Coragem para perseverar
Debhora Gondim
Vivemos dias difíceis. Tem dia que nos perguntamos se o período de pandemia vai mesmo acabar. Não sabemos o que mais virá pela frente. Fora a realidade em que o mundo se encontra temos a nossa realidade, dentro da comunidade em que vivemos, da família que pertencemos e dentro de nós mesmos. Realidade que nem sempre está como gostaríamos. Daí o medo e o desânimo batem na porta e não chegam sem trazer com eles a vontade de abandonar a caminhada, chutar o pau da barraca. Expressão muito falada por nós brasileiros.
Quando isso acontece existe um perigo instalado em nosso ser, pois pode nos levar a caminhos cada vez mais distantes do que Deus gostaria que trilhássemos. Nos trazendo a ilusão que estamos no caminho. E que os prazeres momentâneos que encontramos no percurso deste mundo podem nos ajudar a acabar com a dor e a aflição que estamos passando. Mas a realidade é que pegamos uma rota de fuga e ela geralmente nos leva para abismos.
A palavra de Deus nos dá o exemplo do atleta que percorreu todo o trajeto que foi determinado para ele e no final alcançou o prêmio (1 Coríntios 9:24). Sabemos que todo maratonista só tem seu percurso validado, mesmo não alcançando o primeiro lugar, se estiver correndo dentro da quilometragem que foi determinado desde o princípio para ele. Atalhos não são permitidos, mesmo quando o trajeto original apresenta obstáculos e quando parece que nunca chegará ao final. Assim também é nossa caminhada com Cristo. Não pegue atalho siga o trajeto planejado por Deus. Semelhantemente, nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com as regras. ( 2 Timóteo 2:5)
Sei que pode estar difícil. Sei que pode estar sofrendo. Sei que pode estar vivendo uma realidade diferente do que planejou. Sei que o nevoeiro e a escuridão podem está lhe impedindo de enxergar a Luz. Sei que a tempestade pode está fazendo o barco balançar e você tem medo de naufragar. Sei que as lembranças de um passado traumático pode está te fazendo ter medo de prosseguir e entender que pode viver coisas novas, mesmo em meio aos seus erros recentes.
A Palavra de Deus para você hoje é: tenha coragem para perseverar no caminho que Ele traçou. Só os corajosos perseveram até o fim. Persevere em meios as dores, em meio a doença, em meio a falta de recursos, em meio ao desemprego, em meio aos traumas, em meio às quedas no percurso, em meio às perdas, em meio às frustrações. Persevere até o fim. Mas não ache que fará isso e alcançará por sua força ou inteligência. Mas só em Cristo, através da ação do Espírito Santo, conseguimos ter coragem e forças para prosseguir, perseverança até o fim de nossas vidas.
O verdadeiro vencedor é aquele que percorreu o trajeto planejado por Deus, mesmo que tenha existido quedas. Levantou e contínuo a caminhada. Levando cicatrizes sim, mas também carregando o tesouro dentro de si, Cristo. Tudo é por Ele, por meio Dele e para Ele. Que possamos viver e chegar ao fim de nossas vidas glorificando a Deus em tudo e em qualquer situação. Olhemos para a eternidade.
Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno. (2 coríntios 4:16-18)
Teóloga e Pedagoga*
A MÁSCARA IMORAL DO BOLSONARO E DE SEUS LACAIOS
Sebastião Pereira do Nascimento*
Em tempo de pandemia provocada pelo Covid-19, quando a humanidade poderia estar mais sensibilizada no sentido de enfrentar essa convulsão sanitária – a qual tem no ser humano o único disseminador do vírus –, o que observamos são muitos absurdos e contrassensos por parte de uma parcela da população mundial, apesar de salutares medidas adotadas por alguns países contra a crise pandêmica.
No Brasil, pelo o que estamos assistindo, esses absurdos e contrassensos vêm sendo praticados de maneira alarmante, principalmente por parte de muitos tomadores de decisão. No caso do presidente da república, que poderia dar melhor exemplo ao país, vislumbra o descompromisso moral, numa tentativa de fugir da realidade por ser incapaz de superar os problemas advindos da sua má administração. Assim, Bolsonaro (com seus sequazes alienados e os lacaios do planalto), em conluio com uma minoria das autoridades estaduais e municipais, excedem a consciência moral e sabotam as normas sanitárias, encorajando uma parcela da população a praticar as mesmas afetações.
No que tange a consciência moral, Aristóteles define como uma das características humana muito importante na produção da realidade social, pois toda pessoa possui um senso de valor, e por isso está sempre avaliando e julgando as ações humanas, que por consequência, proporcionam a conciliação social. A rigor, a consciência limpa dos humanos, desde sempre pronuncia o juízo moral sem hesitação e alerta que o entendimento moral prima pelo bem do coletivo ao invés do bem individual, onde a obediência às normas sociais é praticada apenas pela pessoa digna, enquanto a desobediência é um atributo da pessoa imoral.
Portanto, as pessoas sem a resistência moral, entram em turbulência mental, e consequentemente deixam de fazer as coisas certas, não raro para benefício próprio. Logo, aquele indivíduo que deixa de praticar corretamente uma lei, norma, regra ou qualquer ordem que venha trazer bons frutos à coletividade, é um sujeito de caráter duvidoso, onde mesmo diante da imoralidade ele se acha no direito de criticar ou tentar impedir que a outra pessoa cumpra a obrigação moral diante da causa estabelecida.
No caso específico do mandatário brasileiro, essa imoralidade se alinha à hipocrisia, quando em nome de seus interesses políticos, prega um discurso contra as medidas restritivas – numa frenesi descomunal de colocar a massa humana no berço do contágio viral, onde de certo haverá uma explosão de mortes provocadas pela ineficiência do sistema de saúde já colapsado –, alegando que se o povo não trabalhar vai morrer de fome – é óbvio que numa tomada de abertura geral, não só os trabalhadores tornar-se-ão vítimas potenciais do vírus (e podem morrer), mas também seus familiares. Estes, ainda que não venham a óbito, sofrerão a eterna perda, envolta à fome.
Ora, o mesmo senhor que tantos anos foi deputado federal e nunca se importou com a miséria do povo brasileiro. Da mesma forma, vem falando de liberdade e do direito de ir e vir, sendo ele (e seus sectários), um adepto do autoritarismo e defensor do regime ditatorial – algo que estimula os cesaristas e condena o país aos dias inquietantes e sombrios.
Sendo assim, esse incitamento por parte de quem tem o maior dever constitucional de cuidar do país – com mais de 317 mil óbitos pelo Covid-19 – já supera as piores calamidades causadas por qualquer presidente do Brasil. Seja por incompetência ou por simples maldade deste governo, as agruras tendem ser ainda piores, visto que em ple
na crise sanitária o mandatário, sem nenhum trauma de consciência, sinaliza uma atração mórbida pela doença, vilipendia os mortos, despreza a ciência, desdenha do povo e deprecia a nação.
Com isso vem o fracasso moral coletivo, submetido a um contínuo processo de desconstrução dos valores sociais em detrimento das causas políticas individuais, onde a pessoa manifesta seus mais intensos desejos de satisfazer suas próprias vontades, as quais conduzem sempre a um conflito com o meio social em que vive. E neste tempo de pandemia, o que mais temos visto são exemplos desse fracasso coletivo.
Portanto, em face dessas premissas, entendemos que as pessoas que negam ou desobedecem as recomendações sanitárias preconizadas pelos órgãos de saúde (uso de máscara, medidas restritivas, distanciamento social, etc), são qualificadas como indivíduos eminentemente imorais, sendo a imoralidade contribuir para o aumento da transmissão do coronavírus, com potenciais de novas variantes, certamente mais contagiosas e mais agressivas como destaca a infectologista e professora da PUC/SP, Rosana Paiva dos Anjos:“…a nova variante não tem um grupo específico, transmite mais fácil e tem uma virulência mais forte, provocando um aumento muito grande de casos graves entre as pessoas mais jovens”.
*Filósofo e Escritor
De cara amarrada
Afonso Rodrigues de Oliveira
“A alegria é para o corpo humano o mesmo que o sol é para as plantas”. (Massilon)
Nada faz mais mal para o ser humano, do que uma cara amarrada. Se você nunca conheceu esta expressão, “cara amarrada”, vamos a ela. Sempre usamos esse termo quando víamos uma pessoa carrancuda. Ou seja, com fisionomia de mau humor. Sempre sorri diante de um mal-humorado. Nada justifica um momento de raiva e ira. Até mesmo quando elas chegam, o que devemos fazer é expulsá-las. Vá treinando nesse exercício simples que a maioria das pessoas ignora. Então não faça parte desse grupo de cara amarrada.
Chega de brincadeira e vamos falar sério. A alegria só faz bem. O importante é que sejamos maduros para saber ser alegre. Cuidado com as piadas que você faz, com as pessoas ou para as pessoas. Nunca confunda liberdade com libertinagem. São duas coisas absolutamente distintas. Usar a liberdade é sabedoria. Sorria sempre. Nada é mais gratificante do que um sorriso sincero. Embora a caminhada para as chamadas igualdades esteja tornando difícil ser agradável no sorriso. E o mesmo, às vezes, acontece no riso. Há risadas que nos fazem feliz, outras nos aborrecem.
E é nessa troca de sentimentos que devemos ser nós mesmos. Estarmos sempre dispostos, atentos e sociáveis, quando recebemos um riso. Ele faz parte da nossa postura. É quando mostramos o quanto estamos preparados para a vida. Quando sabemos, de fato, o quanto a alegria é importante para a nossa felicidade. É como se ela fosse um sol que ilumina nossa alma. E o mais importante é que todo esse poder você tem dentro de você. Toda a força está na sua mente. Então seja uma pessoa mente sadia. E é simples pra dedéu. É só você ser o que você realmente é, como um ser de origem racional, em evolução racional.
Mantenha sua mente sempre aquecida pelo sol da sua alegria. Porque como o sol, a alegria está alimentando a árvore da felicidade. Leve isso sempre a sério e procure estar sempre se espelhando, mirando-se no seu espelho interior. Porque você querendo ou não, ele está mostrando, na pureza e simplicidade, o que você realmente é. E só quando você é feliz é capaz de se ver no que realmente é. Porque se não for feliz não se vê no que é. Simples pra dedéu. Procure levar isso como um alimento sadio para a alma. Mantenha-se sempre sob o Sol da alegria. Porque ele é poderoso no fortalecimento da felicidade. Mas não esqueça de que todos nós somos o que pensamos, mas nem sempre somo o que pensamos que somos. Então vamos ser o que somos, dentro da racionalidade. E nesta não há infelicidade. E você tem o poder de ser você, no que você é. Pense nisso.
99121-1460