A inovação é um trabalho de pessoas inquietas
Luiz Alberto Rodrigues*
Em seu livro “TED Talks”, o presidente do TED, Chris Anderson, conta uma das pequenas histórias mais fascinantes que tive a oportunidade de conhecer em muito tempo. A narrativa aborda inovação, empreendedorismo e, principalmente, criatividade.
Ao viajar para Nairóbi, Quênia, ele e uma colega encontram um garoto de doze anos chamado Richard Turere. Sua família criava gado e um dos maiores problemas que tinha era o constante ataque de leões à noite.
Logo, Richard percebeu que, se andasse de um lado para o outro com a tocha acesa, os leões se sentiam intimidados e não apareciam. Sabendo disso, ele criou um sistema de luzes que acendiam e apagavam em sequência, produzindo uma sensação de movimento. Tudo foi produzido com sucata – painéis solares, bateria de carro e um visor e Richard, vejam só, tinha aprendido eletrônica sozinho mexendo com peças tiradas de um rádio dos pais.
Com a invenção, os ataques dos leões cessaram. E não só isso: a notícia se espalhou e outras aldeias decidiram adotar a invenção! Ao invés de matar os felinos, eles se protegeram com a iniciativa de Richard e tanto os aldeões quanto os ambientalistas ficaram felizes.
Esse é apenas um exemplo de como a criatividade está ligada à inovação. Como são duas coisas diferentes que, sem dúvida, se complementam. E de como a inovação precisa ser absorvida no dia a dia das empresas. Tiro dessa história ao menos três lições importantes:
Identificar a necessidade deve ser sempre o início do processo. Richard e as outras aldeias tinham a mesma demanda, por isso, deu tão certo. A curiosidade e a busca pela excelência levam à real solução do problema. Ao invés de caçar os leões, ele procurou fazer com que todas as partes envolvidas na situação se mantivessem intactas. Inovação não é trabalho de gênios e, sim, de pessoas inquietas e curiosas que possuem uma necessidade.
Como criatividade e inovação são muitas vezes confundidas, as pessoas costumam assumir que não é possível impulsionar processos de inovação dentro de uma organização.
Criatividade é a capacidade de conceber algo original ou diferente. Inovação é a implementação de algo novo. Richard criou uma forma diferente de lidar com um problema e o seu processo de inovação, já testado, foi adotado por pessoas que sofriam da mesma situação e mudou toda uma região.
Uma diferença simples: Claro, o próprio termo “inovação” denota algo diferente, novo. Porém, um processo de inovação pode ser muito mais simples e não precisa ser criado do zero. O poder da inovação é reconhecido hoje graças a casos como os aplicativos de serviços de transporte, que criaram uma demanda nova e fizeram com que todos ficassem satisfeitos. Do meu ponto de vista, criatividade é importante no mundo corporativo atualmente, mas é apenas o começo. O que garante uma mudança real e retorno financeiro é a adoção da inovação, que de fato colocam as ideias para funcionar.
*Fundador e CEO na EICON – Inteligência em controles
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Relação Brasil x China
Ronaldo Mota*
Recentemente, fui convidado para integrar o Comitê Internacional de Avaliação do Instituto de Tecnologia de Pequim (BIT, Beijing Institute of Technology, em inglês). O BIT é uma das universidades públicas chinesas com foco principal em ciência e tecnologia, atuando também em outras áreas como gestão e humanidades.
Periodicamente, as universidades chinesas passam por avaliações supervisionadas por comissões formadas por pesquisadores seniores, especialmente selecionados em todo o mundo. Creio ser a primeira vez que um brasileiro é convidado. Neste ano, a fase presencial do processo avaliativo será em novembro próximo.
Acostumado às avaliações das universidades nacionais, não há como não se surpreender acerca dos principais indicadores que norteiam o processo chinês. Ainda que a qualidade do ensino e a produção científica tradicional sejam consideradas, as ênfases do processo estão na análise das parcerias com o mundo corporativo e no incentivo ao empreendedorismo entre os educandos.
Para quem se acostumou a associar os produtos chineses com cópias e imitações, seja na indústria de computadores, automóveis, jogos eletrônicos e celulares, a realidade atual mostra que, definitivamente, eles aprenderam a fazer do seu próprio jeito, ou seja, inovando mais do que seus concorrentes.
A parceria entre governo, academia e empresas pode ser exemplificada pela valorização que o mundo universitário confere ao que eles chamam de BAT, sigla que corresponde às iniciais das três grandes estrelas: Baidu, Alibaba e Tencent. Juntas, essas empresas representam mais de US$ 1 trilhão. Ao lado delas, brilham as quase duas centenas de unicórnios (startups que superaram a casa dos US$ 1 bilhão), que juntas se aproximam do mesmo montante da BAT. Em outras palavras, somente a BAT somada aos unicórnios, grosso modo, equivalem ao PIB brasileiro.
Em ações sincronizadas, na China, todos os atores envolvidos promovem e valorizam inovações disruptivas em áreas que incluem infraestrutura urbana inteligente, veículos autônomos e plataformas de medicina personalizada, sempre baseadas em inteligência artificial e comércio eletrônico generalizado.
Os chineses têm absoluta clareza que tudo isso é fruto de fortes investimentos em educação, os quais crescem anualmente acima de 10%, atingindo a incrível cifra de mais de US$ 500 bilhões no ano passado. Atualmente, em torno de 14% dos estudantes da Universidade de Pequim abriram ou trabalham em startups e há a meta de dobrar esse percentual. Sem isso, entendem eles que o objetivo de fazer do país líder global em inteligência artificial e em outras áreas estratégicas não será atingido.
Considerando que a China é, há quase uma década, nosso principal parceiro comercial, período no qual os investimentos chineses no Brasil cresceram 3.000%, é fundamental que os conheçamos bem. No primeiro semestre de 2018, os investimentos chineses no Brasil, concentrados em energia, alimentos, mineração e telecomunicações, atingiram US$ 1,4 bilhão, volume quatro vezes maior do no mesmo período no ano passado.
“As perspectivas, seja no comércio, no mundo da política global ou nas parcerias acadêmicas, são, potencialmente, favoráveis ao Brasil, porém, a China saberá identificar se o país é somente uma fonte de commodities ou se a parceria será também em empreendimentos comuns, calcados em educação qualificada e planos substantivos em ciência, tecnologia e inovação”.
As perspectivas, seja no comércio, no mundo da política global ou nas parcerias acadêmicas, são, potencialmente, favoráveis ao Brasil, porém, a China saberá identificar se o país é somente uma fonte de commodities ou se a parceria será também em empreendimentos comuns, calcados em educação qualificada e planos substantivos em ciência, tecnologia e inovação. E ao Brasil, cabe decidir que relações pretende estabelecer com a China, com o resto do mundo e consigo mesmo.
*Chanceler da E
stácio
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A Reação é Proporcional à Ação
Vera Sábio*
Ao falarmos que o exemplo arrasta, é porque não adianta forçar, pedir, brigar e insistir, pois ao fazermos com amor e deixarmos exemplos bons, normalmente eles têm maiores facilidades de serem cumpridos.
A escuridão não se combate, ela se ilumina. Basta um ponto de luz para decepar as trevas e queira sim ou não, a luz se mostra, se destaca e se faz perceber em meio a qualquer escuridão.
Como a água, precisamos continuar. A água consegue contornar os obstáculos e seguir sempre adiante.
O rio não volta, não fica parado, não se intimida diante de nenhum obstáculo, ele em paz segue, em paz se move e deixa molhado onde passa.
O rio molha de vida, simplesmente por existir, ele tem luz própria e não há fórmula correta nem impositiva de ser barrado. Ele brota, traz luz, vida e prosperidade.
Tudo que tem reação teve ação na mesma proporção. Por isto sejas luz, seja água, siga em paz e deixe seus exemplos que arrastam.
O melhor que podemos fazer é viver da melhor maneira, evoluindo e aperfeiçoando cada atitude, para que sejam seguidas por nossos observadores.
Não esquecendo nunca, que sempre existe alguém que nem se for à distância, mas acaba seguindo os nossos passos. Já que cada um anda no seu ritmo e tem seu momento próprio de aprender.
Assim é bom aproveitarmos este mês, véspera do mês natalino, para começarmos as contas da nossa vida.
Sugiro que diminuas o rancor, some a empatia, multiplique as bênçãos com gratidão e divida seu sorriso, seu amor, sua solidariedade e sua paz; tendo porcentagens elevadas de amizades e um saldo de um futuro bem promissor.
*Psicóloga, palestrante, escritora, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna.
Adquira meu livro “Enxergando o Sucesso com as Mãos”.
Cel: 95 99168-7731Blog: enxergandocomosdedos.blogspot.com.br
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“Libertas quae sera tamen”
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Preguemos a liberdade política, a liberdade do ensino e, sobretudo, a liberdade comercial e industrial, e teremos feito mais para derrotar as quimeras do socialismo do que os canhões e as perseguições.” (Conde de Cavour)
A liberdade é uma necessidade da democracia. O direito é inerente à cidadania. Mas para que tenhamos liberdade é preciso que primeiro cumpramos os nossos deveres. E nem sempre sabemos que deveres devemos cumprir para que sejamos gratificados com a liberdade, do direito. Educar não é fácil, mas é muito simples. Primeiro devemos levar em consideração que o bom exemplo é a melhor didática. E o que temos visto por aí não tem nada com bons exemplos. Políticos despreparados dando o mau exemplo no desrespeito ao próximo, e atitudes desrespeitosas vindas de quem deveria dar bons exemplos, e por aí afora.
O que quero sugerir a você, é que jogue toda essa bagunça para o baú do esquecimento. Vamos mirar no horizonte do futuro para que tenhamos um futuro melhor e mais produtivo, que possa nos tirar desse lamaçal vexatório. Mas para que nos eduquemos o suficiente para não continuarmos atravessando campos minados, sem saber onde pisar precisamos nos educar. E quando educados sabemos que: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira.” É na educação que aprendemos a ver na visão periférica. E só aí saberemos que o valor do cidadão não está na sua elegância superficial.
Estamos numa gangorra periclitante. Vamos brincar com segurança e responsabilidade. Nada de arrufos nem arruaças. O importante é que saibamos nos respeitar enquanto cidadãos, para que no futuro nossos descendentes se orgulhem de nós. Mas primeiro vamos merecer o título honroso de cidadão. E não o seremos enquanto estivermos e continuarmos na gangorra da política da subserviência. Estamos mudando. Mas mudar não nos leva a lugar nenhum se a mudança não for para o patamar de cima. Porque é na subida dos degraus que chegamos ao pico da escada.
Cuidado com os que lhe prometem benesses. Chegue-se mais aos que mostram que podem fazer com que você tenha melhores condições de vida adquiridas por você mesmo, ou mesma. Abraham Lincoln já disse que não podemos acabar com a pobreza dando comida aos pobres. Bem anteriormente, os chineses já disseram que não devemos dar o peixe, mas ensinar a pescar. Busque seu caminho para a prosperidade. E tudo de que você necessita está em você. E o Henry Ford também disse que: “Se você acha que pode você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo.” Vamos lutar pelo nosso voto facultativo. Mas temos que nos educar. Pense nisso.
*Articulista
99121-1460