Opinião

Opiniao 07 12 2015 1785

Pais e filhos – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Tudo aquilo que eu sou ou espero ser eu devo ao anjo que foi minha mãe”. (Abraham Lincoln) A verdade é que não sabemos o que nossos filhos querem ser. E como não sabemos, devemos saber como orientá-los para serem o que eles querem ser. E é por isso que devemos orientar nossos filhos, e não dirigi-los. Eles serão os timoneiros de si mesmos. Ontem ouvi uma especialista dizendo, pela televisão, o que tenho dito por aqui, mas não como especialista. Normalmente começamos a dirigir nossos filhos ainda nos primeiros dias da vida deles, sem saber que estamos cometendo erros. Erros que não podem ser vistos como erro; veja bem. Quantas vezes você bateu um papinho agradável com seu filho recém-nascido, quando está amamentando-o? Já pensou nisso?

Há um mau hábito que os pais cometem quando começam a acompanhar os primeiros passos dos seus filhos. Erro que não parece erro, mas que pode dificultar o desenvolvimento social do adolescente. Aquela especialista nos apontou um exemplo notável: quando seu filhinho está começando a engatinhar pela sala, ele se dirige a um brinquedinho que está lá na frente. Você corre, pega o brinquedinho e entrega pro seu filhinho. Ele se senta, olha pro brinquedinho e o joga fora. Você não entendeu bulhufas do que aconteceu. O que aconteceu foi que seu filhinho não queria o brinquedinho, ele só queria pegar o brinquedinho. E por isso o jogou fora. E você atrapalhou o desenvolvimento do filhinho. O mesmo acontece quando seu filhinho está dando os primeiros passos pela sala. De repente ele cai. Você corre e o levanta; quando você deveria apenas ter se aproximado, sorrido para ele e deixado que ele se levantasse.

No livro “O Profeta”, Gibran Khalil nos dá umas dicas importantíssimas sobre como devemos ver e seguir os rumos dos nossos filhos. Ele nos diz que devemos dar nosso amor aos nossos filhos, e não nossos pensamentos. Nossos filhos têm seus próprios pensamentos. Nós somos responsáveis pelos corpos dos nossos filhos e não pelos seus espíritos. Seu desenvolvimento espiritual e racional vai depender das orientações que lhes demos na sua criação e não das nossas direções. Nossos filhos vão viver o mundo deles, e não o nosso. E não sabemos que mundo eles vão viver. Depois de adultos eles vão viver a vida deles. E o resultado no que eles vão obter vai depender da orientação que lhes demos. E não devemos nos esquecer de que quando educamos devemos nos lembrar de que “a educação apenas aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. E quando estamos preparados para a vida deixamos que nossos filhos vivam a vida deles. Pense nisso. *[email protected]————————————–Lampejos de uma transmutação – Tom Zé Albuquerque* O momento brasileiro pelo qual estamos vivendo representará um divisor de águas na história do país. Os livros escolares incorporarão as complexas ocorrências políticas, sociais e econômicas das quais estamos passando. O saldo do incômodo social vigente gerará desmembramentos que ecoarão por séculos.

Acredito que somente agora a Constituição Federal dá sinais de amadurecimento, após vinte e sete anos de embriaguez. O zelo com a coisa pública, a responsabilidade com a gestão de recursos do patrimônio do país, a transparência, a austeridade com as contas, além da adoção de um modelo de gestão sob a batuta de lideranças transformadoras, que envolva respeito ao cidadão, visão de futuro, conhecimento científico como base nas decisões, valorização das pessoas, responsabilidade social, entre outras, são linhas ideárias passíveis de se pensar ser possível vislumbrar um século de mudanças no arcabouço sócio-político brasileiro.

As urnas deram minguados sinais de ajustes políticos nas últimas eleições, mas vão causar impacto positivo de grandes proporções no próximo pleito eleitoral. Menos homens públicos comprovadamente corruptos, assim como aqueles que defendem bandidos sob os argumentos mais bizarros, sairão de cena (embora os próprios políticos não acreditem) gradativamente. Uma crescente fatia da sociedade está farta de bancar mordomias para homens públicos em gabinetes, carros, motoristas, ausências remuneradas, 14° e 15° salários… Assuntos que serão discutidos antes de eleição em forma de cobrança pela mudança de postura ante tantas imoralidades.

Parte do povo brasileiro não aguenta mais arcar com um número extrapolante de deputados e senadores, cuja redução desse quantitativo ganha força na ala inteligente brasileira, sobretudo pela relação de baixo retorno. Com isso, reduzir-se-á, bruscamente, o inacreditável montante de despesa anual gasta com parlamentares, em especial aqueles desembolsados pelos excessos e pelas futilidades usufruídas pelos homens do povo brasileiro, incluindo as aposentadorias e seus privilégios esquisitos, dignos de causar inveja aos líderes do despotismo mundial.

Está enraizada no povo brasileiro uma cultura maléfica herdada da exploração e da apropriação indevida, a partir da invasão portuguesa (que as bancas escolares insistem em chamar de “descobrimento”), mas que mergulhada numa letargia social de métodos acovardados de agir acabou por nos transformar nesse povo passivo. Mas a regra tem mudado, de forma muito lenta, mas tem sim acontecido algo diferente. Em outros tempos uma razoável fatia da população apenas assistia aos desmandos, à espera do próximo salvador da pátria e todo seu aparato demagógico.

O Filósofo Olavo de Carvalho suscita sobre o modelo nocivo de governar através de programas curadores de males, que só agravam estes, e não responsabilizam seus idealizadores, em face de ser comum o argumento legitimador ordinário sumir num passe de mágica. E nisso, os políticos brasileiros são doutores em fazer: se esquivar quando dá errado ou contrair os confetes quando dá certo, mesmo que não sejam eles os autores, mesmo que o “certo” seja falseado, corrosivo ou sem sustentação.

E aclara o mesmo autor, quando diz: “Ninguém compreenderá nada da história do século XX – nem deste começo do século XXI – se não conhecer esse mecanismo de justificação retroativa pelo qual se leva o povo a trabalhar em prol de metas não declaradas, que o escandalizariam se as conhecesse e que por isto só podem ser atingidas pela via indireta da cenoura de burro”. Para o bom entendedor… *Administradoremail: [email protected]————————————–O RANCOR IMPEDE A GRAÇA – Vera Sábio*Em um momento em que estava cheia de rancores, perdas e desilusões, apareceu um estranho, me falando as palavras que modificaram o rumo da minha história: “O rancor impede a graça”.

Na verdade, não importa o que falem a você, mas faz toda a diferença em sua vida, como você interpreta o que escuta.

Esta frase proporcionou uma reflexão a respeito da energia que eu destinava ao que perdia, ao invés de valorizar o que já havia conquistado e acreditar que poderia ter ainda bem mais.

Assim convido vocês a pensarem. Será que antes de lamentarmos pelo que não temos; agradecemos, lutamos e direcionamos nossas boas energias para conquistar o que queremos?

Não tem como negar o mal presente na crise em que nosso país se encontra, nos roubos ocorrentes pela má administração e pela corrupção crescente entre políticos de todos os locais. Todavia o que podemos fazer para diminuir estas tristes situações?

Talvez já conheçam esta estorinha, porém é importante que acreditem: Que se cada um lutar, se cada um se conscientizar, se cada um se responsabilizar; ainda que uns ou outros não queiram, não tem jeito, a mudança acontecerá.

Havia uma senhora que teimava em ser rancorosa, carrancuda e não gostava de ninguém; todavia na mesma vizinhança existia uma outra senhora que sempre estava de bem com a vida, sorridente cumprimentava as pessoas e sua energia positiva contagiava a todos.

A senhora carrancuda, não satisfeita com a paz da outra mulher, pegou uma caixa bonita e encheu de esterco e pediu que entregasse para a vizinha feliz; pensando que isto a faria ter um dia chateada e triste em receber um presente tão desagradável.

No entanto, o rancor não se afastou da senhora que enviou o tal presente, ao constatar que a paz continuava no olhar da bondosa vizinha.

Depois de alguns meses, a bondosa mulher pediu que entregasse também uma linda caixa a sua vizinha mal-humorada, junto com um bilhete.

Aquela que estava na espera de algo desagradável, já preparada para a briga, não pôde continuar com o semblante tão amargo, quando se deparou com lindas flores e um bilhete que dizia: Cada um dá aquilo que tem, portanto muito obrigada pelo presente, com ele cultivei estas lindas flores para você, minha amada amiga.

Precisamos de paz no mundo. Precisamos cuidar da natureza, precisamos fazer certo. Enfim, precisamos da graça de Deus que nos renova e nos deixa melhores a cada dia.

Meus irmãos, por acaso pode uma figueira dar azeitonas ou um pé de uva dar figos? Assim, também, uma fonte de água salgada não pode dar água doce. (Tiago cap. 3)

A paz no mundo começa em mim… *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]——————————————–O país precisa mudar – Júlio César Cardoso*O Brasil não tem tempo de esperar para o ano que vem o julgamento das contas presidenciais, disse a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), ao questionar despacho do presidente do Senado, Renan Calheiros, que concedeu ao governo prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 15, para que faça sua defesa, se desejar, em relação às irregularidades apontadas em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas do governo Dilma Rousseff no exercício de 2014. Fonte: Congresso em foco.

O presidente do Senado, ao decidir conceder prazo para a presidente Dilma se manifestar acerca da decisão do TCU demonstra estar em total dissintonia com a realidade das ruas brasileiras, bem como age na contramão da moralidade política, exigida pela sociedade nacional.

Não poderá haver, no caso, decisão política que contrarie a decisão de nossa corte de contas, cuja única finalidade é auditar as contas públicas, senão melhor seria recomendar a extinção do tribunal.

O caso das pedalas fiscais é grave. A partir de algum momento o país tem que começar a mudar a sua forma solerte de agir. A manifestação do tribunal foi por unanimidade de rejeição das contas governamentais, e isso tem que ser levado em conta pelo Congresso Nacional independentemente de quem seja o governo ou partido.

Estranha-se a condescendência ao ainda dar prazo para o governo manifestar-se. Não poderá haver acordo em nome de interesse que não seja pela moralidade e pelo respeito aos valores republicanos.

Não precisa ser jurista para saber que as pedaladas fiscais desrespeitaram o Art. 85 da Constituição Federal, que trata dos crimes de responsabilidade do Presidente da República. Assim, qualquer tentativa do Congresso em afrontar o veredicto do TCU, absolvendo a conduta ilegal da presidente da República, configurar-se-á, isso sim, um autêntico golpe constitucional.

*Bacharel em Direito e servidor federal aposentadoBalneário Camboriú-SC———————————————-

ESPAÇO DO LEITOR

TRÂNSITOO internauta Carlos Alberto ([email protected]) denunciou o descaso de alguns motoristas nas proximidades do Colégio Claretiano, no bairro São Francisco. “Todos os dias pela manhã, na hora de deixar e pegar os filhos, os pais insistem em entrar pela contramão em frente ao colégio. Já enviei e-mail ao Detran e ao Smtran e nada aconteceu. Será que estão esperando acontecer um acidente bem grave? A rua é toda sinalizada e mesmo assim os motoristas continuam entrando pela contramão. Alguns funcionários do colégio também fazem isso”, relatou o pai de duas alunas do colégio.FLANELINHASUm internauta, que não quis ser identificado, denunciou o abuso por parte de alguns flanelinhas que estavam trabalhando na 39ª Expoferr, realizada no Parque de Exposição Dandãezinho, até ontem. “Além de utilizarem área pública para ganhar dinheiro, cobram R$ 10 para cuidar dos nossos carros em um evento de caráter público. Nem em grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus, cobra-se isso por estacionamento – em condições bem melhores, diga-se de passagem. Era preciso uma visita da autoridade pública responsável, porque uma senhora que cobrava R$ 3 no primeiro dia disse que foi obrigada, pelos demais flanelinhas, a cobrar R$ 10”, afirmou.ATRASADOHá pelo menos uma semana motoristas terceirizados que trabalham a serviço da Universidade Federal de Roraima denunciam atraso no pagamento dos salários e de diárias. De acordo com um denunciante, que não quis se identificar, a empresa Norte Locadora tem contrato com a Secretaria Especial de Saúde Indígena e lá os motoristas também estão dos os vencimentos atrasados.RECONDUZIDOQuanto à recondução do prefeito de São João da Baliza, José Divino, ao cargo, após decisão, em caráter liminar, do juiz convocado Jefferson Fernandes, o internauta Antônio Carlos de Lima Prado comentou: “Como pode haver justiça em um País como esse, se a própria justiça protege o ilícito”.