Você leu o manual do seu carro? – Dirceu Delamuta*Se a resposta para a pergunta for negativa, existe um sério risco em diminuir a vida útil de diversos componentes do seu automóvel, ou dele inteiro. Entretanto, você não é o único a deixar o pequeno livreto de lado.
A grande maioria dos brasileiros não tem o costume de ler o manual do carro e por isso acaba deixando passar pequenos detalhes que prejudicam a manutenção e aumentam os riscos de quebras e acidentes.A verificação de itens como troca de óleo, higienização do ar condicionado, análise dos sistemas de arrefecimento e freios, alinhamento e balanceamento de pneus podem parecer rotineiros para um condutor, mas podem representar um perigo caso não sejam feitos de acordo com o manual do fabricante. Quando um automóvel é projetado, ele recebe peças específicas para entregar desempenho, economia e durabilidade. Se o proprietário, durante o uso do veículo, não segue as dicas do manual, ele está não só prejudicando o seu carro, mas também o seu bolso.Vamos exemplificar os pneus com desempenho?
Economia de combustível então, praticamente inexistente. Por isso, entender as siglas e números descritos no próprio pneu e nos textos do manual do veículo é fundamental para uma dirigibilidade segura. O índice TWI, que mede o desgaste do pneu, é um simples sinal no material que indica o momento certo para a troca do item, mas é ignorado por muitos motoristas que não entendem a função do indicador ou sequer sabem da sua existência.
Pesquisas apontam que 25% dos motoristas circulam com pressão dos pneus abaixo do recomendado pelo fabricante. Estudos indicam que 0,2 bar (aprox. 3 libras) abaixo da pressão recomendada pelo fabricante reduz em até 10% a vida útil do pneu. Se a pressão ficar 0,4 bar (aprox.5,8 libras) abaixo do recomendado, a vida útil do pneu pode cair até 25%. Rodar com 0.4 bares (aprox. 5,8 libras) abaixo da pressão recomendada aumenta em 2% o consumo de combustível.
No manual do veículo, os cuidados com os pneus vão além do indicador TWI. O conteúdo explica os ângulos corretos de alinhamento e balanceamento, a pressão da calibragem, o modelo e medidas ideais para que o carro tenha uma boa performance. Claro que há termos técnicos complicados para um leitor comum, todavia, os centros automotivos especializados em serviços treinam seus profissionais para seguirem o passo a passo da fabricante, e que podem ajudar em casos de dúvidas.
Por isso, da próxima vez que questionarem se você leu o manual do seu carro, tente responder positivamente. Além de ser uma leitura agradável, você passa a conhecer *Presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus (ABRAPNEUS). Atua há mais de 30 anos no setor automotivo————————————————-Em uma casa conectada, sofás e aspiradores de pó irão conversar entre si. Parece futurismo? – Marcelo Abreu*Estima-se que dentro de poucos anos a casa de uma família terá mais de 100 dispositivos conectados e conversando entre si. Se o seu aspirador de pó estiver batendo no pé do sofá, por exemplo, pode ser que o sofá te envie uma mensagem dizendo que você precisa colocá-lo um pouco mais para trás para evitar isso. Ou se a lâmpada da sala notar que o tipo de piso não favorece a iluminação, poderia te sugerir trocá-lo por outro que trouxesse mais claridade para a casa.
Esses dispositivos – ou “coisas” – não só terão a capacidade de te enviar avisos, como também serão inteligentes a ponto de conhecer o comportamento dos moradores da casa melhor do que eles próprios, graças a tecnologias como machinelearning e redes neurais.
Sabendo que você é uma pessoa muito ocupada (ou talvez muito distraída) e costuma pagar contas com atraso, a sua casa poderia, por exemplo, fazer o pagamento de um prestador de serviços por você. A própria casa poderia checar se a tarefa foi executada corretamente e enviar o pagamento diretamente para a conta do prestador.
No Brasil, pode ser que a conexão entre as “coisas” demore um pouco mais a acontecer, assim como tem ocorrido com os wearables, em parte devido à crise econômica, mas também por outros fatores. Falta ainda fazer as pessoas enxergarem as “coisas” e os wearables como parte de sua vida cotidiana, ao invés de itens supérfluos.
Uma pulseira inteligente, por exemplo, não é só um acessório para enfeitar o pulso, agrega outras funcionalidades que podem fazer dela um utilitário. Algumas dessas funções são muito importantes como, por exemplo, guardar um histórico de saúde do dono do dispositivo. Essa pulseira pode se integrar às “coisas” da casa do seu usuário de forma a monitorar a saúde e o bem-estar dele e, ainda, comunicar parentes e amigos caso alguma atividade incomum, que indique deterioração do seu estado de saúde, seja detectada. Outra tendência tecnológica é fazer com que ela seja usada como carteira, identidade ou crachá, e dessa forma, tornar-se um meio seguro e rápido para identificação ou pagamentos móveis.
É claro que ao falar sobre uma rede social das coisas, o investimento em tecnologia está implícito. Não existe uma maneira de trabalhar com Internet ofThings (IoT) sem considerar a segurança como uma parte essencial disso. A inovação traz novos resultados, faz com que a empresa aumente lucros e otimize recursos. Por outro lado, é preciso se programar para evitar atualizações urgentes de segurança, principalmente contra invasões de hackers que comprometam a segurança de seus dados e dos clientes. De um modo direto: a inovação te traz dinheiro, a segurança tira.
Se o surgimento de uma rede social das coisas está mais perto do que imaginamos – no Venturus, por exemplo, já temos um projeto para mostrar, na prática, como funcionaria uma Casa do Futuro – a preocupação com a segurança deve estar imbuída em todas as fases do projeto. Fechamos as portas e janelas da casa ao irmos dormir, usamos cadeados e grades para nos proteger de ladrões e invasores. A segurança dos equipamentos conectados da casa deverá ser pensada pelas empresas com um nível semelhante de cuidado. Extrapolando os limites da casa, a rede social das coisas também chegará a outros ambientes, como as fábricas por exemplo. Conceitos inovadores como a Industrial Internet ofThings (IIoT) já começam a pautar o planejamento de investimentos de empresas altamente tecnológicas, mais isso já é assunto para outro artigo.* Diretor de novos negócios do Venturus, companhia atende empresas e indústrias de diversos segmentos do mercado nacional e internacional e, entre as suas áreas de atuação estão mobile, sistemas web, manufatura, hardware, TV digital e telecom.———————————————–De experiência em experiência – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Os domínios do mistério prometem as mais belas experiências”. (Einstein)Você é dos que ficam fascinados com os mistérios? Por quê? Eles fazem parte do desenvolvimento do ser humano. Porque quando formos realmente desenvolvidos não existirão mais mistérios para nós. Quando descobrimos os mistérios, as experiências chegam. Nem mais, nem menos. Os mistérios da vida só existem porque ainda não aprendemos a viver. Ainda não aprendemos a aprender com os mistérios. Vamos ligar a tomada.
A verdade é que não somos seres humanos. Somos, isso sim, seres de origem racional ocupando uma posição de humano para podermos nos desenvolver. Se não fosse assim não seríamos considerados mortais.
Ainda não nos tocamos para o fato de que nós não morremos, nosso corpo é que morre. Ainda não pensou nisso? Então pense. Nós vivemos na gangorra da vida. Nossa embalagem morre, nós voltamos para o espaço e logo voltamos noutra embalagem que como a primeira tem prazo de validade. Mas ainda não amadurecemos o suficiente para nos tocarmos que a única certeza que temos em nossas vidas é a morte. O que faz com que nos conscientizemos de que vamos voltar. E que vivemos um ir e vir incessante.
“O ser humano geralmente envelhece, mas raramente amadurece”. Porque o amadurecimento faz com que nos conscientizemos da nossa racionalidade. Ou nos racionalizamos ou continuaremos, sabe-se lá por quantas eternidades mais, neste pequeno universo que pensamos ser infinito. O universo infinito é lá de onde viemos e para onde voltaremos, queiramos ou não. Agora, o tempo que cada um de nós ainda vai levar para voltar, depende de cada um de nós. Ou começamos a pensar como racionais, ou continuaremos seres humanos, indo e vindo sem saber por que nem para que. Mas o mais natural e racional é não esquentar a cabeça. Não podemos ser diferentes. Só quando os mistérios deixarem de ser mistérios é que nos descobriremos e saberemos o que realmente somos.
Não sei se você vai acreditar, mas estou rindo. Estou vendo você torcer o nariz e pensar: que papo mais tolo; que é que eu tenho a ver com isso? Sinceramente não sei. Tudo depende de você. Se vai ter, ou não, a ver com isso, depende de você. Você está iniciando mais uma semana de um mês de fim de ano; de um ano de final de década, e por aí. O que indica que o tempo está passando e levando você e eu. Agora, se nós dois estamos sendo levados para o mesmo universo, não sei. Tudo depende de cada um de nós; de como pensamos, agimos e somos. Porque somos o que pensamos e todos iguais nas diferenças. Tudo vai depender do que pensamos. Pense nisso.*[email protected] ———————————————Ruas e casas barulhentas, riscos à audição – Isabela Carvalho*As pessoas parecem estar a cada dia mais habituadas ao barulho das metrópoles e nem percebem o quanto isso pode afetar a saúde de seus ouvidos. Resultado: a perda auditiva está chegando mais cedo e já afeta indivíduos adultos e mesmo jovens, principalmente aqueles que não desgrudam do fone de ouvido para ouvir música e falar ao celular.
Em certos bairros – onde o nível máximo de ruído permitido é de 55 decibéis no período diurno e de 50 decibéis à noite –, medições mostram alarmantes 90 decibéis. Nessa intensidade, após quatro horas diárias de exposição ao ruído, podemos ter nossa acuidade auditiva afetada. Quem mora em grandes cidades percebe o quanto incomoda o barulho do trânsito, das buzinas, das sirenes e das britadeiras. Para se ter uma ideia, uma conversa normal entre duas pessoas varia de 45 a 55 decibéis. Já o barulho de uma de uma britadeira chega a 100 decibéis.
O pior é que, dentro de casa, o som alto, muitas vezes, é prática corriqueira, que também pode afetar a capacidade de ouvir, ao longo do tempo. O nível de barulho em nossas casas tem grande impacto. Em muitas residências, o volume da TV, do aparelho de som, do rádio ligado na cozinha são altíssimos, sem falar do barulho proveniente do liquidificador, do aspirador de pó, do secador de cabelos. Quando se utiliza uma furadeira, o ruído atinge 81 decibéis. E o pior é que, se forem ligados ao mesmo tempo, o barulho se torna insuportável. É importante informar que o nível de ruído do aspirador de pó varia de 70 a 85 decibéis; do liquidificador, de 85 a 93 decibéis e, no caso do secador de cabelo, o ruído pode chegar a 90 decibéis.
Por tudo isso, atenção! A exposição contínua a ruídos superiores a 50 decibéis pode causar perda progressiva da audição. Os primeiros sintomas são em geral dificuldade de ouvir conversar, TV, toque do celular, dentre outros. Infelizmente é comum que a pessoa só procure tratamento quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser logo sentidos. A exposição frequente ao barulho pode levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da audição.
Se já há suspeitas de problemas para ouvir, o melhor é procurar um otorrinolaringologista, que vai diagnosticar a causa da perda auditiva. Muitas vezes o uso do aparelho auditivo é o tratamento indicado. Cabe então ao fonoaudiólogo a escolha do melhor aparelho, para cada caso específico, e as orientações ao paciente. Atualmente existem diversos modelos de soluções auditivas atrativas, discretas, modelos intraauriculares e retro auriculares com tecnologia ultramoderna e, adequados a diferentes graus de perda auditivas. O uso diário da prótese auditiva é essencial para que o indivíduo resgate os sons da vida, a autoestima e a alegria de viver.*Fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas, especialista em audiologia.