso de mais de seis meses no pagamento das faturas pelo Governo do Estado”, frisou.MELHORIASO internauta Emerson Lima destacou que está quase findando o prazo dado pelo Ministério Público para que a empresa Oi apresente, no prazo de 30 dias, melhorias no sistema de internet. “Espero que realmente o serviço contratado melhore, uma vez que não temos outra alternativa e acabamos ficando reféns desta empresa que presta um serviço de péssima qualidade aos clientes. Mas ainda acredito que, com a intervenção do Ministério Público, ocorram melhorias pontuais”, comentou.OPERÁRIOMoradores do bairro Operário enviaram a seguinte reclamação: “Estamos passando por inúmeros problemas no bairro que requerem atenção melhor por parte do município. As ruas estão em péssimas condições de tráfego, que, neste período do inverno, piorou ainda mais. Outra situação é a falta de policiamento ostensivo para inibir os crimes praticados pelas galeras. Apesar de terem reduzidos os confrontos, os roubos se tornaram frequentes no bairro”.SEMÁFOROS A leitora Jeanne Batista comentou que, mesmo com a instalação de semáforos, a imprudência ainda é registrada por parte de condutores. “Esta semana, no cruzamento das avenidas Major Williams e Ville Roy, próximo ao meio-dia, o condutor de uma S-10 simplesmente avançou o sinal vermelho em alta velocidade, quase atropelando um motociclista que estava cruzando o sinal verde. O interessante é que logo na esquina existe uma câmera de vigilância, portanto, está fácil descobrir quem insiste em infringir as leis de trânsito”.