A quem interessa a divisão dos trabalhadores em educação? – Antonio de Souza Matos*Toda casa dividida não subsiste. O governo estadual, apostando nisso, conseguiu, por meio de diversas manobras políticas, dividir os trabalhadores em educação de Roraima em vários segmentos.Primeiro separou os técnicos com a proposta de criação de um plano específico e supostamente vantajoso, negociando com eles à revelia dos docentes, para desarticular os futuros movimentos grevistas e continuar negando direitos assegurados em lei, tais como progressões e reposições salariais.Agora rachou de vez a categoria com o decreto de enquadramento no novo plano de carreira, que exclui pedagogos e readaptados, impedindo-os de migrar de 25 para 30 ou 40 horas. Assim, se antes havia uma divisão apenas entre técnicos e professores, o governo emplacou a segregação também entre os próprios docentes.A possibilidade de ganhar um pouco mais, ainda que com a elevação da sobrecarga de trabalho, cegou o entendimento daqueles que, conforme o decreto, têm a prerrogativa de ascensão e enquadramento, levando-os a ver como inimigos os readaptados, vítimas das péssimas condições de trabalho a que toda a categoria foi submetida durante anos, e os pedagogos, outrora úteis ao sistema no atendimento à educação infantil e às séries iniciais do ensino fundamental (a Lei 321, substituída pela Lei 609, levou esses profissionais, com o incentivo do próprio governo, a cursar Pedagogia ou o Normal Superior).Os gestores escolares, que constituem outro segmento dentro da carreira e farão jus às benesses do decreto, instruídos pelo governo, têm se negado a entregar aos readaptados e aos pedagogos as declarações de lotação, exigidas para a efetivação do enquadramento, sob a alegação de que estes terão quatro anos para fazer a opção. Entretanto, o prazo para isso está se encerrando nestes dias, conforme a lei, e, portanto, os que ficarem de fora não vão poder ser enquadrados depois.O decreto de enquadramento é uma clara demonstração de que o governo não está preocupado em valorizar os profissionais do magistério. Sua preocupação, além da divisão da categoria, é suprir a demanda da rede pública estadual de ensino com o mínimo de investimentos para usar o dinheiro para outros fins. Hoje são os pedagogos e os readaptados que estão sendo descartados pelo governo. E amanhã?!!!*Professor estadualE-mail:[email protected]—————————————
Alargando horizontes. Versa sobre jovens que fizeram a sua história – Francisco de Assis Campos Saraiva*Recebi, em 28 de setembro pretérito, enviado pelo amigo Djair Aquino de Lima, um compêndio do livro, com o título ALARGANDO HORIZONTES, que narra a história dos alunos que foram partícipes do Curso Especial de Formação de Graduados (CEFG), criado pelos Órgãos de Comando do 1º Grupamento de Engenharia, sediado em João Pessoa – PB, no ano de 1959; e que tinha como Comandante, à época, o Coronel Afonso Augusto de Albuquerque Lima, de saudosa memória. Na ocasião me encontrava servindo sob o seu Comando, como 3º Sargento e me recordo bem desse fato notável.
O Curso foi criado e o funcionamento da primeira turma teve início em 1959, na sede do Batalhão de Serviços de Engenharia em Campina Grande – PB. Em 1960, a segunda turma iniciou no mesmo local da turma anterior. E ao completar meio século de criação do curso, o destaque maior aconteceu nas comemorações do Jubileu de Ouro das duas turmas. Na ocasião, surgiu a ideia de se escrever um livro narrando a trajetória de vida de seus participantes, como um legado que seria deixado a seus predecessores; uma caminhada ingente de jovens, que tinham como lema atingir os ideais projetados. A ideia foi iluminada para se editar um livro que pudesse perpetuar os horizontes de grandeza da ferrenha jornada. E, sem perda de tempo, foi criada uma Comissão Organizadora de ex-alunos, que ficou assim constituída: Carlos Frederico Corrêa da Costa (Organizador). José Arivaldo Frazão (Revisor) e Manoel Soares Filho (Revisor).
É um compêndio de 351 páginas, bem elaborado e cuidadosamente organizado e com o perfil biográfico de seus integrantes; familiares e fotografias que bem ilustram a convivência harmoniosa de todos. Os Cefgeanos que constam do livro: Ademário Pereira Leal. Aminadabe Marques dos Santos. José Batista de Lima. Benedito Fernandes Brilhante. Carlos Frederico Corrêa da Costa. José da Paz Nogueira. Djair Aquino de Lima. Esperidião Estrela dos Santos. Manoel Euclides Moita. Aluízio Fraga Leitão. José Erivaldo Frazão. José Rodrigues de Freiras. Gerson de Souza Pais. Antônio Joatan Bonfim. Antônio Cipriano de Sousa Lira. Walter Maia do Rego. José Marcos da Silveira Farias. Marízio Coutinho de Araújo. Mauro Leitão Fraga. Gláucio Jesus de Melo Resende. Messias Tavares de Souza. Miguel Arcanjo dos Santos. Walter da Silva Monteiro. João Nunes Santos. Vicente de Lima Pereira. Sebastião de Souza Pires. José Saldanha Fernandes. Silas Santos de Freiras. Manoel Sores Filho. Antônio José da Silva Souza. Valdemar Matias de Medeiros. Wille Guedes Guimarães e José Deusarte de Sousa. Total de 32 sargentos formados nas duas turmas, homens bem sucedidos na vida, tanto os que permaneceram na carreira militar, bem como os que buscaram atividades diversas. São profissionais de sucesso e dão testemunho de vitórias ao lado da família e entes queridos que os cercam.
Deixaram de constar do livro mais 9 ex-alunos sargentos formados no mencionado curso, por se encontrarem no Plano do Deus Criador. São eles: Cícero Francisco de Carvalho. Damião Batista de Lima. Ednaldo Cassiano da Cruz. Francisco de Assis Gurgel. Josafá Ernesto da Silva. José Maria de Freitas e Silva. José Moreira da Silva Filho. Max José Pinheiro e Nabor Sabino de Oliveira. A esses companheiros expressamos nossa homenagem “in memorian” e a terna lembrança do companheirismo e a saudade que deixaram em todos nós.
Dos 41 companheiros citados, com vários deles tive convivência próxima de boa amizade e com eles aprendi lições de profissionalismo, credibilidade, sabedoria e amor ao próximo, que muito me engrandeceram no transcorrer de minha vida pessoal e profissional. E aqui deixo registrado o meu agradecimento fraterno, como gesto maior de gratidão. O livro, cuidadosamente elaborado, traz a eminente história de vida de um dos seus instrutores, oficial brilhante do Exército Major R/1 José Ramos Torres de Mello Filho, cearense, nascido a 29 de janeiro de 1931, que foi o Instrutor Chefe do CEFG. Um oficial de brio, que prestou inestimáveis serviços ao Nordeste, em Campina Grande, Natal, João Pessoa, Recife e em Caicó no 1º Batalhão de Engenharia de Construção, onde conviveu com pessoas amarguradas, sofridas pela inclemência da seca que a todos penalizava sem compaixão. Sua síntese biográfica narrada neste livro é um testemunho de amor ao próximo e da terra que o viu nascer. Sinto orgulho de ter tido o 1º Tenente Torres de Mello como meu Comandante na Companhia de Comando e Serviços dos Órgãos de Comando do 1º Grupamento de Engenharia, em João Pessoa – PB, em 1956. Na época estava iniciando na vida militar na graduação de 3º Sargento.
Alargando Horizontes teve a primazia de ser prefaciado por um de seus ilustres instrutores, um cidadão de trajetória de vida ímpar, um Paraibano que ficou nos anais de sua história como paradigma para todas as gerações. O Estado da Paraíba tem subido orgulho de tê-lo como referência cultural, política, profissional e humanitária em sua magnífica história. Era Senador da República, pela Paraíba, quando prefaciou este compêndio tão valioso. Foi Professor de Português nas duas turmas, de 1959 e 1960 do CEFG. Sua participação foi de grande relevância, tornando-se um ponto singular de referência, que será lembrado com orgulho por todos que irão nos suceder. Parabéns, Professor Ronaldo, pela sua singular participação nesta linda história, que se perpetuará em nossos corações. Vai aqui a mensagem de gratidão de todos nós e que o Soberano Pai Eterno permita chegar ao seu iluminado espírito esta exaltação de amor que enviamos cá da terra, onde você viveu e deixou sua história de um ser humano abençoado por Deus.
*Oficial R1 do Exército, escritor, empresário, membro da ALB e da ALLCHEE-mail: [email protected] ————————————-
A união faz a força – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Ou nos unimos todos, agora, ou morreremos enforcados, separadamente”. (Franklin Roosevelt)Mas, nada tão drástico assim. Mas devemos tomar mais cuidado com a vida que estamos vivendo. Ela não está tão fácil nem tão simples assim. Tenho a impressão de que não estamos tomando tanto cuidado com nosso interior. Com nossa mente. Consequentemente, com nossa saúde mental. Porque sem ela não seremos mentalmente sadios. Mas nada de preocupação, apenas atenção. Estamos dando mais atenção ao que não merece nossa atenção. Perdemos mais tempo, com notícias que não deveriam nos interessar. Vamos nos unir racionalmente para que sejamos racionais. E só o seremos quando formos capazes de cuidar de nós mesmos para poder cuidar dos que estão à nossa volta. E o mundo todo está nos rodeando quando estamos informados sobre ele, a todo instante. E não poderemos viver a universalidade se não nos concentrarmos em nós mesmos. Parece um paradoxo, mas não é. É que somos todos donos dos nossos destinos. E é por aí que crescemos, sabendo que o futuro do mundo depende do nosso futuro. E nosso futuro depende de nós mesmos e de mais ninguém. Você tem o valor que seus pensamentos lhe dão. O que significa que você é o que você pensa. É uma tarefa muito difícil, controlar os pensamentos diante da enxurrada de negativismos que absorvemos diariamente diante de notícias e acontecimentos negativos. Fica difícil manter o controle sobre nossos pensamentos. Mas nada nos cai do céu. Tudo que queremos está à nossa disposição dentro de nós mesmos, em nossos pensamentos. É uma questão de treinamento mental. E você não precisa ficar fazendo meditações constantes para se equilibrar mentalmente. É só acreditar em você mesmo e ir em frente.Respeite-se respeitando a todos. E você não vai se respeitar nem respeitar os demais se não se conhecer na racionalidade. Está repetitivo, mas é o que é: somos todos iguais nas diferenças. É só aprendermos a respeitar a s diferenças. E quando fazemos isso, nos respeitamos, a nós mesmos. Aí a vida se torna fácil e mais agradável. Não podemos ignorar os absurdos nos acontecimentos diários, mas não devemos nos prender a eles. São passados. E como passados servem de ensinamentos. Que é quando aprendemos sobre o que não deve ser feito. E se não devem ser feitos, não os façamos daqui para frente. Procure sua felicidade nos momentos mais agradáveis da vida. E se a vida é sua, procure tornar cada momento dela num momento agradável. É difícil, mas é muito simples. É só você acreditar nisso e se valorizar. Mire-se sempre no seu espelho interior. Pense nisso.*[email protected]