Opinião

Opiniao 12 06 2017 4194

4 a 3 – Tom Zé Albuquerque*O Brasil cunhou em sua história um dos mais lamentáveis fatos da sua existência com o julgamento da chapa Dilma-Temer, governo que rege o país há 15 anos, aliados-parceiros-companheiros inseparáveis, cuja corrupção ao grupo petista-pemedebista tem pipocado de tudo quanto é lado nos últimos meses.

O fato de o Tribunal Superior Eleitoral – TSE ter absolvido políticos numa manobra de causar nojo, parte da sociedade brasileira tem se manifestado, ora de forma indignada, ora mantida estática, pasmada sem saber sequer o que dizer. Para este e outros episódios, nota-se o Brasil composto de vários tipos de manifestantes, desde o público constrangido com tal situação, atormentado sem saber o que fazer; tem aquele povo que é indiferente a tudo o que é sério, grave ou complexo no país; tem uma ala que vai no embalo das indignações, especialmente nas redes sociais, reclamando de tudo o que vê; tem um grupo que acredita ter senso crítico sobre os fatos mas nada lê, pouco discerne, quase não depura os fatos; e tem a facção hipócrita, que vez defende um lado, noutra brada em favor de outro, de acordo com as circunstâncias.

De qualquer sorte, o TSE, a partir de agora, está exposto ao ridículo, sobretudo a explicar o porquê de a sociedade brasileira ter que bancar mais de R$ 2 bilhões ao ano, R$ 5,4 milhões por dia aos cofres públicos, segundo a ONG Contas Abertas. Suscita-se aí uma pergunta deveras pertinente: Para que serve o TSE? Promover a Justiça Eleitoral? Que justiça? O que seria o termo “justiça” para este Supremo Tribunal? Nesse imbróglio, ninguém negou propina, ninguém negou financiamento ilegal, mas os magistrados absolveram a chapa. Roberto Freire diz que “Em nenhuma democracia importante do mundo tem Justiça Eleitoral”. Mas no Brasil não só tem como seu povo a sustenta pra degradação moral da própria nação.

O TSE excluiu as irrefutáveis provas oriundas da Odebrecht em prol de imunização da chapa política. Sim, a partir de agora, praticar caixa 2 no país não é mais crime, seguramente pelos desdobramentos que esse julgamento novelesco irá causar. De nada adiantaram as evidentes mostras e inquestionáveis provações da utilização de verbas do BNDES para uso da campanha eleitoral. Detalhe bizarro: dinheiro este oriundo da população, portanto, o povo pagando para ser roubado. O Brasil é um país chantageado, de cócoras perante a articulação de políticos dos mais diversos, na tara desmedida para não serem presos.

O último dia 09 de junho está marcado na história brasileira como o dia em que um Superior Eleitoral livrou políticos descriminalizando-os por excesso de provas. E teve festa por isso, também bancada por nós, brasileiro. Venceram os transgressores! O que se vê em nosso país são tribunais dotados de profissionais indicados por políticos, ao que parece para preservação de suas capitanias. O futuro do Brasil é sombrio… A Operação Lava-Jato, assim como o mensalão, será enterrada.

Tem circulado nas redes sociais uma historinha tratada como “fábula do Porco”, que retrata bem o recente acontecimento: “O Ladrão é preso com um porco nas costas e, ao sair do sítio do roubado, ele pergunta ao policial: – Como o senhor me prendeu tão depressa? O policial respondeu: – O vizinho denunciou, ele viu quando você entrou no sítio da vítima. O ladrão então falou: – Então eu tenho que ser solto imediatamente, porque o porco que eu roubei ainda não estava nas minhas costas quando entrei no sítio, portanto não era parte da denúncia quando ela foi apresentada. Então, continua o meliante, se desconsiderar o porco não temos roubo nenhum. O policial deu uma juntada no vagabundo, o enfiou no camburão e disse: – Tá pensando que isso aqui é o TSE?… seu m*rda!”

O falta de percepção de parte da população brasileira chega a ser risível a ponto de muitas pessoas compararem o gravíssimo incidente no TSE com os 7 a 1 futebolístico da última Copa do Mundo, na derrota da Alemanha. Patética tal analogia. A contaminação atingiu a metástase… “Quando a política penetra no recinto dos tribunais, a justiça se retira por alguma porta” – François Guizot.*Administrador

Procure a solução – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Qualquer coisa na vida vale a pena, se a alma não é pequena.” (Fernando Pessoa)Pouco importa o que você faz. O que importa e interessa mesmo é como você faz. Resultados que muitas vezes parecem insignificantes podem engrandecer você. “As insignificâncias causam a perfeição”. Miguel Ângelo falou isso para a autoridade da Igreja que o criticava pela demora na pintura da igreja. Quando não sabemos aproveitar as oportunidades, nossa incompetência nos faz acreditar no azar. E tudo está no cadinho da vida.

Quando as coisas não estão dando certo é porque não estamos sabendo fazê-las. Que é o que acontece nos nossos dias, que não são diferentes dos dias dos antepassados. A verdade é que não estamos sabendo viver, como eles também não sabiam.

Tudo é simples pra dedéu, desde que saibamos dirigir nossa canoa, antes que ela se fure. Seus sentimentos acabam machucando você quando você não sabe controlá-los. Vamos aprender a usar o controle da mente. E comecemos por não perder tempo com coisas e acontecimentos que não nos tragam bons resultados. Apenas analise os acontecimentos em vez de ficar se martirizado e se preocupando com eles. Como você acha que vai viver os dias de amanhã, esperando resultados dos descontroles de hoje? O controle pode estar, e está, com você. Simples pra dedéu.

Em pouco mais de quarenta anos, a população do Brasil praticamente triplicou. O que é desesperador. Saímos de noventa milhões de habitantes, para mais de duzentos milhões. E o que mudou na administração pública no Brasil? Pouquíssima coisa. Os larápios de então continuam sendo eleitos e roubando. Os despreparados, eleitos e atrapalhando o trabalho dos competentes preparados. Os eleitores despreparados e continuando como vendedores de votos. E daí? Que é que você tem a ver com isso? Muito. Tem muito que fazer para ir, paulatinamente, tirando-nos desse lamaçal vergonhoso e nojento.

Vamos mudar o cenário, mudando nosso modo de ver a política. Mas tem que ser um idealista. Sem idealismo não há como determinar. E só resolvemos o problema quando nos determinamos. Que é o que devemos fazer considerando-nos cidadãos roubados nos direitos que tiram de nós. Direitos que nos roubam por saberem que com eles teremos o poder de mudar a política, sem necessidade de gritos nas ruas, nem quebradeiras idiotas. Vamos lutar silenciosamente, pela melhoria da nossa Educação. Porque sem ela nunca seremos mais do que marionetes, títeres e fantoches de bandidos mascarados de políticos. Mas não se esqueça de que ainda temos bons políticos que não conseguem trabalhar. Você pode mudar isso. Pense nisso.*[email protected]