Opinião

Opiniao 10 02 2020 9755

Jingles e Santinhos

Atenção! Em tempos de extremos querendo ocupar a foto emoldurada nas repartições públicas, não sei se você já se deu conta, mas sorrisos e discursos não vão evitar jogar o conquistado fora ou navegarmos em águas turbulentas de quem não tem jeito pra coisa. Sei lá quem vai ser; só sei que para oferecer serviços públicos de qualidade numa terra boa de viver é preciso queimar neurônios.

Vai ter quem diga que mudar e inovar é perigoso. E tem os do tudo é divino e maravilhoso. Agora, como ter qualidade de vida e ser atraente a empresas que querem investir em negócios? Como desburocratizar e ter uma máquina pública mais eficiente? Quem vai tratar de saúde perto de casa, suicídio, drogas, violências, migração, gravidez com método e responsabilidade? Como associar transparência, bem-estar e mobilidade estimulando a cidadania participativa? Tornar cada cidadão prefeito, cada cidadã prefeita é o desafio.

A fórmula passa por tirar o cidadão comum da zona de conforto achando que o eleito tem cheque em branco. É inadmissível garrafas e placas de carro perdidas na areia da praia onde é proibido lixo e veículos. É como estar preocupado com o Coronavírus sem fazer seu dever de casa contra Aedes, Dengue, Zika no quintal. É a nova Carlos Pereira de Melo, sua faixa contínua amarela que proíbe conversões, vitimando vidas e patrimônios em parte por culpa de apressados e seus jeitinhos. A cidade deve ser lar e escola

Com tanto sol e tanta escuridão, precisamos de foco urgente no superavit e na capacidade de investir acima de 10%, longe de deficits e próximos de uma máquina pública mais eficiente. A qualidade educacional não é só na oferta de vagas ou apostilas, mas a responsável transição ao ensino fundamental II numa sociedade que lê, interpreta e raciocina com lógica. É significância contextualizada do ensino médio, e oportunidades aos que atingem nível superior acelerando nossa capacidade de atrair investimentos.

Não é delírio. Desenvolvimento sócio-econômico para tirar da pobreza e da extrema dependência do contracheque nossa gente é parte da fórmula que não cabe em eleição. É projeto de sociedade. Servidor público deve saber os objetivos da gestão, do plano de governo, e ser agente de valor nas mudanças, independente dos verdadeiros parasitas engomados que ocupam poderes. 

Dias atrás, ouvi de gestor municipal que Boa Vista era a capital mais pobre e com menor orçamento do Brasil. Mentira! A mais pobre tem melhores índices de eficiência fiscal e transparência, educação, saúde e bem-estar, infraestrutura e destaque no quesito ordem pública que combinados merecem Palmas. Nossa questão aqui é melhor gestão orçamentária que atenda quem não tem insulina, azitromicina, médico, ônibus na hora certa, cultura por toda parte e praça com quiosque da guarda sem guarda.

Nessa luta por outro sistema contra o sistema, dos dados e fatos contra causos, depende muito da capacidade do cidadão se permitir ocupar a Política. Tornar o papo chato em algo agradável aos ouvidos de modo que novos hábitos nos levem onde outras cidades já rumaram. Fuja de santinhos do pau oco de saberes e das musiquinhas sem conteúdo. É preciso estar atento e forte.

Linoberg Almeida Professor e Vereador

Provas e Expiações Paulo Eduardo de Barros Fonseca*

Segundo a doutrina espírita, “a Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana”, pois o período da humanização começa, geralmente, em mundos ainda inferiores ao nosso planeta. “As nossas existências no orbe terráqueo são …, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição”, de modo que “a Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias” (Allan Kardec:   O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Questão 172, p. 122.  //   Id. – Questão 607b, p. 300.// O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo 3, item 4.).

Para melhor entender essa questão é preciso ponderar que este não é um planeta primitivo, pois que, de um lado, é nítido o grande desenvolvimento científico e tecnológico vivenciado pela humanidade, evidenciando que seus habitantes são providos de inteligência. Mas, de outro lado, também é inequívoco que grande parte dessas pessoas ainda apresenta um grande índice de imperfeição moral caracterizada, por exemplo, pelo orgulho e pelo egoísmo.

Para que o planeta seja um mundo melhor é necessário que haja um equilíbrio entre o desenvolvimento material – científico e tecnológico – e o espiritual – moral -, o que se sucede gradualmente.

Tendo certo que o progresso é uma lei do universo, usamos uma metáfora para dizer que o nosso planeta é um mundo escola e que nele habitam indivíduos em busca da evolução moral e intelectual. A evolução moral do espírito se explica pela pluralidade das existências quando, por meio de provas e expiações, lhe é possibilitada sua depuração pela reforma íntima.

Mas a pergunta que se repete é: qual é a diferença entre provas e expiação? Pode-se dizer que as Provas são as situações do cotidiano pelas quais são testadas nossas qualidades morais e desenvolvemos nossa inteligência, objetivando que o indivíduo vença suas más tendências. Já as Expiações são as situações de vida por meio das quais é ofertada a oportunidade da reparação de erros cometidos no passado e, ao mesmo tempo, de nos desenvolvermos com a dor bem suportada que ela – a expiação – nos traz.

Usando novamente a metáfora de que o nosso planeta é um mundo escola pode-se dizer que enquanto alunos somos submetidos a avaliações periódicas – Provas – que testam o conhecimento adquirido durante o curso. Se ao final do ano letivo formos reprovados seremos impelidos a refazer aquele período – Expiação – até que estejamos capacitados e aptos a progredir, para aprender novas lições.

Assim é que as provas e as expiações são mecanismos educativos – e não de punição – que possibilitam a todo indivíduo, indistintamente, reiteradas oportunidades de melhoria, ou seja, de progredir, ajudando na sua reforma íntima e, paulatinamente, na transformação do planeta para um mundo de regeneração.

Cabe lembrar que “a Terra … não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas” (Allan Kardec: A Gênese. Capítulo 18, item 27).

*Vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.  

De quem é a culpa?  Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O homem superior atribui a culpa a si próprio. O homem comum, aos outros.” (Confúcio)

Viva feliz nos dias do futuro, deixando para trás o que não valeu no passado. E mais importante é assumir a culpa pelos erros que você cometeu. Não importa quais foram os maus resultados produzidos pelos seus erros passados. Então pare de ficar esperneando e gritando pelas ruas, pensando que está corrigindo o erro que você mesmo cometeu elegendo o cara. Aprenda a aprender
com seus erros e com os erros dos outros. Tudo o que há de bom está à sua disposição, desde que você seja uma pessoa superior. E quando se sentir superior use sua superioridade para cuidar de você mesmo, ou mesma. Você pode estar ajudando alguém com um simples e sincero sorriso numa conversa simples e equilibrada. Comece essa tarefa analisando o mundo em que estamos vivendo. Porque estamos todos numa gangorra. E cabe a cada um de nós fazer o melhor para melhorar o mundo. E você pode estar fazendo isso no mais simples que fizer. 

Você pode estar fazendo o melhor para o mundo elegendo pessoas dignas e merecedoras do seu voto. Simples pra dedéu. E não fique esperando resultados particulares, pra você. Você fez o que devia fazer pelo mundo em que você vive. Seja sincero com você mesmo, ou mesma. Seu sexo não interessa para a grandeza ou pequenez no que você faz. Seu poder está na sua alma. E ela, a alma, expressa sua grandeza através dos seus pensamentos que vêm da sua mente. Então mantenha sua mente sadia para que seus pensamentos sigam as trilhas do bem. E tudo depende, única e exclusivamente, do seu controle mental. 

Você tem um deus dentro de você, que é o seu subconsciente. Aprenda a conversar com ele. Mas você só conseguirá isso se equilibrar seu raciocínio. E o ser humano está caminhando pelas veredas do negativismo. O que dificulta o contato com o subconsciente. O ser humano está valorizando mais a morte do que a vida. E por conta disso não consegue conversar com seu subconsciente que não admite o NÃO. Por isso nunca lhe diga o que você não quer, e sim o que você quer. O que você não quer é problema só seu. Ele só lhe dá o que você realmente quer, não importa o que seja. O que torna você responsável pelos seus atos sejam eles bons ou maus. 

Vá refletindo sobre isso, bem de mansinho. O Ibraim Sued já disse: “O importante é você ir batendo na porta, devagarzinho e entrando de mansinho.” Nada de arrufos. Faça sua caminhada com perseverança, persistência e, sobretudo com muito amor. E não há amor sem honestidade e sinceridade. Seja sincero com você mesmo, ou mesma, e tudo dará certo. Pense nisso. 

*Articulista [email protected] 99121-1460