Conflito e Harmonia
Para qualquer observador imparcial e sereno, os últimos 100 anos da história se sobrepõem a qualquer outra época da humanidade. Muitas foram e são as mudanças em todos os campos do conhecimento e comportamentais. Em contrapartida, muitas são as contradições existenciais, tanto no campo material como no campo moral, ético, espiritual.
Isso tem causado uma forte fermentação, tanto na alma como no coração do homem que se encontra a cada passo em confronto com o combate da luz e das trevas, de ideias mortas e ideias vivas, de vontade inerte com a força viva e ativa. Por todos os lados há o conflito entre o “homem animal” – e seus instintos – e o “homem espiritual” – e seus sentimentos. Para os mais descuidados, aparentemente, o homem vivencia um grande conflito entre o certo e o errado, a moral e a imoralidade, o bem e o mal etc. que interfere de modo significativo nas estruturas e macroestruturas sociais estabelecidas ao longo dos séculos.
Enquanto o indicativo do clímax de determinada crise, o conflito deve ser reconhecido como o instigador da harmonia, pois desperta o homem para a realidade, de modo que este é um momento de grande aprendizado que impulsionará a edificação de uma nova ordem social.
Este é um momento de efervescente transição planetária que influenciará sobremaneira na caminhada da vida e no bem-estar da sociedade como um todo. A humanidade vive e convive num verdadeiro rito de passagem que, apesar de toda turbulência que se vivencia, a auxilia a combater as imperfeições individuais – e consequentemente as coletivas – e, como decorrência disso, compreender seu lugar no mundo material, na sociedade e no mundo espiritual.
Um meio prático e eficaz que toda pessoa pode e deveria adotar para procurar fazer sua transição individual é seguir a orientação de Santo Agostinho no sentido de que: “Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. […]” (Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Questão 919-a)
Como essa transição não é pacífica, porquanto inúmeras são as dificuldades a serem enfrentadas, toda individualidade deve estar focada na certeza de que o “amor cobre uma multidão de pecados” (Pedro, 4:8) e que, com esse sentimento, ajudaremos o planeta a se harmonizar para deixar de ser um mundo de provas e expirações para ser um mundo de regeneração.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Setembro Amarelo – Geórgia Moura*
É uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. A cor amarela é usada para representar o mês da prevenção do suicídio por causa de Dale Emme e Darlene Emme.
O casal iniciou o programa de prevenção de suicídio “fita amarela” ou “yellow ribbon”, em inglês. Em 1994, Mike Emme, filho do casal, com apenas 17 anos, se matou. Mike era conhecido por sua personalidade caridosa e por sua habilidade mecânica. Restaurou um mustang 68 e o pintou de amarelo, Mike amava aquele carro e por causa dele começou a ser conhecido como “Mustang Mike”.
Entretanto, infelizmente, aqueles próximos de Mike não perceberam os sinais e o fim da vida do garoto chegou. No dia do funeral dele, uma cesta de cartões com fitas amarelas presas a ele estava disponível para quem quisesse pegá-los. Os 500 cartões e fitas foram feitos pelos amigos de Mike e possuíam uma mensagem: Se você precisar, peça ajuda. Os cartões se espalharam pelos Estados Unidos e em poucas semanas as pessoas começaram a ligar e pedir ajuda.
A fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda. Em 2003 a OMS (Organização Mundial de Saúde) instituiu o dia 10 de setembro para ser o dia mundial da prevenção do suicídio e o amarelo do mustang de Mike é a cor escolhida para representar esse sentimento.
No Brasil, em setembro de 2015, em Brasília, começaram as manifestações do setembro amarelo. De acordo com a OMS, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo e a cada 45 minutos uma pessoa se suicida no Brasil, e este é o 8º país do mundo com índices de suicídios.
Há a real necessidade de se observar algumas questões, como: depressão, desesperança, desamparo, desespero, entre outras que possam estar causando prejuízos (pessoais e profissionais) na vida de quem está vivenciando essa triste realidade (de pensar e planejar o suicídio).
Muitas vezes, quem comete esse ato de desespero não queria necessariamente se matar, mas acabar com uma dor tão profunda, e não viu outra solução. O comprometimento do indivíduo é tão grande que o mesmo não percebe e não busca ajuda, e a família e amigos podem e devem ajudar. Os fatores biopsicossociais podem contribuir para que alguém pense em tirar a própria vida.
Não é drama! Não é chamar atenção! Não é frescura! Não é falta de Deus!
*Bacharela em Direito e Psicóloga Instagram: @psicologa_georgiamoura Celular: 9 91112692
A universidade do asfalto -Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” (Leonardo Da Vinci)
Quando sabemos o que queremos aprendemos no dia a dia, nas observações dentro do racional. E a universidade do asfalto está aberta a todos nós. É nas caminhadas que aprendemos a caminhar vida a fora. E é aí que aprendemos a caminhar silenciosamente. Nas observações maduras. O que nos leva ao dever de procurar amadurecimento em nós mesmos. E só o conseguiremos aprendendo a observar. E saber observar não é só ver o que deve ver. Mas importante é saber o que deve ver no que vê. Porque é assim que amadurecemos. Ver não é a mesma coisa que olhar. À vezes olhamos e não vemos, e raramente, de acordo com o amadurecimento, vemos sem olhar. Pura visão mental. Não basta olhar, é preciso aprender a ver. Quando sabemos ver, vemos quando alguém está mentindo olhando nos olhos dele. Não há como disfarçar o olhar numa mentira.
A sinceridade é um dos maiores valores no ser humano. Não há quem não respeite uma pessoa sincera. Mas é preciso saber analisar o humano. E isso só aprendemos nas caminhadas da vida. Não sei como você encara o seu dia quando as coisas não dão tão certo assim. É quando aprendemos a atravessar os campos minados. E estes são inúmeros nas caminhadas diárias. Mas o importante é que não nos deixemos vencer nem intimidar. E é na universidade do asfalto que aprendemos a atravessar o campo minado, pisando sobre as pegadas dos que já o atravessa
ram. E quando aprendemos a viver, aprendemos que quando pisamos nas pegadas não estamos imitando, mas seguindo os exemplos. São condições diferentes. Nunca imite ninguém. Apenas siga-lhe os bons exemplos. Mas temos que aprender a distinguir o bom do mau. Porque o mau exemplo sempre produz o mal com o mau resultado.
Relaxe sem relaxar. Mantenha sua mente calma sem acomodação. Apenas aprenda a superar os trancos que por acaso venham lhe intimidar. Os trancos são resultados de erros, e é com os erros que aprendemos a não errar. A menos que não aprendamos a aprender com eles. Então vamos aprender, sabendo que aprender é a única coisa de que não nos arrependemos. Desde que estejamos atentos conosco mesmo. Nossos erros são nossa responsabilidade. Vamos analisar o valor do amor nos acertos. Raramente erramos quando fazemos algo com amor. É ai que analisamos o valor de aprender com os erros. Porque na verdade, aprendemos com eles. Mas só aprendemos isso quando erramos no que fizemos com amor. Então faça isso. Tudo que você fizer, faça com amor. E os resultados sempre serão proveitosos. Pense nisso.
*Articulista [email protected] 99121-1460