NÃO DEIXE O MAR TE ENGOLIR
Paulo Nicholas*
Sabe aquelas horas que sentimos como se a palma da mão do mundo se abatesse sobre as nossas cabeças? Nos sentimos pequenos e impotentes diante de nossos problemas e preocupações. Incapazes e sem soluções.
Mentalmente levantamos as mãos, na vã tentativa de espalmar a voracidade do punho de ferro que nos esmaga de cima para baixo. É como se estivéssemos nus entre duas faixas de uma via movimentada. Sem saber se cobrimos nossas “vergonhas” ou se nos preocupamos em sair do meio da rua para não sermos atropelados e, neste dilema, ficamos simplesmente parados, sem ação. Congelados diante do medo e da sensação de pânico.
Quem gosta de praia com onda, como eu, pode atestar que é uma sensação idêntica àquela que sentimos quando o mar nos pega desprevenidos e somos jogados de um lado a outro, ao bel prazer da maré maliciosa. Breves momentos de descontrole total no meio de um turbilhão em que o único pensamento é o medo.
Com frequência, naquelas horas em que deitamos a cabeça no travesseiro e fazemos um balanço do dia e de nossas vidas, paramos para pensar nos problemas e preocupações, refletir quem somos e o nosso papel no mundo. E o principal: O que será de mim amanhã?
Horas que costumam ser cruéis, lagartixas parecem passear no estômago enquanto bolas de pingue-pongue quicam dentro da cabeça. Isso sem falar do tapete que insiste em ficar roçando na língua.
Uma primeira boa nova para quem já experimentou esta sensação: É normal! Todo mundo sente isso de vez em quando. A única diferença é a intensidade: Uns sentem mais enquanto outros passam por esta experiência poucas vezes na vida. Mas o fato é que vez ou outra cada um de nós sente “o peso do mundo nas costas”.
A parte ruim é que vai acontecer de novo! Faz parte do nosso ciclo de vida a alternância de momentos de tristeza e de felicidade, de preocupações e de alívio, de se sentir pequeno e depois grande diante dos fatos. O que mais importa não é o “quando” vai acontecer, mas sim “como” reagir diante de tais situações.
Tem gente que costuma dizer que são essas horas que separam os homens dos meninos. Prefiro dizer que são as horas do EU, momentos em que a verdadeira personalidade aflora. Precisos momentos em que atingimos o ápice da euforia ou o fundo do poço. Momentos que definem quem somos.
Nestas horas, costumo sempre me lembrar da frase célebre de Charlie Brown Jr. “Não deixe o mar te engolir”. Entenda que problemas são uma parte fundamental de nossas vidas e que sem eles nós não daríamos valor aos bons momentos. Abrace seus problemas, aceite-os, faça deles seus parceiros de vida, desate os nós que você conseguir, não se desespere. Respire, feche os olhos e se acalme.
Respire, feche os olhos e se acalme.
Você ainda estará respirando amanhã, percebe? Então levante, dê o seu melhor (isso é o mais importante) e tente achar uma solução. Pior do que ter um problema ou vários deles, é se deixar levar.
Não deixe o mar te engolir!
*Advogado e escritor
@pnicholas
O QUE É AMOR, EXPLICA POR FAVOR!
Guilherme Costa do Nascimento*
O que é o amor? O amor é gostar, fazer o bem, carinho, dedicação, atenção, atitudes; mas isso é o amor? Será que as pessoas sabem o que é realmente ter amor? Algumas pessoas confundem esse sentimento, tão bonito, verdadeiro e tão sincero, pois às vezes ele está escondido em uma pequena flor, numa canção, em um gesto, em um poema, no pequeno ato despercebido ou quem sabe neste texto.
Sintomas do primeiro estágio inicial os neurônios liberam a dopamina, hormônio que provoca euforia. Segundo os estudos da antropologista Helen Fisher, o sistema límbico, voltado para as recompensas, é ativado quando estamos apaixonados.
A dopamina traz um sentimento de felicidade, a norepinefrina aumenta a vontade de se estar com a pessoa. Além disso, os apaixonados têm baixos níveis de serotonina, um hormônio encontrado em pouca quantidade em pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo. Por isso, alguns indivíduos apaixonados tornam-se OBCECADOS pelos parceiros.
Quando o cérebro volta a produzir serotonina, um sentimento de confiança começa a fazer parte do relacionamento. Segundo um estudo americano, outro hormônio que torna a relação mais estável é a oxitocina, por ser liberado durante o orgasmo.
E muitas vezes o amor nasce apenas de uma afeto, na forma de tratar alguém bem, ele também pode ser, cheio de dúvida, nos causa medo e algumas vezes não, outros têm receios de demonstrarem o amor, porque o amor tende a causar dores em sua partida e o fim do Amor é um sofrimento.
A dor de perder um amor muita das vezes nos deixa um vazio enorme, uma sensação de tristeza que parece que não vai ter fim, uma agonia, uma solidão, tudo isso nos faz pensar, vale a pena mesmo amar? Tudo que é bom tem um preço amargo ao seu fim, porque a vida é passageira, tudo tem um pontinho final, até mesmo o amor, quem já amou de verdade sabe do que eu estou falando, ao ouvir aquela música que nos traz uma ausência de quem nos falta, lembrança de um lugar que há tempos ficou apenas saudades.
Quando se é jovem, o amor é uma fantasia, tudo é bonito, parece perfeito, um amor jovial que parece ser pra sempre, cheio de romance, sorrisos, alegrias, olhares, toques, perfumes, um encantamento, aí depois, o amor amadurece, as coisas mudam, os gostos mudam, as realidades são totalmente diferentes, as pessoas crescem, e suas vaidades, prazeres, desejos e formas, tendem a buscar outros tipos de amores, amor material, amor financeiro, amor platônico, amor momentâneo, amor ilusório, amor prazeroso, amor fictício, amor egoísta, amor por sedução, quanto mais as pessoas amadurecem, mais elas mudam, além da forma de perceber o que elas realmente desejam para si, outros confundem o amor, com um carinho, afeto, generosidade, atenção, carência, desejos e modificam a forma de querer sentir-se
bem.
Algumas pessoas estão esquecendo o que é amar, estão tão preocupadas em sentir-se feliz, em correr atrás da felicidade, que não se preocupam mais em amar ninguém, vivendo em um mundo tão caótico, rápido, informativo, com pressa, deturpado, ilusório, que elas não têm mais tempo de amar, digo amar de verdade, hoje você tem alguém, amanhã se ela for embora, tanto faz, logo se arruma outro, trocam-se as fotos dos perfis, mudam-se os status, e novamente, estão disponíveis para TER outra pessoa, aspectos da MODERNIDADE, são situações assim que algumas pessoas chamam de ter compromisso, algo momentâneo e sem expectativa, será que é amor?
Famílias sendo destruídas, filhos separados dos pais, desunião, distância, ausência, desequilíbrio familiar, abandono, surgimento de uma nova doença, depressão, algo que não passa, que não tem remédio rápido, isolamento, uma dor insuportável, a consequência é sempre o fim de uma vida, uma dor tremenda para quem fica, isso é amor? Aonde há amor? Será que alguém liga para essas coisas, ou só liga depois que acaba? Eu fico me perguntando, alguns casais amando, outros chorando, alguns bebendo, sofrendo, alguém morrendo, onde está o amor?
Parece brincadeira, mas as pessoas estão brincando com o amor, como dizia o apóstolo João, DEUS É AMOR, se as pessoas não amam, improvavelmente virão Deus nelas, a cada ato de amor, um pouco de Deus, a cada gesto de amor, uma porção de Deus, Porque o amor é o dom mais precioso que Deus nos dá, e estar vivo é ser gratificado nessa misericórdia divina do amor de Deus.
Andando pela cidade, vemos mais pessoas necessitadas de Deus, do que de pessoas, precisando de amor do que de coisas, um povo correndo atrás de materialidade que não poderão obter quando essa vida terminar, estão cheios de problemas causados pela cegueira de querer ter todas as coisas deste mundo, são bombardeadas constantemente por uma sociedade que só quer te ver consumindo, lixos criado pelos donos das riquezas da terra, você está vivendo uma vida que não é sua, hoje muitos vivem em funções deles, mídia, internet, rádio, moda, comunicações em gerais, você é o ESCRAVO, mas você acha que elas param para analisar a vida e refletir sobre o que as pessoas estão fazendo consigo mesmo? Às vezes falamos de amor nas ruas para as pessoas, e dentro de casa, não sabemos o que é isso, é como ter um carro e não saber dirigir, assim é uma vida perdida na imensidão deste mundo, sem saber o que realmente as pessoas necessitam pra serem felizes.
Pra tu ser feliz nessa vida você só precisa de uma coisa: Deus, ele é suficiente, pois ele é o amor, e ELE nos basta. ACORDA SOCIEDADE ESTAMOS RETROCEDENDO, FELIZ 2020!
*Acadêmico de Direito – Faculdades Cathedral Boa Vista
[email protected]/ 095 98104- 8797
Vamos sair do poço
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo.” (Miguel Couto)
A Cultura Racional nos diz que o ser humano só aprende com repetições. Mas também sabemos que o ser humano valoriza mais a morte do que a vida. Porque o ser humano é mais propenso ao negativismo. E com isso ficamos a vida toda repetindo tolices que deveriam ser esquecidas. E como o pensamento do Miguel Couto não é nenhuma tolice, vamos repeti-lo sempre que houver necessidade. Mesmo porque ele, o pensamento, está aliado a tantos outros do mesmo nível. Napoleão Bonaparte, por exemplo, também disse que: “Devemos construir mais escolas para não termos que construir mais presídios.” Sabemos também que “Devemos educar as crianças para não termos que punir os adultos.”
Sabemos que o crescimento populacional no Brasil está crescendo acompanhado pela queda na qualidade na Educação. O que nos indica que nossa Educação está saindo da letra maiúscula. E o mais preocupante é que vamos continuar nessa navegada em piroga furada, ainda por muito tempo. Não há como fazer uma mudança tão grande, numa caminhada de tartarugas. E é isso, infelizmente, que estamos vivendo atualmente. Há décadas e muitas décadas, que os governos vêm vendo a educação em segundo plano. O despreparo no nosso ensino é tão alarmante quanto o da educação. E vamos continuar sem acreditar que educação é educação, e ensino é ensino. Não educamos ensinando, mas orientando.
Quando será que seremos educados suficientemente para saber que a educação começa no lar. Que a criança que não é educada no lar, vai mal educada para a escola. E o professor nem sempre teve condições de educar seus próprios filhos. E como é que queremos que ele eduque nossos filhos? Vamos acordar e despertar desse sono maléfico que não nos deixa sonhar com o que realmente necessitamos para sermos um povo civilizado. Vamos lutar pacificamente para crescermos no País que tem dificuldade em crescer quando já é um “Gigante de coração de ouro e músculos de aço.”
Vamos fazer nossa parte nessa batalha patriótica, sem o arrufo do patriotismo politiqueiro. Chega de briguinhas comadrescas e ilusórias. Vamos lutar por uma Educação de qualidade, para que sejamos cidadãos respeitáveis e respeitados. Vamos nos educar para merecermos o voto facultativo, sem o qual não seremos mais do que marionete e títeres de uma política escravagista. Mas para que sejamos cidadãos é preciso que sejamos educados politicamente. Porque só aí deixaremos de eleger fanfarrões que se divertem, escudados na nossa ignorância política. Até quando assistiremos a esse espetáculo ridículo? Pense nisso.
*Articulista
99121-1460