A ciência sob ataque do governo brasileiro
Sebastião Pereira do Nascimento*
O filósofo grego Aristóteles julga que a ciência é, sem dúvida, o conhecimento mais vigoroso dos conhecimentos singulares. Onde a ciência atua, assim como o multiplicar das artes, umas em vista das necessidades e outras em vista das satisfações humanas. A partir dessa premissa, Aristóteles constrói o pensamento científico dizendo que a ciência é assimiladora de certas causas e de certos princípios e foi com esses efeitos que os seres humanos, assim hoje como no começo, foram levados a criar, inventar e descobrir, sendo primeiramente levados pelas dificuldades mais óbvias, e progredindo passo a passo até resolverem problemas maiores.
Nos tempos modernos, apesar de a ciência divergir de várias maneiras, ela envolve ainda uma complexidade maior do que o seu próprio desenvolvimento. Na prática, como um corpo de conhecimento largamente difundido pela humanidade, a ciência é mais do que necessária para decifrar diferentes causas e efeitos que rodeiam o universo das coisas. Por isso, há na ciência uma crença amplamente aceita de que há algo de especial a respeito dela.
Assim como o fazer da ciência, para geri-la é preciso ter mulheres e homens capazes de vislumbrar a importância e a necessidade científica estimulada pela sociedade. Pois, a ciência é uma disposição através da qual é possível obter uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma racional, e que permite a pessoa estimulada olhar as coisas em sua volta sem se ocupar de um significado constante.
Em termos de Brasil, pátria dos paradoxos, a ciência quão crucial para o desenvolvimento do país, vem sendo desprezada nesses últimos anos a partir do governo de Dilma Rousseff, quando os cortes em pesquisa começaram a ser significativos, aprofundando durante o governo de Michel Temer e mais gravemente no governo de Jair Bolsonaro, onde as principais instituições de Ciência & Tecnologia, assim como as universidades públicas, vêm sendo desmanteladas, comprometendo os avanços científicos conquistados durante a primeira década dos anos 2000.
O que vem acontecendo com a área de pesquisa no Brasil é algo desastroso, onde o pesquisador com altíssima qualificação não tem a oportunidade de colocar em prática a sua capacidade técnico-científica, amargando a derrota em detrimento do investimento pessoal e público. E o pior de tudo é saber que no país tem um fundo constitucional (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico – FNDTC) para apoio da ciência, mas que pela repulsa ao conhecimento e pela incompetência deste governo os recursos não são utilizados. O próprio ministro da ciência e tecnologia admite que 90% dos recursos do fundo permanecem contingenciados pelo governo mesmo com tanta necessidade atual.
Além dessas mazelas o governo brasileiro se empenha também em desmontar os programas de inclusão sociais na área da educação, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil, criado em 1999 durante o governo de FHC) e o ProUni (Programa Universidade Para Todos, criado em 2004 durante o governo de Lula), que oferecem bolsas de estudos, parciais ou integrais, para estudantes de baixa renda. Tais programas, de grandes alcances sociais, colocam dentro das universidades centenas de jovens com admiráveis potenciais científicos que, de outra forma, não chegariam a cursar uma faculdade, um direito que vem sendo contrariado pelo atual governo.
No rastro desse atentado bolsonarista vem o estado de Roraima, onde o governo local também não esboça nenhum interesse em apoiar a área científica. Aqui, o próprio Museu Integrado de Roraima (MIRR) – única instituição estadual de pesquisa –, hoje em completo abandono, embora com algumas dificuldades até a primeira década dos anos 2000, vinha com o compromisso de estudar e resguardar parte do patrimônio científico regional, onde se destacavam as coleções zoológicas e botânicas provenientes de várias regiões do estado de Roraima.
A propósito das ameaças feitas por muitos agentes públicos (incluindo o próprio presidente da república) às instituições geradoras de conhecimentos, esta semana um deputado estadual do Rio de Janeiro, Anderson Moraes (PSL), apresentou na ALERJ um projeto de lei que propõe a extinção da Universidade Estadual do Rio (UERJ). Algo tão indecente e descabido quanto ao que fizeram aqui com o Museu Integrado de Roraima.
Com isso, é importante dizer aqueles que odeiam o conhecimento que as universidades e as instituições de pesquisas não devem ser vistas como centros de balbúrdias, mas sim devem ser respeitadas e consideradas como instrumentos de estratégia que geram ganhos sociais e econômicos para a sociedade. Assim, seria oportuno que o chefe do executivo roraimense pensasse diferente e investisse numa política de C & T competente e, necessariamente, ausente do pensamento ultrajante instituído pelo governo de Jair Bolsonaro.
Como primeiro passo, seria reestruturar o Museu Integrado e todos seus aportes técnicos (assim com a Universidade Estadual, UERR), buscando apoio científico de instituições de referências como o INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) e o MPEG (Museu Paraense Emílio Goeldi), instituições que não se furtariam em colaborar com o MIRR, como já fizeram no passado. Essa política mais inteligente mudaria a cara do Estado, sobretudo, quanto a qualificação de recursos humanos locais, produção de conhecimentos e inovações tecnológicas que poderiam resultar, através de suas aplicações práticas, em corretas tomadas de decisões rumo ao desenvolvimento do estado de Roraima.
*Zoólogo, Consultor Ambiental e Filósofo
Perder para Ganhar
Debhora Gondim
Somos seres racionais dotados de desejos, paixões e que tendem a planejar. Construímos e sonhamos com situações que se tornam importantes para nós ao longo da nossa vida. Como as decisões custam para nós! Somos limitados pelo espaço e tempo. Nossa natureza caída não nos permite ter uma visão além do que podemos ver.
Mas por outro lado temos um Deus que é bom. Deus que é onisciente e onipresente. Atributos que atesta que Ele sabe e vê além. Nada e ninguém o limita. Sabe o que realmente devemos gerar e o que devemos renunciar. Deus recompensador. Recompensa que será plenamente desfrutada na volta de Cristo. Será maior do que tudo o que renunciamos aqui.
Quando obedecemos à ordem de Deus para renunciarmos paixões, hábitos e pessoas em nossas vidas poderemos ver nascer novamente mais forte e restaurado. Como vemos na vida de Abraão e de tantos outros heróis da fé. Poderemos receber de volta, em um momento que Deus nos perceba preparados. Tudo com a certeza de que quem faz crescer, que quem restaura é Ele.
Apesar de que existirão momentos em que o que renunciamos não voltará as nossas vidas, pois traria distanciamento da presença do Pai. Pois tornaríamos e voltaríamos a fazer daquilo ou daquele um ídolo. Disputando espaço, em nosso coração, com o Espírito
Santo. Existem coisas que talvez nunca estejamos preparados para ter e/ou receber, devido a nossa humanidade caída.
Renunciar significa matar nosso ego. Negar completamente a nossa natureza caída. Renunciar a ilusão de que temos sabedoria e força. Nosso censo de direito. Nossas paixões mundanas. Nossos planos que não condizem com a vontade de Deus. Significa carregar a cruz e seguir a Cristo. Exigirá decisão. Não será fácil o processo. Trará dor e morreremos para nós a cada renúncia. Ficaremos irreconhecíveis, pois estaremos um pouco mais em conformidade a imagem de Cristo.
Quando renunciamos prostramos nosso coração diante de Cristo reconhecendo a nossa dependência Dele, “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5). Admitindo nossas fraquezas pessoais “Aquele, pois, que pensa estar em pé cuidado para que não caia” (1 Coríntios 10:12). Sendo forte através da Graça que está em Jesus Cristo.
Diante disso, caberá a nós exercer a fé de que o Senhor de nossas vidas nos ama e tem pensamentos de paz a nosso respeito. Trazendo consigo a Sua vontade perfeita. Caberá também entender que Ele é um Deus zeloso, que nunca permitiria que outro ocupe o lugar que pertence somente a Ele. Lugar este, comprado por um alto preço na cruz, por amor. (Êxodo 34:14)
Querido leitor, o que adiantará ao homem ganhar o mundo e perder a sua alma (Mateus 16:26). Quem quiser salvar a sua vida vivendo para satisfazer paixões e a esta cultura caída a perderá. Mas quem quiser renunciar a tudo, perdendo o modo ilusório de viver deste mundo por Cristo, a encontrará (Mateus 16:25). Como Paulo devemos afirmar: “Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo” (At 20:24). O modo de satisfação deste mundo está perdido na eternidade. Mas aquele que renuncia o seu eu por Cristo ganhará a eternidade. “Para mim, o viver é Cristo” (Fp 1:21)
Por fim, afirmaremos que somos discípulos de Cristo “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:33) e afirmar também que “Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos.” (Hebreus 10:39)
Teóloga e Professora
Busque em você
Afonso Rodrigues de Oliveira
“A alegria não está nas coisas: está em nós”. (Goethe)
Não importa se o dia está chuvoso. A água da chuva rega as plantas e as árvores. Por que torcer o nariz quando abre a janela, pela manhã, e se defronta com a chuva no quintal? Tinha algum compromisso que não seja tão sério assim? Adie-o para a manhã ou depois, se não tiver condições de sair com a chuva. Sorria para o tempo de diga pra ele o quanto você vai aproveitar seu dia com coisas agradáveis. Sorria pra você mesmo, ou mesma, e pronto. O dia é todo seu. Aproveite-o como ele deve ser aproveitado para fazer de você uma pessoa feliz.
O Shakespeare disse: “A alegria evita mil males e prolonga a vida”. Então por que se deixar levar pela tristeza ou aborrecimentos? Se se aborrecer com a chuva, ela não irá parar para agradar você. Acredite, ela, a chuva, não está nem aí pra você. Ela é água que vem do céu e depois retornará para o céu, para chover novamente. E assim é a vida. E nossas almas são como a água. Elas irão e voltarão eternamente.
Tudo bem, vamos viver cada dia de nossas vidas como eles devem ser vividos. Não adianta sairmos por aí procurando a felicidade que está dentro de nós. Quando estiver se sentindo inferior, sem nem mesmo saber que está, mire-se no seu espelho interior. É nele que você vai encontrar a felicidade espraiando a alegria que está à sua disposição, dentro de você. Simples pra dedéu.
Ontem foi um dia reconhecido como “o dia da preguiça”. E daí? Então vamos desfrutar a preguiça mantendo-a sentadinha na cadeira de balanço, enquanto nos divertimos, fazendo o que realmente devemos fazer. E o que devemos fazer no nosso dia a dia é buscar a felicidade, para vivê-la. Estou falando sério, não perca seu precioso tempo com aborrecimentos nem nada que seja negativo. As topadas fazem parte do aprendizado. É com elas que aprendemos a olhar mais para onde estamos pisando.
As poças d`água sempre têm um contorno. Se não der para contornar, pule por cima, ou pise na água. Os pés molhados sempre podem ser enxugados. Lembra-se do Raimundinho? Então, cara, “pule pu riba” do obstáculo. Você pode fazer isso. O Henry Ford já disse que “Se você acha que pode você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo”. Tudo vai depender dos seus pensamentos. Porque é neles que está toda a força de que você necessita para ser feliz ou infeliz. A escolha será sempre sua.
É isso aí. Olá, Quintella… tomara que você não esteja assistindo a esse papo furado, senão você vai me apelidar. Um bração de coração pra você, cara. E vamos tocando a vida na guitarra da vida. Componha com o som da chuva. Pense nisso.
99121-1460