A ansiedade e pressão que sofrem os estudantes (de concursos, vestibulares, ENEM…)
Geórgia Moura*
O vestibular, especialmente, é uma etapa importante da vida em que a pessoa vai estudar para ingressar na faculdade dos sonhos. Porém, este processo acarreta diversas preocupações em quem vai fazer a tal prova, pois na maioria das vezes são jovens que se sentem pressionados pela família ou amigos para passar na faculdade.
Uma rotina de estudos adequada aliada ao acompanhamento psicológico é fundamental para a preparação do estudante, pois irá assegurar que eles estejam preparados para a prova sem desgastar a saúde mental.
Muitas vezes a pressão familiar para a escolha de uma profissão é responsável por piorar quadros de depressão e ansiedade, já que o jovem não tem o desejo de seguir a profissão imposta. Por isso, é necessário que os pais tenham acompanhamento psicológico para que não tornem o processo do vestibular ainda mais desgastante para o estudante.
A escola deve ser parceira do aluno ao incentivar o estudo de maneira correta, introduzindo os conteúdos sem sobrecarregá-lo, para que este tenha tempo para se dedicar aos estudos sem deixar a saúde mental de lado, já que muitas vezes uma rotina sobrecarregada de estudos não tem o efeito esperado justamente por causa do psicológico afetado.
É fundamental que se tenha uma meta (qual a graduação ou qual a prova de concurso pretende fazer), uma rotina saudável em que envolva estudos, atividades físicas, sono regular e que de fato essa escolha, como outras na vida, sejam feitas de coração, por livre e espontânea vontade, e não por pressão de terceiros. Precisamos ser os (as) protagonistas da nossa história. Somos nós que, futuramente, vamos colher os frutos que plantamos hoje, e isso vale para tudo na vida.
*Bacharela em Direito e Psicóloga Instagram: @psicologa_georgiamoura Celular: 9 91112692
Rodas, prosas e histórias Walber Aguiar*
“Meu quintal é maior do que o mundo” (Manoel de Barros)
Brincar de roda é o mais lúdico de todos os exercícios infantis. Atividade que exige movimento, canção, sincronia, alegria, simplicidade de alma. Deixa na gente um gosto doce de infância, desejo de perder-se entre falas, cânticos, arremedos, confissões. O olho olha dentro do outro olho, a boca toca a língua e o ouvido de todos, o chão é o tapete, o céu se faz de lona.
Mas era outubro, quando nos reunimos na casa de Sabá Moura, o homem mais menino que já vi. A casa, uma chácara cercada de samaúmas, mangueiras, flores, e tanto verde quanto se possa ver e embrenhar-se quintal adentro. Barracões e bonecos gigantes, como gigante era aquela gente que chegava de todos os lados. Capoeira, berimbau, poesia, Zé da viola, mestre Pinóquio, mestre Caimbé, Mike Guibrás, Catarina, Paulo Carvalho, mães e pais de santo, gente de Iracema, Camararém e de outras paragens.
Não sei de todos, até porque essa roda de prosa inaugurou a participação minha e de alguns. Mas, uma a uma, as palavras foram saindo, escorregando devagar, até banhar-nos com a grandeza dos depoimentos, com a estética das canções, danças e o poder vocabular da poesia.
Sob a enormidade do guarda-chuva da natureza, o café foi servido, a chamada foi feita, como se ali todos fôssemos alunos do grande proseador, o Deus de toda graça e grandeza. Os mestres confessaram seus segredos folclóricos, o berimbau animou a manhã e a tarde, junto da viola mágica, do reggae, dos chocalhos e atabaques, pandeiros e agogôs.
Ali estava a roda. A prosa certamente nos batizaria, nos faria menos virtuais e mais humanos. Até porque, gente nasceu pra ser gente, ser gregário, promotor da comunhão e do ajuntamento. Afinal, o computador e o celular não podem substituir a presença, o calor, o abraço, o congraçamento existencial, o contato essencial com o verde, com a umidade fresca do ar, com o povo, que saiu pra ver a vida de novo, pra ouvir o mestre falar.
Dentro da roda mágica, a prosa simples, inquieta, restauradora, sagrada.
Depois de depoimentos os mais diversos, carregados de preconceito contra índios, da caboclisação maldosa e do menosprezo em relação aos negros e maranhenses, pudemos entender que a história carrega em seu peito muita dor e perversidade, muito banzo e memórias do trágico. Mas, ali, naquela roda, todos perceberam que o mundo é pequeno quando se respira a heterogeneidade do simples, do amor, da poesia…
Vamos brincar de roda de novo?
*Poeta, professor de filosofia, historiador, membro do Conselho de Cultura, advogado e membro da Academia Roraimense de Letras. [email protected]
O pecado e suas consequências
Marlene de Andrade*
“Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo”. (Gênesis 4:7)
Será que pecado existe mesmo, ou é fruto da cabeça dos cristãos? Essa resposta pode ser entendida rapidamente se sentarmos à frente de uma TV, ou através da leitura dos jornais, pois dessa forma entenderemos que pecado existe e não é “estória da carochinha”.
Esses noticiários, na maioria das vezes, falam das tragédias que estão ocorrendo neste mundo como: guerras, corrupção, assaltos, assassinatos, injustiça social, genocídios e entre outras barbáries, abuso sexual de crianças e adolescentes.
Como se pode perceber, o mundo vai de mal a pior e as tentativas de reforma da sociedade através da educação, ou através das leis rígidas, não têm logrado muito êxito por esse nosso planeta afora. E tanto isso é verdade que aqui, em Boa vista/RR, ficamos sabendo acerca de um médico, o qual possui profunda instrução universitária, inclusive na área do direito, mas que assim mesmo foi preso, dias atrás, suspeito de desvio de sua conduta moral na área sexual.
A este respeito vamos ver o que nos diz o Apóstolo Paulo: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. (Romanos 7:18 e 19).
Claro que a educação é de fundamental importância e tal fato é inegável, porém, ainda assim, o pecado que habita em nós não nos deixa e dia após dia continuamos pecando. E tem mais um detalhe: devemos entender que não existe pecado venial e nem o mortal, pois para Deus tudo é pecado.
Todos nós temos a tendência de andarmos pelo caminho do mal e se não andamos é devido à Graça do Senhor em nós. No entanto, há que ficar esclarecido, que a colheita dos pecados abomináveis é muito mais terrível, trágica e amarga em relação aos pecados não abomináveis.
Andar fora das regras de Deus traz graves consequências, então, o que nos resta fazer? Seguir a “teologia” do Raul Seixas, o qual pregou um evangelho “maluco beleza” afirmando que preferia ser uma metamorfose ambulante, ou seguir o Evangelho de Jesus? “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba, po
is o que o homem semear, isso também colherá.” (Gálatas 6:7).
*Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT
Na busca do conhecimento
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Nossos conhecimentos aumentam sempre, através dos nossos atos, em qualquer hora e lugar em que nos encontramos.” (Waldo Vieira)
O ato de observar é ponto positivo para o conhecimento. Mas não nos esqueçamos de que enquanto observamos estamos sendo observados. Reverter às vezes ensina. Sempre que observamos alguém, por exemplo, com um comportamento exemplar, estamos aprendendo com ele. Mesmo sem percebermos. Então, vamos ficar mais atentos aos exemplos que devemos transmitir a quem nos observa. Simples pra dedéu. Só somos realmente felizes quando compartilhamos nossa felicidade. Mesmo sabendo que não temos o poder de fazer alguém se sentir feliz ou infeliz, se ele não estiver afim. E daí? Quando você está dando o presente, você está a fim de fazer a pessoa feliz. Se ela não conseguir se sentir feliz, você fez sua parte. Então seja feliz sem se aborrecer nem se entristecer com a infelicidade de quem não sabe ser feliz.
Você, garota, muito cuidado com a vulgaridade que está rodando à sua volta. Não caia na esparrela de se deixar levar pelo que deve ser evitado. Tenha sempre muito cuidado com sua postura. É ela que vai realmente mostrar quem você realmente é a quem a observa. Eu sou um observador doentio. E sempre me desagrada ver uma mulher sem postura. A elegância não está no vestido elegante que você veste.
No início da década de sessenta, um oficial do Exército foi entrevistado na televisão. Foi a época em que as garotas começaram a vestir o famoso vestido-saco. Quando a entrevistadora perguntou ao militar o que ele achava do vestido-saco, ele respondeu:
“Minha filha… o que me interessa não é o saco, mas a batata que vai dentro dele.” Sua elegância está no seu comportamento, na sua postura, onde você estiver. Não é o lugar que vai valorizar você, mas sua postura, seu comportamento. Mas não exagere. A simplicidade é um dos maiores valores na personalidade de uma pessoa. E a personalidade é representada no comportamento com postura. Sorria sempre, mas com sinceridade. É nos seus olhos que as pessoas leem o sentimento que você expressa no seu sorriso.
Mas isso não está ligado somente às mulheres. Os homens também têm que se preocupar com sua postura. E é no falar, no sorrir, no estar, que você mostra quem você realmente é. E quando estiver observando alguém, não esqueça de que você está sendo observado. E isso é muito importante, e válido, num teste para um emprego. Não se esforce, apenas seja. A simplicidade é muito importante, mas não deve ser confundida com futilidade. E a sociedade está caminhando, perigosamente, para o fútil. Pense nisso.
*Articulista [email protected] 99121-1460