Opressão, a arma dos tiranos – Antonio de Souza Matos*Opressão é um mecanismo de dominação usado por grupos ou indivíduos. Segundo o Grande Dicionário Unificado da Língua Portuguesa, opressão é “domínio, coação, sufocação, asfixia”. Consiste não somente em discordar de quem manifesta um ponto de vista contrário, mas também em mantê-lo calado, mudo, asfixiado.
Nem um ser humano tem o direito de oprimir, ou seja, de exercer sobre outrem uma forte pressão psíquica ou física para induzi-lo a assumir uma posição diferente ou mantê-lo calado. Precisamos aprender a respeitar quem pensa diferente de nós. Isso não significa abrir mão das nossas convicções pessoais, mas agir com sensatez.
Há pessoas que não admitem o contraditório, ainda que se autodeclarem defensoras da liberdade de expressão. Usam de todos os artifícios para calar os “oponentes”: ironia, gestos agressivos, tom de voz elevado, vaias, deboches, impropérios e até mesmo agressões físicas. Resultado: ferem, magoam, dividem e, não raro, criam obstáculos intransponíveis.
A Constituição Federal brasileira assegura-nos a livre expressão do pensamento. Diz o art. 5.º, inciso IX, que trata dos direitos e garantias fundamentais: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação [grifo do articulista], independentemente de censura ou licença”. Portanto, temos o direito não só de manifestar o nosso pensamento, mas também de deixar o outro expressar-se livre e espontaneamente.
Se estamos convictos de que o nosso ponto de vista é correto, plausível, não precisamos oprimir quem pensa diferente de nós. Temos de simplesmente apresentar, de maneira lógica, respeitosa e equilibrada, as nossas ideias.
Mas existe algo mais importante do que aprender a argumentar: aprender a ouvir. Por mais que nos pareça tolo determinado pensamento, precisamos ouvi-lo. A Bíblia nos diz: “Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar, porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tiago 1:19-20).
Isso é demonstração de sabedoria – sabedoria que não se aprende nos bancos das universidades. É asnice, sandice e insipiência oprimir e destilar o cálice da ira sobre quem ousa desafiar-nos com pensamentos contrários.
Não vamos a lugar nenhum enquanto insistirmos em bater na tecla da opressão. Respeitar o outro, ainda que discordemos dele, é o começo para o estabelecimento da harmonia e da paz. E, sem dúvida, para a conquista daquilo que almejamos.
*Professor E-mail:[email protected]—————————————————-Carta de um órfão – Fernando Piccinini* Reza a lenda, que fui colocado em uma caixa de sapatos quando tinha três meses de idade. E essa caixa, deixada na porta de uma agência de propaganda. Fui adotado por todos. Meu berço tinha os desenhos mais coloridos e malucos, me ninavam com jingles dos cobertores Parahyba, da Varig-Varig-Varig e a pergunta que não calava era: “o que você vai ser quando crescer?”. E eu balbuciava enquanto tomava a minha Cerejinha: “salsicha, ué!” .Com sete anos atravessava a Praça da República, o Largo do Arouche, cortava a Duque de Caxias, subia dois lances de escada e colocava um estéreo de chumbo de 20 kg no guichê de entrega de materiais da Folha. O funcionário do plantão já sabia quem era e gritava lá para dentro: “o anãozinho da Rino chegou, capricha na colocação”.Acelerando o relógio, chegamos em 1974 e eu escrevo o meu primeiro roteiro para a Bic. Surpresa! O Diretor de Criação da época levou a sério e, mais grave, levou ao cliente, que aprovou a ideia na hora com o seguinte comentário: “excelente, é a cara do nosso público jovem”. Dia da apresentação do filme pronto, eu disfarçado de operador do projetor (na verdade eu era o operador do projetor) e o filme é aprovado sob aplausos, brindes e abraços (eram tempos em que os clientes não escondiam as emoções).Assim, ganhei minha primeira máquina de escrever. Uma Smith Corona elétrica que já tinha acolhido os textos de Gianfrancesco Guarnieri, Juca de Oliveira e tantos célebres que passaram pela agência.Corro o calendário em décadas e aqui estou em agosto de 2015 provocado a pensar o que já fiz na vida ao ler, com a lente embaçada, o texto hipnótico do Marcello Serpa contando a todos nós que, “é hora de voltar”. Não consigo acreditar. É vírus! Boato! Pegadinha! Por que o melhor diretor de arte do planeta, um dos melhores profissionais de comunicação que os meus 40 anos de trabalho já viram, resolveu parar? Ele se coloca com a sinceridade dos que não temem e, mais uma vez, só me resta aplaudir. E fazer um pedido: “Marcello, que tal após um mais que merecido descanso, você se dedicar ao que mais precisamos: seja o Mestre de muitos. Multiplique seu pensar, sua Arte, o como fazer com respeito, ética, brilho. O mundo da propaganda, o Brasil da propaganda, dos negócios, da política precisam da sua liderança.Estou me sentindo órfão. De novo.
*Vice-presidente de criação da Rino Com————————————————–Em busca de qualificação – Luiz Gonzaga Bertelli*O MEC divulgou na semana passada os números da Avaliação Nacional de Alfabetização 2014, que mede em crianças da 3ª série do ensino fundamental a proficiência em leitura, escrita e matemática. Mais uma vez os dados não foram nada animadores. Uma em cada cinco crianças (22,2%) só desenvolve a capacidade de ler palavras isoladas. A maioria (56,1%) só consegue localizar informações explícitas em textos curtos. Nos mais extensos, só se estiver na primeira linha.
Quando se trata de matemática, as estatísticas são ainda piores. Mais da metade das crianças atingiu apenas o nível 1 e 2, que, segundo o próprio MEC, são considerados inadequados. Educadores avaliaram que o pífio resultado em matemática advém do próprio conhecimento limitado da língua portuguesa, já que os estudantes precisam interpretar os enunciados para transformá-los em cálculos e chegar ao resultado.
A questão é que, entra ano e sai ano, as estatísticas referentes à educação, ou mudam muito pouco ou continuam em estado de latência. Comparando com as nações mais desenvolvidas, o desempenho dos nossos alunos fica muito aquém das próprias necessidades de formação profissional do país. Estudantes com dificuldades em matemática terão poucas chances em setores como engenharia, finanças, contabilidade, administração – que são carreiras fundamentais para o desenvolvimento econômico. A falta de leitura e as dificuldades para interpretação de textos e para a escrita impactam a formação de profissionais qualificados para outras carreiras também importantes, como direito, comunicação, letras, pedagogia, serviço social e relações internacionais.
Com o objetivo de inserir jovens no mercado de trabalho, o CIEE, há 51 anos, investe na qualificação com cursos presenciais ou à distância, buscando melhorar a formação daqueles que pretendem entrar no mundo do trabalho. Por isso, além de cursos que privilegiam modelos atitudinais (relação interpessoal, administração de tempo, marketing pessoal), oferece, também gratuitamente, aqueles que buscam melhorar os conhecimentos em língua portuguesa e matemática. Esperamos que, em um futuro próximo, esses cursos de reforço possam se tornar desnecessários, não pelos métodos em si, mas pela alta qualificação de nossos estudantes.
*Presidente do Conselho de Administração do CIEE, presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e presidente da Academia Paulista de História—————————————————
Se sonhou tente realizar – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Alguns homens veem as coisas como elas são e dizem: por que? Eu sonho com coisas que nunca foram e digo: por que não? (George Bernard Shaw)Os sonhadores vencem, os visionário, nem sempre. Não tenha medo, se se sentir um sonhador. Pise firme no acelerador dos pensamentos, mas segure com firmeza o timão. Dirija seu barco para onde você realmente quer ir. O caminho está aberto. O tamanho das ondas não deve intimidá-lo. Enfrentá-las ou render-se é um problema seu e só seu. Aproveite seu fim de semana sem o entusiasmo do feriadão. Aproveite-o para um relaxamento mental e físico. Dirija seus pensamentos em direção aos seus sonhos. Você é seu próprio timoneiro; não está sujeito a orientações de quem quer que seja. Porque só você sabe o que quer e tem o poder de alcançar a realização. E comece por não levar esse papo para o baú filosófico, religioso ou coisas assim. É apenas um papo de um amigo que quer e deseja o melhor pra você, mas sabe que tudo vai depender de você.
Os sonhos grandes às vezes estão nas coisas mais simples. A felicidade está na paz de espírito. E não vivemos a paz de espirito sem a tranquilidade espiritual que não é mais do que o conhecimento racional. Quando pensamos e agimos com racionalidade não há por que ser afetado pelo desequilíbrio emocional nem mental. Não se esqueça de que o reino de Deus está dentro de você. Cabe a você, e a mais ninguém, dirigir sua vida sem medos, cismas nem dúvidas. Porque se você duvidar de sua capacidade nada será resolvido por você. Mesmo porque se alguém fizer pra você o que você mesmo deveria fazer, você vira uma marionete. Torna-se um incapaz de viver racionalmente.
A Roberta Cruz tem uma frase que define bem onde você pode chegar se não segurar firme seu timão: “Acabei borboleta entre pétalas amarelas de um sol poente”. Acabar como borboleta entre pétalas pode até ser um final feliz, dependendo do que você sonhou. A felicidade e a infelicidade estão ao seu alcance. A escolha é sua e só sua. O universo é infinito e cheio de felicidade e riqueza. E você tem o poder de lançar mão no que você acha que realmente merece. Reflita sobre isso neste fim de semana prolongado. Aproveite cada momento para descansar e relaxar. E não se esqueça de que você tem todo o poder de que necessita para vencer na vida. Mas tem que acreditar nisso, senão, não. E nossa fé está no que acreditamos. Somos todos donos dos nossos destinos. A diferença entre os que vencem e os que fracassam está na crença. E quem crê em si mesmo já está dirigindo seu navio para o porto onde quer realmente chegar. Pense nisso.
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ESPAÇO DO LEITORTELEFONIAO leitor Osmar Filho enviou o seguinte comentário: “É impressionante a falta de respeito que a operadora de telefonia móvel Oi vem tendo com a população de Caroebe. Faz exatamente quatro dias que estamos sem sinal de celular e não temos sequer uma nota por parte da operadora explicando o motivo. A operadora tem a concessão do serviço e tem a obrigação de prestá-lo com qualidade. Estamos na semana do maior evento cultural do município, a Festa da Banana, quando a cidade recebe pessoas de vários lugares do Estado e outras regiões, e ficamos sem comunicação no município. Um absurdo”.FISCALIZAÇÃOA internauta Aparecida Freitas sugeriu aos técnicos do Inmetro que fiscalizem as balanças utilizadas nos fins de semana na Feira do Garimpeiro, localizada na Avenida Ataíde Teive. “Tenho percebido algumas alterações no peso de alguns produtos. Observei em uma destas balanças que ela tinha sido aferida em 2014. Portanto, não custa nada ir até o local e observar se realmente estão dentro dos padrões de pesagem”, frisou.BANCOSO leitor Alexandre Rodrigues reclamou que, neste período em que os bancários estão em greve, os caixas eletrônicos das agências bancárias não estão sendo suficientes para atender à demanda da população. “Pelo menos na agência do Banco do Brasil próximo ao Hospital Geral de Roraima e a localizada na Avenida Ataíde Teive, ontem estavam sem cédulas para saque no horário das 19h. Com o pagamento do funcionalismo estadual, não ocorreu um planejamento para suprir os caixas e, com a greve, a situação só piorou”.ESTACIONAMENTOFamílias que frequentam a Praça do Mirandinha, no Caçari, enviaram o seguinte e-mail: “Está se tornando perigoso passear pelo local em virtude do abuso de alguns motoristas que estacionam seus veículos em cima da grama, bem próximo às pessoas que estão fazendo caminhada. O local deveria receber uma equipe permanente da Guarda Municipal, por ser um espaço bastante frequentado pela população”.