TOC
Marlene de Andrade*
“O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos.” (Provérbios 17:22)
TOC o que é isso afinal e tem a ver com que, perguntariam alguns? O Transtorno Obsessivo-Compulsivo/TOC é uma doença psiquiátrica bastante preocupante, pois leva o paciente ter uma necessidade doentia de sempre buscar a satisfação momentânea, custe o que custar. Essa satisfação para pessoas com essa patologia tudo tem que ser aqui e agora e por isso esse transtorno mental, tanto para o paciente, quanto para as pessoas que convivem com indivíduos que possuem essa doença, é altamente desgastante.
O paciente com TOC possui um comportamento bastante compulsivo e sempre está buscando satisfação o mais rápido possível e isso fica muito difícil para ele e toda sua família, pois quando ele não alcança seus objetivos se irrita profundamente e dessa forma acaba atrapalhando e atravancando a vida de todos que estão ao seu redor.
O que vale para ele é de fato o aqui e agora e ponto final. Esse transtorno atrapalha muito a vida do paciente e das pessoas que convivem com elas. Por isso, o tratamento é muito importante para o alívio das tensões, a fim de amenizar os efeitos causados por esse terrível transtorno, o qual tem se tornado muito presente na vida de algumas pessoas.
O quadro clínico cursa com uma obsessão enlouquecedora, a qual é acompanhada por ideias angustiantes e negativas e sensações sempre aterrorizadoras. O quadro psíquico desse transtorno também cursa com as verificações constantes que o paciente faz de tudo que está à sua volta e que tem como alvo “aliviar” a tensão causada pelas obsessões repetitivas. Ocorre que tal fato transtorna ainda mais o quadro psíquico permitindo assim o desencadeamento de uma necessidade profunda de abortar aquilo que nem existe, mas que na sua cabeça é uma realidade concreta.
Quando essa doença se desencadeia na infância as consequências são mais graves e o desempenho escolar fica muito deficiente. Portanto, nas crianças e nos adolescentes as maiores implicações são no desempenho escolar e, nos adultos, podem ocorrer perdas de emprego e separações conjugais, pois é difícil o cônjuge saudável conviver com alguém que tenha essa patologia.
Na maioria das vezes, o TOC é crônico. Há que ficar bem esclarecido que esse diagnóstico é sempre clínico e o paciente deve ser sempre assistido por psiquiatra que o encaminhará também ao acompanhamento de um psicólogo, pois esses profissionais são muito importantes no tratamento desse transtorno psiquiátrico.
Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT-AMB- CFM
Técnica de Segurança no Trabalho
CRM/RR 339 RQE-431
INVASÃO EPISTÊMICA: COMO O FENÔMENO SOCIOLÓGICO SE AGRAVOU DURANTE A PANDEMIA E PORQUE DEVEMOS EVITÁ-LO NO FUTURO
Euclides Matheucci Jr.*
Um dos maiores problemas que ficou evidente durante a pandemia foi a disseminação de notícias e informações falsas. As fake news passaram a fazer parte da nossa realidade e trouxeram prejuízos para a imagem de figuras públicas, políticos e também distorceram a realidade de acordo com o interesse de quem comunica. E, na pandemia do coronavírus, elas foram disseminadas tão rapidamente quanto a própria a doença. Não à toa, várias iniciativas foram criadas com o objetivo de combater a desinformação neste momento, um deles foi uma série lançada pela Unesco que divulgou áudios em diversas línguas com dicas de saúde e práticas que evitam a propagação de fake news.
Contudo, outro fenômeno sociológico ainda pouco conhecido denominado como “Invasão Epistêmica” ou “Invasão Epistemológica” tem se mostrado tão nocivo quanto as notícias falsas. O termo Invasão Epistêmica, criado por Nathan Ballantyne, é um fenômeno que ocorre quando alguém que possui especialização e conhecimento em uma determinada área, decide opinar sobre um tema que não domina. Este efeito se tornou mais comum do que nunca enquanto a pandemia do Covid-19 avançava pelo mundo.
Muitas vezes, o efeito ocorre mesmo sem má intenção de quem propaga a informação, isso porque em uma situação de instabilidade todos se unem para procurar soluções. E com a crise de saúde pública que vivemos hoje, o que não faltou foram pessoas e até médicos receitando medicamentos e tratamentos milagrosos sem embasamento ou comprovação científica. Um levantamento realizado pelas iniciativas Coronavirus Facts Alliance e CoronaVerificad apontou 125 conteúdos envolvendo profissionais da área médica, cuja desinformação a respeito da doença foi propagada em mais de 40 países, incluindo o Brasil. Um dos casos mais conhecidos e que ainda está sendo debatido é a utilização de hidroxicloroquina para o tratamento preventivo do Covid-19.
Este fenômeno tem acontecido dentro de grupos da indústria da saúde e até mesmo por políticos para os seus propósitos questionáveis, o que fez com que o Conselho Federal de Medicina (CFM) precisasse intervir com advertência em uma nota de responsabilidade para profissionais da saúde que divulgavam tratamentos sem comprovação científica para pacientes com coronavírus. Ballantyne ainda cita: “A invasão epistêmica é onipresente nesta era de pesquisa interdisciplinar e reconhecer isso exigirá que sejamos mais modestos intelectualmente.”
As redes sociais colaboram para que a “invasão do saber” aconteça sem que haja responsabilização por parte de quem divulga ou compartilha conteúdos duvidosos. E o maior problema neste caso é ter médicos que contribuem com a disseminação destas informações infundadas. Estes profissionais tão essenciais neste momento devem respeitar os limites de seu conhecimento técnico e ter responsabilidade com o que falam, para quem falam e onde falam.
A Invasão Epistêmica está alcançando patamares perigosos especialmente na área da saúde durante esta pandemia e ficará de lição para o futuro. Afinal, qual o propósito em opinar publicamente sobre um assunto que não domina? Tenhamos consciência e modéstia para realmente ajudarmos uns aos outros baseados em nossas especialidades.
*Co-fundador e presidente da empresa de biotecnologia DNA Consult e professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia na Universidade Federal de São Carlos. Euclides t
ambém é criador do teste #SalvaVidasCovid que contribui para empresas retomarem suas atividades com a testagem dos colaboradores.
DE OLHO NA MENTE
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Cuidado com o que deseja, pois será o que você receberá.” (Emerson)
Acordou mal humorado, hoje? Procure a cura em você mesmo ou mesma. Talvez você esteja influenciado pelos pensamentos negativos. Eles têm um poder muito forte sobre você. Já judiaram, e muito, de você. Talvez você não tenha se tocado até agora. Então se toque. Todo o poder de que você necessita para ser feliz está em você mesmo. É só você acreditar e será feliz.
Somos, e já sabemos, os timoneiros do barco da nossa vida. Ninguém tem o poder nem o direito de dirigir sua vida. A menos, é claro, que você se deixe dominar. Seja feliz pensando feliz. Não permita que os maus momentos do dia a dia façam de você uma marionete do fracasso. É mais fácil e simples ajudar os mais fracos, mostrando-lhes o quando somos fortes. Meu amigo Moisés Hause, (assim mesmo, com a), já nos dizia que o bom exemplo é a melhor didática. E mostramos nossa fortaleza não nos curvando diante dos problemas. Todos os problemas podem ser resolvidos.
Não há como se livrar dos maus momentos. Mas é muito importante saber encará-los com firmeza, apoiado no poder dos pensamentos positivos. Continue sua caminhada pelas veredas curvas e espinhosas da vida. Sorria sempre. É a postura dos seus lábios que vai mostrar se você é uma pessoa carrancuda ou simpática. Nunca sinta medo nem receio de sorrir. O sorriso e o riso fazem parte do cenário íntimo no palco invisível da felicidade.
Chute o balde. Mas cuidado para não machucar o pé. O importante é que saibamos viver a vida como ela deve ser vivida. Com amor, sinceridade, dedicação e muito respeito. E só quando nos conhecemos somos capaz de conhecer os que fazem parte do nosso bloco. E é aí que aprendemos que todos nós somos partes do mesmo grupo. Que somos todos iguais, desde que respeitemos as diferenças. E é nesse respeito que acordamos para o que realmente somos. Que é o que nos traz a felicidade.
Observe cada momento de sua vida, hoje. E observar a vida é vivê-la como ela deve ser vivida, na caminhada para a racionalidade. Não há como ser racional sem ser feliz; nem ser feliz sem ser racional. E como somos todos da mesma origem, estamos todos no caminho do retorno ao nosso mundo de origem. Caminhada que fazemos no nosso considerado ir e vir.
Um passo que temos dado ultimamente para a racionalidade é o conhecimento que vimos adquirindo sobre nossas voltas depois das idas. Mas cabe a cada um de nós fazer com que as idas se tornem mais racionais. Porque nosso lugar é lá. Pense nisso.
*Articulista
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