Bufões ou Soldados da Corte?
Henrique De La Roque*
…”da vontade fizeram renúncia como da vida. Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são generosos, facilmente esplêndidos”… (EXÉRCITO BRASILEIRO)
Até aqui não há um Militar que não concorde com a afirmação acima, no entanto, outro sentimento que alimenta esse Militar é a dignidade e o orgulho que mantém no seio familiar, bem como na sociedade. E num instante nos vemos feridos exatamente no calcanhar de Aquiles, nessa dignidade, feridos em nossas famílias, em nosso orgulho.
Não é difícil vestir a farda, ainda que por lavar, e sair a patrulhar, o difícil é sair do lar sabendo que as contas venceram, que o gás acabou, que não tem sabão para lavar o uniforme escolar de nossos filhos, há quem diga que trata-se de melodrama, então vamos lá: um Estado que recebe bilhões de reais para sua manutenção declara que não pode honrar com seus compromissos, mas espera que um Militar que recebe alguns míseros reais cumpra com os seus. Melodrama? Quem além de alguns poucos privilegiados pela fortuna não vive no limite dos seus proventos? Então não nos fale em melodrama, pois nem sabemos o que é isso.
Reis mantinham seus Exércitos a todo custo, pagavam seus defensores até com espólio de guerras, pois sabiam da importância de um Exército alimentado, havia fome no campo de batalha, mas seus lares estavam seguros e fartos. Governantes brincam com seus exércitos, tripudiam do poder levando seus pequenos exércitos ao pior dos sentimentos, a vergonha de abandonar o lar e deixá-lo desprovido do mínimo para a manutenção da família.
O Estado se forma e divide-se em Poderes e assim ficam uns transferindo responsabilidades ao outro, um Legislativo que requer sua FATIA sem lembrar de quantos estão tirando, um Judiciário que SENTENCIA em causa própria não lembrando que esse Exército também é seu, pois a Corte também precisa de proteção. Aquele que não olha a história ignora a própria existência, o Rei caiu, a corte hoje intocável, já foi destituída tantas vezes, já fomos império, já fomos feudos, já fomos reinados, e hoje Estado o que nunca deixamos de ser ou ter foi PROTEÇÃO.
Foi uma escolha, com o risco da própria vida, todavia, alimentada pela honra e a dignidade de manter o sustento da família e poder cumprir com os compromissos adquiridos para a subsistência.
*Historiador, Bacharel em Direito e Policial Militar a sessenta dias sem receber o justo salário pelos serviços prestados.
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Mensalidade para quem tem
Tom Zé Albuquerque*
Imagine um serviço público gratuito ofertado a toda sociedade, mas que as pessoas com maior poder aquisitivo detêm infinitas chances de se beneficiarem tirando a oportunidade de milhões de jovens de baixa renda de crescerem profissionalmente. Seria justo cobrar de quem pode pagar?
Pois bem, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC366/2017) tramita na Câmara Federal e prevê a cobrança de mensalidade nas Universidades Públicas com valores proporcionais ao nível socioeconômico do estudante, admitindo a possibilidade de cobrança por meio da prestação de serviço por parte do alunado. O texto da PEC prevê, inclusive, gratuidade para estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escola pública.
Em que pese inúmeras críticas sobre isso, é deveras importante conhecer o escopo do projeto, e as emendas propostas, antes de qualquer devaneio, uma vez que o seu alvo é promover a equidade, a isonomia e o respeito à capacidade contributiva.
Ora, onde está a maioria estudantil dos filhos dos Médicos, Executivos, Magistrados, Ministros, grandes Empresários, Promotores e tantos outros profissionais tão bem remunerados neste país? Nos bancos universitários públicos, obviamente. Estes jovens, geralmente são oriundos das melhores e caras escolas de ensino fundamental e médio, que competem, a posteriori, com vestibulandos que não tiveram acesso a esse tipo de ambiente. Isso é uma injustiça!
Ao arcar com mensalidade nas Universidades Públicas, o público mensalista será enfeixado conforme faixas de renda familiar, preservando a gratuidade para as classes baixa e média-baixa; a partir deste patamar, quem é melhor e mais remunerado mais contribuirá com o ensino público, atenuando assim os custos de manutenção das instituições, e pavimentando projetos de melhoria na educação, especialmente no campo da pesquisa, atualmente uma vergonha nacional. Por mais estranho que possa parecer, a PEC 366 é de autoria do deputado Andrés Sánchez, do… PT, cujo principal argumento sobre a mudança é que “…o Estado não deve se responsabilizar pelo custeio da educação superior de pessoas que tenham condições financeiras de pagar pelo serviço”. Mais coerente impossível.
O projeto proposto não anularia outras alternativas de ingresso em faculdades privadas, ao contrário, seria complementar. Mas colocaria à mostra para a sociedade o que os últimos governos fizeram em priorizar a gondolização educacional fomentando ingresso do vestibulando em faculdades privadas (muitas de qualidade sofrível), em vez de injetar recursos nas Universidades Públicas pela viabilização de uma educação superior decente, com a oferta de milhares de vagas a mais (hoje reduzido a números pífios na seara pública, mas alojando esses mesmos espaços no âmbito particular) a quem precisa, além de muito mais investimentos em estrutura, extensão e qualificação dos profissionais.
Entendo que parte do subsídio do PROUNI deveria ser revertida para os estudantes de menor poder aquisitivo das Universidades Públicas, tanto na viabilidade do ingresso pela maior oferta, como na apropriação de bolsas de estudo – total ou parcial – para fins de permanência e conclusão dos cursos. Mas, estranhamente, os próprios movimentos estudantis são avessos a isso, como se eles, majoritariamente, não fossem parte integrante do problema, inseridos que estão na mesma elite privilegiada, conquanto, com muito mais chances de contribuir que mesmo de receber.
A prova disso é que 6 a cada 10 estudantes da Universidade de São Paulo – USP, têm condições financeiras de pagar sua mensalidade (dados de 2014). Essa burguesia estribada (conhecidos como socialistas de iPhone) recebem comodamente seus diplomas ao final do curso, financiados por todas as camadas sociais, especialmente a mais pobre. A falácia é prevalente, muita falácia.
*Administrador
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Tipos de Rinoplastia
Roberto Oliveira*
Estar insatisfeito com a aparência do nariz pode causar problemas no trabalho, na vida social e amorosa, por estar associada à perda da autoestima.
A rinoplastia é a cirurgia plástica de nariz com a função de o remodelar garantindo uma aparência facial mais harmoniosa. Existem tipos de rinoplastia que variam de acordo com o objetivo de cada uma.
Rinoplastia de Redução: essa cirurgia tem a finalidade de diminuir o tamanho geral do nariz, abrangendo a regiões da ponta, asas e dorso do nariz.
Rinoplastia de Aumento: ela consiste no aumento das proporções do nariz, sendo procurada por pessoas que perderam parte do nariz devido a doenças ou acidentes.
Rinoplastia Étnica: o objetivo desta rinoplastia é harmonizar as proporções do nariz com as características étnicas da face, proporcionando um equilíbrio estético, mas mantendo sua identidade.
As técnicas variam de acordo com as características anatômicas de cada paciente, objetivando corrigir imperfeições e deixar os traços mais harmônicos com base no tipo de nariz de cada indivíduo.
*Otorrino / Cirurgia Cérvico-Facial, Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cérvico Facial, Membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica e Reconstrutora da Face, Academia Brasileira de Estética, Membro da International Federation of Facial Plastic and Reconstructive Surgir Society – CRM-GO 10341. Contatos: (62) 3212-2810 / (62) 99825-2929
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A vida depois da vida
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“A vida mede-se pela intensidade e não pelo movimento do relógio”. (MacDonald)
Grandes vultos da humanidade viveram longamente e deixaram um legado formidável ao desenvolvimento do homem. Vamos abrir um parêntese: está se tornando, a meu ver, ridícula essa mania de se referir às pessoas, com o cuidado de dirigir o cumprimento a todos e a todas. Como se fossemos diferentes enquanto pessoas, cidadãos etc. Esclarecendo: quando me refiro, ao homem no sentido histórico, refiro-me ao ser humano, independentemente do seu sexo. Vamos em frente. Muitos dos grandes vultos morreram numa idade que, logicamente, não justificaria sua morte. Jesus, Castro Alves e tantos outros que nos deixaram riquezas culturais, espirituais e tantas outras. Mas isso faz parte da vida. O importante é o que fizemos ou fazemos para a salvação do mundo. E todos nós, independentemente do que somos ou do que fazemos, fazemo-lo para o progresso da humanidade. Todos nós estamos incluídos nessa tarefa, independentemente do sexo de cada um.
Vivemos nossos dias crescentes em termos de anos. Quantos vivemos não é tão importante. Importante mesmo é como vivemos. Porque até mesmo quando nos afastamos dos caminhos determinados pela ordem do bom viver, estamos fazendo nossa parte. E esta tanto pode nos trazer o progresso, quanto o regresso racional. Mas mais importante é que não nos prendamos ao passado. Cada um de nós passa por este universo pequeno e que ainda não está pronto para o progresso, uma infinidade de vezes. E isso não vai influir em nossas vidas, futuras. E se é, porque chorar, ao longo do tempo, por quem está, mesmo que não acreditemos, fazendo o que deve fazer ao nosso lado, para que possamos viver a vida? Mesmo que não saibamos que estamos aliados.
Todos nós, indistintamente, vivemos o mundo que ainda está em formação. E cada um de nós faz parte desse crescimento; mesmo quando não nos tocamos para isso. Mas o mais importante é que nos toquemos. Porque é assim que fazemos o que deve ser feito e não o que apenas pode ser feito. Quando partimos deste mundo nem sempre vamos para outro mundo. Nossa ida depende de nosso desenvolvimento intelectual, mental, espiritual e, sobretudo, racional. Porque sem o racional, nada feito. Faça sua parte e deixe que o mundo gire. No mundo para onde voltaremos não há unidade de tempo. E o mais importante é que voltaremos com a energia que ficou, viveu e fez, por aqui, abrigado sabe-se lá em quantos corpos diferentes. Mesmo que você não acredite nisso, isso não vai deixar de ser a verdade. Pense nisso.
*Articulista
9121-1460