Opinião

Opiniao 11 11 2014 263

Dá pra revisar? – Walber Aguiar*  As melhores canções são aquelas que ainda não cantamos…   (Hubert  Humphrey) Novembro de 2014. Os mortos continuavam sepultados e lembrados na parede da memória. Mas o penúltimo mês transcorria normalmente. Enquanto caíam as chuvas de novembro, as mentes férteis buscavam a transformação, a revisão daquilo que fora feito com carinho, imaginação e amor pela Terra de Macunaima. Ora, não é pelos cabelos brancos que se respeita um ser humano, mas pelo caráter e dignidade que o mesmo carrega consigo. Nesse viés, Dorval Magalhães e Dirson Costa foram irrepreensíveis. Gente que respeitava os outros e amava Roraima; gente que cantava o belo e escrevia o inusitado, que fazia da letra um símbolo, da música uma celebração divina. A partir dessa constatação, o poeta Dorval Magalhães e o músico Dirson Costa ingressaram no concurso da escolha dos símbolos de Roraima, promovido pelo Estado. Dessa forma, qualquer um podia se aventurar pelo caminho das letras e da música, na perspectiva de fazer o melhor em se tratando de um hino representativo. O hino é uma exaltação ao Estado de Roraima, com suas riquezas minerais, naturais, flora, fauna, miscigenação, desejo de progresso, confissão de amor, brasilidade, entre outras referências. Sem dúvida, o esmero com que são feitos e elaborados os hinos e as cantigas, os cordéis e os sonetos, as marchas e todas as manifestações artísticas, buscam a totalidade da perfeição. O que nem sempre acontece, pelo fato de sermos imperfeitos. No entanto, há quem critique Drummond, um dos monstros sagrados da poesia brasileira; há quem queira corrigir Cora Coralina, que começou a escrever na velhice. Há quem desmereça Gullar, pelo fato de não apreciar sua poesia militante. Desde uma perspectiva de imperfeição, tudo pode ser revisado. No entanto, o Hino de Roraima carrega consigo tons e matizes de nossa gente. Será que deve ser revisado pelo fato de sermos um país laico e o autor ter mencionado o nome de Jesus? Podíamos mencionar Buda, Confúcio, Agostinho, Maomé, Kardec, Vishnu, Dalai Lama ou qualquer outra referência no que tange à espiritualidade, que, ainda assim, restaria alguém insatisfeito. Não creio que Dorval Magalhães e Dirson Costa sejam ultrapassados. Respeito a memória e a história de ambos. Penso que a cultura de Roraima precisa de unidade, incentivo e empenho coletivo. Chega de individualidade, de picuinhas que não melhoram nada. O que tem que prevalecer é o bom senso, a alteridade, o enriquecimento coletivo. Muita coisa precisa ser revista, principalmente nossas concepções individuais acerca da vida, da cultura, da história que nos cerca… *Advogado, poeta, historiador, professor de filosofia e membro da Academia Roraimense de Letras. [email protected] 9144-9150 ———————————————————- Florzinhas etc e tal! – Marlene de Andrade* Muita gente critica nossa prefeita dizendo que a única coisa que ela sabe fazer em nossa cidade é plantar florzinhas, maquiando assim Boa Vista, a fim de esconder os verdadeiros problemas de sua administração. Pois eu gostaria era de ver a cidade mais ainda enfeitada e limpa para assim, entre outras coisas, atrair cada vez mais o turismo. O Executivo municipal tem que tratar a cidade como se ela fosse o quintal de sua casa, contudo será que não é equivocado fazer jardins com plantas que possuem uma vida muito efêmera? Dá agonia ver a prefeitura plantando e arrancando o que plantou o tempo todo! Embelezar nossos jardins públicos com plantas ornamentais pouco resistentes ao sol é um problema sério, pois traz prejuízos ter que replantar as plantas que vão morrendo, a cada três meses. Sendo assim, por que não plantar plantas super resistentes ao sol? Se a nossa prefeita plantasse, por exemplo, mini alamandas, as quais dão flores durante o ano todo, teríamos um visual belíssimo nas nossas avenidas e ruas com um tipo de planta super resistente ao sol. Outra planta ornamental muito bonita e que pode ser plantada em vários recantos da cidade é o bouganville, ou então, ainda, o boa noite rústico, pois o de laboratório tem vida muito curta. Fora isso, existem cactos bem resistentes ao sol e até mesmo o capim limão que é simplesmente fantástico para ornamentar jardins. Por último penso que gramar é uma solução sempre muito genial. E a entrada de Boa Vista, de quem vem de Manaus, por que está tão maltratada? Não sei se é a prefeitura ou o governo do estado responsável por esse setor, só sei que essa entrada está muito maltratada mesmo. Embelezaria sobremaneira se nessa entrada fossem plantadas, por exemplo, as belíssimas sibipirunas, ou os falsos cupuaçus. Essas árvores quase não soltam folhas e possuem raízes muito educadas, ou seja, raízes que não destruiriam o asfalto. Se eu estiver equivocada, poderia ser também plantadas, nessa entrada de nossa cidade, as alamandas das quais já me referi acima, ou então grama.  Outro problema importante é a questão das calçadas da frente das casas. Se elas são públicas, por que a prefeitura não investe pesado na construção das mesmas? A população, na grande maioria das vezes, não pode construí-las por falta de recursos financeiros e depois esse é um dever das prefeituras. O povo também tem que colaborar deixando de colocar entulhos na frente de suas casas. Quem suja a frente de sua residência tem que ser multado. Devemos respeitar o meio ambiente, pois ele é um presente valioso que Deus nos deu. Vejamos o que a Bíblia nos diz a este respeito:“Portanto, façam tudo com decência e ordem” (1 Coríntios 14.40). *Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT Facebook.com/Marlene.de.andrade47 ———————————————– Político e estadista – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Pena que todas as pessoas que sabem governar o país estejam ocupadas a dirigir táxi ou cortar cabelos”. (George Burns) O Jarbas Passarinho já nos alertou para o fato de que não temos mais estadista no Brasil. Muitos grandes políticos torceram o nariz pra ele. Claro que o que mais temos é políticos que se consideram estadistas. E é precisamente por esse entender que não entendemos a diferença entre o político e o político estadista. Mesmo porque não haveria estadistas sem política. O segredo, que não é segredo, está no preparo do político estadista e do não estadista. Mesmo porque ninguém é nomeado nem eleito como estadista. Ele apenas é. Mas chega de blá-blá-blá, e vamos ao assunto. O James Clark já definiu isso bem claramente: “Um político pensa na próxima eleição: um estadista, na próxima geração”. Porque não temos mais estadistas no Brasil, estamos vivendo os vexames que vivemos com a crise de autoridade. As desculpas que os políticos trazem para o público embasbacado, às vezes são quase histriônicas. E mais vexatória é a posição da sociedade boquiaberta, diante dos acontecimentos e justificativas injustificáveis. Você acha que se tivéssemos tido alguns estadistas cinco décadas atrás, estaríamos sofrendo essa ridícula falta de água? Simples pra dedéu. Que político de visão não teria pensado e providenciado medidas que nos deixariam fora dos ridículos apertos que vivemos hoje? Nenhum estadista ignoraria as crises climáticas que vivemos em períodos irregulares. E que sempre aconteceram e sempre acontecerão. Sem querer ser cricri, se você se arriscar, pergunte a qualquer político experiente, como reagiremos a alguma crise de água em Roraima, daqui a cinco décadas; ele vai lhe responder? “Sei lá, o governador da época que se vire. Tenho nada a ver com isso”. Quem na política brasileira está realmente preocupado com as próximas gerações? Conhece algum? Mesmo que você me chame de repetitivo, repito: quarenta anos atrás a população do Brasil era de noventa milhões de habitantes. Hoje ultrapassamos os duzentos milhões. Mais que dobramos a população. E o que fizemos para encarar o crescimento com dignidade? Tenho uns exemplos de maus exemplos querendo me sair da cabeça, mas vou mantê-los presos para não provocar arenga. A população roraimense cresce acelerada. E não conheço nenhum administrador público que esteja preocupado com como será a população de Roraima daqui a cinquenta anos. E por isso não vejo alguém avançando no crescimento do Estado com a visão nas próximas gerações. Será que até lá o Rio Branco não irá secar? Pense nisso. *Articulista [email protected]     9121-1460 ——————————————————- ESPAÇO DO LEITOR PRESÍDIO Para o internauta Carlos Calheiros, não é preciso ser especialista em segurança pública para fazer uma observação sobre o grave problema do sistema prisional do Estado. “É claro e evidente que as mazelas foram frutos da má gestão nesses últimos anos. Obras abandonadas e pagas são a demonstração de que não existe gestão na pasta. Outro fato que deve ser observado é quanto aos agentes que prendem, serem também os responsáveis pelos presos. Isto é, no mínimo, surreal. Outra demonstração da falta de gestão é quanto aos desvios de função de agentes penitenciários concursados, treinados com o dinheiro público, se encontrarem ‘lotados’ em gabinetes de políticos ou em outras secretarias, realizando serviços inversos de suas formações. Não é mais uma construção que irá salvar o sistema, mas sim serem preenchidos os cargos de gestão por verdadeiros profissionais competentes e agentes nos presídios. Com isso, teremos o fim dos movimentos e fugas de presos”, complementou. TELMÁRIO 1 “Telmário, votei no senhor e estou gostando de sua atitude porque, antes de assumir o cargo como senador, já está mostrando serviço. Espero que o senhor não seja igual à grande maioria dos políticos que temos em Roraima”, comentou Igor Vinícius Leão de Aguiar sobre o senador eleito Telmário Mota (PDT). TELMÁRIO 2 O leitor Santos P. acredita que Telmário Mota representa a mudança para o Estado. “Ele é diferente de todos os demais que já estiveram no governo. Então tudo o que esperamos de você é esse comprometimento verdadeiro com a coisa pública. Todas as suas palavras fazem sentido, mas espero vê-las na prática. Pois tudo isso continuará acontecendo independente de quem está no governo. Então, esperamos ver acontecer de fato aquilo que o povo espera de você. E que Deus te ajude, até mesmo a não se corromper”, disse. CASSAÇÃO “Acredito que há a possibilidade de o Tribunal Regional Eleitoral fechar o ciclo 2010/2014 com uma média de credibilidade não tão baixa, basta o governador Chico Rodrigues deixar o mandato por conta da cassação. Todo cidadão preocupado com a realidade do nosso Estado torceu. No entanto, isso não aconteceu. Que meu pensamento não seja interpretado como parcial, mas como de um cidadão que estava ciente dos males cometidos pelo governo”, comentou Natal Altair.