Opinião

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OUVIDO AMIGO

*Dolane Patricia **Carine Elione

O Corona Vírus redesenhou o cenário mundial!

Para evitar que o vírus se espalhe, milhões de pessoas estão isoladas em seus lares. Nas praças não se vê mais as famílias passeando com seus filhos e animais de estimação.

Empresas fechadas, pessoas desempregadas, ruas desertas, casamentos em crise, esposas estressadas, filhos muito ativos que já não frequentam a escola e nem mesmo as atividades extracurriculares. Estão todos em casa, todo tempo!

Como administrar o seu lado emocional?

Nesse momento, pequenos atos de compaixão podem mudar a vida de alguém.

Assim sendo, para ajudar as famílias brasileiras a enfrentar os desafios, medo e ansiedade, foi criado o projeto OUVIDO AMIGO, que tem como objetivo oferecer a comunidade um acolhimento profissional, através de atendimentos virtuais, durante a pandemia do COVID-19, especialmente no período obrigatório de isolamento especial social.

Todos os serviços serão oferecidos e acompanhados através de plataformas digitais como: Skype, zoom, WhatsApp e ligações. Seguindo assim as orientações das seguintes instituições: Organização Mundial de Saúde, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Conselho Federal de Psicologia.

Por tratar-se de casos de urgências e emergências, afetando todo o contexto global, o projeto inicia com o período de dois meses para sua duração total, podendo se estender de acordo com a demanda e o período de pandemia, especialmente para cidades decretadas em calamidade pública.

Cada indivíduo participante do projeto Ouvido Amigo, terá o direito de ser atendido por um dos profissionais, e o profissional avaliara a necessidade de atendimentos.

Os atendimentos são online e gratuitos. Os profissionais envolvidos atuam nas áreas de psicologia, terapia familiar e psicopedagogia, basta acessar o site: ouvidoamigo.aamar.org.br

Possuímos uma plataforma onde a pessoa entra e faz a sua inscrição, preenchendo os seus dados. A plataforma ficou mais pratica, pois a solicitação passou a ser feita diretamente para o profissional, basta a pessoa entrar na plataforma, escolher o profissional e preencher a ficha, assim feito entrará uma mensagem automaticamente no WhatsApp do profissional escolhido.

Se por acaso a pessoa entrar na plataforma e se identificar com algum profissional, mas esse esteja ocupado e com vaga lotada, ela poderá entrar no link disponível no final da plataforma, preencher o mesmo formulário, e essa solicitação chegará até a responsável psicóloga Lia Nápoles, ela entrará em contato com o profissional, para entrar em contato e marcar um horário disponível para atender o indivíduo.

Durante esse período de atendimento mais de 149 pessoas foram atendidas e, a maior demanda de atendimentos tem sido de mulheres que buscam orientação sobre como lidar com a ansiedade, com o medo de perder o emprego, de pegar o vírus e passar para a família.

No entanto, profissionais da saúde mental estão atuando voluntariamente, e é nesse momento que se permite gratuitamente a conhecer outros corações.

Além dos psicólogos, o projeto conta com a ajuda de terapeutas na área de família e também com profissional na área de psicopedagogia para ajudar os pais que precisam auxiliar seus filhos com as atividades escolares dentro de casa.

Ademais, a Igreja Adventista do 7º Dia em toda Divisão Sul Americana tem vários projetos em andamento, além de promover ações solidárias de amor ao próximo.

Em Roraima, sob a coordenação do pastor Edivan Oliveira foram arrecadados alimentos com a Corrente do Bem no Mutirão da Páscoa, que beneficiou famílias carentes, além de levar a mensagem de forma online e também através de rádios e TVs.

A Páscoa já passou, mas não o privilégio de ajudar, você que é psicólogo, terapeuta família ou ainda psicopedagogo, pode ser um voluntário em mais essa ação solidária, basta entrar em contato através do telefone 92 99166-5202 e falar com Daniele Fonseca.

O projetou ouvido amigo foi criado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, e a plataforma dos voluntários foi o diferencial desse projeto no estado de Roraima e Amazonas, supervisionado pela pedagoga Euciany Saraiva, que é líder do ministério da mulher da Associação Amazonas Roraima.

“As mulheres representam mais da metade dos membros de nossa Igreja aqui na região e elas entendem a missão que precisam fazer sendo mais missionárias, atuando em várias frentes solidárias para atender as pessoas neste período de quarentena, em que muitos precisam de ajuda”.

O site notíciasadventistas.org, fala sobre essa Ação Solidária, trazendo depoimentos dos profissionais voluntários:

“Tem sido gratificante poder levar algum conforto pra algumas dessas pessoas. Isso também tem servido de reflexão para percebermos a quantidade de pessoas com algum tipo de problema e a necessidade de enfrentá-los”.

“Poder fazer uma ação solidária também faz bem a nós mesmos”.

Nesse contexto, o psiquiatra Augusto Cury já dizia: “solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angustias nunca verbalizadas”.

É como diz Franz Kafka:

“Solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade da pessoa humana”.

*Advogada, Juíza Arbitral, Apresentadora de TV, escritora, colunista, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Pós-Graduada em Direito Processual Civil, Pós-Graduada em Direito de Família, Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira, YouTube: Dolane PatriciaRR. Acesse dolanepatricia.com.br. Baixe o aplicativo Dolane Patricia.

**Pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia, pós graduanda em Terapia familiar e voluntária no projeto Ouvido Amigo.

Comecemos pelo começo

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Na situação do ensino primário está o termômetro mais seguro da civilização de um lugar.” (Rui Barbosa)

A Ilha está totalmente parada. Nada de carros nas ruas, pessoas, uma ou outra aqui e acolá, e comércio fechado. Até quando iremos engolir esse sapo, não sabemos. Nenhum ônibus circulando. Mas, observei, pela manhã, dois ônibus escolares passando. Aí refleti sobre o contraditório. As pessoas necessitando de irem ao Iguape, para os Bancos e outras coisas. Mas não têm transporte público e não conseguem entrar no município, se não tiverem atestado de residência. Maluquice.

As crianças e adolescentes não estão indo para a escola, mas ônibus escolares circulam. Em outro tom, falei com meu bisneto. Ainda criança ele me explicou como pessoa madura. É que os ônibus escolares estão entregando o alimento para alunos cujos pais não têm muita condição. E quando fazemos reflexões sobre a importância que não damos, a coisas importantes como a alimentação nas escolas, amadurecemos no despertar para o carrossel da necessidade. Aí me lembro da Mirna Grzich, nas sua frases sobre as crises, como esta: “Bendita crise que vai me ensinar o que é verdadeiramente importante.”

Não sei como irá ser seu dia, hoje. Mas sugiro que você não perca um minuto se quer, martirizando-se com as más notícias que estão nos imbecilizando, no nosso dia a dia. Não há crise que não seja passageira. E sua passagem vai depender da nossa competência para encará-la como passageira. Não apr
enderíamos se não houvesse os erros. Não cresceríamos se não houvesse as crises para nos fortalecer. O importante é que aprendamos a aprender com as crises. A vê-las como um processo de evolução do ser humano. Alimentar o medo é se entregar à derrota. Todos os obstáculos na vida são uma fase no ensinamento. E podemos obter isso observando os exemplos mais simples dos que, na simplicidade, nos dão recados aparentemente hilários, mas que são exemplos.

Pode até lhe parecer hilário, mas é sério e verídico, o exemplo do “Lobinho” Raimundinho. Éramos escoteiros na Escola de Base, na Base Aérea de Natal, no final da Segunda Guerra Mundial. Ele era o “Lobinho” no meu grupo. Num treinamento, quando lhe perguntei o que ele faria se encontrasse uma árvore caída e atravessada na estrada, ele me respondeu: “Eu pulo pu riba.” Simples pra dedéu. Pule por cima do obstáculo. Se tiver que atravessar o campo minado, procure pisar sempre sobre as pegadas dos que já o atravessaram. E não são poucos os exemplos dos que já venceram os maiores problemas da história. Procure sempre seguir bons exemplos dos que os deixaram. Pense nisso.

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