Psicologia ao seu alcance – Flávio Melo Ribeiro*Aqui será abordada a liberdade de querer escolher o outro para namorar, de sentir-se livre vivendo junto a companhia do outro. Usualmente fala-se em liberdade quando se está sozinho, ou quando há espaço na relação para sair só e poder ficar com outras pessoas. Em contrapartida, é apontado que namorar é o fim do jogo, a prisão, a perda da liberdade. Mas é comum esse tipo de pensamento vir de pessoas imaturas para se conviver num projeto a dois. Você encontra diversos artigos sobre essas variações no blog flaviomeloribeiro.com.br
Profissionalmente, me deparei com diversos pacientes que apresentavam dificuldade em relacionar-se por um longo período de tempo sem sentir-se incomodado com a falta de liberdade. Questionavam o que estavam fazendo naquela relação, por que se incomodavam com a presença do outro.
Mas ao mesmo tempo se envolviam, sentiam-se atraídas e viviam a sexualidade com plenitude. Essas contradições as confundiam. Gosto ou não gosto do outro? Vale a pena ficar ou não? E imediatamente colocavam em lados opostos da balança a continuação da relação e a escolha da liberdade.
De que maneira resolver isso? Com certeza não é comparando as duas opções, não vai ser pensando em como pode ser feliz na companhia de quem já está saindo, pois isso a pessoa já vive. Nem pensando em como vai ser sua vida de solteira, pois isso a pessoa experienciou. O que a pessoa precisa fazer é pensar em si no futuro. Como ela quer ser, como gostaria de estar vivendo e se relacionando. É deixar sua imaginação ir ao futuro e identificar o que sente ao ver essas imagens. Depois, voltar ao presente com essas informações e verificar a qual dos lados se inclina. Às vezes não é com nenhum dos lados, pois pode querer ficar acompanhada, mas não de quem está se relacionando.
O essencial é saber que a liberdade não significa estar sozinho, pois liberdade é o exercício de escolher. E é possível escolher estando namorando, ou mesmo escolher namorar e nem por isso a pessoa deixar de ser livre. Mas se o que a pessoa está querendo é ficar com uma diversidade de pessoas, é porque não está preparada para uma relação saudável a dois. Vai machucar-se ao se perceber sozinha nos braços e bocas alheias e vai machucar o outro por inviabilizar o futuro e desejo de quem se relacionava.
*Psicólogo Flávio Melo RibeiroCRP12/00449————————————————— Boas intenções também ardem no inferno – Percival Puggina*Em discurso tão inflamado quanto lhe permite a dificuldade de expressão, a presidente Dilma justificou as pedaladas fiscais perante uma plateia amiga. O fato aconteceu no último dia 13, em São Bernardo do Campo, durante a abertura oficial do 1º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores. Como tem feito nos últimos meses, saiu de casa para falar em casa. É o jeito de escapar das vaias.
Disse a presidente que as pedaladas foram usadas para pagar o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, os dois maiores programas sociais do governo. Quer dizer, ela teria agido sob o manto das mais nobres intenções. E, apesar disso, concluo eu, os nove ministros “golpistas” do Tribunal de Contas da União lhe rejeitaram as compassivas contas. O discurso da presidente escondeu pelo menos dois fatos.
Primeiro, escondeu o motivo pelo qual faltou dinheiro para aqueles programas. Refiro-me às irresponsáveis injeções de esteróide anabolizante que ela aplicou como dopping em outras ações do governo para dar-lhes musculatura financeira, multiplicar o número de beneficiários e trombeteá-las durante a campanha eleitoral. O leitor destas linhas haverá de lembrar que Dilma e todos os candidatos da corte governista, eleitoralmente beneficiados com isso, percorreram o país discursando, à exaustão, sobre a prodigalidade oficial que se expressava, entre outros, nos programas FIES, Pronatec e Minha Casa Melhor. Com isso, empilharam votos e elegeram as numerosas bancadas que agora se veem às voltas com necessárias explicações que suas ditas boas intenções passam a exigir. Segundo, escondeu algo que é óbvio perante toda consciência bem formada: a necessária compatibilidade moral entre os meios e os fins. Se lá na ponta da decisão de sair pedalando com os recursos públicos havia um fim bom (atender dois programas sociais para os quais os recursos haviam secado) e um melhor ainda (angariar votos para a presidente e seu partido), o meio usado para isso foi ilícito e contrário à norma constitucional. A manobra tornou-se ainda mais óbvia a partir do momento em que, obtido o resultado eleitoral, a agulha chegou furando os inflados programas eleitoreiros de 2014 do mesmo modo como tentam fazer com os pixulecos em 2015.
*Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões e A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+—————————————————Quem somos? – Afonso Rodrigues de Oliveira“A humanidade acha-se numa encruzilhada. Tem de escolher entre a lei da selva e a lei da humanidade”. (Gandhi)Desde os primórdios de nossa existência sobre este planeta, que vivemos e não conseguimos sair de uma encruzilhada. De onde viemos, para onde iremos e como iremos, é uma dúvida que não conseguimos esclarecer. E pelo que vemos, não vamos esclarecer nunca. Mas aproveite seu fim de semana pra pensar nisso, na hora do descanso, depois do churrasco. Não desperdice seu tempo com conversas fiadas. Repouse, feche os olhos e enquanto o sono não chegar, medite. E meditar não significa ficar pensando em coisas que você gostaria de esquecer. Como você vai esquecer uma coisa pensando nela? E sabia que muita gente faz isso?
Você é uma das pessoas que perdoam com facilidade? O que é perdoar? Acredito mesmo que ninguém é capaz de perdoar alguém. Aposto que você já ouviu alguém falar: “Tudo bem, eu perdoo, mas nunca vou esquecer o que você fez”. Nunca ouviu isso? Como é que alguém perdoa sem esquecer o motivo do perdão? O perdão foi tão vulgarizado que já nem nos atentamos para o seu significado. Se você não for capaz de esquecer a ofensa, nunca será capaz de perdoar. E vai continuar na encruzilhada da humanidade. E só vai conseguir sair da encruzilhada quando entender o que é ser um ser humano.
Só iremos entender a humanidade quando entendermos o que somos. Somos animais racionais ou animais de origem racional? Quando conhecemos nossa origem, nos conhecemos. E quando nos conhecemos entendemos a humanidade. E fica mais fácil sair da encruzilhada. Saiu? Então comece a ver seu semelhante como se ele fosse você mesmo. Trate-o com o respeito que você gostaria que ele o tratasse. Só quando entendemos isso, entendemos como viver na racionalidade. E tudo está ligado à sua convivência com as outras pessoas; o princípio básico da relação humana entre as pessoas. Verifique isso quando for, mais tarde, ao supermercado. Se estiver a fim de treinar, dê um rolezinho por uma loja elegante e observe se há alguma diferença na observação à lei da humanidade. Mas para considerar, leve em conta a diferença ambiental.
Não seja julgador, apenas observador. É assim que aprendemos a respeitar nossa condição de animais apenas de origem racional. Nossa racionalidade ainda está em evolução. Mas ainda vai demorar muito a chegar aonde vamos chegar, queiramos ou não. O mais importante é que você viva sua vida, mas sem deixar de considerar o direito de viver, do seu semelhante. E só ele sabe os limites dos direitos dele. Respeite isso. Só assim aprendemos a perdoar. Pense nisso.
*[email protected] 9121-1460—————————————————ESPAÇO DO LEITOR ESTACIONAMENTO“Apesar de estar regulamentada a proibição do estacionamento na via esquerda das principais avenidas, como a General Penha Brasil, Mário Homem de Melo e Ataíde Teive, mesmo assim os motoristas insistem em burlar as placas de sinalização e acabam estacionando nestes locais, ocasionando um engarrafamento no trânsito nos horários de maior concentração. A dica é que seja reforçada a fiscalização nestes horários para evitar estes problemas”, relatou a comerciante Andréia Pinheiro.TERRENOS Sobre a matéria da fiscalização em terrenos baldios, o leitor Giovanni Salucci questionou: “Além das residências, os prédios estaduais e municipais também devem ser fiscalizados, abrangendo, assim, o monitoramento a estes órgãos. Lembro muito bem que já ocorreram situações em que quintais em prédios públicos já foram denunciados por falta de limpeza, transformando-se em criadouros de mosquitos. Será que foi aplicada alguma multa?”.MULTA O internauta Thiago Castro encaminhou a seguinte reclamação: “Enquanto a Prefeitura faz uma operação para multar os moradores sobre a questão dos terrenos, deveria ver como estão as ruas do bairro Paraviana, que eram asfaltadas com um material de boa qualidade. No entanto, depois que quebraram para colocar rede de esgoto, ficou parecendo um cenário de guerra: as ruas só buracos, poeira e valas. No inverno, era um mar de lama. Ultimamente, o maior incômodo é a poeira, que invade as casas. Crianças ficam doentes e ninguém faz nada”.COBRANÇAMoradores do bairro Nova Cidade relatam que no período da eleição para a Prefeitura de Boa Vista, durante uma reunião com a comunidade do bairro, foi prometido que as ruas receberiam atenção especial devido às péssimas condições em que se encontravam. “No entanto, a rua Curitiba continua do mesmo jeito e, pelo visto, ainda vai ficar assim até a próxima eleição”, comentou uma moradora.