Opinião

Opiniao 12 07 2016 2705

LEGADO MALDITO: CARENTE DE VALORES – Walber Gonçalves de Souza*A formação humana, entre outras coisas, passa pela apropriação de valores e princípios. Acabamos refletindo em nossas vidas o que acreditamos, pensamos, os valores e princípios que temos. A formação da sociedade segue o mesmo raciocínio.

Daí a importância de que os valores e princípios em que as pessoas passam a acreditar sejam realmente pertinentes com aquilo que podemos chamar e caracterizar de humano.

Quando pensamos em valores e princípios acaba aflorando em nós a ideia de honestidade, compaixão, zelo, cuidado, caridade, fraternidade, retidão, justiça, amor, educação, respeito… tudo aquilo que engrandece o ser humano.

Estamos precisando repensar os nossos valores, repensar o que damos valor, repensar o que acreditamos ter valor. Estamos precisando repensar quais são os valores que estamos deixando para os nossos filhos e filhas. Estamos precisando repensar quais são os valores que recheiam as nossas relações interpessoais.

Se a sociedade reflete os valores que temos e acreditamos, pare uns minutos e faça uma lista mental de quais são aqueles que estão reinando em nosso meio?! Quais são os valores que vem se destacando e direcionando a vida das pessoas?!

Converse com os nossos jovens e adolescentes, veja qual é a percepção que eles têm da nossa sociedade, qual a percepção que eles têm da vida. Às vezes em sala de aula, comentando sobre algum assunto que é pertinente ao contexto atual da nossa sociedade, as reflexões em muitos casos são as mesmas, a grande esmagadora maioria dos nossos jovens e adolescentes não acredita em mais nada, não acredita em todos aqueles valores que foram citados no início deste texto. E se eles pensam assim, a responsabilidade é nossa, pois são os valores e princípios que eles estão aprendendo de nós adultos, através dos nossos atos e pensamentos.

Estamos deixando um legado estranho, desumano, um legado em que os valores estão totalmente invertidos. A percepção que se tem é que o crime compensa; que a impunidade nunca deixará de existir, haja visto os constantes casos que se escancaram debaixo dos nossos olhos todos os dias; que com “jeitinho” sempre se resolve as coisas; que a mentira alimenta a dita “justiça”; que a aparência vale mais que a essência; que o ser nunca sobressairá sobre o ter, pois é quem tem grana é quem manda. Infelizmente, este é o legado que de fato estamos deixando. Por mais que falamos o contrário é isto que a moçada está pensando.

Os interesses se tornaram tão pessoais, que defendemos bandidos, para continuarmos “bonitos na fita”. Só que esquecemos que a moçada nova está de olho naquilo que fazemos. Assim, ela aprende a ser omissa, a não ter coragem, a achar que o errado também pode ser visto como uma pequena falha, que sempre vai existir, e por isso não precisa ser banida e nem tão pouco combatida. Perpetuando assim, de forma indireta, uma sociedade com ares de falência.*Professor.———————————–Em defesa do Programa Ciência Sem Fronteiras -Gilberto Alvarez Giusepone Jr.* Anísio Teixeira (1900-1971) foi um dos mais importantes educadores que o Brasil já teve. Foi também responsável pela criação de inúmeras instituições voltadas à qualificação da educação pública brasileira e, principalmente, para a democratização do acesso aos bens educacionais que, segundo ele, são direitos e não devem permanecer como privilégios de poucos.

Em 1956, na companhia de Darcy Ribeiro, Anísio Teixeira tomou as providências necessárias para que o país contasse com um centro de altos estudos educacionais, do que resultou, com o apoio da Unesco, a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, seguramente a mais densa iniciativa no campo da pesquisa educacional antes da “era da pós-graduação” iniciada na década de 1970.

Naquele contexto, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro defendiam incessantemente que as políticas educacionais deveriam ser consideradas políticas de Estado, não ações de governo, suscetíveis às guerras ideológicas e a desmanches de tempos em tempos.

E como não somente eram grandes acadêmicos, mas também homens de ação política, eles sonhavam com uma situação na qual uma política de Estado pudesse, além de garantir a ampliação do acesso à Universidade, também oferecer oportunidade para a internacionalização da experiência universitária.

Como se percebe, as ideias que mais tarde resultariam na criação do Programa Ciência Sem Fronteiras são maiores que um governo e têm raízes nos capítulos mais luminosos da história da educação brasileira, uma história repleta de interrupções e danos aos projetos que se mostraram vocacionados a assumir o perfil de política de Estado, como foi o caso do ENEM, por exemplo.

Com expressiva preocupação, assistimos ao desmonte do Programa Ciência sem Fronteiras. Presenciamos, mais uma vez, uma ação de governo – e desta vez de um governo interino –, agredindo uma política de Estado amplamente legitimada e reconhecida junto à comunidade acadêmica do país e do exterior.

O Programa Ciência Sem Fronteiras está sendo abatido quando ainda dá os primeiros passos e nem sequer conheceu a primeira ação de ajustes que sempre são necessárias.

Na metade do século XX, dois intelectuais brilhantes, atores políticos profundamente marcados pelo horror do golpe civil-militar de 1964, tiveram a clarividência de defender projetos de internacionalização da experiência universitária, mesmo num contexto em que os números do ensino superior eram muito mais modestos que os atuais.

Se estivessem hoje conosco provavelmente comentariam que os que estão desmanchando o Ciência Sem Fronteiras não sabem o que é política de Estado, arruinando assim o lugar da educação e da ciência no âmbito da esfera pública. * Presidente da Fundação PoliSaber e diretor executivo do Cursinho da Poli————————————–A Igreja não é balcão de negócios – Marlene de Andrade*“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras […].” II Pedro 2:1.

Alguns ramos do cristianismo se tornaram humanistas, pois tiraram Deus do centro e nele colocaram o homem, onde o alvo é somente os bens materiais. Quando Jesus fundou a Igreja, não a fez triunfalista, a qual possui como foco principal, negócios. O que Deus quer de nós é relacionamento. Ele não barganha seus milagres com nosso dinheiro.

A igreja triunfalista não prega o Evangelho e sim a prosperidade. Igreja que valoriza o ser humano, colocando Deus fora do centro, é antropomórfica e não cristocêntrica e vive um cristianismo de máscaras. Devido ao fato, hoje existem igrejas riquíssimas proprietárias até de canal de televisão e isso é abominável. Nossa visão tem que ser espiritual e Cristo o Centro das nossas vidas.

Nos cultos das igrejas midiáticas não há pregação da Palavra de Deus, pois destaca a importância da entrega da oferta. Elas afirmam que quanto mais se dá para Deus, mais recebemos d’Ele. Assim sendo, usam palavras de efeito quando, entre outras heresias, afirmam que Deus nos chamou para ser cabeça e não cauda. Outro costume são os famosos ‘tristemunhos’ quando os fiéis contam o que Deus tem feito na vida deles através da compra de “indulgências gospels”. Esse tipo de culto desvaloriza a Obra Expiatória de Cristo.

É abominável escutar o ‘pastor’ a todo instante, pedir aos fiéis que olhem para seu irmão do lado e digam que ele, por exemplo, é mais do que vencedor e que a sua bênção vai chegar. Somos mais que vencedores, sim, pois temos Cristo que nos consola e afirma: “… em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo…” (Jo. 16:33).

Muitas dessas igrejas triunfalistas são em células, as quais preferem valorizar certos costumes como pré-encontros, encontros e pós-encontros afirmando que o encontro é “tremendo”. Nelas tudo é feito para agradar as pessoas, através de confissões positivas, e não a Deus. Assim sendo, o alvo é o crescimento numérico em vez do crescimento da qualidade dos membros, onde prevalece a teologia da prosperidade com palavras de ordem direcionadas ao diabo, quebra de maldições, previsões do futuro e o ‘cair no poder’.

A verdadeira Igreja de Cristo é conservadora e prega o Evangelho, confrontando os nossos delitos e pecados, de modo que a mensagem sirva para provocar em nós arrependimento e a mudança do nosso caráter. *Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMThttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47Tel.: 36243445————————————Eu em mim – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A consciência é o melhor livro que podemos ter e o que mais frequentemente devemos consultar”. (Pascal)Você já sabe e frequentemente batemos papo sobre isso. O problema é que nem todos acreditam nisso e por isso nada dá certo. Porque é quando não acreditamos em nós mesmos. Temos e somos o melhor livro de que realmente necessitamos para sermos nós mesmos. Por que será que não confiamos em nós mesmos e acabamos buscando orientações fora de nós mesmos? É natural. Somos assim mesmo. Não poderíamos ser diferentes. Somos todos iguais. O importante é que nos igualemos considerando as diferenças. O que nos leva a acreditar que realmente somos todos iguais nas diferenças. O que leva você a não ser inferior nem superior a ninguém.

Quando sabemos quem somos, sabemos o que somos. E a escolha no ser é de cada um de nós. Somos o que pensamos. Então cuidado com seus pensamentos. São eles que dirigem sua vida. Não desperdice seu tempo com pensamentos negativos. É bem verdade que não podemos evitá-los, mas podemos chutá-los para escanteio. O importante é que não nos deixemos influenciar por eles. Somos seres humanos. E não basta saber disso, temos que viver isso. Saber o que somos para poder sermos o que devemos ser no que somos. Simples pra dedéu. E o Victor Hugo já nos orientou: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Deu pra sacar?

A vida só é ruim para quem não sabe viver. Por que perder seu tempo com alguém que não soube respeitar você? Mostre sua personalidade não se aborrecendo. Quando nos aborrecemos com alguém inferior estamos nos igualando a ele. Quando alguém ferir seus sentimentos, olhe-se no seu espelho interior. É nele que você vai realmente se ver como você realmente é. Se se vir abalado, ou abalada, pergunte-se se vai valer a pena perder seu tempo com o idiota que o aborreceu. Porque se não valer a pena ele é um idiota e você está se comparando a ele, deixando-se levar por ele.

Nunca se sinta inferior. E só quando nos amamos sabemos realmente o valor que temos. E isso, por si só, já nos faz superior. Você é um ser de origem racional. E por viver num processo de progresso a regresso, tem que cuidar do seu progresso. E não é possível progredir perdendo tempo com o inferior. O que lhe acontecer daqui para frente vai ser para seu progresso. O importante é que você saiba encarar os obstáculos.

Todo o poder de que você necessita para vencer na vida está dentro de você mesmo. É só você acreditar nisso. Não é fácil, mas é simples. E se é simples, qualquer um pode fazer. E você não é diferente dos que vencem. Pense nisso.*[email protected]