Leitura desde o Berço sob a visão de uma mãe – Maria da Conceição Chaves Reis* Confesso que não tinha o hábito de ler com minha filha. Mas uma iniciativa me fez compreender o quanto é importante estimular uma criança desde cedo e despertar nela o interesse pelos livros. O Leitura desde o Berço, programa da Prefeitura, veio somar e acrescentar o que faltava no meu cotidiano e de muitas famílias hoje em dia. Me sinto uma mediadora do programa na minha casa e meu papel é de protagonista numa história de sucesso com a minha pequena Flávia Letícia, de apenas 4 aninhos.
Reuniões mensais com profissionais capacitados são rotineiras da minha agenda e faço questão de marcar presença. É um momento único de aprendizado, eu diria também que a troca de experiências com os outros pais nos faz refletir melhor sobre a nossa própria maneira de interagir com a leitura em casa. É buscar a inovação e diversão, deixando o momento de leitura com a criança ainda mais agradável.
Mesmo me empenhando, percebo que o interesse da minha filha pelos livros é ainda maior que o meu. Por vezes, ela lembra que tenho obrigação de ler para ela. Isso é inexplicável, chega a ser engraçado ver os filhos mais empolgados que os pais. Letícia nunca está satisfeita, ela sempre quer mais. Sem falar nas perguntas frequentes que tenho o prazer de responder.
O tempo! Talvez esse seja um dos maiores desafios para nós pais. O trabalho cansativo, as obrigações do dia a dia, tarefas de casa e o longo tempo que passamos conectados em redes sociais deixam nossa geração exausta e sem ânimo para interagir fisicamente com as pessoas que nos cercam, o que implica principalmente na relação familiar. Mas Boa Vista é propícia a mudança de hábitos. Podemos fazer isso, basta reservar um tempinho e revelar aos nossos pequenos os benefícios de uma boa leitura em família.
Muitos pais se perguntam o que há de errado quando os filhos se desviam daquilo que tanto almejavam para eles. Mas esquecem de perceber que o erro pode está em si próprio, e quando se dão conta já é tarde demais. Faltou tempo, atenção? Eu diria que sim. É necessário ter um olhar mais profundo quando se trata da formação de um caráter e nos primeiros anos de vida a criança assimila tudo a sua volta com mais facilidade.
Transferir para a escola o papel que deve ser assumido pelos pais é falta de responsabilidade. Convenhamos. Lembro-me de uma conversa profissional que tive com um conselheiro tutelar sobre a responsabilidade da família na educação dos filhos. Ele destacou que a educação não é papel exclusivo da escola, que os pais precisam assumir também esse compromisso. Não é a toa que a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira, 2, um projeto de lei que dá folga aos pais quando participam de reuniões nas escolas dos filhos.
Esse foi apenas um breve relato pessoal sobre os benefícios que o programa está proporcionando a mim e aos mais de 500 pais que hoje estão inseridos no Leitura Desde o Berço nas 11 casas mãe, uma parceria da Prefeitura de Boa Vista e Instituto Alfa e Beto.
*Mãe de Flávia Letícia Chaves Alencar, de 4 anos, matriculada há dois anos na Casa Mãe Elza Mesquita, no bairro Jardim Caranã—————————————–
O juízo final – Antonio de Souza Matos*“Quem tem mais dinheiro recebe pena menor”, diz o jurista norte-americano Brandon Garret, professor de Direito na Universidade da Virgínia (Época, 31/8/2015). É assim que funciona a Justiça dos homens não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil e em toda parte do mundo. Entretanto, de acordo com Apocalipse 20:11-15, um dia haverá um julgamento num tribunal onde nem o poder aquisitivo nem qualquer outro tipo de vantagem serão levados em consideração na hora do veredito.
O juiz será o próprio Deus. Diz o autor do último livro do Novo Testamento: “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Apocalipse 20:11). Portanto, não haverá nenhuma possibilidade de fraude ou cometimento de injustiça. Nem um dos réus, por mais poderoso que possa ter sido no curso da história, exercerá qualquer tipo de influência sobre o juiz para dissuadi-lo a mudar a sentença.
Ninguém ficará de fora. Afirma João: “E vi os mortos, pequenos e grandes, que estavam diante de Deus…” (Apocalipse 20:12a). O juiz, como se pode observar, agirá com total isenção e imparcialidade. Comparecerão diante dele tanto os ricos quanto os pobres; tanto os intelectuais quanto os ignorantes; tanto os poderosos quanto os plebeus. Nesse tribunal, a condição econômica, política, étnica ou social de nada servirá.
Cada um será julgado de acordo com suas obras. João escreve: “… e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo suas obras” (Apocalipse 20:12b). Diz ainda o apóstolo: “E deu o mar os mortos que nele havia;e a morte e o inferno déramos mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Apocalipse 20:13).
Deus analisará os autos do processo e anunciará a sentença com base em provas incontestáveis. Por essa razão, as testemunhas serão dispensadas. Ninguém sairá impune. Tudo estará ali, patente aos olhos do supremo e justo juiz. Cada palavra, cada pensamento, cada ação que atentou contra a santidade de Deus será trazida à tona naquele dia.
A sentença será única: prisão perpétua num lugar hostil e aterrador, cuja temperatura ambiente é mais elevada do que a do próprio inferno. “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Essa é a segunda morte.” (Apocalipse 20:14). João conclui a descrição do juízo final com as seguintes palavras: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.
Como se pode perceber, existe apenas um meio de livrar-se desse tribunal e da condenação eterna: ter o nome escrito no livro da vida. Para que isso ocorra, porém, precisamos reconhecer, ainda em vida, nossa condição de pecadores afastados de Deus e correr para os braços de Jesus Cristo, aquele que se ofereceu em sacrifício em nosso lugar.
*Professor e revisor de textosE-mail:[email protected]—————————————–Construão lenta – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Somos o único caso de democracia que condenados por corrupção lesgilam contra os juízes que os condenaram”. (Joaquim Barbosa)Fica repetitivo, mas é necessário que repitamos. Tudo que acontece na desorganização na administração pública é fruto da incompetência dos adminstradores públicos. Nada de novo e que não saibamos. Que o Brasil está na corda bamba da desordem é fato notório. E o que não tem sido levado em consideração é que ainda não descobrimos quem são os responsáveis pelo desmando. “Não é a política que faz o candidato virar ladrão, é o seu voto que faz o ladrão virar político”. Quando prestamos atenção a isso começamos a nos preocupar com a responsabilidade como eleitores. Mesmo porque ainda não somos realmente cidadãos, e não o seremos enquanto formos obrigados a votar. E a obrigatoriedade nos limita na escolha. Porque somos obrigados a votar, seremos punidos se não comparecermos às urnas. E como os partidos políticos, pela obrigatoriedade, não têm a responsabilidade de peneirar os candidatos, votar no ladrão não faz direrença. Para quem não tem a formação cidadã, todos os candidatos são farinha do mesmo saco.
A Cultura Racional nos ensina que o ser humano só aprende com as repetições. Mas é necessário que tenhamos orientadores que nos preparem. E não conheço político na esfera nacional que esteja interessado em orientar e instruir o eleitor para que ele vote como cidadão. Olhando-se pelo periscópio político, somos alertados pelo Gaston Bouthoul: “Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza”. É assim que a esmagadora maioria dos candidatos vê a política. Ingressam na política como meros remediados e saem, quando saem, milionários.
De quem é a culpa pelo desmando na política? Sei lá? E sei que você não sabe. Porque se soubesse procuraria fazer alguma coisa para a melhoria na Educação. E você nunca vai conseguir isso com atitudes grosseiras que acabam prejudicando os que pensam estar sendo defendidos. Banalidade que vemos todos os dias em gritarias pelas ruas. A solução está na educação. E é ela que está no foco do desvio. Os faladores apontam a educação e a saúde como uma analfabeta e uma perneta, na admistração pública. Concordo plenamente, mas não podemos tê-las como culpadas pelo desmando. A educação é o timoneiro da civilidade. Todos os outros são apenas seus seguidores. Se ela não melhorar, nada melhorará. E por isso ainda teremos muitas décadas de desequilíbrio administrativo, se começarmos agora. O que me parece impossível. Mas, vamos fazer nossa parte. Pense nisso.
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ESPAÇO DO LEITOR CORREIOSA leitora Ana Alice Torres comentou que, com o relato dos próprios servidores dos Correios que denunciaram que mais de 200 mil correspondências aguardam para serem entregues, acabou se concretizando o que a população suspeitava. “Daí a série de problemas que temos enfrentado com a conferência de boletos, sem contar com o transtorno que passamos para tentar conseguir a segunda via de faturas e outros tributos que chegam atrasados. Já ocorreram casos em que tive que cancelar os cartões que foram endereçados para a minha residência, pois nunca chegaram e podem ter sido até extraviados”, frisou.BONFIMSobre a falta constante de energia e água em Bonfim, a internauta Antônia Amorim relatou: “As sucessivas quedas e oscilações de energia estão fazendo com que inúmeros equipamentos e eletrodomésticos sejam danificados. Esta situação tem comprometido até o abastecimento de água do município, uma vez que as bombas que abastecem o reservatório de água não podem, sequer, serem acionadas devido à instabilidade da energia no município”.INSEGURANÇA O leitor identificado apenas como V. G. relatou sobre a falta de segurança no bairro Nova Cidade: “Uma dupla de assaltantes está tirando o sossego dos moradores do bairro, que vem agindo de forma brusca em uma motocicleta Titan. Eles chegam perto das vítimas, mostram a arma de fogo e efetuam o assalto. Nesta semana, foram mais de três assaltos, conforme relato dos vizinhos. O clima é de insegurança e os moradores pedem rondas mais constantes no bairro”.QUEIMADASWalter Lins questiona as autoridades ambientais sobre a contensão de queimadas urbanas que estão, de novo, incomodando a população. “Aqui onde moro, no bairro dos Estados, com essa onda de calor, ficamos sufocados com a fumaça e as cinzas que se alastram rápido devido à forte incidência do vento. Além de fiscalizar, é necessário punir as pessoas que insistem em fazem isso”.