Consternação, dor e meditação como lenitivo maior – Francisco de Assis Campos Saraiva*O mês de setembro chegou ao fim. Meu Brasil chora de ver tanto sofrimento pelo qual passa a nossa gente. Será que os nossos governantes estão esquecidos do Soberano Pai Eterno criador de todas as coisas? O choro é comovente e as lágrimas são derramadas a cântaros por toda parte. O sofrimento é cruel e ninguém sabe mais por onde andar em segurança, porque, por todos os recantos de nossa Pátria o terreno parece minado, com as artimanhas da maldade como cilada maior para a comunidade em desespero. Não há mais em quem se possa confiar o que nos parece lastimável e cruciante.
O mês de setembro foi pesaroso, com fatos doídos que aconteceram no perpassar de seus dias. A 16 do corrente nos deixava para sempre Carlos Augusto de Vasconcelos Lima, mais conhecido como Carlinho Freire, aos 80 anos de idade. Um cidadão admirado que amava esta terra de coração. Digna pessoa. Bom pai de família e um empresário de grande valor, que durante sua vida profissional não deixou laivo de desonra nos caminhos que percorreu. Um cidadão digno a toda prova que deixa a seus pósteros exemplos relevantes de amor, honestidade, tenacidade e profissionalismo na obra que edificou. Será lembrado sempre, principalmente pelos mais carentes, a quem se devotava com amor e desprendimento. É prazeroso lembrar fatos que ficaram em nossa mente.
Em 1975 juntos: Eu, Carlinho Freire, Ramiro Silva e Abel Raposo, na madrugada do dia seis de maio daquele ano, embarcamos para a Europa, mais precisamente para a Itália, onde, no Vaticano, em Roma, por ser considerado o Ano Santo, entramos pela porta da frente, que se abre a cada 25 anos decorridos. Ali fomos recebidos pelo Papa Paulo Sexto, com auxílio de Dom Servilio Conti, de saudosa memória, bispo na época da então Prelazia de Roraima, que nos deu a bênção, que seria estendida para toda comunidade Roraimense. Percorremos grande parte da Itália. Andamos de gôndola em Veneza num lindo por de sol daquela tarde fagueira. Visitamos Bergamo, Assis, Gazanica, Pádua, Florença, Gênova, Veneza, Napoli, Turim, Milão e outras belezas daquele lindo País Europeu, inclusive o Cemitério de Pistoia e a Torre de Piza desafiando a lei da gravidade aos olhos do mundo. Da Itália fomos para a Inglaterra, onde passamos quatro dias em Londres. De lá viajamos para Portugal, onde, também, ficamos por quatro dias em Lisboa. Obrigado, amigo, Carlinho Freire, pelas alegrias que você nos deu naquela agradável viagem. Você agora está junto ao Pai Eterno, onde já se encontra nosso companheiro do ditoso passeio, o Abel Raposo, do qual guardamos com saudade em nosso coração.
O Carlinho Freire era ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Roraima, da qual faço parte como Diretor da atual Diretoria. No ato de sua morte, o atual Presidente da ACIR João Batista de Melo Mêne, quando divulgava o triste fato pela imprensa e redes sociais, exibiu uma foto tirada com ele anteriormente. Dois dias após, adoeceu repentinamente e foi parar na UTI do Hospital Unimed com problemas cardíacos. E no dia 26 pretérito, 10 dias após a morte de Carlinho Freire, morreu, também, para grande consternação de todos nós. Vinha exercendo um trabalho profícuo na Presidência do Órgão Empresarial.
Dinâmico, inteligente, bom amigo, bom pai de família e cultivava com sabedoria o espírito de camaradagem entre seus pares. Deixa no meio empresarial uma lacuna, que será sentida para sempre indistintamente. Hoje faço lembrar um fato que me afaga a alma. Em 1972, no primeiro semestre, João Mêne, na inauguração da Agência do então Banco Real, foi escolhido como gerente auxiliar do titular o jovem Leonardo, natural de Belém – Pará. Ambos foram ao 6º Batalhão de Engenharia de Construção, Unidade Militar a que servia há pouco mais de um ano, e ali se deu a abertura da primeira conta pessoal, tornando-me o cliente pioneiro da entidade bancária, o que foi de bom grado para mim.
Dali por diante nasceu uma nova amizade entre nós. João Mêne auxiliava o sogro no comércio, o amigo Said Salomão, de memória inesquecível, e, pela cidade, efetuava suas vendas dos produtos que a empresa diversificava. E assim lhe fiz várias compras para os setores do 6º BEC sob minha chefia, consolidando mais ainda a boa amizade.
No dia 27 do mês que ora finda, me foi lembrado com lágrimas e saudade. Era a data de aniversário da querida e inesquecível filha Andréa Patrícia Madruga Saraiva, que, se viva fosse, estaria completando 44 anos de existência. Era uma Roraimense nata que amava esta terra com a força telúrica de seu coração. Bonita, inteligente, carismática, que se afeiçoava as pessoas com relativa facilidade. Tinha bons projetos a realizar. Fazia pós-graduação em Manaus e ali naquela cidade, aos 30 anos de idade, perdia sua vida para sempre, no dia 7 de junho de 2002, em plena copa do mundo, vítima de um acidente de trânsito, que nos abalou profundamente como nunca. Trouxemos o corpo para Boa Vista, onde foi sepultada. E a saudade e o sofrimento continuam até os dias de hoje.
O tempo ameniza, mas o tempo não apaga. São os desígnios de Deus que vão depurando a nossa alma e ele nos dar o conforto de prosseguirmos na vida que continua para sempre. Como conheço a Palavra de Deus, sei que nada acontece por acaso na face de terra. “Diz Sua Santa Palavra que tudo tem seu tempo, e tudo que se faz debaixo do céu tem sua hora. Tempo de nascer; e tempo de morrer; tempo de plantar; e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar; e tempo de curar; tempo de destruir e tempo de edificar; tempo de chorar; e tempo de sorrir; tempo de prantear e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de juntar pedras; tempo de abraçar; e tempo de deixar de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar; e tempo de descartar; tempo de rasgar; e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar; tempo de amar; e tempo de aborrecer; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes 3. 1-8).
*Membro da ALB e da ALLCHEE-mail: [email protected]——————————————————
A arte de viver – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. (Gandhi)A arte é uma manifestação espiritual. Ela está ligada intimamente ao espírito humano. Ela expressa no artista uma demonstração da criação no criador. A arte se manifesta no ser humano desde os primórdios da criação humana. Manifesta-se desde a origem da humanidade, nas suas expressões mais primitivas. Desde que o homem começou a viver, que ele procura demonstrar sua existência através da arte, rupestre ou não. É através da arte que o homem procura demonstrar sua criatividade. Solidez, beleza, encanto e simplicidade são o foco mais espiritual demonstrado na arte. Todas as formas de demonstração da arte são de um encantamento extraordinário. Um sentimento que mexe com os sentimentos.
Os sentidos místico e espiritual não podem ser ignorados. Até mesmo os mais carentes de conhecimentos não podem evitar o encantamento produzido pela presença da arte emsuas demonstrações. A arte mistura sentimentos, emoção e espiritualidade. Na leveza e na espiritualidade a arte mexe com a alma humana de forma divina. Até mesmo nos povos mais primitivos a arte teve um desenvolvimento extraordinário na evolução do sentimento humano. Repita-se que o artista é essencialmente um verdadeiro criador. Um deus na criação. Sem ele não haveria evolução espiritual.
O gosto pela arte vem desde os povos mais primitivos. O que faz dela um sentimento divino. Não importa a maneira ou forma de apresentação da arte. O que importa é o que ela é no atiçar o sentimento espiritual no ser humano. O espírito do artista vive eternamente em busca da perfeição. E a perfeição nem sempre está na beleza estética,mas na exteriorização do sentimento do artista na execução da arte. É na busca da perfeição que nos aperfeiçoamos. E a perfeição na arte vem através do sentimeto espiritual e racional do artista. E a perfeição na arte pode estar mesmo nas demonstrações mais simples e singelas. Vem daí o carinho e respeito que tenho pelos artesãos. Para mim eles são, por sua simplicidade, verdadeiros deuses criativos.
A fortaleza da arte está em ela estar em todas as atividades espirituais na demonstração da beleza; independentemente do ramo em que a arte se desenvolve. Nada é mais divino do que a arte. E se você não é um artista, não se entristeça;sua capacidade pode muito bem estar na sua sensibilidade diante do produto produzido pelo artista. A arte está embutida em nossas almas. Nossa origem racional está sempre presente em nossos sentimentos. E é na arte que mostramos o quanto somos, produzindo-a ou contemplando-a. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460————————————————ESPAÇO DO LEITOR QUEIMADAS 1A moradora do Município de Pacaraima, Patrícia Sales, comentou que Roraima passa por um período crítico por causa da estiagem, por isso solicita a fiscalização dos órgãos ambientais e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para coibir as queimadas que estão ocorrendo na região das serras. “Não custa lembrar que o período requer total atenção para que não ocorram desastres ambientais por conta da queimada descontrolada, a exemplo de anos anteriores”, frisou.QUEIMADAS 2Sobre o mesmo assunto, o leitor Alfredo Trindade disse: “Esta semana, ao chegar próximo ao Município de Amajari, eu me deparei com pequenos focos de queimada que, mesmo isolados, pela forte estiagem que abrange áreas de mata no município, podem se tornar um grave problema se não forem contidos a tempo. Portanto, por precaução, o melhor é evitar qualquer tipo de queimada, mesmo a residencial, uma vez que pode se alastrar rapidamente, perdendo assim o controle”.CONCURSOMoradores de Caracaraí enviaram a seguinte reclamação: “Gostaríamos de saber do prefeito de Caracaraí quando o município pretende chamar os aprovados no concurso público realizado para o cargo de professor, já que em julho de 2016 expira o prazo. Pela carência de professores na sede do município, a estratégia que estão utilizando é o deslocamento de professores do Baixo Rio Branco e de Novo Paraíso. Mesmo assim, ainda existem escolas que estão fazendo contratos temporários. Fizemos o concurso, fomos aprovados e agora queremos o direito que nos é assistido, de sermos convocados”.MANUTENÇÃO A leitora Eliane Lima relatou que há mais de oito dias que tenta, junto à operadora Oi, pedir a manutenção da linha telefônica que se encontra fora do sistema, bem como o serviço de internet. “Já fiz diversas ligações relatando o problema e a informação seria que no prazo máximo de 48 horas um técnico verificaria o problema. É um absurdo o desrespeito com o cliente”, reclamou.