PENSAR EM TEMPOS DE PANDEMIA
José João Neves Barbosa Vicente*
Nós os seres humanos estamos a atravessar um período difícil, desesperador e, provavelmente, sem precedentes na história da nossa existência. A pandemia provocada pelo COVID 19 continua a ceifar vidas em números assombrosos, a afetar a economia e a mudar a forma de viver em todo o planeta.
O cenário mundial é, no mínimo, triste, não pela mudança de nossas rotinas de vida ou pela perda econômica/material, mas sim pela perda de vidas; milhares de nossos semelhantes morrem todos os dias, diante dos olhos da sociedade em geral, dos cientistas, políticos, estudiosos e pensadores de várias áreas do conhecimento.
A pandemia não escolhe suas vítimas, mas os seres humanos “pobres” são sempre os mais vulneráveis e, portanto, os mais atingidos e os que mais sofrem. Para muitos deles, água e sabão, fundamentais para a higienização das mãos contra COVID 19, costumam ser produtos escassos ou de difícil acesso.
O isolamento considerado essencial para evitar a propagação do vírus é, também, um problema para eles, principalmente porque as condições nas quais vivem, não proporcionam o mínimo de conforto para suportar essa nova rotina de vida; as dificuldades só tendem a aumentar. A pandemia como qualquer outra crise mundial afeta todos os seres humanos, mas os seres humanos “pobres” sofrem as maiores consequências.
A verdade é que, como seres vivos, somos frágeis independentemente da nossa situação ou posição, mas as condições materiais permitem a alguns suportar a pandemia e as mudanças de rotinas de vida por mais tempo e com menos dor e sofrimento do que outros.
Nas palavras de Pascal, nós seres humanos somos os mais fracos da natureza; cada um de nós não passa de um “caniço” que, para ser esmagado, “não é preciso que o universo inteiro se arme”. Podemos ser mortos apenas com “um vapor, uma gota de água”. Estamos a assistir a cada dia a morte de milhares de seres humanos no mundo, causada não por monstros gigantes, catástrofes naturais ou armas de destruição em massa, mas sim por um minúsculo vírus.
Apesar de sermos um simples “caniço, o mais fraco da natureza”, somos “um caniço pensante”, diz Pascal. A dignidade e a grandeza dos seres humanos residem no pensamento. É por meio do pensamento que, cada um de nós, se torna consciente da nossa posição e do nosso papel no mundo. Assim, a pandemia provocada pelo COVID 19, não gera apenas perplexidade, desespero e medo, ela também desperta o pensar.
E quando isso acontece, não só procuramos a cura para o mal que nos afeta, como também olhamos para o outro como nosso semelhante. Solidarizamos uns com os outros, ajudamos e cuidamos dos mais vulneráveis e necessitados. Diante de uma crise global, o pensar se desperta e as diferenças sociais, econômicas, políticas ou religiosas costumam ser deixadas de lado para que a verdadeira face humana dos homens se manifeste.
Ajudar aqueles que precisam é um ato de grandeza. Nessa pandemia, esse ato acontece todos os dias de diversas formas. Ele precisa continuar após a pandemia, como atividade comum e permanente entre nós, para que possamos aliviar a dor e o sofrimento de um grande número de seres humanos ao redor do mundo.
*Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
A Deusa do meu mundo
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Tudo aquilo que eu sou e espero ser eu devo ao anjo que foi minha mãe.” (Abraham Lincoln)
Não haveria rua nem claridade para buscar, se ela não existisse. Todos os poetas, cantores, e artistas no cômputo geral, já se ajoelharam aos pés da Deusa de todos nós. Não à toa que ela é chamada, tida e considerada como MÃE. A mãe de todos nós, do que devemos nos orgulhar e externar num sentimento de amor incomensurável.
Não existiríamos se elas não existissem. É nela que nós somos plantados e de onde nascemos e vivemos guiados por suas orientações. Ela nos tem e nos ama, educa-nos e nos prepara para o mundo. Ainda é pouca, a comemoração ao seu dia. Ela merece muito mais do que lhe dedicamos. Nada supera o amor de uma mãe.
Como nada deve superar o amor que devemos ter por ela. Não há como viver a vida sem a lembrança da mãe que nos gerou, criou, educou e preparou para viver a vida.
Mesmo quando já não a temos do nosso lado não a esquecemos em nenhum minuto. Tudo o que adquirimos na vida é produto da semente que ela plantou em nossas mentes, durante toda a sua existência. Não há amor maior nem mais puro do que o amor de uma mãe pelo seu filho. E é nesta soma que devemos acrescentar o amor que temos por ela. Então vamos comemorar, hoje, o dia racionalmente dedicado a todas as MÃES do mundo. A criadora do mundo.
Porque se ela não existisse o mundo não seria habitado. E não teríamos como viver a felicidade de comemorar, em homenagem a ela. Por tanto e por muito mais, mando meu abraço amoroso, carinhoso e respeitoso, a todas as mãe de todas as idades, nacionalidades e até à minha querida mãe, que não a esqueço, apesar da distância que nos separa há tantos anos.
Como eu gostaria de ser um poeta para poder expressar meu sentimento com o encantamento da poesia. Mas mais importante do que o encanto é a realidade do amor que tenho por todas as mães do mundo. Que o mundo continue no trabalho das mães, no aprimoramento da humanidade. Que nunca deixemos de amar a pessoa criada para nos gerar, criar, educar e preparar para a racionalidade da humanidade.
Vamos festejar com amor, carinho e dedicação, o dia dedicado às MÃES. Porque elas são, realmente, a semente da criação. E nunca será repetitivo dizer que sem ela nós não existiríamos. E se existimos é porque devemos à nossa mãe, a felicidade de sermos o que somos. Vamos viver nossas vidas com amor e respeito à humanidade, como uma dedicatória às criadoras do mundo: AS MÃES. Meu abraço carinhoso a todas as mães deste planeta abençoado por tê-las. Parabéns mamães de todos nós e de todo o mundo. Pense nisso.
[email protected] 99121-1460
A ADRA RORAIMA
*Dolane Patrícia* *Arlindo Kefler*
A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais – ADRA é uma organização da igreja Adventista do Sétimo Dia que demonstra o amor e a compaixão de Deus. É uma organização privada, não governamental e sem fins lucrativos de objetivos assistenciais, beneficentes e filantrópicos.
Seguindo o exemplo de Cristo que, por onde andava, deixava um rastro de amor e de esperança, a ADRA surgiu com o propósito de arrecadar mantimentos, roupas e remédios para os flagelados de guerras, desastres naturais e outras catástrofes.
Sob a liderança do Diretor Regional da ADRA, pastor Arlindo Kefler, a Agência começou suas atividades em Roraima em 2017, prestando apoio por meio de um grupo de voluntários nos abrigos de imigrantes venezuelanos instalados em Boa Vista. Hoje, conta com mais de 200 voluntários e 90 colaboradores.
Trabalha em cinco frentes: segurança alimentar; desenvolvimento econômico; educação básica; saúde primária; preparo e respostas às situações de emergência, além de trabalhar com pessoas em situação de pobreza e dificuldade.
Os projetos da ADRA garantem alimentos em meio à crise. Com “Projeto Alimentando Esperança” cujo objetivo é combater a desnutrição, erradicar a fome e a miséria, diariamente,
são distribuídas 1.500 refeições, contabilizando mais de 140.000 refeições até o momento.
Outras iniciativas estão sendo realizadas durante o período de isolamento, devido à Covid-1 como: conscientização; orientações sobre o distanciamento social; construção de pias e colocação de caixas d’aguas para lavagens de mãos (projeto Wash); produções de EPI’s, com as confecções e distribuições de máscaras em parceria com a ASA. Como resultado, já foram distribuídas mais de 1500 unidades nos abrigos e ocupações espontâneas. Além das produções e distribuições de álcool em gel, sabão líquido, sabão em barra e hipoclorito de sódio, tudo feito no laboratório de química, dentro do prédio ADRA/RR.
Somando a todo esse desempenho, uma equipe formada por Dolane Patrícia, Fernanda Macedo e Amparo Pimentel, juntamente com os voluntários Dilberto Ferreira, Erlon de Vasconcellos Pinheiro Filho, Erlon de Vasconcellos Pinheiro, Kelsen de Vasconcelos Pinheiro, Glelba Lino de Aquino, Evellyn Aline Moreira Morais, Karina aquino pinheir, Antonio Ronildo Fialho de Castro, Verônica Moreira de Sousa, Jhonnys Moreira de Sousa, Raquel Santos da Silva, David Ian Gibsom e Eliana de Vasconcellos Pinheiro, buscaram uma forma de ajudar às pessoas. Dolane Patrícia pediu ajuda do Diretor Regional da ADRA Roraima, Arlindo Kefler, que prontamente ofereceu alimentação (almoço e janta) para 50 famílias para a igreja mais carente do Distrito, a igreja Adventista dos Ingleses, no Bairro Aracelis.
Assim, foi dada a largada para a ação social. O Pr. Edivan Oliveira, líder da ASA em nosso Estado, abraçou a causa, seguido pelo pastor do Distrito Central de Boa Vista, Ailton Artur Ribeiro, pastores que têm se destacado pela competência.
O dia marcado para o grande início da ação foi num domingo. Animados e entusiasmados para começar; os voluntários de máscara, com os devidos cuidados, se disponibilizaram para ajudar. As pessoas chegavam e demonstram uma grande alegria em receber essa ajuda. Uma pessoa representava a família para evitar aglomeração, e era visível a alegria e o contentamento de cada uma delas. É importante mencionar a qualidade das refeições: Alimento de primeira qualidade que não é um detalhe pequeno.
Destarte, cada pessoa tinha um brilho especial no olhar, esse olhar demonstrava que aquele momento era muito especial. Ademais, a gentileza e a alegria dos voluntários também era algo fascinante.
Quem ajuda o próximo não está apenas ajudando uma pessoa; está construindo um mundo melhor!
“Solidariedade não tem quarentena!”
*Advogada, Juíza Arbitral, Apresentadora de TV, escritora, colunista, Assessora jurídica da ADRA, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Pós-Graduada em Direito Processual Civil, Pós-Graduada em Direito de Família, Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira. Acesse (dolanepatricia.com.br). Baixe o aplicativo Dolane Patrícia.
*Pastor na Igreja Adventista do Sétimo Dia, é Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP e Diretor Regional da ADRA Roraima. Para mais informações sobre como ajudar a ADRA/RR, entre em contato por meio do e-mail ([email protected]).