Opinião

Opiniao 11 02 2015 612

O Impeachment – Dolane Patrícia* Uma mistura de ódio e decepção levou muitos brasileiros em todo país a reagir, saindo às ruas em forma de protesto, pondo fim a um estado de inércia que incomodava a cada mudança anunciada pela presidente eleita. O aumento nas contas de luz, o aumento nos combustíveis, a mudança na legislação trabalhista, tirando o direito de muitos, as mudanças nas regras para adquirir o FIES, o escândalo da Petrobrás e os bilhões desviados dos cofres públicos foram suficientes para fazer com que o brasileiro quebrasse o silêncio! Nas redes sociais pode se ver um grande número de pessoas marcando datas em todo país para sair as ruas em um movimento parecido com o da “Era Collor”. Dessa forma, impeachment é a palavra do momento! No Whatsapp, já circula dia e hora para o começo de uma nova manifestação em nível nacional.  O gigante que estava meio adormecido está dando sinais de que pode acordar a qualquer momento. De Norte a Sul do País, se vê a indignação do brasileiro que cansou de assistir a tudo calado, inerte! Pode não dar em nada, mas demonstra que o povo descobriu o poder que tem e que a conta estava ficando alta demais para ser paga. Dizer que ocorrerá impeachment da presidente da República significa dizer que esta não poderia continuar exercendo suas funções. Não é tão simples assim. Mas o movimento é grande, tem tabela por Estado. Entretanto, existem várias opiniões sobre o assunto. Há quem diga que as manifestações nas redes sociais são uma idiotice, uma vez que a “presidenta” não cometeu “nenhum crime”. Bom, isso depende do ponto de vista de cada eleitor do PT. Assim, “Impeachment ou impugnação de mandato é um termo que denomina o processo de cassação de mandato do chefe do poder Executivo pelo Congresso Nacional, pelas assembleias estaduais ou pelas câmaras municipais. A denúncia válida pode ser por crime comum, crime de responsabilidade, abuso de poder, desrespeito às normas constitucionais ou violação de direitos pétreos previstos na constituição”.  João Clemente de Souza, sociólogo e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, entende que  “é um movimento fora de hora, que colocaria em xeque as instituições democráticas”. Já o professor de ciência política da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Carlos Ranulfo explica que “para ter o impeachment, tem que ter uma razão. É um crime de responsabilidade cometido pelos presidentes”. Quando se fala em razões, os brasileiros têm bastante, mas legalmente essas razões poderiam levar ao afastamento da presidenta do exercício de suas funções? No entanto, segundo foi noticiado na imprensa, existe  um  parecer do advogado Ives Gandra Martins, dando sustentação jurídica a um pedido de impeachment. Isso sem falar na reportagem do Estadão ao mencionar que “a empresa de consultoria política Arko Advice calcula que a probabilidade de um pedido de impeachment prosperar dobrou desde a semana passada e agora chega a 30%. A propósito, o risco era ao redor de 15% antes da pesquisa Datafolha mostrar que a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou. Segundo noticiado nos telejornais de quase  todo Brasil, “em dezembro passado, já reeleita, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, os números praticamente se inverteram: tem 23% de ótimo e bom e 44% de ruim e péssimo. Após as manifestações em 2013, depois de uma queda espetacular de 57% de bom e ótimo para apenas 30%, parecia que a presidente tinha chegado ao fundo do poço. A pesquisa atual mostra que o poço é mais fundo(sic).” “Seis de cada dez entrevistados consideram que Dilma mentiu na campanha eleitoral. O Datafolha registra que essas são as piores marcas de seu governo, e a mais baixa avaliação de um presidente da República desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em dezembro de 1999.” Segundo o R7, “uma semana após Dilma Rousseff ser reeleita presidente da República, apoiadores da oposição e eleitores avessos ao PT espalharam a palavra impeachment pelas redes sociais. Um movimento que pede impeachment de Dilma já levou cerca de 1.500 pessoas às ruas de São Paulo. Alguns manifestantes mais exaltados sugeriam até uma intervenção militar no País. No Facebook, há outro protesto que pede o impeachment de Dilma marcado para sábado, com 126 mil pessoas confirmadas.” Já O Globo noticiou que “o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que não se pode falar em ‘golpismo’ ou ter ‘arrepios’ quando se menciona a palavra impeachment, porque essa possibilidade está prevista na Constituição e está sendo citada pelo ‘povo’. Mas o tucano ressaltou que a simples queda de popularidade de Dilma não pode ser a justificativa para um impeachment, acrescentando que a crise é grave devido à ‘letargia’ do governo.” Mas quem assumiria em caso de impeachment? De acordo com a nossa legislação, a ordem de sucessão seria essa: Em caso de impeachment o vice-presidente da República assumiria; caso ele não possa, viria o presidente da Câmara dos Deputados; depois o presidente do Senado Federal; e, por último, o presidente do Supremo Tribunal Federal. Portanto, em caso de um impeachment o novo presidente do Brasil seria Michel Temer. A situação só muda se o vice-presidente também for alvo do impeachment. Nesse caso, se o titular e o vice forem afastados na primeira metade do mandato, é convocada uma nova eleição. Se o afastamento dos dois ocorrer na segunda metade do mandato, o novo mandatário é escolhido pelo Poder Legislativo. Adoro as voltas que o mundo dá! Diante de tudo isso, um discurso que chama a atenção é o do ex-presidente Lula na época do “caso Collor”: “O que foi gratificante é que tudo aquilo que nós denunciávamos se provou verdadeiro. Não apenas nós, mas uma parte da imprensa denunciava, intelectuais denunciavam, artistas denunciavam, todo mundo sabia por que o passado político do Collor era um passado político tenebroso. Foi uma pena que precisou três anos para provar, mas foi uma coisa importante porque o povo brasileiro, pela primeira vez na América Latina, deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege o político, destituir esse político. Peço a Deus que o povo brasileiro não esqueça essa lição.” O povo não esqueceu. Que bom! *Advogada, juíza arbitral, personalidade da Amazônia #dolanepatricia ——————————————– Sem motivar não dá – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Motivação é a arte de fazer as pessoas fazerem o que você quer que elas façam por vontade delas”. (Dwight Eisenhower) Sem motivação fica difícil e até impossível liderar. E ainda há quem pense que liderar é mandar com arrufos. Ainda é comum ver-se chefes tratarem os auxiliares como se eles fossem meros fantoches. E esse hábito jurássico está em todas as camadas sociais e administrativas. A empáfia ainda domina entre os “líderes”. Está na hora de mudar o cenário. Já começamos a batalhar. Porque vai ser mesmo uma batalha. E nem percebemos que ela se iniciou há mais de cinquenta anos, no Brasil. E ainda não aprendemos tanto assim. Mas não há mais como manter o desenvolvimento comercial e industrial sem o entendimento no problema. Ainda continuamos preferindo manter velhos e anacrônicos quadros de chefia, sem perceber que o preparo do funcionário mudou. Que o novo funcionário foi preparado para a modernidade. Que o mando já não faz mais parte do desenvolvimento. Que a solução é liderar e não mandar. E quando lideramos sabemos o que é melhor para os liderados. E é aí que conseguimos o melhor no melhor que eles podem dar no que fazem. E cabe ao líder saber exatamente onde está o diamante. E só se consegue isso quando se é competente. E não há líder sem competência. Logo, senhor empresário: seja um líder e esteja sempre descobrindo líderes no seu quadro de funcionários. Continuo com minha velha e chata mania de sair por aí, rodando por dentro das lojas e departamentos, bisbilhotando o comportamento dos funcionários. Mas sem nenhuma intenção a não ser a de observar para ver como e onde estamos progredindo. Mas, muita atenção; o progresso não está somente nas mudanças elegantes nas construções e manutenções das instalações. O segredo está no quadro pessoal. Mas “liderança não é um assunto tão simples como se pensa, tendo sido objeto de grandes discussões, pesquisas e debates por longos anos”. Foi em 1964 que fiz, pelo SESI, em São Paulo, um curso de controle de qualidade e relações humanas no trabalho. Cinquenta anos já se passaram e estamos tentando iniciar o programa, como se ele fosse uma novidade. Faça sua parte em você mesmo. Procure ser o melhor que você puder ser em tudo que você faz. Não importa o que você faz, faça sempre da melhor maneira que você puder fazer. Lembre-se sempre do Swami Vivecananda: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, mas pela maneira de ele executá-la”. Descubra o líder em você mesmo. Só aí você vai ser realmente você, no melhor você que você é e no que você faz melhor. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460        ———————————————– ESPAÇO DO LEITOR EXAMES A leitora Arminda Leite enviou o seguinte comentário: “Após ser atendida no Centro de Saúde do São Pedro, levei o encaminhamento para a realização de exames no Centro de Saúde Sílvio Botelho, mas ocorre que é necessário madrugar para conseguir uma ficha, e nem sempre se tem a garantia de que teremos o agendamento confirmado pela limitação na realização de exames diários. Pela quantidade da população existente na Capital, a ampliação da oferta destes exames já era para ter ocorrido. Por enquanto, só resta esperar”. ESTIAGEM A dona de casa Elizabeth Silva observou que até a primeira quinzena de janeiro era possível ir às feiras e supermercados e encontrar frutas e hortaliças de boa qualidade. “Mas, neste período, já é possível verificar os efeitos da forte estiagem que atinge as áreas centrais de produção, a exemplo das regiões próximas à Capital, que fornecem boa parte dos produtos e estão com a escassez de chuvas há bastante tempo, refletindo na qualidade dos produtos”, frisou. ENERGIA Internautas enviaram comentários sobre as oscilações de energia no período da tarde e noite em vários bairros da Capital. “Já tive dois prejuízos com as constantes interrupções de energia sem que me tenham dado tempo de desligar os aparelhos eletrônicos. Como as interrupções sempre ocorrem sem aviso por parte da empresas, somos pegos de surpresa e nem sempre dá tempo de desligar todos os eletrodomésticos da tomada. Recentemente, queimou uma central de ar e o freezer também foi danificado. E ainda temos que esperar a boa vontade da empresa em verificar a ocorrência”, relatou Ivone Rezende, moradora do Centro. ASSALTO Alice Feitosa, que é caixa de um supermercado, relatou: “Passar pelo Centro da cidade, próximo à Catedral, após as 22h está ficando perigoso devido aos constantes assaltos que estão ocorrendo próximo daquele local. Pela extensão da área, já era necessário instalar câmeras de segurança para ficar fácil de ser identificado quem está realizando estes crimes. Trabalho em um supermercado que fica no Centro e, para pegar o ônibus, preciso me deslocar até o terminal. Tenho percebido a falta de um policiamento mais frequente nesta área”.