Opinião

Opiniao 07 11 2015 1667

Receptador x ladrão – Vera Sábio*A corda sempre rebenta do lado do mais fraco. Esta frase, muitas vezes. é desacreditada quando se pensa na Justiça, que revela que o que venta aqui, venta lá. Neste sentido, parece que a presidente tem certa razão em comentar sobre estocar o vento, pois realmente há fatos comprovados de tremenda irregularidade e crimes de corrupções enormes onde o vento não venta.

Porém, para acabar o redemoinho na cabeça do leitor, vou logo ao questionamento: Qual o crime que deve ser combatido com maior prioridade: O roubo que alimenta o vício? Verbas desviadas que serviriam para investir em clinicas de recuperação de drogados, fiscalização e desmanche das bocas de fumo, segurança e educação eficiente? Punir com rigor os traficantes, independentes do poder ou influência que eles tenham? Ser todos conscientizados do crime de receptação, entendendo que se não existir quem compre algo roubado, não haveria o ladrão?

Todas estas indagações são extremamente importantes ao verificarmos as reformas de praças e a marginalidade estando presente em todas elas. O aumento do locais de lazer, porém com a educação e a segurança em descaso, deficiência e falta de um cuidado maior, até mesmo para estas reformas não serem logo destruídas.

Precisamos abrir os olhos e não estarmos sempre buscando vantagem em tudo, pois o metido a esperto de hoje pode bem ser a próxima vítima da sua imprudência amanhã.

Enquanto as pessoas estiverem iludidas pelo belo, o visível e o lúdico, existem por de trás das cortinas ou na escuridão da impunidade os gestos da ilegalidade, corrupção e imoralidade, sempre acontecendo e nós, cidadãos de bem, pagando a conta alta por algo que não fizemos, mas deixamos que fizessem.

O mal existe, não somente porque há pessoas fazendo coisas erradas, mas principalmente porque não existe pessoas dispostas a fazer o que é certo. “Pense nisto!”

 *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/[email protected].: 99168-7731—————————————————–Professores vitimados pelo Cyberbullying – Giane Marize Barroso*

Professores das redes pública e privada dos ensinos fundamental e médio são constantemente intimidados por serem rígidos, por atribuir nota baixa, por tentarem disciplinar seus alunos e por tantos outros motivos. O espanto diante desta situação torna-se maior quando constatamos que não só os alunos praticam os atos intimatórios e infames. Em muitos casos, crianças e jovens são encorajados pelos próprios pais que também passam a atemorizar os professores. Os atos ofensivos de qualquer natureza agora se propagam com muita facilidade no mundo virtual. Tornou-se comum professor ser alvo do cyberbullying. O problema é agravado pela avalanche de meios digitais que permitem compartilhar todo tipo de informação, pela agilidade dos jovens no mundo tecnológico, bem como pela dificuldade em identificar os autores e métodos que foram utilizados em alguns casos.

As redes sociais e aplicativos como o WhatsApp são os meios mais comuns.

Educadores vítimas de cyberbullying sofrem ainda com a falta de amparo no que concerne à política educacional. Regimentos de colégios deveriam alertar pais e alunos sobre as consequências dos comportamentos abusivos e ofensivos. Muitas vezes, por receio de piorar a situação ou de serem demitidos, os professores sofrem calados. Deixam de buscar uma solução em conjunto com a direção escolar ou mesmo de procederem com medidas legais. Isso ocorre porque, espantosamente, a maioria das escolas são omissas, esquecem de zelar pela incolumidade física e psíquica de seus docentes, não se previnem, e isso os desencorajam de tomar qualquer providência administrativa ou judicial.

Poucos reagem e muito menos denunciam os agressores. Diante desse quadro adquirem doenças psicossomáticas, que podem evoluir para um transtorno mental. Perdem a saúde, a disposição e a vontade de trabalhar por se sentirem constantemente agredidos, rejeitados e desamparados. Uma pesquisa realizada por um sindicato de professores no Reino Unido, NASUWT, noticiada no jornal O Globo, em 02/04/2015, revelou um aumento considerável do número de educadores vítimas de cyberbullying praticados por pais de alunos. Segundo a pesquisa comentários agressivos na Internet contra docentes saltou em um ano, de 21% para 60% do total de 1500 profissionais entrevistados.

Os efeitos do bullying cibernético são devastadores para qualquer vítima, principalmente quando os atos praticados ferem a honra, a reputação da pessoa, pois é fácil e rápido compartilhar qualquer informação na Internet. Por isso é importante que as escolas se atentem com cyberbullying cometidos por alunos e pais contra professores, de alunos contra alunos, além de combater esta prática na escola e fora dela, afinal, atualmente a vida pessoal e profissional possui uma extensão virtual bastante relevante.

Cyberbullying se mostra um problema realmente urgente, tanto que o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o projeto de lei – PL 5369/09, que obrigará as escolas e os clubes de recreação a adotarem medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying.

Enquanto isso, a vítima de cyberbullying ao tomar conhecimento de ofensas, difamações, mentiras, falsos perfis na Internet, falsas acusações, racismos, ameaças no mundo virtual seja pelas redes sociais ou por aplicativos de Internet, não deve ficar inerte, é preciso procurar orientação jurídica. Para isso, precisa salvar as mensagens de texto, printar  e/ou imprimir as páginas e guardar de forma segura as provas dos atos ilícitos praticados pelos agressores, pois, em eventual ação judicial, será necessário provar suas alegações de humilhações no universo virtual. Se o agressor excluir as provas, torna-se mais difícil recuperá-las, mas não impossível. Há maneiras de recuperar as provas e a justiça tem concedido liminares nesse sentido.

No caso do professor, além de guardar as provas das ofensas de qualquer natureza praticadas por pais e alunos no mundo virtual, precisam registrar também as tratativas sobre o assunto junto aos dirigentes escolares, pois, a responsabilidade é também da instituição de ensino. A escola não pode ser omissa com ofensa moral ou criminal, perseguição, assédio, conteúdo ilegal, postagens de imagens não autorizadas, postagens de imagens e vídeos com conteúdo sexual, montagens para denegrir a imagem da vítima, ameaças de natureza física ou moral em que os alvos sejam (alunos x alunos, alunos x professores, pais x professores, funcionários etc.), pois sua responsabilidade é objetiva nos termos do artigo 927 do Código Civil, logo, precisa tomar as decisões certas para limitar sua responsabilidade.

No mundo globalizado e cibernético que vivemos a prevenção é ainda a melhor forma de combater o cyberbullying. Líderes escolares devem saber como tratar essas questões de forma adequada, devem saber como agir para proteger-se do cyberbullying, precisam estar munidos de informações, procedimentos legais e de políticas educacionais preventivas e eficazes. Portanto, é imprescindível promover políticas antibullying nas escolas que abarcam alunos, professores, pais e demais funcionários, disseminando informações específicas, treinamentos tecnológicos e alertas comportamentais, além de estabelecer sanções disciplinares claras para o cyberbullying.

*Advogada do SLM Advogados—————————————————-Mulheres – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Uma vez igualadas aos homens, as mulheres tornam-se seus superiores”. (Sócrates)Qual foi o homem, realmente homem, que ainda não se dobrou diante do poder da mulher? Levante a mão. Até mesmo os que, pela petulância, arrogância e ignorância, pensam que as dominam, caem na delas. Elas sempre se vingam a seu modo. Não importa o nível cultural, social, ou seja lá o que for, é sempre ela que está no comando. Ou você se convence disso ou vai ficar a vida toda dando uma de João das Couves. Então, cuide-se e procure fazer as pazes com a tolice, e amadureça. Falando sério. Você vai ter que se curvar à mulher, no dia em que ela se convencer da força que ela tem para dirigir a vida dela e a sua. Porque é isso que ela faz e sempre fez. Mesmo quando os mandões ficavam gritando dentro de casa, era depois que lele saía, que a mulher botava tudo nos eixos. E o tolo era tão tolo que nem percebia. E os mais aguçados quando percebiam, sua tolice ainda não lhes permitia que eles aceitacem a derrota.

Sabe quando a mulher vai realmente segurar a rédia? Quando ela começar a parar de reclamar direitos dos homens. É quando ela vai impor sua presença pela sua superioridade. Mesmo porque quando lutamos pela igualdade é porque nos sentimos inferiores. Quando o tolo diz que a mulher é uma atrapalhação é porque ele é um atrapalhado. Fala sério, qual o homem que consegue ser feliz e realizado sem uma mulher? Converse um pouco com o Sócrates. Ele já sabia que a mulher ainda vai se tornar “A Amazona”. E não vá dar uma de tolo temendo o comando da mulher.

O homem que é homem não comete um crime por ciúme. Cometendo, está se desvalorizando e caindo na fossa. Lamento muito estar matando seu tempo com um assunto nada ameno; mas lamento mais pelo descontrole mental que ainda domina o homem que deveria ser homem para controlar seus atos através de uma mente controlada e racional. Você que é homem, nunca vai ser superior à mulher. E enquanto você não entender e aceitar isso, vai ser sempre um fantoche de si mesmo, mascarado de homem. Valorize-se valorizando a pessoa que faz de você um homem. A menos que isso não lhe seja tão importante assim e que por isso faz com que você tente mascarar sua inferioridade. Não lute para que sua mulher seja inferior a você. Respeite-a nas diferenças que fazem vocês serem iguais. Lembre-se sempre do Marquês de Maricá: “A diferença nos sexos produz sua união”. Pare de ser bobo e viva mais a presença de sua mulher. Lembre-se de que sem ela você não seria nem mesmo um homem. Amem-se com amor para que o amor lhes seja a razão de viver. Pense nisso.

*[email protected]————————————————

ESPAÇO DO LEITORDESCARTE Francisco Alves Lima, que reside no final da Avenida Capitão Júlio Bezerra, enviou a seguinte reclamação: “Depois que o jornal denunciou o lixão que estava se formando ao longo da RR-205, após o bairro Cidade Satélite, agora carros lotados de resto de entulhos, animais mortos, restos de verduras e até descarte de açougues estão despejando na rua de acesso ao balneário da praia do Curupira. Aos órgãos de fiscalização, gostaríamos que fosse feita uma vinda até o local para verificar esta situação”.LIXO “Já relatamos algumas vezes, mas até agora nenhuma providência foi tomada pela gestão do Município de Mucajaí em relação ao lixo que toma conta de vários bairros da cidade. A sujeira é tão grande que já foram encontrados ratos pelas ruas e até mesmo aumento da quantidade de mucuras. É uma nojeira só. Além do lixo doméstico, que precisa ter um recolhimento contínuo, as galhadas e entulhos estão por toda parte”, relatou o morador Jerônimo Garcia.SEMÁFORO Leitores estão denunciando que, após a colocação dos novos semáforos em pontos estratégicos da Capital, muitos retornos foram alterados e, mesmo assim, motociclistas e outros condutores insistem em realizar esta manobra, complicando o trânsito. ”Um destes casos aconteceu no semáforo localizado na Avenida Venezuela, em frente à Rodoviária, onde um veículo, ao fazer a conversão errada, acabou atropelando um ciclista esta semana. Portanto, requer mais atenção e respeito por parte dos motoristas”, comentou uma leitora.INTERDIÇÃO  “Até para desafogar o trânsito em horário de maior congestionamento, utilizamos a Avenida Paulo Coelho para evitar passar pelo ‘trevo’ e pela Glaycon de Paiva e Ville Roy, no entanto, a avenida ainda está interditada. Até já ligamos para a Central 156. O interessante é que foi interditada quase um mês antes do Dia de Finados e agora, cinco dias após, ainda continua intrafegável”, comentou a leitora Emanuelle Nascimento.