“LOCKDOW CEREBRAL”
Nelson Luiz Camilo de Oliveira*
Nos últimos quatro meses, temos visto uma multiplicidade de notícias a respeito da pandemia que impactou o mundo e se protagonizou nos principais meios de comunicação. O famigerado coronavírus, iniciou sua trajetória de contaminação na China e se expandiu globalmente, atingindo países desenvolvidos da Europa, deixando ainda marcas indeléveis da infecção na América do Norte, afetando, sobremaneira, umas das maiores potências econômicas e beligerantes mundiais, os Estados Unidos da América.
Ainda que países europeus possuam Coeficiente de Gini aceitável, despontando no equilíbrio das desigualdades sociais, estes, por conta da proliferação do vírus, também foram vitimados e tentam minimizar o impacto negativo. A exemplo, a Inglaterra anunciou investimento de aproximadamente 20 bilhões de libras em suspensão de impostos. Os Estados Unidos da América, por sua vez, também buscaram se reinventar, aprovando um pacote de US$ 481 bilhões de dólares para serem injetados na economia, sendo US$ 75 bilhões destinados a hospitais norte-americanos.
Longe de fazer frente aos países desenvolvidos, o Brasil também tenta se reerguer, vivendo um paradoxo político-ideológico pernicioso. De um lado, há aqueles que se propõem à estagnação da economia, focando esforços unicamente no combate à doença, sinalizando até possibilidade de lockdow. Doutro lado, políticos mais liberais defendem a retomada gradual do aparato econômico e têm apostado apenas no isolamento horizontal. Neste contexto, jornalistas, políticos e especialistas divergem e dividem opiniões a respeito do tema, o que fatalmente, acaba causando um verdadeiro “LOCKDOW CEREBRAL” na cabeça da população.
A Lei federal 13.979/2020 estabeleceu medidas para o enfrentamento da pandemia. Dentre elas, a quarentena e o isolamento se tornaram as principais políticas adotadas nos Estados e Municípios que, através de atos normativos secundários, passaram a regular o funcionamento das atividades econômicas. Diante das renhidas discussões a respeito do tema, surge o antagonismo entre Governo Federal, Governadores e Prefeitos que se digladiam, defendendo ou criticando o isolamento social. Alguns Estados, como Maranhão e Pará, apostaram no lockdow para combater a propagação do vírus; na cidade de Niterói, transeuntes são multados pela Guarda Municipal, implicando na limitação no direito de ir e vir do cidadão.
Nessa esteira, o STF entendeu, na ADI 6341, que cabe aos governos locais decidirem sobre a política ideal de combate a covid-19 e. em meio ao alvoroço, microempresários anunciam falência, empregados são demitidos, grandes empresas sofrem prejuízos, informais não conseguem o mínimo para sua mantença e povo vai às ruas protestar sobre as medidas adotadas pelos governantes.
O Governo Federal, atento aos clamores populares, criou um auxílio de R$ 600 reais que, todavia, não foi suficiente para amenizar o descontentamento generalizado. Embora a Medida Provisória 938/2020, tenha autorizado apoio financeiro no valor de 16 bilhões, os Estados continuam a demonstrar números expressivos de mortes pela doença, inclusive, têm apelado para compras de respiradores com valores acima do preço de mercado, valendo-se da dispensa de licitação.
Nesta senda, é possível questionar como um Estado, como Minas Gerais – MG, segundo ente federativo com maior população do Brasil, estimada em 21.168.791 habitantes, apresenta 119 óbitos pela covid-19, enquanto o Rio de janeiro – RJ, com estimados 3.903.848habitantes a menos que o Estado Mineiro, possui 1.714 óbitos, ou seja, número de mortalidade quatorze vezes maior. Infere-se, portanto, que há necessidade de estudos científicos adaptado à cada localidade como fez o Rio Grande do Sul ao adotar o isolamento por regiões, tendo por base a capacidade de atendimento hospitalar, quantidade de pessoas infectadas e a velocidade de contaminação. Dever-se-ia, também, iniciar uma profunda investigação por parte da Polícia Federal, de modo que tenhamos a certeza de que os dados divulgados, principalmente por oposicionistas, não estejam sendo indevidamente manipulados.
Por fim, acreditamos que a política de coalizão somada ao estudo científico, seria uma alternativa palpável para iniciarmos uma guinada no reestabelecimento econômico e na diminuição do contagio, esfriando, doravante, os ânimos exaltados para que não adentremos em uma desobediência civil generalizada.
*Major da PMRR, bacharel em Direito – especialista em Ciências Jurídicas
É simples ser feliz
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Um momento de felicidade vale mais do que mil anos de celebridade.” (Voltaire)
Negligenciamos com a felicidade no momento em que invejamos os célebres, sem analisar a felicidade deles. A felicidade nem sempre está na riqueza material que temos. Nem imaginamos quantos donos de grandes fortunas são infelizes. Mas não vá menosprezar o dinheiro, com medo de ser infeliz. Nem pensar. O importante é saber desfrutar o que se tem. Quando o que tem não vale como elemento para a felicidade, jogue-o no baú do passado. E comece não confundindo meu papo com papo furado. Então vamos falar sério.
Seja sempre feliz. E todo o poder de que você necessita para ser feliz está dentro de você mesmo, ou mesma. Aprimore sempre seus pensamentos. Não permita que os maus pensamentos façam de você uma pessoa infeliz. Chore também quando se sentir feliz. É o choro da felicidade que nos mantém no auge da vida. Não é com lamentações que vencemos. Mas com ânimo, coragem, e muita disposição. E tudo isso está nos nossos pensamentos. Quando evoluímos não temos por que perder tempo com sofrimentos. Já sabemos que tudo que acontece na vida faz parte da vida. E a vida é para ser vivida, e não para ser sofrida.
Vivemos num mundo ainda em evolução. Todos os planetas, no universo, estão em faze de evolução. Então o que devemos fazer é contribuir para o progresso, sem o qual não há evolução. Vamos, cada um de nós, fazer sua parte para o progresso da humanidade. Tarefa que, para os pessimistas, parece impossível. Mas só para os pessimistas. Os otimistas estão sempre a contemplar o horizonte, na caminhada para o futuro. Porque, ou fazemos isso, ou continuamos marchando sem sair do lugar. Coisa de recruta.
Você já morou numa Ilha imensa, maravilhosa e aconchegante? Então sabe por que estou tão eufórico com o otimismo. Simples pra dedéu. Ainda há pouco estive ali na varanda, contemplando o azul do céu, num dia aparentemente preguiçoso. O movimento de carros, nas ruas, não perturbava meu sentimento de alegria, provocado pela beleza da natureza. E veio daí a reflexão sobre o que vale a pena ser vivido, e o que deve ser esquecido. Faça isso no seu dia, hoje. Não permita que nada que não lhe traga felicidade tenha influência negativa, sobre sua felicidade. Não se preocupe nem perca seu tempo. Apenas viva a tranquilidade que há dentro de você e nem sempre você percebe.
Não desperdice seu tempo preocupando-se com as desgraças. Elas fazem parte do aprimoramento humano. O importante é que aprendamos com elas. Quando aprendemos com os erros paramos de errar, desfrutando o que aprendemos. Pense nisso.
*Articulista
95-99121-1460