Opinião

Opiniao 11 05 2017 4017

DEVANEIOS DE UM CHAVISTA – Ranior Almeida Viana*    Em seu último discurso transmitido em cadeia nacional de rádio e TV, em 08/12/12, o Presidente Hugo Chávez (https://www.youtube.com/watch?v=4WcwJI9hzLI&t=41s) deixa claro que o seu vice-presidente Nicolás Maduro dará continuidade na Revolução Bolivariana (seu projeto de poder). Era o período em que ele já fazia radioterapia em sua luta contra o câncer e daria continuidade ao tratamento em Havana. Nas palavras do Comandante: “O vice-presidente Nicolás Maduro, meu companheiro, um homem revolucionário, um homem de grande experiência apesar de sua juventude, de uma grande dedicação ao trabalho, tem uma grande capacidade para o trabalho, uma condução do grupo para manejar as situações mais difíceis já vistas. Se algo acontecer que me inabilite, Nicolás Maduro deve concluir o período que falta e convocar novas eleições como manda a constituição. Elejam ele!”.

Mal sabia o comandante que Maduro não teria o seu mesmo manejo. Diante da crise que passa a Venezuela, o isolacionismo (distanciamento do Mercosul) que o atual presidente vem buscando só pioram as coisas. Há quem diga que se isso acontece com o Chávez no poder, ele já teria buscado o apoio da Rússia de Putin e/ou da China de Xi Jinping.

Outro dia, por curiosidade, acessei a página oficial de uma rede social do Presidente Maduro e lá constatei que há outra Venezuela, que não é essa mesma que presenciamos em nossos sinais e praças, tanto daqui de Boa Vista, como nas ruas de Pacaraima, em Cucutá (cidade colombiana) e também nos noticiários onde se encontram vários ameríndios venezuelanos em busca de trabalho e alimento. O país que ele divulga em sua rede social, em seus vídeos dirigindo pelas ruas de Caracas ou passeando de teleférico com sua esposa é pura calmaria e tranquilidade. Isso é puro devaneio ou é uma atitude de alguém que não quer ver a realidade ou mesmo que não queira aceitar tais fracassos da Revolução Bolivariana.

Nem parece que protestos e confrontos gravíssimos estão ocorrendo entre militantes da oposição e militantes chavistas (vale salientar que ambos são violentos). Outro detalhe é que as pessoas estão emagrecendo, não por dietas saudáveis, e sim pela fome provocada por causa da escassez de alimentos no país vizinho.

Por fim não fica bem um chefe de estado ficar esbanjando algo fora da realidade do que seus compatriotas vivem e não pensar em soluções para acabar com a fome e o êxodo que assola seu país. Tendo ele que efetuar diálogos com a oposição e buscar cumprir as regras de seu bloco econômico.*Licenciado em Sociologia – UERR, Bacharelando em Ciências Sociais – [email protected]

Viva a Família – Flamarion Portela*Ela é a base de tudo. O alicerce da vida. É na família que conhecemos os primeiros valores e aprendemos as primeiras regras sociais. É onde aprendemos a conhecer o mundo e somos introduzidos na sociedade.É na família que começamos a ter os primeiros ensinamentos sobre comportamento, ética, moral e bons costumes. E, através do convívio com nossos familiares, vamos absorvendo as regras de convívio social inerentes ao nosso meio.

A família, desde o começo da Humanidade, mostra-se como algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano. Os laços familiares, a união entre pais, filhos, irmãos é fator preponderante para que se resguarde a integridade moral do indivíduo, haja vista, que o que se pratica em casa reflete na sociedade.

Quando alguém tem uma família com base sólida, unida, não sente a necessidade de buscar nas ruas uma falsa realidade. Porém, quando isso não ocorre, a tendência é procurar fora de casa o que não tem nela, e isso abre portas para um mundo desconhecido, propenso aos perigos de uma sociedade cada vez mais cheia de conflitos.

Nos últimos tempos, temos vivenciado um verdadeiro esfacelamento da instituição familiar. Vemos cada vez mais famílias desestruturadas, que incutem a responsabilidade de educar seus filhos à Escola ou ao próprio Estado, não se preocupando em ensinar em casa os valores morais que norteiam o convívio em sociedade.

A grande maioria dos conflitos enfrentados por adolescentes e jovens atualmente, como as drogas, o alcoolismo e a marginalidade, são reflexos da falta de estrutura familiar, pois é comum nessa fase da vida, que se busca aprovação e identificação com os demais e, se não existe um bom exemplo dentro de casa, a tendência é que se espelhe com o que se encontra fora dela.

Hoje, sobretudo nas grandes cidades, vemos cada vez mais adolescentes, jovens e até mesmo crianças já encaminhadas para o mundo das drogas, do sexo e da criminalidade. São indivíduos que poderiam estar trilhando um caminho bem mais produtivo, estudando, pensando num futuro profissional, mas que, em sua maioria, foram largados à própria sorte pela falta de uma estrutura familiar.

Especialistas confirmam que um bom relacionamento em família é a principal arma contra as principais mazelas que atingem adolescentes e jovens. Portanto, fica mais latente que a busca da manutenção de uma boa estrutura familiar é o melhor caminho para combater os males que assolam nossa sociedade.

Dito tudo isso, vou contar um fato que aconteceu tempos atrás. Uma amiga minha, chamada Dona Maria do Rosário, me disse, com ar de muita alegria: “Ainda bem que meus filhos resolveram ser bons”. E acrescentou: “são obedientes, respeitadores e responsáveis”. A felicidade da Dona Rosário enaltece o reconhecimento do grandioso desafio que é perpetuar a espécie. Feliz de quem vem ao plano terreno, procria bem os seus filhos e se sente preparado para voltar ao pó.

Então, viva a família!*Deputado estadual e ex-governador de Roraima

“Um Deus arrependido” – Manoel Lobo*Grande parte da população mundial acredita na existência de um ser supremo, que criou o universo (a galáxia, os planetas, o infinito). Dentre esses, o Planeta Terra com suas maravilhas da natureza (fauna e flora), e como guardião dessa maravilha o homo sapiens, o único ser vivo dotado de raciocínio e capaz de modificar o espaço natural em espaço cultural. Outra corrente defende uma explicação científica para a criação do mundo e do homem.

Não vou me prender a essa discussão, pois não sou cético a nenhuma das teorias, mas aqui fala mais alto meu lado cristão que é o que mais me aproxima da humanidade, sem medo de ser paradoxal, portanto, gostaria de discorrer neste espaço acerca do que vem me inquietando já há algum tempo. Conta a bíblia que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e que Deus amou de tal forma o homem, que preocupado com o que o homem vinha fazendo na terra (violência contra seu semelhante), enviou seu próprio filho Jesus Cristo para salvar a humanidade do pecado.

A descoberta do metal se tornou importante para facilitar a vida do homem, mas logo ele seria utilizado como ferramenta da morte, a invenção da pólvora e logo a utilizariam em armas de fogo para matar, a energia nuclear e logo fora utilizada para fabricar a bomba atômica e matar milhares de pessoas em poucos segundos.

As duas grandes guerras mundiais no início do século XX foram exemplos bem concretos da desumanidade do homem, em nome do lucro desenfreado, a busca cada vez mais abrupta de anexação de terras, matérias-primas e mão-de-obra barata para atender as aspirações imperialistas culminaram com a morte de milhões de homens, mulheres e crianças, em uma demonstração de violência sem explicação. O animal dito “irracional” só mata para se alimentar em um processo natural da cadeia alimentar, enquanto o homem dito “racional” mata por um real, ou por que o outro bateu seu carro.  

 O que temos assistido atualmente, os conflitos armados em várias regiões do mundo, gerado por questões religiosas, étnicas e econômicas que perpassam o tempo são heranças dessa desumanização. Mais que isso, assistimos a uma guerra silenciosa, onde as armas são outras e a batalha é midiática. Em nome do projeto neoliberal que preconiza um pseudodesenvolvimento, o homem destrói a natureza e aqueles que ousam interferir no seu projeto, no caso da Amazônia os povos indígenas. Portanto, Deus deve estar muito arrependido de ter criado o homem, pois ele se tornou o pior inimigo do seu projeto de reino. Tal reino de igualdade onde prevalece o amor.*Graduado em História pela UFRR e Pós-graduando em História Regional

Seja o que você é – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quando você se preocupa muito em mudar sua aparência, você está querendo mostrar o que você não é”.Talvez você esteja mais preocupada com os outros do que com você mesma. Por que se preocupar com o que os outros acham de você? Apenas mostre o que você realmente é, e pronto. O que vale é a valorização que você se dá. Sua educação é que vai mostrar o que você realmente é. E na educação não há exibicionismo. O que já é um marco muito forte na divisão entre o que você é, e o que quer mostrar que é. Seja você mesma e vá em frente. A vida é um palco onde você é a atriz principal. E se é a principal não tem por que se preocupar em ser igual ou diferente. Simples pra dedéu.

Tem muita gente que ri quando digo que devemos nos olhar no nosso espelho interior. Reflita sobre isso. No espelho de vidro, à sua frente, você vê o que quer ver. Ou gosta do que vê, ou se desespera pelo que gostaria de ver. Uma ilusão primária e absurda. Enquanto que no seu espelho interior você se vê como realmente você é. As correções que por ventura devam vir estão relacionadas ao seu comportamento, para com você mesma. Você é uma mulher linda, desde que se sinta feliz. E é no seu espelho interior que você deve se consultar sobre o que está fazendo você se sentir inconfortável. Às vezes, o desconforto pode ser fútil. Analise-o e o corrija.

Nunca permita que a futilidade seja um entrave na sua caminhada vida afora. Nunca se esqueça de que você é a única pessoa, sobre a Terra, com competência para fazer você se sentir feliz ou infeliz. Então aproveite essa força incomensurável que você tem, e seja feliz. E isso depende, só, e exclusivamente, do seu estado de espírito. E toda a felicidade de que você precisa para viver feliz está em você, e não na beleza física determinada pelo modismo nada moderno. Procure sua felicidade em você mesma. Seja a pessoa que você realmente é. Mas busque tudo isso dentro da racionalidade. Analise sempre seu desenvolvimento racional, sem confundir essa análise com religião, filosofia, ciência, ou o que quer que seja. O foco deve ser sempre você mesma, e nada mais. Mas, não se esqueça de que você está num palco, cuja apresentação boa ou ruim, vai depender de você e de mais ninguém.

Ame-se no que você é. Você vai se apresentar como você é, e não como você acha que os outros querem que você seja. Viva sua própria vida fazendo com que sua presença seja notada pelo que você é. Sua importância é você quem se dá. Veja isso no seu espelho interior. Pense nisso.*[email protected]