Opinião

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Como criar metas poderosas

por Fernando Magalhães*

É muito comum e normal criarmos metas pessoais e profissionais no começo do ano, quando temos alguma mudança na vida e ou até mesmo quando nos sentimos incomodados com resultados. Do mesmo jeito é comum não alcançarmos nossas metas e acabamos desanimando. Mas qual será o verdadeiro motivo de não alcançarmos as metas?

Vou dar um exemplo que pode começar a esclarecer esta questão. Imagine um time de futebol que tenha como meta ganhar o campeonato do seu país sem perder ou empatar, sem tomar nenhum gol, fazer pelo menos três gols por partida e não ter nenhum jogador machucado. Seria uma realização e tanto, certo?

Mas aí que começa o problema. Para definirmos uma meta temos de passar por várias etapas. É um processo trabalhoso e só cumprindo todas as ações conseguiremos chegar lá.

Primeiro devemos avaliar e refletir sobre a meta. Para decidirmos o que queremos no futuro e como vamos chegar lá é preciso saber onde estamos agora e qual a nossa satisfação. É importante refletirmos se a meta faz sentido para nós ou para o nosso escritório. Onde vamos chegar se atingirmos a meta? É esse o futuro que estamos querendo? Faz sentido para um time de futebol ter a meta descrita acima? Reflita.

A segunda etapa é mais técnica, mas não menos importante. Vou explicar. A meta deve ser específica, ou seja, não pode causar dúvida. No nosso exemplo, a meta é ser campeão. A meta deve se mensurável, ou seja, ser possível verificar se a alcançamos. Sim, é possível saber se o time foi campeão ou não.

A meta deve ser alcançável. É possível ser campeão, sim. Mas é possível ser campeão com todas aquelas exigências?

A meta deve ser relevante. A meta faz sentido Está ligada à estratégia do seu escritório? É relevante ser campeão nacional? Sim, o prêmio é bom e dá direito a disputar outros campeonatos.

A meta deve ter começo, meio e fim. Devemos estabelecer um tempo para a alcançarmos. Ser campeão neste ano ou no máximo em três anos.

Se a meta criada não cumpre todos estes pontos não é uma meta, é um sonho.

E por fim a prestação de contas. Se só você sabe qual é a sua meta será que você vai chegar lá sozinho? Já pensou em compartilhar esta meta com sua “torcida” e ganhar estímulo, orientações e ajuda? Tenha um padrinho para te ajudar ou supervisionar, alguém que você precise prestar contas.

Pensando na meta do time de futebol, que conclusões podemos chegar? É realmente uma meta?

Vamos transportar este exemplo para seu escritório de advocacia. Pense nas metas do seu time, o que é importante, o que o atingimento desta meta vai trazer de bom. Pare, reflita, discuta, coloque no papel todas as etapas, coloque seu time em campo e vamos jogar.

*Fernando Magalhães é fundador e CEO da OM Assessoria, empresa especializada em gerar soluções claras para resoluções de problemas e para o desenvolvimento dos escritórios de advocacia, tanto financeiramente quanto qualitativamente. É graduado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA – USP), pós-graduado em Planejamento Estratégico para Escritórios de

Advocacia na GVLAW, da Fundação Getúlio Vargas, e em Gestão Jurídica Estratégica na FIA – Fundação Instituto de Administração. Tem curso sobre Melhores Práticas de Escritórios de Advocacia, ministrado na TOTVS. Mais informações: www.omassessoria.adm.br

Você é um hiperfuncionante?

por Karin Panes*

Esse nome pode soar estranho, mas o fato é que esse pode ser o seu perfil. O hiperfuncionante é aquele que toma todas as atividades para si. Não só as de sua responsabilidade, mas a dos outros também. Geralmente, essas pessoas têm muita energia, são organizadas, ágeis e de fato têm facilidade e competência para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, resolver vários problemas. No entanto, esse tipo de comportamento trazer consequências negativas tanto para você como para todos ao seu redor.

Primeiro porque, certamente, você se sente sobrecarregada, acaba gastando muito da sua energia para realizar atividades relacionadas as outras pessoas e sempre acaba reclamando que está cansada, que tudo sobra para você e que todos dependem de ti para que as coisas fluam.

Outro ponto negativo desse excessivo senso de contribuição é que quando você faz pelo outro, você tira dele a oportunidade de aprender e o problema acaba voltando sempre para você. Assim, criam-se ciclos de incompetentes ao seu redor. São os chamados braços curtos, seja na família ou no trabalho. Na família, pode ser uma mãe que faz tudo pelos filhos ou pelo marido, tirando a autonomia deles, e no trabalho, aquele que faz tudo por todo mundo e sempre é muito requisitado. Mas nesse caso, quando você se sente sobrecarregado e não consegue resolver um problema, ainda corre o risco de receber cobranças, uma vez que os outros já se acostumaram com aquele padrão de comportamento e não querem e nem sabem resolver o problema. É a famosa ingratidão. Ou seja, você faz por eles, não há reconhecimento e sobram cobranças.

O hiperfuncionante costuma estar sempre de cabeça cheia, sem tempo para cuidar de si mesmo, como ir ao médico, por exemplo, e geralmente está acima do peso, sem dar muita importância para sua saúde e qualidade de vida.

Se você se enquadrou nessas características, a dica é parar e perguntar: esse problema é meu? Essa atividade é minha? Caso não seja, retire-os da sua lista e dê espaço para o outro fazer e aprender. Ajude se for requisitada.

O exercício de perguntar ao cérebro sobre o que realmente é de sua responsabilidade é importante para descontruir um vício de comportamento, para colocar filtros e evitar as ações automáticas. No fundo, o cérebro do hiperfuncionante acha que ele ganha alguma coisa ao tomar a função do outro para si (me torno necessário, me supervalorizo, crio dependência, evito rejeição), pois esse comportamento está ligado diretamente com a autoestima. Pode trazer algum prazer no curto prazo, mas não se sustenta qua
ndo o ‘multitarefa’ cai na rotina.

Sempre digo que o medo do hiperfuncionante é ‘pifar’. Portanto, a grande dica de ação para essa problemática é: o que não é meu devolver para quem é de responsabilidade. Dessa forma, você vai guardar energia para suas atividades, melhorando seu bem-estar e seu rendimento em todas as áreas da sua vida.

*Karin Panes é treinadora comportamental, Master Coach especialista em Psicologia Positiva, Neurocientista e CEO da Ato Solutions, empresa especializada em Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano.

Como deveríamos viver

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Por ser breve a vida, deveríamos vivê-la com sabedoria para sermos cada vez mais pais, educadores, profissionais inteligentes, jovens mais sábios e amigos mais afetivos”. (José Norberto de Mesquita)

Nada é mais decepcionante do que lermos e vermos a história, através da mídia. A humanidade desenvolveu-se através da violência. Sinceramente, não tenho ânimo para assistir às cenas violentas e estúpidas da história da humanidade. Pelo que vemos, tudo começou errado. Desde a fantasiosa criação do Adão. Já vivemos o vigésimo século da era cristã, como se o mundo tivesse apenas vinte e um séculos.

Vamos melhorar para melhorarmos a história que estamos criando. Cada um de nós é responsável pelo seu papel na formação da história. E nem imaginamos como ela será contada daqui a vinte e um séculos. Não sei se você está interessado ou interessada, em criar uma história que possa orgulhar os descendentes dos nossos descendentes. Mas o mais importante é que não fiquemos presos à preocupação. Apenas vamos fazer o que deveríamos já estar fazendo. Vamos nos aprimorar no que somos, para podermos ser o que ainda não somos. Para que sejamos pais preparados para preparar os filhos.

Desde muito tempo, as crianças recém-nascidas estão nos mostrando que elas estão nascendo para um novo mundo. Não faz muito tempo, os governos iniciaram campanha para criarem novas escolas para educar as crianças especiais que estavam nascendo. No silêncio do tempo, ninguém falou sobre o equívoco. As crianças consideradas especiais não eram mais do que crianças normais, de um mundo, em forte evolução. As crianças foram aceitas e as escolas não mudaram para elas. Os educadores não avançaram muito na sua profissão, e a violência continua crescendo, de acordo com o crescimento populacional.

Já observou como os meios de comunicação continuam nos ensinado como matar, roubar, destruir, e por aí afora? Nenhuma novela ou filme fará sucesso se não exibir muita violência e vigarice. As crianças atuais passam o dia todo clicando no celular, e se divertindo com cenas e atitudes vulgares. O que sempre foi o essencial no desenvolvimento da humanidade que não se desenvolve. Então vamos fazer nossa parte. E esta exige conhecimento e dedicação. E primeiramente devemos nos conhecermos, a nós mesmos. Sabermos quem somos, para que possamos ser o que ainda não somos. O Victor Hugo já disse: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”.

E como somos todos da mesma origem, vamos nos respeitar para podermos acompanhar os passos dos que caminham por veredas do bem e não do mal. Pense nisso.

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