Melancias e comissionados
Vera Sábio*
Não sei se alguém já conseguiu observar o quanto as melancias parecem com os comissionados e no fundo tudo vira água. Deixando bem claro que melancia é minha fruta predileta e, quanto aos comissionados, sei que muitos têm grande bagagem e muito valor, porém nenhuma condição proposta pelo concurso que ofereça estabilidade, carreira e segurança.
Se quisermos um Estado mais honesto, o primeiro passo é investir em concursos de todas as áreas e em todos os Poderes, reduzindo ao máximo os cargos comissionados, tanto para que a justiça aconteça, para não haver curral eleitoral e para que as pessoas não escorram como água de melancia.
A melancia, igual aos comissionados, parecem resistentes pelo seu tamanho, pela casca grossa e pelo vínculo e conhecimento que possuem. No entanto, basta uma batidinha e se racham, mesmo com a capacidade enorme que têm; pois, sem estabilidade, sempre dependem da vontade do próximo chefe, que por sua vez tem seus próprios amigos e aliados para preencher os cargos comissionados de que dispõe, independentemente de quem lá esteja.
Pior ainda, são aquelas melancias, ou seja, comissionados que assumem cargos simplesmente para não abrirem a boca e, como melancias rachadas, deixam escorrer sua água, a qual de momento cheira bem; mas em bem pouco tempo, azedam e apodrecem, envolvendo todo o ambiente e comprometendo pessoas que são boas profissionais, porém foram colocadas em cargos comissionados e por isso são facilmente descartadas, sem qualquer respeito e consideração.
É frustrante e tem menos valia; a capacidade daqueles que, para sobreviverem, aceitam os cargos comissionados, porque o concurso está cada vez mais escasso e assim se sujeitam a realizar tarefas fora da sua área, com remunerações menores do que merecem e fazendo serviços muitas vezes até desonestos para garantir suas vagas enquanto o chefe estiver do seu lado.
Isto revela grande parte da enorme crise nacional que a todos atinge; porém, nada justifica o cancelamento e não realizações de concursos que proporcionem condições e oportunidades para aqueles que estudam, lutam e passam. Merecendo ser efetivados e tendo condições de ganhar o salário com o suor de seus rostos, com dignidade e segurança.
Enquanto houver um cargo comissionado, não há razão para que os concursos não existam. Afinal, sabemos que estamos nesta crise e não é cancelando os concursos que enxugarão a máquina do governo com honestidade e justiça. Pois, com certeza, melancias maduras demais e sem utilidade, melancias prestes a explodir e deixar sua podridão por onde estão e melancias acostumadas a somente receber e nada produzir, precisam deixar o cargo e que pessoas mais preparadas e que lutaram tanto para entrar por um concurso possam assumir e mostrar a transparência e dignidade deste Estado e mesmo deste País.
*Escritora, psicóloga, palestrante, servidora pública concursada, esposa, mãe e cega com grande visão interna.
Adquira meu livro “Enxergando o Sucesso com as Mãos”. Cel: (95) 991687731
Blog: enxergandocomosdedos.blogspot.com.br
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Os crimes são tragédias
Tom Zé Albuquerque*
Nem bem tomamos fôlego dos assassinatos ocorridos no rompimento da barragem de Brumadinho, ainda estávamos convalescendo de outro crime na barragem de Mariana, ambas em Minas Gerais, e aí aconteceu mais uma transgressão: adolescentes atletas são mortos num incêndio inconcebível.
Sim, este último cruel evento ocorreu no Rio de Janeiro nas dependências do clube de futebol mais popular do Brasil, uma agremiação exaltada pela sua rentabilidade em poder acumular cifras astronômicas, sobremaneira por transacionar milhões de dólares com vendas de seus jogadores. Pois bem, este mesmo clube submetia seus atletas de categoria de base a se alojarem em containers, nuns espaços que deveriam ser destinados para estacionamento de veículos, mas não, lá se armazenavam seres humanos, garotos carregados de sonhos, desejos e esperanças, para quem sabe pudessem se expandir, um dia, como atletas profissionais.
Imediatamente à violação dos direitos à comprovação da infringência das prerrogativas legais dos atletas e a banalização às normas vigentes para habitação humana naquele inóspito lugar, estourou na imprensa que os grandes clubes do Estado do Rio de Janeiro também descumprem as legislações concernentes à estada e, principalmente, à segurança das pessoas. No Estado de São Paulo, os problemas devem ser os mesmos; Minas Gerais também; Rio Grande do Sul… e por aí vai. Imagine como estarão as condições de habitação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, onde o futebol é menos expressivo (ou inexpressivo) e, portanto, muito menos visado e vigiado.
O Brasil é um país muito atrasado, de um povo primitivo, egoísta, egocêntrico. O brasileiro, em geral, acredita que regras e leis não necessariamente devem ser cumpridas. De fato, quando não existe num povo boa conduta, equidade, altruísmo, respeito e senso de coletividade, as leis são desnecessárias porque a sociedade é falida. Os graves problemas que têm ocorrido no país da novela só ganharam as páginas e noticiários principais porque há certo inconformismo contagiante, a partir de células sociais menos passivas, quanto à danosa prevalência do domínio econômico acima de tudo e de todos.
O que dizer de um país onde pontes caem e viadutos vão abaixo por descaso e desonestidade de quem constrói? No Brasil da lava-jato, museus são queimados e a história destruída por falta de responsabilidade; também escolas são depredadas; barragens se rompem sem que ninguém seja punido; alojamento com jovens que parecem depósitos pegam fogo e as punições são incógnitas. No país do futebol, seres humanos agonizam no chão dos corredores dos hospitais por causa da corrupção; estradas matam; boates são incendiadas gerando dezenas de óbitos por falta de fiscalização; aviões caem, explodem por motivos bizarros; obras desabam como se fosse algo normal. E o BBB passa…
E depois ainda tentam empurrar o grito “sou brasileiro, num desisto nunca!, ludibriando o povão a aceitar tudo, aguentar tudo, permitir o absurdo. E amanhã mais uma represa se romperá, desde que o “framengo” e o “curíntia” sejam campeões. E a grande massa silenciará ante as crueldades, mais uma vez.
*Administrador
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Como usar as redes sociais para conseguir bons empregos?
Maira Hess*
Dentro do universo das redes sociais, existem diversas plataformas destinadas a fins específicos. O Linkedin, por exemplo, é uma rede extremamente profissional e surgiu com o intuito de facilitar as relações profissionais, entre empresas, parceiros e colaboradores. Para tanto, uma rede tão profissional exige um posicionamento profissional. Redes sociais como o Facebook, Instagram e Twitter possuem finalidades diferentes e apesar de serem ambient
es mais descontraídos também podem ser utilizados para fechar negócios, fazer network e conseguir boas oportunidades para alavancar sua carreira.
É muito comum, nos dias de hoje, um recrutador averiguar os perfis nas redes sociais dos candidatos à vaga e isso pode ser decisivo na hora da contratação. Afinal, que empresa vai querer um colaborador insatisfeito e que não demonstra controle emocional e equilíbrio em relação à família, amigos e colegas de trabalho? Isso não quer dizer que um usuário das redes sociais tenha que esconder o que pensa ou sente por medo de não conseguir uma determinada vaga ou uma posição melhor na sua empresa atual, mas sim que ele pode buscar ser uma pessoa melhor. As fotos escolhidas para ser o avatar do perfil, foto de capa e postagens refletem um pouco a personalidade de cada pessoa. Nesse sentido, as empresas irão priorizar as vagas para perfis que se relacionem diretamente com os seus propósitos e expectativas e eliminarão aqueles que não correspondem aos seus objetivos. Lembre-se, é como um cartão de visitas, a primeira impressão é a que fica.
Então, onde encontrar oportunidades de trabalho e conseguir bons empregos através das redes sociais? Em primeiro lugar, é preciso desenvolver o senso crítico. Avaliando os seus perfis nas redes citadas acima. Você se contrataria? Imagine-se como o contratante, veja seu perfil e analise: as fotos utilizadas demonstram positividade, seriedade e comprometimento? As legendas demonstram criatividade, otimismo e inspiram outros usuários? Os textos e vídeos publicados e compartilhamentos abordam assuntos inteligentes e contribuem positivamente para a sua comunidade?
Após alinhar a forma que deseja ser visto pelos empregadores, você pode começar a seguir as páginas profissionais das empresas que mais admira e que têm a ver com a sua área de atuação. Dessa forma, você receberá em primeira mão o aviso de novas vagas, comunicado de workshops, palestras e cursos gratuitos ou pagos que enriquecerão o seu currículo e poderão colocá-lo em evidência para o setor de RH.
*Escritora e Especialista em Marketing Digital
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Não adianta falar
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“As palestras de autoajuda pouco ajudam quando as pessoas não compreendem o funcionamento da mente.” (Augusto Cury)
Não é nada fácil falar sobre autoajuda, mesmo quando a intenção é de apenas ajudar. Simples pra dedéu. Estávamos no início da década dos sessentas quando se iniciou o movimento de introdução do Controle de Qualidade na indústria paulista. A maior dificuldade que o Sesi encontrava era fazer com que os operários, nas indústrias, entendessem o que eram “Relações Humanas.” À época, eu trabalhava numa fábrica de refrigeração em São Paulo. Acompanhei a dificuldade do Sesi em fazer os operários entenderem o objetivo do trabalho. Pode até lhe parecer piada, mas não é. Tive que colaborar com o Sesi, falando com os operários sobre o significado de Relações Humanas no trabalho. E a dificuldade era que os operários estavam confundindo relações humanas, com relações sexuais.
Durante sete anos, batalhei e vivi momentos importantes naquele trabalho. Foi uma experiência notável. Vivi exemplos de excelência profissional, nas dificuldades do desentendimento. As mesmas dificuldades são encontradas, atualmente, na comunicação sobre a autoajuda. Não há como transmitir os ensinamentos da autoajuda quando as pessoas não estão conectadas na importância do funcionamento da mente. Quando conhecemos a importância do poder que temos em nossa mente, tudo se torna mais simples e, consequentemente, mais fácil. Às vezes, necessitamos de ajuda para que aumentemos os conhecimentos sobre nós mesmos. A finalidade da autoajuda é fazer com que você se ajude. Que decida sua vida com o poder que você tem dentro de você, no seu subconsciente.
Muitas vezes, nos perdemos em nós mesmos. A autoconfiança pode muito bem estar levando você para o caminho errado. E isso acontece quando você cai na fantasia da empáfia, pensando que está se autoajudando. Quando conhecemos o poder que temos em nossos pensamentos, não perdemos tempo com pensamentos negativos. E não é fácil levar esse conhecimento a quem não está a fim de se valorizar. E quem não se valoriza não consegue alcançar o que apenas pensa que quer. Porque quando sabemos o que realmente queremos, vamos atrás dos sonhos. E só realizamos nossos sonhos quando somos capazes de sonhar positivamente.
Nunca, em hipótese nenhuma, perca seu tempo com pensamentos negativos, pessimistas. São seus pensamentos que levam seu recado ao seu subconsciente. E este lhe dá o que você pensa. Logo, nunca lhe diga, pensando no que você não quer. Porque ele só lhe dá aquilo em que você pensa. Se você não quer derrota, não pense em derrota. Pense nisso.
*Articulista
99121-1460