OPINIAO 11964

CAMPANHA ADOTE KIDS

Dolane Patricia e Jaqueline Bacelar

Existe uma frase que diz: “ Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a.”

A frase de autoria do poeta alemão Johann Goetheser, e deixa clara a forma correta de ajudar uma criança, através do amor.

Quando você ama e educa a criança no caminho correto, com bons hábitos, com valores, princípios desde a infância, quando estiver adulta, a chance de permanecerem nesse caminho é muito maior. É também o que está escrito no livro de provérbios. Além disso, “é preciso educar as crianças para que não seja necessário punir os adultos.”

Além disso, por mais incrível que pareça, não é caro educar de forma correta, só precisa de amor, de tempo de qualidade para passar com os pais, transmitindo valores morais e princípios éticos, tão importante na infância.

Dessa forma, existem atividades que não depende de dinheiro nem de classe social, como brincar com os filhos, ler para eles, mostrando desde cedo a importância da leitura, assistir filmes juntos e ter tempo para conversar.

“Crianças não precisam ser treinadas; precisam ser guiadas. A vida não é só sobre lições intelectuais e informação. É sobre integrar a verdade no tecido das nossas vidas diárias. Deus nos chama a colocar os nossos filhos e seu treinamento para o topo da lista das nossas prioridades porque nossos filhos são eternos, enquanto a maioria das coisas nas quais investimos o nosso tempo são temporárias.”

E foi pensando em tudo isso que a Igreja Adventista do 7º Dia, através da Associação Amazonas Roraima – AAMAR, aproveitou a quarentena e estimulou os pais e os filhos a ficarem mais tempo juntos, através de atividades com o Ministério da Criança e Clube de Aventureiros, dentre elas, a “Semana do Lenço”, fazendo referência ao lenço que usam no uniforme.

No dia 15 de maio de 2021 foi comemorado o dia mundial da Criança Adventista e do Aventureiro e a festa foi em grande estilo. Juntos, os líderes da AMARR/RR, Jaqueline Bacelar Siqueira, líder do Ministério da Criança e Marcos Pimentel líder dos Aventureiros em Roraima, incentivaram o amor e afeto através da doação de diversos materiais de higiene para as crianças dos abrigo municipal e estadual de Roraima, incentivando outras crianças, pais, familiares e líderes a fazerem as doações.

A entrega foi um momento marcante, os líderes dos abrigos receberam emocionados as doações que foram entregues com a participação de várias crianças e líderes da Igreja Adventista, tudo registrado pela TV Novo Tempo.

Isso é relevante porque ter um lar, uma família e uma infância feliz é o sonho de todas as crianças. Poder chegar da escola, encontrar um conforto e receber um abraço de pessoas amadas faz parte dos anseios de qualquer um. Mas, infelizmente, essa não é a rotina de muitos dos pequenos. Há milhares delas que têm seus direitos violados (abandono, negligencia, violência) ou pela impossibilidade de cuidado e proteção por sua família.

Essa triste realidade as conduz a serviços de acolhimento e institucionalização de crianças, adolescentes e jovens, através de medidas protetivas. Nesses lugares, sobre a proteção da justiça, as vítimas do abuso podem olhar para o futuro sem medo e com esperança.

Nesse contexto, o Ministério da Criança e Aventureiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Boa Vista, Roraima, realizou essa emocionante campanha: o projeto Adote Kids, uma maneira relevante de comemorar um dia especial, a saber, o Sábado da Criança e Dia do Aventureiro.

O principal objetivo do projeto foi incutir na mente das crianças da igreja a importância de atitudes de solidariedade, empatia, altruísmo e compaixão, bem como evidenciar as crianças do abrigo nosso profundo carinho e preocupação com o bem estar delas.

Para que houvesse o envolvimento de todas as crianças nessa ação de compaixão, foi realizado o levantamento dos itens de higiene, junto aos Serviços de Acolhimento. Os itens foram subdivididos entre os distritos de Roraima, de tal forma que todas as igrejas e famílias pudessem se envolver na missão de abençoar outras crianças.

O projeto resultou na arrecadação de mais de mais de 2.000 itens de higiene. Sem dúvidas, a melhor maneira de agradecer a Deus pela existência das crianças e aventureiros em nossas igrejas!

Além da ação social adote kids, crianças adventistas de todo Estado de Roraima realizaram lindos programas, expressando os seus mais sinceros sorrisos, atividades que contribuirão para que se tornem adultos felizes amanhã, lembrando sempre que “Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu as esperanças nos homens.”

*Advogada, juíza arbitral, coach, escritora, apresentadora de TV, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Personalidade da Amazônia e Brasileira. Pós graduada em Direito Processual Civil e Direito de Família, Pós Graduanda em Direito Empresarial em Marketing Digital e branding. Instagram: dradolane_patricia. #dolanepatricia. Aplicativo Dolane P.atricia

Fisioterapeuta, Lider do Ministério da criança da AAMAR/RR

Burnout: perigo da busca pela perfeição

A síndrome atinge de maneira especial as mulheres, multitarefas, que com o home office se tornaram ainda mais vulneráveis

Stephanie Zalcman é CPO (Chief Placement Officer) da Wiz Soluções em Seguros e embaixadora da AMMS (Associação das Mulheres no Mercado de Seguros)

O home office transformou a casa, que era uma válvula de escape para o estresse do trabalho, em escritório. A rotina profissional passou a se misturar com as tarefas do dia a dia e descobrimos que trabalhar em casa pode não ser tão relaxante como se parecia, mas significar morar no trabalho, ir da cama ao computador e do computador para a cama dormir novamente.

A síndrome de burnout é um distúrbio normalmente associado a uma exaustão extrema relacionada ao estresse crônico no ambiente de trabalho. Informalmente, é até chamada de “síndrome do esgotamento profissional”, mas agora a ideia de burnout também pode adquirir novas dimensões.

As mulheres são as mais atingidas pelo problema, por suas características femininas ligadas ao perfeccionismo e à vocação para a proteção. Fazem o contrário da regra passada pelas aeromoças para uso de máscara de oxigênio em aviões: primeiro socorrem aos outros antes de pensar em si. Tomam para si obrigações domésticas e familiares, e comumente se sentem devedoras e insuficientes, que em alguma área estão deixando a desejar.

Exaustão, irritabilidade e a sensação de que não se consegue dar conta de tudo estão entre as principais características dos pacientes identificados com a síndrome que acomete pessoas com personalidade similar. Em geral, aquelas que têm ambição mais notória, acentuado impulso competitivo, se cobram muito, são perfeccionistas e que consideram muito a opinião alheia.

Pessoas muito estudiosas e apaixonadas pelo trabalho, como eu. Se superar significa também extrapolar e, assim como tudo na minha vida, sempre quis fazer e dar mais do que muitas vezes o meu corpo me permitia. Foi quando tive um AVC transitório em decorrência de uma crise de burnout, que, inclusive relato em meu capítulo no livro Mulheres do Seguro, lançado no fim do ano passado.

Minha mãe me ensinou desde cedo que as mulheres devem trabalhar, ter o seu próprio dinheiro e não depender do marido. Meu pai me ensinou a me posicionar profissionalmente, me valorizando como mulher. Sempre tive a necessidade de tentar ser a melhor em tudo o que fazia, me superando. Sempre fui extremamente estudiosa e em cobrança comigo.

O AVC me fez enxergar que precisamos dar mais valor para nossa saúde, para nossa família, para o nosso entretenimento, pois o trabalho não pode nos consumir tanto. Precisamos refletir e aproveitar os bônus o que as realizações podem nos oferecer, e ter uma vida plenamente saudável, cuidando da mente, do corpo, da alimentação e do sono – quem vive para trabalhar acaba negligenciando essas áreas, mas, se for assim, de que vale tanto esforço?

Sigo buscando pelo equilíbrio e acabei de ler um livro a respeito do tema, o “Dá um tempo”, da jornalista Izabella Camargo. Como diz o título, é um convite à busca por limite em um mundo sem limites. Vivemos fazendo tantas coisas por dia que estamos sempre nos sentindo em débito com alguém. O tempo está passando muito rápido!

É importante criar transições do momento de trabalho para o lado pessoal, proporcionando uma sensação de normalidade. Fundamental também é o cuidado com o corpo e a saúde. Outro ponto chave é ter bons relacionamentos, neste momento a tecnologia, quando utilizada com equilíbrio, pode nos favorecer. Menos tempo para a ilusão das redes sociais e mais para a realidade de ligações por vídeo e mensagens individuais.

Assim como o trabalho, o lazer tem que ser levado a sério. Momentos de ócio ou de atividades que nos dão prazer são indispensáveis para ativar as ideias, a criatividade, e garantir saúde mental para enfrentar este período de desafios.

Fique esperto

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A falsidade tem uma infinidade de combinações, mas a verdade só tem um modo de ser”. (Jean-Jacques Rousseau)

O delegado disse que só existe vigaristas porque existe os otários. E na verdade é verdade. Vamos nos preparar para a vida na sua evolução. Mas precisamos estar atentos para que tipo de evolução estamos vivendo. Há uma mistura descontrolada no cadinho da evolução humana. E não nos esqueçamos de que somos todos, em cada um de nós, responsáveis pelo que devemos fazer de melhor para melhorar. Com que visão você encara o futuro quando ele está no seu crescimento social?

Vamos maneirar. A vida é pra ser vivida. E cabe a cada um saber viver a vida com responsabilidade. A dona Salete começou o dia, ontem, me olhando com olhos de censura. Saio, de mansinho, fingindo que não estou percebendo. Mas ainda é cedo. Daqui a pouco a bomba vai explodir. E já estou preparando o embrulho pra me defender. Não sei se ela vai aceitar a desculpa esfarrapada que estou arquitetando. E meu receio é que ela já está muito esperta pra acreditar em desculpas esfarrapadas.

O que está acontecendo, ou aconteceu, é que ontem completamos sessenta e três anos de casados. E ela esperava uma festança como comemoração. E o cara, aqui, ficou o dia todo se desviando para não festejar. E o pior é que ele adoraria ter comemorado. Já na hora do café da tarde, chegou nosso filho, de sessenta e um anos de idade. Eu tinha acabado de fazer o café da tarde. Abraços e parabéns. E muito fingimento aqui do cara disfarçado. E foi aí que a jiripoca piou. Ela quase gritou para o casal que acabara de chegar: “Daqui a pouco teremos o bolo”. O cara aqui, fingiu não ouvir.

Os telefonemas foram chegando e o cara se apavorando. E ele não teve outra alternativa: começou a puxar conversa à mesa, enquanto tomavam o café com pão. A filha, no Rio de Janeiro, com sessenta anos de idade, telefonou parabenizando. Os mais novos foram chegando e a conversa crescia enquanto o cara aqui, incentivava o avanço. Mesmo ele sabendo que nem todos os casais têm a felicidade de comemorar com alegria e amor, seis décadas de convivência amorosa e feliz. É gratificante você saber que de mãos dadas com quem você ama, você acaba de completar sessenta e três voltas, em volta do Sol, em comemoração. Um passeio enriquecedor alimentado pela felicidade superior a qualquer comemoração. Nas conversas e nos petiscos que surgiram durante o papo, a comemoração foi acariciada no amor verdadeiro e puro.

Seja sempre feliz no que você é, sendo verdadeiramente o que você deve ser. Porque é em você que se encontra toda a felicidade. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460