Opinião

Opiniao 08 05 2015 963

Drones e computadores que aprendem – Ronaldo Mota* Inteligência artificial é o termo simples que designa a ciência de fazer com que os computadores realizem missões que, em geral, têm sido feitas por pessoas. Usamos hoje, sem nenhuma cerimônia, celulares que reconhecem vozes humanas ou compramos produtos cujas características podem ser lidas diretamente de código de barras. Somos informados, já sem espanto, de carros que dirigem autonomamente, bem como drones, veículos aéreos não tripulados, realizando inúmeras tarefas.  Em seguida, ouviremos falar cada vez mais de drones que tomam decisões em pleno voo ou máquinas, em geral, que percebem e decidem a partir de mudanças ambientais. Em um futuro muito breve serão comuns tarefas que envolvam aprendizagem e memória, requisitos que as máquinas parecem desempenhar melhor do que os humanos. Carros autônomos eliminarão erros humanos típicos como falta de concentração ou baixa habilidade, resultando em desejável diminuição drástica de acidentes e de vítimas de trânsito. Um mundo de robôs voadores, ao estilo drones, já podem conferir linhas de transmissão de energia ou mesmo levar auxílios médicos emergências em regiões remotas. As missões acima, em geral, ainda demandam um piloto humano, que dá as ordens do solo, guiando remotamente a aeronave. A próxima etapa é um passo significativamente adiante. São máquinas que praticamente voam por si e estão programadas para tomarem decisões por si mesmas. Para tanto, os drones desta nova geração devem dispor de sensibilidade aguda ao ambiente, tendo opções de alterar suas trajetórias de forma inteligente, indo além de evitar colisões. Serão máquinas de entrega capazes de escolher a melhor rota levando em conta um cenário dinâmico, no qual outros veículos estão em permanente movimento. O nível de precisão e eficiência de resposta muitas vezes sequer é compatível com um piloto tradicional em terra. Recentemente, as empresas Intel e Ascending Technologies expuseram um protótipo de drone capaz de navegar autonomamente entre pessoas fazendo uso de uma câmera modular Intel’s RealSense, cujo peso é da ordem de oito gramas e tem quatro milímetros de largura. Ninguém mais duvida de que mais breve do que imaginávamos dividiremos nossos espaços com objetos voadores desempenhando as mais complexas e variadas missões. Se a presença de robôs operando em duas dimensões foi relativamente frustrante, ou seja, eles apareceram menos do que esperávamos em nosso cotidiano, é provável que os robôs de três dimensões nos surpreendam pela rapidez de entrada em cena e pela densidade de ocupação de espaço. Veículos voadores não serão jamais livres de riscos, sejam elas máquinas inteligentes ou operadas por humanos. Suas missões podem ser as mais nobres, entre elas aumentar nossa produtividade, como podem ser as mais espúrias, desde entregar drogas ou espionar e matar pessoas. Agravado pelo fato de que não temos legislação suficientemente clara e abrangente e muito menos código de ética plenamente estabelecido. Questões relevantes nos aguardam ao dobrar a esquina. Será que estamos preparados para que computadores disponham de atributos que até aqui entendíamos como exclusivamente humanos, tais como emoções e criatividade? Quais os riscos embutidos, não somente em termos de desaparecimento de empregos, mas em eliminarmos quase por completo os limites e distâncias entre humanos e máquinas?  Estamos ainda numa etapa preliminar de algo mais surpreendente que virá depois, a máquina superinteligente. Ela poderá sim, de alguma forma, superar de vez os humanos e gerar situações constrangedoras inéditas para nossa espécie. Teremos ou não tempo de nos prepararmos para estas novíssimas circunstâncias? *Reitor da Universidade Estácio de Sá e co-autor do livro “Educando para inovação e aprendizagem independente”, da editora Elsevier ——————————- Geleira intransponível – Vera Sábio* Os corações calorosos da solidariedade estão se tornando congelados pela indiferença percebida nas ações que deveriam ser coletivas, mas cada uma parece ter uma intenção oculta, não dando credibilidade aos olhares de todos. É difícil quando a mídia, propagadora de tantas tragédias e erros gerais, da vergonhosa frente corruptiva pela qual passa o país, tem toda divulgação parecida a qualquer reportagem alegre e vitoriosa, sem um maior destaque sobre a nação que escorre pelo ralo da corrupção. E nós, acorrentados a nosso egoísmo, justificamos um fato errado por outro mais errado ainda, pois não conseguimos enxergar as prioridades de cada situação, as quais vivem lado a lado e jamais em uma fila indiana, ou seja, vindo uma após a outra, dando condições, assim, para saber qual precisamos resolver primeiro. As urgências imediatas são tantas e os desvios de verbas públicas incalculáveis que nossos olhares tentam verificar tudo, porém, nossos braços não conseguem aplacar quase nada. Os órgãos fiscalizadores fecham os olhos diante as viagens e regalias recebidas pelos seus cargos, enquanto a sociedade sofredora morre nas filas dos hospitais e os alunos sem aulas se tornam infratores, revoltados e sem limites pela dura condição que vivem. Está tudo errado, o que dificulta meus pensamentos ordenados para poder escrever algo otimista.    Ainda me considero humana, no momento em que não permito que o congelamento dos sentimentos mais singelos, que são a solidariedade e a empatia, me aproxime da dura realidade pela qual passam os trabalhadores da saúde, da educação, da segurança e tantos outros que lutam incansavelmente, como se dessem murros em ponta de facas, já que, mesmo assim, nada consegue descongelar a ambição doentia daqueles que ganham demais e desviam para seus bolsos a vida de tantos que sentem falta do básico para sua sobrevivência. E diante desta geleira intransponível, qual o passo a ser dado para termos um futuro melhor? *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega  CRP: 20/04509 [email protected] Cel.: 99168-7731 ————————————- Do fracasso ao sucesso – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Nossa maior glória não reside na ausência de fracasso, mas no fato de nos erguermos sempre que fracassamos”. (Confúcio) Poucas pessoas imaginam o quanto é importante não dar importância aos trancos causados pelo fracasso. Nunca aprenderíamos a acertar se não errássemos. E o fracasso está exatamente em nos envolvermos com ele. Os mestres consideram o erro como uma maneira de nos dizer como não fazer determinada coisa, de certa maneira. Simples pra dedéu. Comece por definir o que é sucesso. Uma pessoa de sucesso é sempre uma pessoa de bem com a vida. Porque aproveitar a vida já é, por si só, uma maneira de ser feliz. E só aproveita a vida quem sabe viver. E saber viver não é extrapolar nos momentos de euforia e do exibicionismo. Nem todos os maiores milionários do mundo foram, ou são, pessoas felizes. E se não são felizes não são ricas, não importando o quanto possuam. E se você acha que esse papo é filosofia barata, caia fora da piroga. Porque você pode se afogar, mesmo, aparentemente, protegido pelos coletes da riqueza. Vamos simplificar tudo isso. Viva a vida de maneira que você possa aproveitar cada momento do seu dia a dia. Nunca perca seu tempo com aquele sujeito chato que fica azucrinando você. Sorria pra ele, em vez de amarrar a cara. E é aí que você deve mostrar sua superioridade. É quando você entende que não deve desprezar seu próximo. O que você não deve é se familiarizar com ele. Não deixe de cumprimentar o cara, mas não o abrace. Não permita que ele se familiarize a você, mas apenas respeite você, por você respeitá-lo, por ele ser um ser humano como você. E nisso não importam as diferenças de classes sociais entre você e ele. O respeito só se faz presente quando sabemos respeitar. Ele tem que ser sincero. Porque o sucesso está filiado à sinceridade. E é aí que nos mostramos quem realmente somos. Ou somos sinceros ou não receberemos o respeito que deveríamos receber na sinceridade. E não se iluda, porque todos sabemos quando um cumprimento é sincero. E quando não é, não vale nada. E são nossas atitudes que dizem quem realmente somos. Porque quando não sabemos aproveitar os erros, continuamos errando. E nos erros não conseguiremos sucesso. E sem sucesso não há felicidade. Logo, aprenda a definir o que é sucesso pra você. E você tanto pode estar certo quanto errado. Tudo vai depender de você mesmo e de mais ninguém. Você sabe que ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim. Procure sua felicidade dentro de você mesmo. É aí que está o seu sucesso. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460 —————————————- ESPAÇO DO LEITOR FORAGIDOS O leitor Rafael Guimarães enviou o seguinte comentário: “A onda de assaltos nos últimos meses envolvendo foragidos do sistema prisional tem se intensificado próximos às chácaras na região do Monte Cristo, pela proximidade do local com a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, e também pode estar relacionada à falta de policiamento ostensivo na localidade, o que já cobramos várias vezes, mas não obtivemos sucesso em nenhuma das solicitações”. PRAZO O servidor público Percival Neves disse que está encontrando dificuldade para juntar a documentação necessária para dar entrada no processo de enquadramento da MP 660. “Estamos correndo contra o tempo para juntar toda a documentação exigida para a possível reintegração dos servidores do ex-Território de Roraima à União. Primeiramente é a morosidade com que somos atendidos na Segad [Secretaria Estadual de Gestão Estratégica e de Administração]. Em seguida, o prazo dado pelo INSS na declaração do tempo de contribuição, o que dificulta mais ainda”, comentou. VALAS Marluce Pinheiro fez o seguinte relato: “Está um perigo para os motoristas circularem em avenidas que receberam recentemente obras de drenagem, pois o asfalto não foi devidamente recapeado neste período de chuva. Na manhã de ontem, um veículo, ao passar pela Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, caiu em uma destas obras inacabadas, sendo necessária a ajuda de um trator para retirá-lo. Portanto, atenção redobrada ao passar por estes locais que receberam obras recentemente”. ROXINHO Pais de alunos da região do Roxinho, em Mucajaí, passaram a enfrentar mais um problema para que seus filhos estudem. Segundo eles, além do atraso de quase dois meses para o início das aulas este ano, ontem a falta de combustível levou à suspensão das aulas na única escola da região, sem previsão para retorno. Denunciam que o motivo para suspensão das aulas foi a falta de combustível para o transporte escolar que atende os cerca de 200 alunos que estudam no Roxinho.