Opinião

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Como a preservação da Mata Atlântica fluminense pode evitar colapsos ambientais

Por Antônio Borges

O processo de recuperação florestal vem se mostrando para empresas, Estados e municípios um dos principais vetores para a manutenção e até crescimento de ganhos não apenas ambientais, mas sociais e econômicos. É urgente trazer essa visão quando vemos muito do trabalho que estamos realizando em diversos pontos da Mata Atlântica brasileira se converter em geração de empregos (já que qualifica-se mão de obra para reflorestamento), manutenção de nascentes e composição de habitat que acaba por contribuir para o combate às crises hídricas, além de gerar opções de receita via turismo.

Ao olharmos para os benefícios de muitos outros projetos que temos desenvolvido nos últimos anos, enxergamos que biomas da Mata Atlântica como o fluminense, mais precisamente, respondem por todos esses pontos citados em termos de atuação e vantagens acerca de sua preservação.

A começar que o Estado do Rio de Janeiro é totalmente imerso no bioma da Mata Atlântica, tendo dois grandes pontos de preservação cruciais já na capital fluminense: o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca. Somente estes dois biomas, ricos em diversidade e consideradas duas das maiores florestas urbanas do mundo.

Importante notar que uma delas tem um contexto histórico parecido com o que estamos vendo atualmente, uma vez que nos séculos XVII e XVIII o Maciço da Tijuca foi ocupado e devastado por fazendeiros que ocuparam a serra e extraíram madeira para a monocultura cafeeira da época, o que gerou diversos problemas para a cidade, em especial a falta de água. Dom Pedro II, em 1861, à época ainda do Império, promoveu as florestas da Tijuca e das Paineiras como “Florestas Protetoras”, desapropriou fazendas e outras propriedades e deu início a um dos maiores processos de reflorestamento, com o plantio de mais de 100 mil árvores em um período de 13 anos.

Atualmente, o processo de degradação voltou a tomar conta e a crise hídrica voltou a assolar os moradores da capital fluminense, trazendo desabastecimento e prejuízos às populações. Uma das saídas para esse processo é o reflorestamento, mas de forma consciente e estudada, com o conhecimento real do bioma e suas necessidades.

Projetos similares já estão ocorrendo na própria Mata Atlântica e realizados pela Plantverd, como no caso do Estado de São Paulo, em parceria com Dersa e CPTM, por exemplo, o que inclui o reflorestamento de áreas degradadas e que hoje já veem ressurgir a fauna nativa das regiões onde houve a recuperação. É justamente o surgimento de fauna que aponta o potencial e o sucesso de projetos de recuperação de áreas florestais, às quais estamos empenhados há anos em realizar nos diversos biomas brasileiros, em especial na região da Mata Atlântica, uma das mais ricas em diversidade animal e florestal, com 849 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes presentes em um território que estende-se por cerca de 5 mil quilômetros ao longo da costa brasileira, com área total de 290 mil quilômetros quadrados.

Quanto mais atuarmos de forma assertiva nessa região, menos crises – sejam as ligadas ao desabastecimento, sejam as frequentes quedas de encostas – farão parte da vida da população do Rio de Janeiro, que merece e terá seu território, imerso na Mata Atlântica, seguro e diverso, como merece ser.

Antônio Borges – CEO da Plantverd

5 dicas para cuidar da sua saúde mental

Por Ricardo Oliveira*

Com a pandemia e o isolamento social, as pessoas tiveram mais tempo para refletir sobre as mudanças na sua trajetória de vida. E para ajudar você a cuidar da sua saúde mental nós organizamos algumas dicas bem fáceis de colocar em prática. Confira:

– Seja realista

Para qualquer atividade que você tem vontade de fazer é preciso adequar as expectativas com a realidade do processo. É preciso levar em consideração as possibilidades que você teve para alcançar as metas e objetivos pretendidos para evitar frustrações.

– Evite o uso de álcool e outras drogas

O consumo de forma abusiva das chamadas substâncias psicoativas (álcool e drogas) aumenta as chances de você desenvolver transtornos mentais.

– Seja sociável

Um dos pontos importantes em manter uma vida saudável, principalmente no quesito da saúde mental, é manter contato direto (e presencial) com pessoas. A interação social é um fator de proteção ao surgimento de transtornos mentais.

– Cuide do corpo

Se alimente bem e sem exageros de doces, gorduras ou sal e mantenha uma frequência de exercícios físicos. Está comprovado cientificamente que aliar uma alimentação balanceada às atividades físicas é uma medida que ajuda a combater transtornos mentais.

– Durma bem

Situações que levam à privação do sono ou uma má qualidade desse sono podem levar ao surgimento de transtornos mentais. Então, evite usar celular, tablet, computador ou ver televisão, pelo menos, 30 minutos antes de dormir.

Além disso, um local confortável ajuda no descanso. Por fim, a média de horas de sono deve ser de sete horas por dia.

Você já sabe como ter mais saúde mental? Comece por essas dicas!

*Ricardo Oliveira é sócio fundador da Lion Saúde e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.

Brinque sério

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Você pode ser bem franco, sincero e objetivo nas suas respostas, pois está tratando com sua própria pessoa”. (John Schindler)

Brincar com as pessoas é coisa séria. Você precisa se conhecer, e saber conhecer as pessoas com quem está brincando, mesmo quando não as conhece. A brincadeira pode vir num impulso. E é por isso que você deve tomar cuidado quando brinca. Sobretudo se a pessoa com quem você vai brincar é das que se jugam superiores a você. Tenha muito cuidado.

Eu sou do tipo que gosta de brincar, e por isso muitas vezes fico refletindo sobre o perigo que corri, quando brinquei. Tenho alguns pequenos exemplos de brincadeiras que fiz e sempre fiz amizades, com elas. Vamos a dois casos, para não ficar tomando seu tempo. O primeiro foi ali no Hospital Coronel Morta, faz alguns muitos anos. Certo dia me precipitei, tentando levantar um objeto, que não percebi que estava enterrado. Sofri uma dor infernal na coluna vertebral. Tive que ir ao médico. Depois de escrever a minha ficha, o médico perguntou:

– Qual é o seu problema, seu Afonso?

E sem refletir, respondi:

– Burrice!!

O médico jogou-se pra trás, segurou o sorriso e perguntou:

– Qual foi sua burrice, sem Afonso?

Contei pra ele o que tinha se passado, ele sorriu e falou, balançando a cabeça:

– Tem toda razão, seu Afonso. Toda razão.

O segundo caso foi mais recente e no Posto de Saúde da Sé, em São Paulo. Precisei apenas de uma receita e fui ao Posto. A médica que me atendeu era quase uma garota. Jovem, lindinha e educada. Quando ela estava concluindo a ficha, olhou p
ra mim e pergunto:

– O senhor tem alguma alergia, seu Afonso?

Novamente, sem refletir, respondi:

– Tenho uma só, filha… e que me tortura, pra dedéu.

Ela arregalou os olhos e perguntou assustada:

– E qual é, seu Afonso?

– A pobreza!

A médica, quase garota, deu uma rizada tão forte que acho que assustou a auxiliar que abriu a porta do consultório, e ficou nos olhando. Enquanto isso a médica me respondia:

– Eu também, seu Afonso. Tenho uma alergia infernal à pobreza. E luto muito para afastá-la de mim.

Rimos, recebi a receita, fui ao balcão e retirei meus comprimidos. Passei o dia feliz por ter feito a médica sentir-se feliz com minha brincadeira infantil. Imagino que nunca devemos tirar de nós, a infância amadurecida. Porque o que importa é que sejamos maduros, para viver momentos aparentemente infantis, mas que faz que sejamos respeitados, pelo respeito que damos, do respeito que temos por nós mesmos. E só quando nos respeitamos somos capazes para respeitar. E o respeito não está na carranca amarrada. Um sorriso sincero reflete respeito. Pense nisso.

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