Opinião

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A política neoliberal de um governo neofascista

Sebastião Pereira do Nascimento*

O surgimento de grupos de extrema direita em vários países vêm contribuindo para o enfraquecimento da democracia, abalada pelas sucessivas crises econômicas que afastam a maioria da população dos benefícios das políticas públicas que são voltadas sobretudo para as classes de alta renda. Os recursos públicos, em grande parte, são apropriados pelo mercado e transferidos para uma pequena elite capitalista que, inclusive no Brasil, enriqueceu durante o período da pandemia.

Há mais de quatro décadas, a globalização neoliberal começou a remodelar a ordem mundial. Durante esse tempo, sua agenda dizimou os direitos trabalhistas, deu maciças isenções fiscais e benefícios ao grande capital, sacrificou a produção local em detrimento dos produtos das multinacionais e privatizou ativos do setor público a preços irrisórios perdendo credibilidade, assim esse novo modelo, no formato de neofascismo, tornou-se necessário para sustentação política do regime neoliberal.

Ao mesmo tempo que esse novo modelo neoliberal se aquece, a livre circulação das pessoas é rigorosamente controlada por um aumento acentuado na desigualdade social e um constante desprezo pela democracia. Onde o governo perturba a política de entendimento e adota políticas exigidas pelo capital financeiro, fazendo com que a soberania do povo seja substituída pela soberania das finanças globais impulsionadas pelas grandes corporações.

No Brasil, segundo os dados apresentados pelo Global Wealth Report, sobre a riqueza global de 2021, um relatório publicado anualmente pelo Banco Credit Suisse, aponta que a desigualdade social cresceu de forma assustadora, onde quase a metade da riqueza do país foi para as mãos do 1% mais rico da população, deixando o Brasil entre os dez países mais desiguais do mundo com o pior nível de concentração de renda.

Isso vai ao encontro de uma política neoliberal que mantém a narrativa de que o alto crescimento do país mais cedo ou mais tarde chega à população mais pobre. Um discurso nutrido incessantemente pela elite capitalista composta por pessoas de altíssima renda. Contudo, essa narrativa estapafúrdia não passa de falsidade, visto que esse modelo de crescimento sempre eleva cada vez mais o ganho financeiro da elite capitalista e o empobrecimento da maior parte da população.

Além disso, a corrente ideológica neofacista que ganha realce na atualidade, estimula a subversão da ordem institucional aumentando ainda mais os desarranjos políticos e sociais, tendo aqui no Brasil os maiores exemplos dessa política, o período da ditadura militar que propagava uma ordem econômica neoliberal conflitante entre o crescimento e o desenvolvimento, onde o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça social, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida, a não ser o acúmulo de riquezas que se faz nas mãos de poucas pessoas. Já o que se preconiza como desenvolvimento, por sua vez preocupa-se também com a geração de riquezas, mas tem o objetivo de distribuí-las e melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração a justiça social e a manutenção dos recursos naturais.

Este modelo de política é o mesmo que vem sendo praticado pelo atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, um dos atores políticos pertencentes aos grupos neofascistas existentes na periferia de todas as sociedades modernas, os quais procuram ocupar o centro das atenções com o apoio das grandes corporações que fornecem principalmente recursos financeiros na tentativa do controle sobre a mídia comercial.

De maneira geral, todas essas propostas deliberadas pelo governo de Jair Bolsonaro, são frutos de um sistema neofascista que leva falar de patriotismo, atacando seus críticos, chamando-os de antipatrióticos. Ao mesmo tempo em que se desfaz do patrimônio nacional ao capital estrangeiro a preços irrisórios e dirige ataques levianos à democracia e à constituição federal. 

Isso cria uma atmosfera generalizada de medo na sociedade, subvertendo as ordens das coisas, intimidando o judiciário, revogando direitos constitucionais, ameaçando e fazendo acusações falsas contra oponentes, insurgindo contra as instituições do Estado, apoiando grupos de milícias e bandidos, manipulando a mídia e disseminando em grande escala falsas notícias nas redes sociais. Além disso, vem respaldando o setor corporativo a atacar os direitos dos trabalhadores conquistados em décadas de luta.

Um governo inoportuno que vem destruindo a saúde, educação, ciência, cultura, meio ambiente, estimulando o desmatamento e queimada de florestas, contribuindo para o aquecimento global. Um governo fascista que dá fôlego à corrupção e que vem promovendo uma verdadeira devastação na administração pública, enfim, vem sistematicamente negando a pandemia e sabotando a vacina o que contribuiu para as mais de 570 mil mortes pelo coronavírus. Não caiu ainda porque tem apoio de parte do mercado financeiro, por exemplo, do agronegócio e de grupos cada vez menores de apoiadores, incluindo parte dos militares e dos evangélicos. Por questão óbvia, o mercado é o maior amparo do governo Bolsonaro, apesar das muitas dissidências. Em retribuição, Bolsonaro se recusou a apoiar a proposta de taxar as grandes fortunas e heranças, além de apoiar privatizações e as reformas neoliberais.

Sob outra perspectiva, para quebrar esse ciclo arrevesado, é preciso que o próximo governo brasileiro, além de não fortalecer essa retrógrada política neoliberal que gera crescente desigualdade e aumenta a pobreza e o desemprego. Deve agir com muito vigor numa política que garanta um Estado florescente, democrático e igualitário capaz de voltar a oferecer a todos os brasileiros as medidas constituídas como direitos fundamentais: liberdade, igualdade, segurança, educação, saúde, moradia, trabalho, transporte, cultura, assistência social, etcétera.

*Filósofo, Consultor Ambiental e Escritor. Autor dos livros: “Sonhador do Absoluto” e “Recado aos Humanos”. Editora CRV.

“Pule pu riba”.

Afonso Rodrigues de Oliveira

“As dificuldades são oportunidades de crescimento. Uso-as como passos em direção ao sucesso”. (Louise Hay)

Quando queremos vencer não perdemos tempo com as dificuldades. Apenas as consideramos como uma árvore caí
da e atravessada na estrada. E o mais sensato é fazer como o Raimundinho: “Pulá pu riba”. E se não puder pular dê a volta em volta do obstáculo. Simples pra dedéu. É só acreditar que você não está para o obstáculo, mas para a caminhada.

Valorize sempre os pensamentos positivos. Eles são uma arma poderosa na luta renhida da vida. E o importante é que vivamos a vida, e não que a tenhamos com uma luta. O Bob Marley nos deu recados importantíssimos para levarmos a vida numa boa. Observe este recado: “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. E para que sua falta seja sentida é preciso que você tenha feito o melhor no que fez. Então vá em frente. Não perca seu tempo incomodando-se com as nuvens escura do dia. Elas fazem parte do dia.

As ruas da cidade estão inundadas. O asfalto esburacado, as calçadas esfarrapadas, mas isso não deve aborrecer você. Preocupar-se com a má administração é natural e necessário. Mas a maneira de resolver o problema não está no aborrecimento. Então não se aborreça. Procure o resultado atravessando o campo minado. Pise na água, molhe os sapatos, mas fixe o pensamento em como encontrar uma solução para os alagamentos. E tenho certeza de que você sabe onde está a solução. Talvez não saiba como alcançá-la.

O otimismo é uma parte do que compõe a peça chamada solução. E quando estamos encontrando dificuldades em ser otimistas, devemos acordar do sono do desprezo. Porque estamos nos desprezando no que realmente somos. Vamos ser e ter um dia feliz. Nada de ficar perdendo tempo com pensamentos negativos. Não podemos evitar que eles venham e cheguem, mas podemos jogá-los para o lixo do esquecimento. O importante é que nos valorizemos no que realmente somos. E somos todos iguais. O que acontece é que nem todos sabem caminhar pelas veredas da prosperidade.  E ser próspero é ser feliz. E ser feliz é viver em paz consigo mesmo. Sorria sem sentir receio de ser considerado como tolo ou tola. É no seu sorriso que está a identidade da pessoa feliz que você é. Ame-se sem receio de ser ignorado. Porque só somos amados quando nos amamos. O amor que nos dedicam é retorno do amor que lhes dedicamos. É um retorno que nos engrandece. Ame a vida e ela fará de você uma pessoa feliz. E é na felicidade que encontramos nossa prosperidade, no caminhar para o sucesso. E este está sempre à nossa disposição. Pense nisso.

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