Opinião

Opiniao 09 05 2018 6159

A reinauguração do Kumon – Dolane Patricia*

Parecia que seria uma noite como outra qualquer, era uma segunda-feira e eu havia recebido um convite do kumon para ir com a Hannah na festa de reinauguração da Unidade da Glaucia Domenico, no Centro de Boa Vista-RR, maior unidade do Kumon da América Latina.

Era 19h após um dia árduo de trabalho e com resquício de uma gripe forte, decidi que não desistiria, era necessário esse momento com a Hannah e afinal, era o Kumon né?

Minha história com o Kumon começou em 2013, logo após meu divórcio, quando decidi matricular Ailton Filho e Arthur. Encontrei ali uma nova forma de ver o mundo!

O tempo passou e Hannah acabou entrando no Kumon apenas com 5 anos de idade, momento em que rapidamente aprendeu a ler e a interpretar muito bem, o que me deixava muito animada.

Hannah sempre se destaca em tudo que faz e tem muito do Kumom impresso em sua personalidade.

A programação teria a presença da aluna e cantora infantil Rafa Gomes, finalista do The Voice Kids, ela havia se tornado garota propaganda do Kumon no Brasil.

Chegamos e Hannah foi direto tirar foto com a Tia Gláucia para postar no Instagram e ganhar um copo personalizado do Kumon. Ela esperava ansiosamente a chegada de sua amiga Mariana e enquanto isso se dirigiu para a sala de leitura.

Glaucia foi homenageada e a milésima aluna, presenteada. O presidente do Kumon na América Latina, Sr. Masami Furuta, discursou em japonês e tinha uma intérprete muito eficiente para traduzir suas emocionantes palavras.

Depois foi a vez do gerente regional do Kumon apresentar vídeos de colegas parabenizando Gláucia pela realização de um sonho e discursando no sentido de que aquela noite era a noite de realizar sonhos!

Mas, sem dúvidas, o momento mais emocionante da solenidade foi o discurso surpresa de sua filha Gabi, de 14 anos, aluna do Kumon e com uma desenvoltura espetacular. Deu um show lendo um texto de sua autoria que destacava a felicidade de ser testemunha ocular de um sonho realizado e estava emocionada porque sabia que era uma das partes mais emocionantes desse sonho. Foi quando derramei minha primeira lágrima.

Gláucia é filha de professora do Kumon, foi aluna, recepcionista, exerceu várias outras funções, até se tornar orientadora de uma Unidade. As instalações do Kumon Centro foram ampliadas e estava acontecendo ali a sua reinauguração. Naquele momento, entrava em cena um capítulo de sua história que dificilmente seria esquecido.Foi nesse contexto que Gláucia Domenico, muito emocionada, enxugava os olhos sem se preocupar em disfarçar os sentimentos que saltavam pelo seu rosto em forma de lágrimas. Agradeceu ao presidente e aos orientadores que vieram de diversas partes do Brasil para prestigiar aquele momento. Agradeceu também ao “time forte” que são as professoras extremamente atenciosas do Kumon da Unidade Centro.

Mas mal eu sabia que as emoções estavam apenas começando. Foi quando chamaram Rafa Gomes para cantar e as crianças tomaram a frente do palco.

Nesse momento Hannah e Mariana foram ver Rafa Gomes cantar, Geusa mãe da Mariana pediu para eu ficar tranquila porque a professora do Kumon estava com Hannah no colo e que iria ficar por lá também.

Até então, eu era uma das poucas mães sentadas, alguns pais mais contidos estavam sentados também, mas as cadeiras já começavam a esvaziar em razão de todos se aproximarem do palco. Ficou uma pequena brecha de onde pude ver Rafa cantar.

Foi quando ela cantou a primeira música, História de uma Gata, música que apresentei minha primeira peça teatral com adolescentes quando era professora na Bahia. Que interpretação fantástica! Foi quando caiu minha segunda lágrima.

Eu me lembrei da diretora Ulda, dos alunos e de cada momento que passamos ao sair para apresentar a peça: “História de uma Gata.” Assim, enquanto eu disfarçava e enxugava as lágrimas, rafa começou a cantar a música Banho de Lua um dos primeiros discos que ganhei de presente da minha mãe e nesse contexto, já havia desistido de enxugar as lágrimas porque era como se minha infância passasse diante dos meus olhos como se fosse um filme.

Cantou ainda outra música que costumava ouvir com minhas amigas de infância na Bahia e eu produzia shows com elas para apresentar pros pais e amigos, eu mesma confeccionava as roupas de papel, todas absolutamente iguais.

Então Rafa começou a cantar a música Superfantástico, com tanta emoção que eu conseguia enxergar através do tempo eu e Daniela Feitosa, pequenas, cantando aquela música em Salvador com uma emoção semelhante!

As músicas do Balão Mágico marcaram muito e ela cantou outras músicas que lembravam Margarethe Reiterer, que hoje mora no Canadá. Foram lembranças de uma infância maravilhosa, com músicas que pareciam terem sido escolhidas minuciosamente para aquele momento, na voz de Rafa Gomes!

Foi quando ela começou a cantar a música Aquarela, de Toquinho, que as lágrimas silenciosas caíram com maior frequência e eu nem as enxugava mais. Enquanto meditava na letra da música, lembrava da minha infância e o que o Kumom representa na minha vidae na vida dos meus filhos, senti algo fluir dentro de mim… uma vontade de sonhar mais e uma enorme certeza de que poderia realizar cada um desses sonhos.

É como “um menino que caminha e caminhando chega no muro. Mas, “ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está…”

É quando chega no muro que o futuro parece mais incerto. É quando, sem pedir licença, “muda nossa vida e depois convida a rir ou chorar…”

E o futuro?

“É uma astronave, não tem hora de chegar…” e pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos!

Parabéns Gláucia!!!

*Advogada, Juíza Arbitral, Mestre em Desenvolvimento da Amazônia e mãe de aluna do Kumom. Acesse dolanepatricia.com.br

Cuidado com ela – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Aja, ande, fale e pense como a pessoa que você deseja ser. A atitude segue a ação”.

Não sei se você presta atenção a isso, mas nada é mais desagradável do que você conviver com uma pessoa que ainda não se encontrou. E como são tantas por aí. Dia desses entrei num supermercado e o g
erente estava dando uma bronca danada numa das garotas do caixa. O cara gritava e não dava oportunidade à garota, para que ela se justificasse explicando o que acontecera. Não sei o que foi. Mas ela estava tentando explicar. E como eu não tinha nada a ver com o incidente, continuei na minha caminhada até a prateleira. Procurei não me incomodar com o fato. Tudo de que eu necessito para ver no que vi, acabava de ver. Já não é tão comum verem-se casos como aquele. Mas ainda os vemos. Mas eles não deviam existir mais.

Cuidado com a arrogância. Ela é um dos maiores exemplos do despreparo. Você nunca vai ver uma pessoa preparada e arrogante. Quando queremos ser, começamos a nos preparar em nós mesmos. E isso começa já na infância. É quando deveriam nos preparar para a vida que merecemos. É quando começamos a pensar, agir e até andar, já nos moldes do que devemos fazer quando adultos. E mesmo depois de adultos podemos nos formar para o mundo, preparando-nos para ele. O mundo nunca estará preparado para nós. Nós é que devemos nos preparar para encarar o mundo em que atuamos, vivemos e fazemos. E é aí que aprendemos a fazer bem feito tudo que devemos fazer. Porque é aí que está o nosso valor.

Nossa postura, no nosso comportamento, sobretudo para com as outras pessoas é que vai dizer o que realmente somos. Ainda temos a mania de ver as pessoas que não reagem ou não agridem, como pessoas fracas. O que elas são, é firmes. Que é o que acontece nas verdadeiras lideranças. Não precisamos nem devemos gritar com nossos subordinados. Na liderança, quando vemos que o subordinado não serve, substituímo-lo imediatamente. Mas tudo na verdadeira paz. Mas aí não pode haver meios termos. Ou serve ou não serve. E se serve, trabalhe o máximo para aprimorá-lo. É daí que pode surgir um novo líder. E nunca vamos encontrar um líder sem lhe dar a chance de aprender com seus próprios erros. Quando confrontamos estamos dando mau exemplo. E mau exemplo só constrói maus exemplos. E os maus exemplos são o que mais nos atormenta no momento em que não conseguimos encontrar nosso caminho. E quando não o encontramos é porque não o construímos. E não vamos construí-los com protestos através de depredações e vandalismo. Evite o vandalismo na sua alma. Mantenha-a no caminho do racional. Pense nisso.

*[email protected]