Opinião

Opiniao 06 08 2016 2807

O Velho Circo de Falsos Palhaços – Roberta Cruz*Foi ontem que fiquei zonza ao entender atônita que faz parte do instante encarar de frente o sol e não temer o tempo que voa ao compasso dos sonhos, escorrendo pelo tempo as cicatrizes do homem, neste tempo tolo, mas sempre pronto para se alçar as velas ao horizonte infinito do mistério do mundo.

Poderíamos acordar do sacrilégio, entendendo o vermelho das veias que pulsam, mas que não colorem a labuta da ganância nem do orgulho, mas sim elucida o homem, para a simplicidade de sua ignorância, do peso de seu corpo, testando elevar os passos pequeninos aos céus e ver refletido, num tempo de melhores sonhos, a bondade que deve saltar aos olhos, e transformar, para além de ódios e prazeres, a borboleta amarela da humildade, num campo de um ser verdadeiro e supremo, contemplado no silêncio da dádiva do pão nosso de cada dia.

Ainda caminhamos lentamente até a consciência, sofremos de uma cegueira, que bem deixou escrito para sempre Saramago, em seus devaneios pela verdade da felicidade do esclarecimento, nos escondemos num reflexo de falsas imagens, cheias de enfeites que oferecem ao cotidiano de nossas relações diárias, a fantasia orgulhosa do ego por efêmeros e fugazes desejos.

E insatisfatoriamente, uma angústia no viver domina nossas ações e cambaleamos os corpos pela vida, feito camaleão se escondendo da presa, seguimos perto de uma inconstância, pensando estarmos certos na construção de um reino humano, fingindo contentamento, quando deste circo, uns vão podendo pela fome que sacia e outros se esconde pelo ouro que falta para no mercado comprar sonhos e comida.

É como um sonho onde vivemos um caminho lodoso, como um pântano ao escuro da lua, todos fantasiados de máscaras coloridas que se queimam ao sol e se derretem quando chega à noite. Fechamos nossos olhos, para mais delírios, ainda não conseguindo desmascarar o medo que temos da morte e da busca pela sorte, por um nome escrito nesta história humana, sem lembrar, por exemplo, dos milhares de seres, que num silêncio de oração, morrem a cada dia, pelo básico do querer humano.

Como poderemos sentir felicidade? Como podemos achar a verdade? Parece mesmo que existem mais palhaços da falsidade, do que homens de verdade, parece que há mais esnobismo, do que clarividência para os olhos da manhã. Quando chegará, neste véu de enganos, a queda desta moral que prega discursos, ações e vontades, mas que não fala a todos, apenas aos dissimulados que fingem paz e desenvolvimento estagnados numa metade que não é equiparada ao conjunto dos homens que somos?

Sem conseguir conclui um compasso glorioso, deixo aqui bem claro, que entre benções e catástrofes, apenas aqueles que tiram do outro, a parte que não é sua, serão levados a um julgamento tortuoso vindos de um futuro nebuloso, porque as máscaras derretem, a mentira tem perna curta, e a verdade sempre liberta, mas somente àqueles de coração puro! Que a paz do misterioso esteja com todos!*Acadêmica de Jornalismo—————————————Pare de inventar desculpas para tudo – Christian Barbosa*Todos nós conhecemos pessoas que estão cheias de desculpas e com pouco resultado. Geralmente, indivíduos com esse hábito têm justificativas para tudo, seja no trabalho, na família, na academia ou em qualquer situação da vida.

Sempre digo que todo mundo tem um lado claro e outro escuro. O claro é aquele que nos faz tomar decisões, é nele que as coisas acontecem. No entanto, no lado escuro, as coisas ficam nebulosas e existe muita insegurança, o que faz com que as pessoas criem desculpas para determinadas situações.

Aliás, acredito que todo mundo vai dar desculpas uma hora ou outra, afinal existem momentos em que, naturalmente, surge uma certa preguiça. O problema é quando isso se torna crônico. No ambiente de trabalho, por exemplo, onde as desculpas estão cada vez mais presentes, a questão fica evidente quando um profissional deixa de ter resultados e as justificativas passam a imperar.

Caso você trabalhe em uma empresa ou seja um gestor, uma forma simples de enxergar esse problema é pensar que todo mundo tem uma balança, por isso avalie a equipe da seguinte forma: quanto tem de desculpa no dia a dia? É preciso ver se isso não está interferindo no resultado ou, até, superando os resultados obtidos.

É como diz aquela famosa frase: somos contratados por nossas habilidades técnicas e demitidos por nossas atitudes comportamentais. Ou seja, certamente, o excesso de desculpas pode ser o responsável por uma demissão.

Vale destacar também que, em grande parte das vezes, a raiz de tudo está na expressão “eu não tive tempo”. Essa é a pior das desculpas! É preciso entender que o problema não é a falta de tempo e, sim, você que não escolheu priorizar a tarefa que deveria ser feita.

É preciso pensar nisso, será que você está dando desculpas demais ou será que está gerando resultados para a sua empresa, vida, equipe e assim por diante? Pessoas que não geram resultados são profissionais que ficam naquele time com quem ninguém quer trabalhar e que, simplesmente, patinam em vez de caminhar na direção daquilo que almejam. É preciso ser mais forte que as desculpas.

Um exemplo prático é aquele momento do dia em que você fica em dúvida se deve ir para a academia ou não. Pense da seguinte forma: se for para a academia, vou me sentir bem e ficar mais disposto. Ao visualizar a situação, você fica livre da desculpa interna (como a maioria faz), seu lado escuro começa a ficar mais claro e, com isso, sai do lugar e começa a fazer aquilo que deveria fazer.

O mundo está cheio de desculpas, não seja mais um a ficar inventando justificativas para tudo e todos. Em vez disso, crie questionamentos para vencer as desculpas e tornar o seu dia muito mais produtivo.*Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividadewww.triadps.com.br e www.maistempo.com.br————————————–Amar é vigiar, podar e apoiar – Vera Sábio*As crianças com sua doçura angelical e seu espírito puro e desprovido das malícias do mundo têm muito mais a nos ensinar do que podemos imaginar.

Lembro do jeitinho que meu filho tinha de fazer amizades, em sua primeira infância. Bastava que qualquer pessoa respondesse seu cumprimento, que logo queria trazê-la e me apresentá-la; dizendo que era seu amigo. Normalmente, brincava o tempo que pudesse com outro “amiguinho”, sem se quer saber o nome dele, seu nível social, intelectual, cultural, parentesco ou outro requisito; que nós adultos precisamos conhecer para depois aos poucos, reconhecer o outro como amigo.  Este mundo infantil realmente é mágico, regado pelo afeto ingênuo, onde o que mais importa é brincar, brincar e brincar; até dormir como um anjo, sem quaisquer preocupações. Todavia, para que isto aconteça, é indispensável a proteção familiar que possibilite a esta criança todos os seus direitos respeitados e cumpridos.  Assim também, por lembrar destes direitos, resolvi escrever sobre oassunto.

Sabemos que a infância, por mais gostosa que seja, passa muito rápido. Chegando à adolescência, onde os cuidados com os filhos precisam ser duplicados, infelizmente é comum verificar o tanto que adolescente tem facilidade de mentir, ao perceber que seus cuidadores, ao estarem cansados dos estresses do dia a dia, param pouco, a fim de verificar as amizades dos adolescentes, onde eles estão, os horários que voltam para casa e, principalmente, o que tanto eles fazem quando ficam trancados no quarto ou não estão juntos com a família.  Por isto, muitas vezes os cuidadores aceitam tudo que os adolescentes falam como verdade, sem uma verificação e grandes preocupações e trabalho em investigar. Fomos adolescentes, porém, ao termos que lidar com eles, esquecemos o quanto na nossa época fugíamos dos estudos, inventávamos desculpas para possuir o que gostávamos, tínhamos amigos e paqueras escondidos, e quando não nos deixavam fazer o que queríamos usávamos de chantagem barata para obtermos o que desejávamos. No entanto, recebíamos maiores obrigações, castigos, penalidades e vários limites que nos colocavam no caminho do bem. Os limites são extremamente necessários para todo o crescimento.

Se as plantas precisam de podas nas horas certas, possibilitando uma boa produção, saibamos que com nossos adolescentes isto não é diferente.

Nem um adolescente consegue chegar à vida adulta com sucesso, saudáveis e responsáveis se não houver podas adequadas. Portanto, amar requer muito mais do que carinhos e gentilezas. Amar é um processo de doação, resignação, cuidados e diversas vezes sofrimento.  É trabalhoso demais amar. Para isto precisamos verificar os passos, estar de olho, andarmos juntos e colocarmos no lugar do outro, entendendo que faríamos se fosse nós naquela idade e com aqueles hormônios.

Amar é vigiar, podar e apoiar.

Se os cuidadores, pais ou responsáveis pelos adolescentes, percebessem o que os adolescentes podem fazer e agissem antes deles, não haveria várias adolescentes grávidas ou que já praticaram aborto, tantos adolescentes no mundo da marginalidade, fugitivos de casa e dos estudos e envolvidos com drogas.

Pais e responsáveis, está na hora de parar e pensar sério sobre a vida dos nossos adolescentes. Verificar suas amizades, a veracidade do que falam, os grupos virtuais, suas navegações na internet, os lugares, as companhias e ambientes que frequentam. Sendo para eles bons exemplos a serem seguidos. Pois as palavras convencem, porém os exemplos arrastam. Todos os adultos são partes do sucesso e fracasso dos adolescentes, refletindo sempre nos jovens, adultos, idosos e toda apróxima população.*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]. 95 991687731————————————–Como ser Grande – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Todo homem realmente grande agrada aos simples e a simplicidade e a franqueza são atributos da verdadeira grandeza”. (Russell H. Conwell)Não existe um ser realmente grande e arrogante. E, claro, não estou falando do porte físico. Este é superficial a menos que você esteja a fim de jogar basquete. Falando sério, todas as pessoas realmente grandes de espírito são simpáticas, independentemente de sua beleza física. Quando você sentir receio de ser agradável a alguém, cuidado. E novamente vamos repetir palavras já citadas recentemente. A Dama de Ferro disse:

“Estar no poder é como ser uma dama, se precisar dizer que é não é”. E você pode estar no poder quando se sentir à vontade diante dos a sua volta. Simples pra dedéu. A conjunção da simplicidade com a franqueza dá beleza à riqueza espiritual. Mas, cuidado, ser franco não significa ser grosseiro em nome da verdade. E os pobres de espírito, que se julgam poderosos, confundem-se muito.

Pessoas simples não são arrogantes nem se ufanam com a riqueza material. Não há riqueza mais valiosa do que a grandeza na simplicidade. Não tenha medo de sorrir para as pessoas, com receio de ser confundido com um tolo ou uma tola. Porque é exatamente isso que vai dizer o quanto você é tolo, ou tola. Você é o que você pensa. E não pense que isso é tolice. Todo o poder de que você necessita para ser realmente grande está em você mesmo. É só acreditar nisso. E você já conhece o pensamento do Henry Ford: “Se você acha que pode você está certo, se acha que não pode, está igualmente certo”. Ninguém tem o poder de fazer de você uma pessoa grande e valiosa, a não ser você mesmo.

De nada adiante tentar ajudar a quem não ajuda a si mesmo. E é por isso que ninguém consegue fazer você se sentir feliz se você não estiver a fim. E se você acha que estou sendo muito repetitivo com esse assunto, tudo bem. Mas sou um fervoroso adepto da Cultura Racional. E ela me diz que o ser humano só aprende com repetições. E não caia na esparrela de pensar que estou querendo ensinar nada pra você. Quem sou eu? Na Cultura Racional, como na Autoajuda, não se ensina nada. Apenas se mostra o que se deve fazer para alcançar o que se quer alcançar. Acreditar ou não é problema de cada um. E cada um está na sua. E é o que devemos respeitar para que sejamos realmente grandes. Porque quando não respeitamos não temos como ser respeitados. É uma questão de troca. Só recebemos do que doamos. E só colhemos os resultados dos nossos pensamentos. Pense nisso.*[email protected]