Opinião

Opiniao 06 09 2016 2942

A síndrome da normalidade – Walber Aguiar*O livre é morada àquele que não se autoaprisiona   Vivemos o mal do século, a solidão.  Encastelados em nossas masmorras pessoais, vamos vivendo. Sem o vento na cara, sem as visitas no meio da tarde que deixam os olhos arregalados. sem o cheiro do café sentido da sala, sem amigos para um sarau, sem sujar os pés de areia, sem comer resto de peixe na praia ou dormir sob a vastidão das ingaranas.

Mas não é apenas a solidão que nos assalta nas tarde de terça ou nas noites de domingo. Temos agora a famosa síndrome da normalidade. O que não se dá apenas pela rotina doméstica ou profissional. não se encerra na repetição de tarefas e coisas por fazer.  A tal síndrome se percebe na conformação psicológica dos dias vividos sem aventura, se vê no quadro mental que se arrasta pela poeira dos dias, sem nenhum desejo de mudança, de que o inusitado penetre no fundo da nossa conflitividade, a fim de que algo novo invada nossas narinas e tome conta de nossas retinas tão fatigadas.

Tudo passa a ser encarado pela via da normalidade, a políti9ca sem ética, onde os fins justificam os meios, onde se reparte o produto do roubo com as hienas assessoras; a ausência de paixsão, de sentimento, daquilo que toca os nossos mais quentes afetos; a afirmação de que “a vida é assim mesmo”, e de que temos que viver um eterno “let it be”, um deixa estar pra ver como é que fica.

A normalidade é carregada de estupidez, um chiclete que perdeu o doce, mas que insiste em ser mastigado. Isso porque, ela nos engessa, nos doma, nos imbeciliza. Nos faz trilhar numa primavera niilista, onde as flores não tem cor nem perfume. Assim é a síndrome da normalidade, um domador que nos estala um chicote e nos enjaula dentro de nós mesmos. O medo é normal, o corrupto é normal, a espiritualidade sem conteúdo é normal, a “lei do Gérson’, que quer levar vantagem em tudo também é normalíssima.

Síndrome da normalidade é tudo que nos afasta de Deus, de nós e da verdadeira vida.

Ainda há tempo de pisar a areia, brincar de roda com crianças, tomar sorvete e tirar esse gosto insosso da boca. Ainda há tempo de retomarmos a nossa anormalidade…

*Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador, membro da Academia Roraimense de [email protected] ——————————————-Culto irracional – Marlene de Andrade*Os pentecostais estão, cada vez mais, imitando os neo-pentencostais que fazem da igreja uma verdadeira empresa lucrativa. Passei em frente de uma Assembleia de Deus tradicional onde vi escrito em uma faixa: “O que queres? Vem que Jesus tem?” Ruth 7:2. Eles citaram essa passagem porque Assuero, rei da Pérsia e noivo de Ester, disse-lhe que ela podia pedir-lhe até a metade de seu reino que ele a daria. Essa referência bíblica, citada nessa faixa, estava, portanto, fora de contexto. Assuero nada tem a ver com Jesus.

E o mais intrigante são os envelopes que os pastores e seus “obreiros” oferecem aos fracos na fé. Tem envelope até de R$1.000,00. Certo pastor “artista midiático”, no Natal do ano passado, teve o desplante de pedir 30% de dízimo, ou seja, dez por cento para o Pai, dez para o Filho e dez para o Espírito Santo. O que é isso, “trízimo”? Sabe o porquê desse pedido? Ele estava visando o 13º salário dos fiéis.

Deus tem propósitos bem específicos para todos nós. Ele não nos dá o que queremos, e sim o que necessitamos. Se uma criança de 2 anos solicitar a mãe uma faca de cozinha bem afiada, ela não a dará. A criança vai ficar inconformada, mas essa postura é a certa. Deus não atende a todos os nossos pedidos para o nosso próprio bem, pois somente Ele sabe o que é melhor para cada um de nós.

Além do mais, vamos à igreja para adorar e honrar ao Senhor, e não para barganhar com Deus. Claro que uma pessoa temente a Deus é próspera, porém temos que entender que prosperidade nada tem a ver com acumulação de riquezas. Se dinheiro fosse tudo, por que milionários se matariam, como muitos se matam?

É lamentável vermos as igrejas pentecostais se tornando neo-pentecostais, priorizando a prosperidade em detrimento da comunhão com Deus, o servir a Ele na dor e na alegria, tendo como meta o cumprimento do mandamento: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15).

Lembro-me de um culto cujo pastor afirmava que o fogo iria cair naquele lugar e que muitas pessoas ganhariam dentes de ouro. Que afronta a Deus! Em alguns cultos imitam leões, riem sem parar, latem, cacarejam, “caem na unção”, ou andam como embriagados, falando em línguas sem tradutores.

Os apóstolos, sim, foram renovados pelo Espírito Santo. Paulo, por exemplo, foi preso e tinha que urinar e evacuar na roupa. Dentro da cadeia ele apanhava muito porque era cristão. Nesses momentos, ele dizia para si mesmo: “Tudo posso (aguentar) naquEle que me fortalece” (Filipenses 4:13). Isso, sim, é cristianismo de verdade e qualquer um de nós pode e deve chegar a esse patamar.  “Sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e santo temor.” (Hebreus 12.28)

*Especialista em Medicina do Trabalho/Anamt, pós-graduada em Perícias Medicas/Fundação Unimed e técnica de Segurança no Trabalho/Senaihttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47Tel.: 95-36243445——————————————–Do tamanho do sonho – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Sonhe grande. O sucesso nunca é atingido por homens e mulheres medrosos”. Seu sucesso mede o tamanho do seu sonho. Por isso nunca sonhe pequeno. O medo é o maior destruidor de sonhos. É uma barreira intransponível para o sonho. Seu sonho, quando grande, está posto lá no firmamento. No horizonte da vida. Cabe a você caminhar sempre em sua direção. E quando sonhamos grande sabemos que o horizonte é inatingível. Conhecimento que faz com que os medrosos nunca se aventurem.

Porque o sonho é uma aventura que só os vencedores conseguem alcançar. Não se encabule quando alguém disser que você é um sonhador. Ao contrário, orgulhe-se de ser um sonhador. O importante é que você não confunda sonhos com devaneios.

“O que vale neste mundo não é tanto onde nós estamos, mas para qual direção estamos indo”. “Oliver W. Holmes). Não permita que sua posição e sua situação atuais  façam com que você desista dos seus sonhos.

As crises devem ser sempre benditas. É nelas que estão os ensinamentos para a direção da vida. O poder está com quem está com a razão. E você está com a razão, tanto quando acredita no sucesso como quando acredita no fracasso. Você já conhece e já citei várias vezes o Henry Ford: “Se você acha que pode, você está certo; se acha que não pode, está igualmente certo”. Tudo em sua vida depende de você.

O começo de nossas vidas não depende de nós. Mas o aprendizado nela é um problema nosso. O que nos ensinam, para os bem sucedidos é apenas a vereda à nossa escolha. Cabe a cada um de nós saber escolher os caminhos que devemos tomar para alcançar, escudados nos princípios ensinados, o que realmente queremos da vida e na vida. Os inteligentes nunca param de aprender. Eles sabem que nunca serão sábios. As mudanças no mundo fazem parte do ensinamento. Logo, não devemos perder tempo com futilidades que não nos engrandeçam, muito embora saibamos que elas fazem parte da evolução. E como vivemos num universo em evolução, devemos fazer nossa parte na caminhada. E a coisa mais importante nessa caminhada é a racionalidade. E ser racional é a coisa mais simples da paróquia. É só você se conhecer no que você é e ser sempre o que ainda não é. Procure aprimorar-se no seu dia a dia. Procure ser cada vez melhor, por mais aprimorado que você se julgue. Porque nunca seremos a perfeição. Mas nunca devemos deixar de procurá-la. Todo o poder de que necessitamos para alcançar o nível superior está dentro de nós mesmos. Logo o que devemos fazer é nos aprimorarmos na busca do sucesso. E ele depende do nosso aprimoramento como ser humano de origem racional. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460