Opinião

Opiniao 12 12 2016 3373

ReThink: a arte de repensar o papel das empresas – Marina Rejman* Repensar é a palavra de ordem para o momento. Estive focada na “VI Conferência ReThink Business”, com curadoria da Marina Miranda, uma das maiores especialista em crowdsourcing no Brasil, na Unibes Cultural. Dois dias em que profissionais de diversas empresas pararam para repensar o futuro de seus negócios. Diversas foram as questões instigantes que os palestrantes nos mostraram. Holocracia, por exemplo, que é um novo modelo de gestão nas empresas que demole a pirâmide hierárquica. Como estão indo as empresas que ja adoratam esta nova forma? Outras formas de organização que eliminam o antiquado papel do “chefe” estão surgindo. Finalmente, o entendimento da responsabilidade de cada um, sem um patriarcado, sem um poder de força controlador. São ainda poucos os cases no Brasil, mas já estamos podendo observar que além de uma outra forma de governança corporativa, com empoderamento de todos na organização, muito ainda se tem para desenvolver, para “tirar” do brasileiro a enraigada cultura de só realizar entregas mediante cobrança.Vimos também como a ferramenta de Design Thinking já está evoluindo para Design Sprint. O bom é vermos que a empatia, o colocar-se no lugar do outro, seja ele seu consumidor ou colaborador, é a forma inevitável de ter sucesso consistente no que se faz. Nomes diferentes foram utilizados em diversas abordagens, mas sempre com o foco humano, em resolver verdadeiramente os problemas das pessoas. As empresas que entenderem esta essência são as corporações do futuro. É fato que as coisas estão mudando numa velocidade antes inimaginável. Os avanços tecnológicos têm feito muitas empresas simplesmente deixarem de existir ao mesmo tempo que possibilitam o nascimento de muitas outras em novos modelos de negócios. Muito ainda virá com Big Data e inteligência artificial, redesenhando totalmente as profissões do futuro. É a vez do intraempreendedorismo, onde os funcionários assumem características de empreendedores, auxiliando nos processos de inovação e decisão como se fossem os donos do negócio. O antigo conceito de “vestir a camisa” de forma totalmente renovada e mandatória como força motriz do sucesso. Entendimento do consumidor, geração de ideias com formatos inovadores como Hackatons vão se tornar assunto recorrente.Em suma, o ReThink Business proporcionou a todos os participantes a oportunidade de compreender melhor todas as mudanças e transformações que estamos vivendo para que estejamos alinhados para a construção do amanhã. Repensar é a palavra de ordem para o momento. Foi só um começo. Vem muito por aí em 2017!*CEO da Sala de Cultura, espaço dedicado à educação executiva———————————-A casa como escola dos filhos – Izabel Sadalla Grispino *Atinge as esferas judiciais e educacionais a discussão sobre a possibilidade de os pais ministrarem, aos filhos, o ensino em casa, sem que tenham que ir à escola e frequentar a sala de aula. A mídia tem noticiado casos em que pais tentam, através de mandado de segurança, garantir, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o direito de educar os filhos em casa e levá-los a uma escola determinada apenas para realizar as provas, a fim de submeter-se à avaliação escolar.O pedido dos pais será decidido pelos ministros – em número de dez – da 1.ª Secção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), especializada em direito público.  O caso chegou à Justiça depois que a Câmara de Ensino Básico do Conselho Nacional de Educação (CNE) negou o pedido, alegando que a pretensão dos pais, em ser professor dos filhos, esbarra na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O Conselho Nacional de Educação (CNE) determina que as crianças devem frequentar regularmente uma escola.O mandado de segurança apoiou-se na própria Constituição Federal, quando reza que cabe aos pais assistir, educar e criar seus filhos menores. Também, foi baseado em artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o qual os pais têm, prioritariamente, o direito de escolher o tipo de educação que querem dar aos filhos.Os pais, em questão, estão convictos quanto ao ensino dos filhos em casa, tanto que “estão dispostos a correr o risco de fazer com que as crianças prestem demonstração de seus conhecimentos por meio de exame supletivo”. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A LDB estabelece que o ensino fundamental seja obrigatoriamente presencial. Contudo, essa mesma lei, no artigo 24, em seu inciso II, alíneas a, b e c, atenua a exigência, ao criar a “reclassificação e a classificação”, possibilitando ao aluno a matrícula em série determinada pela avaliação escolar.

*Supervisora de ensino aposentada————————————Fracasso permanente da Educação – Pedro Cardoso da Costa*Toda vez que sai um resultado de exames do Programa Internacional de Avaliação de Alunos – PISA, o Brasil aparece lá na zona de rebaixamento. No último, em 2015, ficou em 60º, de 76 países avaliados em leitura, matemática e ciências.Constatado o fracasso, como sempre surgiram os discursos dos principais envolvidos a justificarem o fiasco, a eximirem-se das responsabilidades e a colocar culpa nos antecessores. Os antecessores são eles mesmos, apenas em postos diferentes. Quem hoje é ministro, ontem era governador ou prefeito e assim segue.Também estou dentre aqueles com dificuldade de encontrar as saídas. Mas, seguindo os demais, a responsabilidade é dos outros. Minha não é. Ledo engano. Todos somos responsáveis pela melhoria, ainda que não sejamos diretamente pelo desempenho nos PISAs.Começamos mal pela cobertura que a mídia dá à educação. Ninguém tem dúvida quanto à influência da televisão aberta na cultura brasileira. Mas, duvido que alguém conheça um programa em algum desses canais, que trate da educação formal. Nem sei se ainda existe o quadro “Soletrando” no programa do Luciano Huck. Era uma iniciativa boa, na ausência absoluta de outras.Os responsáveis pelas televisões dizem que programas sobre educação não dão audiência. Por isso, faltam patrocinadores. Mas o público precisa ser construído com a habitualidade. É preciso existir os programas para possibilitar o surgimento de um público-alvo. Quem sabe alguma delas poderia substituir algum de concursos de comida ou de música, a febre atual, por algum que trate seriamente de educação.Mesmo as reportagens em programas de notícia, jornais e revistas só falam de números, sejam de escolas caindo aos pedaços, de ônibus aos frangalhos, de falta de merenda, de quantidade de escolas invadidas.  Vão além, apenas, quando é para falar dos tais planos, metas e reformas do governo.

Os grandes jornais não obedecem às regras defendidas por especialistas em educação. Qualquer um grande jornal, quando se abre sua página na internet, estará expondo de forma errada a abreviatura de horas. Eles seguem o raciocínio de que o nosso erro é sempre irrelevante ou muito simples.Professores são preguiçosos na sua grande maioria. Por exemplo, é comum ameaçarem alunos se aparecerem na escola naquelas pontes entre feriados e fim de semana. Aulas de verdades só existem após semanas do início do ano letivo e acabam um mês antes da data oficial de encerramento.Alunos brasileiros não aprendem porque não estudam. Decoram itens, números e até conceitos apenas para fazerem prova. Quem consegue nota máxima sabe tanto quanto quem zera nas provas. Ninguém tem orgulho por aprender algo, mas todos se orgulham pelas notas altas que tiraram “colando”. Só o espanto e a grita geral com os resultados causam estranheza. E a novela “fracasso e desculpa” continua como única receita de quem não se desenvolve em nada.PS: Para os devidos fins, a partir de 7 de dezembro de 2016, o Brasil declara que tem um novo Supremo. E este é Soberano!

*Bacharel em direito————————————–Você sabe quem eu sou? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quem está satisfeito consigo mesmo não sobe nunca um único degrau acima do nível atual”. (Vernon Howard)“Além do horizonte existe um lugar feliz e tranquilo para a gente se amar”. Lembra-se dessa música cantada pelo Roberto Carlos? Ouvia-a ontem e lembrei-me do quanto temos falado por aqui, sobre como rumar, rumo ao horizonte. Um lugar onde nunca chegaremos, por mais que caminhemos. E é por isso que é lá que está o que realmente queremos. E se queremos, vamos em frente, mesmo sabendo que nunca chegaremos lá. E como sabemos que não devemos desistir nunca, dos nossos sonhos, temos que aceitar que nunca seremos perfeitos. Podemos até ser prefeito, mas não perfeito. Falando sério.Sentir-se feliz com a realização de um sonho é natural e benéfico. O que indica que em cada realização devemos buscar o sonho de novas realizações. Porque se nos contentarmos com o que temos, nunca teremos mais do que temos. E isso não está só no material. É na caminhada cansativa nas veredas da vida, que devemos estar com o olhar sempre no horizonte. E quando nos amamos sabemos que não devemos parar, nunca. E nunca, mesmo. Afinal de contas somos todos imortais. E em cada nova vida devemos viver o que trouxemos da vida passada. E se é assim, devemos ser o melhor que pudermos ser enquanto vivemos.    Viva intensamente cada momento de sua vida. Nunca se deixe abater nem baixar sua cabeça, diante dos obstáculos. Eles fazem parte do nosso processo evolutivo. Trabalhe intensamente, não importa o que você faz. Seja o que for, faça-o da melhor maneira que ele deve ser feito. Não se esqueça de que você está sendo observado o tempo todo, onde você estiver. E é sua postura que vai dizer quem você realmente é. Por isso não tente mostrar quem você é, mas o que você é no que é. Eu li esta frase do Swami Vivecananda, quando eu ainda era adolescente. Faz tempo pra dedéu: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, e sim, pela maneira de ele executá-la”. Alguém também já me perguntou quem é mais importante para o operário, na empresa: o presidente ou a mulher que faz o café para o café das nove? O operário analisa isso no dia em que a mulher do café faltar ao trabalho e ele ficar sem café. Simples pra dedéu. A ausência do presidente nunca é notada pelo operário. Mas a da mulher que faz o café, sim. Analise estes fatos simples, singelos, quando você estiver se sentindo o dono da cocada preta, pela importância do cargo que você ocupa. Seu valor não está no cargo que você ocupa, mas em como você o executa. Valorize-se no que você faz, fazendo-o bem feito. Pense nisso.*[email protected]