CONSOLO DE DEUS EM MEIO AO SOFRIMENTO
Debhora Gondim*
Estamos vivendo em um período histórico impar em todo o mundo, no qual incertezas, inseguranças, sofrimento e desespero vêm ocupando espaço na mente e na vida cotidiana da maior parte da população mundial. Os índices de pessoas com doenças como depressão, estresse pós-traumático e transtorno de ansiedade, desde o começo da quarentena tem aumentado.
Fatores que tem sido causadores são: não saber quanto tempo durará o isolamento, medo de ser infectado, tédio, conflitos mais frequentes no lar, possíveis perdas financeiras e morrer pelo vírus. Fora os problemas que já existiam.
Podemos perceber que a cultura em que estamos inseridos contribuiu para todas estas preocupações. Que é relativa, pragmática, hedonista e materialista. Herança de uma cosmovisão pós-moderna que vê o homem como centro.
Com isso, compraram a mentira de que temos o controle de tudo. Que através da ciência e da tecnologia chegaremos às respostas para a redenção do mundo. O que fez com que a humanidade caminhasse com os olhos fixos em si e deixasse de olhar para Deus (Colossenses 3:2). E é exatamente neste ponto que tudo começa a entrar em colapso (1 João 2:16).
Todo este cenário mostrou o quanto somos frágeis e que não temos nenhuma situação sob controle. Desmascarou a mentira da pós-modernidade. Mas ao mesmo tempo veio lembrar que podemos ter esperança em meio a tudo o que estamos vivenciando, através da confiança em Jesus Cristo. Aquele que é Todo Poderoso e que tem planos que não podem ser frustrados. Depositando assim, nossa confiança em seu amor por nós. Amor que não falha, que não maltrata, que não é egoísta, que é incondicional e que não acaba (1 Coríntios 13: 1-13).
Deus tem permitido toda esta situação para que nos voltemos para Ele. Para que lembremos que nossa esperança deve estar somente Nele (Salmos 33:20). Que Deus tem pensamentos de paz e bom futuro para nós. Ele vive e que governa o universo eternamente (Salmos 9:8). Ele trará restauração no tempo devido.
Não sei o que tem causado seu sofrimento. Não sei se está com algum familiar internado seja por COVID ou por alguma outra doença grave, ou se perdeu um parente querido, ou se tem filho (a) submerso nas drogas, ou se seu relacionamento conjugal está em constante conflito, ou se está passando por problemas financeiros, ou se sofre de depressão e toda esta situação tem piorado suas dores. Mas uma coisa eu posso te dizer com toda convicção.
Em Deus encontramos o consolo e a cura para as dores da alma. Não importa a profundidade da sua dor. Deus que traz alívio. Ele é Deus do impossível. Deus que traz a existência o que antes não existia. Deus de graça e misericórdia. Que nos dá um recomeço a cada novo amanhecer. Não vamos desperdiçar as oportunidades de nos achegarmos ao trono da Sua Graça e sermos inundados por seu amor, paz e alegria. Jesus tem fardo leve (Salmos 36:19).
Por fim, desejo e oro para que Deus se revele a você leitor e sua vida seja entregue a Jesus Cristo. Que exerça fé Nele, crendo que Ele é o Filho de Deus que deu sua vida em amor para que tivéssemos o perdão e salvação dos nossos pecados e assim, sermos reconciliados com Deus eternamente (João 3:16).
Que você escolha por Ele todos os dias da sua existência, pois a verdadeira paz e felicidade só são encontradas quando nos satisfazemos Nele. Isto é possível ao buscarmos intimidade com Ele, através da leitura da Bíblia e da oração. Ele é o consolo (Isaias 57:18).
*Teóloga e Professora
O FUTURO DA EDUCAÇÃO DIGITAL: POR QUE AINDA NÃO CHEGAMOS LÁ?
Elton Ivan Schneider*
Talvez a melhor forma de iniciar este texto seja dizendo: parem de colocar rótulos na educação, não se trata de uma dicotomia entre tradicional x digital, entre presencial x EAD, entre híbrido x tradicional.
Ao rotular os cursos e os modelos/metodologias de ensino, estamos olhando para a educação sob o prisma do copo meio vazio, das deficiências que cada um dos modelos tem. Para aqueles que pensam a educação do futuro, inovadora, tecnológica, inclusiva, acessível, formadora, socialmente justa, não nos interessa distinguir ou distanciar os modelos, mas nos apropriarmos do que existe de melhor em cada um dos modelos ou metodologia.
Percebam o seguinte: alunos surdos podem assistir aulas gravadas de conteúdo, em LIBRAS, em ambientes acessíveis pela internet; alunos cegos, com ajuda de leitores de tela, podem acessar o conteúdo de um livro digital, sem a necessidade de livros escritos em Braile; a inteligência artificial pode monitorar os acessos e aprendizagem do aluno, indicando novas leituras, novas atividades, novas metodologias a um aluno com dificuldades de aprendizagem; um aluno morando no interior do estado do Amazonas, distante 10 a 12 horas de viagem de barco da capital podendo fazer um curso técnico, um curso superior, uma pós-graduação na modalidade a distância; um outro aluno da cidade de Mâncio Lima no Acre, distante 33 km de Cruzeiro do Sul, fazendo um curso superior a distância de engenharia civil, em um curso híbrido, com aulas online e atividades práticas em seu polo de apoio presencial; um aluno da cidade de Imperatriz no Maranhão, fazendo curso de Jornalismo a distância com seu Laboratório de Práticas Individuais (filmadora, máquina fotográfica, gravador digital e softwares para edição de áudio, vídeo e imagens) em projetos laboratoriais práticos, realizados sobre em seu contexto loco regional e social.
Atuando como professor do ensino superior há 20 anos, 17 deles, também voltados para a Educação a Distância, é possível afirmar que vivemos uma verdadeira transformação no Ensino Superior Brasileiro, não apenas pelo uso de tecnologias, mas por que as tecnologias permitiram que a educação ousasse atender com toda e qualquer dificuldade de aprendizagem, utilizando-se para tanto da tecnologia como meio para a inclusão social; atender pessoas de cidades pequenas e longínquas com um curso de qualidade, chegando a locais onde o ensino tradicional e presencial não chegava; ofertar cursos com práticas laboratoriais, mediante o uso de laboratórios individuai
s e portáteis, em modelos de ensino híbrido; além do acesso ao ensino, estas inovações, permitiram também a realização do sonho de uma profissão e de um curso superior a professores, administradores, contadores, engenheiros, enfim a uma grande gama de possibilidades, gerando com certeza uma sociedade mais justa e igualitária.
Nos mostrou que não importa o quanto nos utilizemos da tecnologia, o professor que planejar e executar a utilização dos recursos tecnológicos, das metodologias, dos materiais didáticos, continuam sendo essenciais dentro do processo. A migração do ensino presencial tradicional para um modelo não planejado de aulas remotas só foi possível por que bons professores, se ajustam a novas tecnologias e metodologias muito rapidamente, pois são especialistas não apenas em ensinar, mas em aprender.
Isto é o que nos move enquanto educadores, mobilizar a sociedade, o governo, a família, a escola e os professores, para que juntos pensemos uma educação do futuro que tenha: práticas de ensino planejadas; aprendizagem facilitada pela tecnologia; tecnologia como meio; metodologias inovadoras como prática, nos remetendo a uma educação inclusiva, acessível, inovadora, tecnológica e socialmente justa.
Por que ainda não chegamos lá?
Basicamente porque olhamos o copo meio vazio, por que temos alunos refratários digitais e escolas a caminho de uma interrupção digital, ou seria de uma cegueira de gestão?
Vamos ao que dizem os números. Pesquisa realizada pelo Educa Insights afirma que 70% dos alunos do ensino presencial, que estão passando pelo processo de aprendizagem com tecnologias, afirmam que a experiência está sendo positiva. Para 41% dos candidatos a uma vaga no ensino superior, o principal atrativo a escolha de uma Instituição de Ensino, envolve os descontos concedidos, ou seja, quanto vou pagar por mês de mensalidade?
Enquanto o ensino superior presencial tradicional cresceu em média 3,93% no período 2003-2018, o Ensino a Distância – EAD, cresceu 31,39% ao ano, são praticamente 10 vezes mais. Para 44% dos candidatos potenciais a uma vaga no ensino superior, as adaptações que as instituições estão adotando em meio à pandemia são fundamentais para escolher onde se matricular, envolvendo uso de tecnologias, ações nas redes sociais e práticas voltadas a flexibilização de atividades de aprendizagem.
Está mais do que na hora de pararmos de pensar em rótulos, para pensarmos em modelos educacionais em que as melhores práticas de ensino e aprendizagem sejam potencializadas pela tecnologia, por novas metodologias, afinal de contas estamos falando da Educação do Futuro.
*Diretor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.
EM 2021, O PERCENTUAL DE PESSOAS QUE COMPRAM EXCLUSIVAMENTE ONLINE, VAI CAIR
Shirlei Miranda Camargo*
Mas como assim? A pandemia não fez muitas pessoas comprarem online? Sim, é verdade. Porém, este aumento abrupto de demanda para muitas empresas que não estavam preparadas, evidenciou alguns “pontos negativos” elencados pelos críticos das vendas online. Por exemplo, o tempo de espera para ter os produtos nas mãos estão maiores e muitas vezes com atrasos; os valores do frete fazem muitos clientes desistirem das compras. Além disso, o fato dos produtos não conseguirem ser vistos, experimentados, são impeditivos para algumas pessoas comprarem no e-commerce, principalmente em certas categorias, como roupas e sapatos.
Indicando esta tendência, uma pesquisa realizada pela Social Miner e Opinion Box, em agosto, com mais de dois mil brasileiros, trouxe evidências de uma provável queda no número de pessoas que compram exclusivamente online.
16% dos respondentes afirmaram que, em 2019, compraram exclusivamente por e-commerce. Mas este percentual cai para 14% quando perguntam para estas mesmas pessoas se, em 2021, pretendem continuar comprando exclusivamente online. Por outro lado, 55% afirmaram terem comprado exclusivamente em lojas físicas em 2019. Mas este percentual cai para 35% quando é perguntado aos consumidores sobre suas intenções de repetir este comportamento em 2021. Logicamente você está se perguntado: bem, se tanto o percentual de pessoas que afirmam comprar exclusivamente online, como o daquelas que afirmam que compram exclusivamente em lojas físicas cairá, para onde irão estes consumidores?
A resposta: irão migrar para o omnichannel! “Omni o quê?” Já explicamos: omni vem do Latim e significa “tudo” e channel vem do inglês e quer dizer “canal”. Resumindo: todos os canais, ou seja, quando uma empresa atua em vários canais onde por “canal” se entende a forma pela qual um produto chega até seu consumidor. Uma empresa que atua no omnichannel então vende por vários canais: online, loja física, telefone, televisão etc… Um detalhe importante: não confunda omnichannel com multicanais – a diferença é que, no omnichannel, além da existência de outros canais, eles são integrados entre si. Por exemplo, a pessoa compra online e retira ou troca na loja. Ou vê na loja e compra online. Muitas empresas se dizem omnichannel, mas não são! Sabe aquela empresa que apresenta a opção para retirar o produto que você está procurando na própria loja, mas ele nunca está disponível no estoque? É multicanal, mas não omnichannel!
Na mesma pesquisa, o percentual de pessoas que diz mesclar compras online com off-line aumenta de 29% em 2019 para incríveis 49% quando projetam suas intenções para 2021. Ou seja, o omnichannel é uma tendência certa!
E porque o omnichannel vai crescer tanto?
Justamente porque é um formato de negócio que ajuda a amenizar os pontos negativos das compras exclusivamente online elencados no início deste artigo. No omnichannel, o frete fica grátis e o prazo de entrega é reduzido quando o consumidor retira o produto na loja. E, para aqueles que valorizam a experiência sensorial de pegar os produtos, outra vantagem, pois eles podem ir até a loja antes para olhar, e só depois comprar online e receber na comodidade de sua casa.
E a outra boa notícia! É um segmento que ainda pode crescer muito, pois 48% dos respondentes de
sta pesquisa afirmaram ter consumido apenas em lojas físicas, ou seja, podem ser conquistados ainda pelo omnichannel. Ou seja, o omnichannel é o “canal” ou melhor, “os canais”!
*Tutora do Curso de Gestão Comercial do Centro Universitário Internacional Uninter.