Opinião

Opiniao 12447

Imagine o Jardim

Debhora Gondim

Gênesis 1,2 e 3

Estava em um entardecer em frente ao jardim de minha casa, na presença do Criador, e comecei a contemplar sua criação. Observei cada árvore, cada flor, cada espécie de pássaros que pousavam no muro e nas árvores.  Como cada um deles louva a Deus de sua maneira, como é lindo de se ouvir. Em meio a tudo isso minha mente foi transportada ao passado e, não pude deixar de refletir como tudo seria diferente se o pecado não existisse, se no jardim nós habitássemos. A Bíblia aponta que seria assim:

Imagino caminhando entre as flores, correndo entre as árvores. Como seriam as prosas, de todo fim de tarde com o Pai, o criador do universo. Quanta sabedoria e amor inesgotável desfrutariam e aprenderiam em Sua presença. Cuidaríamos de todo ser vivo e de todas as frutas eu comeria, menos uma. Pois esta nos tiraria do jardim e nos levaria para a selva, onde um coração caído experimentaria pela primeira vez a dor de se separar de Deus e as consequências das más escolhas (Gênesis 3:1 -7).

Imagino como seriam as famílias no jardim. Os papéis bem definidos. Homem e mulher unidos em uma só carne cumprindo o segundo mandato cultural de Deus. Serem férteis e multiplicarem-se por toda terra. Indo além de uma placa escrita Lar doce Lar, pois de fato o viver juntos seria doce de fato. Marido e mulher sabendo e praticando o que é o amor e o viver para sempre juntos. Filhos amando e honrando seus pais.

Imagino como seria a sociedade no jardim. Seriam estruturadas. As relações não seriam líquidas, tendo prazer de conviver com o próximo, sem motivações erradas ou jogos de interesses. Amaríamos como Jesus nos ensinou e o amor não se esfriaria, pois a maldade não existiria (Mateus 22: 38).

Imagino como seria desfrutar do que o jardim possuía, sem medo do amanhã. Tendo um lar regado e cuidado pelo Criador, que tudo havia provido. Descansaríamos no Deus de amor. E a ansiedade não seria conhecida no coração do homem.

Imagino que estar no jardim é seguir os passos de Jesus. Aprendendo Dele por toda eternidade. Teríamos constante novidade de vida. Eternamente bebendo da fonte de água viva que alegra nossos dias.

Imagino que viver no jardim é nunca entender de dor, sofrimento e aflição. É nunca ter a morte como o destino certo. Pois obedecer foi à escolha e a sua recompensa é vida, vida abundante. Sendo a imagem e semelhança de Cristo por toda infinita vida.

Imagino caro leitor que talvez para você um mundo assim seja utópico. Mas eu lhe argumento que a Bíblia aponta para um mundo sem dores, sofrimentos, pecados e morte. Se o homem tivesse escolhido permanecer em Deus, desfrutando de Sua presença no jardim. 

Hoje só imaginamos como seria viver no jardim. Pois a escolha pelo pecado trouxe a desordem a tudo. E quem antes vivia no jardim já não o teria como lar, mas na selva foram morar. Locais onde corações caídos multiplicaram-se, devido ao pecado. Mas o Criador do jardim não se esqueceu de nós. Revelando-se a humanidade, apontando em Sua Palavra para o Cristo que redime, restaura e perdoa (João 3:1 6 e 17). Ele ilumina o caminho de volta para Deus, a todo aquele que Nele crer (João 14:6). Jesus nos levará para casa, a Nova Jerusalém. E saberemos como teria sido morar no jardim (Apocalipse 21 e 22).

Convido-lhe querido leitor a desfrutar da presença do criador olhando com esperança e fé na eternidade. Crendo que na Nova Jerusalém aquele que crer em Jesus como salvador habitará. Pois nesta terra de caos somos apenas peregrinos, mas nosso Lar doce lar é onde Deus preparou para seus filhos e não haverá mais dor, pranto e nem morte. Face a face com Jesus ficaremos, seu olhar amoroso contemplaremos e o corpo Daquele que se entregou por nós abraçaremos.

*Teóloga e Professora

É hora de mudar

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Era hora de possuirmos escolas incomuns, para que não abandonássemos nossa educação quando começamos a ser homens e mulheres”. (Henry David Thoreau)

Acordei, hoje, carrancudo. E sempre que acordo assim, evito me olhar no espelho. Tenho receio de ter medo ao me ver. Aí fiquei na minha. Respirei e iniciei uma reflexão. E pensei se todos nós temos momentos assim, sempre que estamos fora da corda do equilíbrio. Acalmei-me e tomei o café da manhã, que eu mesmo fiz. Tudo numa boa. Caminhei pra cá e pra lá e tudo veio ao normal. Nem mesmo a dona Salete notou.

Ultimamente temos ouvido, com frequência, a mídia falar sobre a preocupação com a educação. Será mesmo? Mas vamos ser otimistas e manter nossa visão no futuro. Será que vamos mesmo, iniciar uma campanha para melhorar nossa Educação, para que ela possa realmente ser escrita com E maiúsculo? Mas, vamos primeiro prestar atenção à sugestões dos pensadores do passado. Quando o Henry fala em escolas incomuns não está se referindo aos prédios, às arquiteturas dos prédios. As arquiteturas certamente mudarão quando mudar a educação. Simples pra dedéu.

É algo lamentável a situação em que se encontra nossa educação. Já tivemos um político, por aqui, que certa vez nos disse, em público, que para ensinar essas crianças no interior, o professor basta saber ler e escrever. E infelizmente esse pensamento ronda por todo o nosso país. Absurdo que vai levar tempo para mudar. E se é assim, vamos começar nossa luta pacífica, fazendo nossa parte como ela deve ser feita. Vamos manter a ordem. Coisa que só os educados podem fazer, porque sabem que devem fazer. Vamos educar nossos filhos para que eles nos eduquem. Só quando nos educamos percebemos o quanto nossos filhos nos educam. Eles vão, paulatinamente, mostrando-nos o quanto ainda devemos aprender para entendê-los. E só os entenderemos quando entendermos que eles estão nascendo numa época que nós, pais, estamos apenas vivendo. E vamos refletir sobre isso para que possamos viver a época dos nossos filhos. E isso só conseguiremos com uma educação de fato e de direito. O que não estamos dando a nossos filhos.

Vamos nos acalmar. Não vamos cair na esparrela de pensar que as coisas mudarão, se nós não mudarmos primeir
o. E primeiro vamos mudar nossa maneira de pensar sobre a educação. Somos um País de dimensões maravilhosas, com tudo de que necessitamos para sermos um povo respeitado e admirado. E tudo depende do nosso amor à Pátria. Porque somos o componente mais importante no crescimento Dela. E o instrumento mais importante na tarefa, é a Educação. E ela depende de nós. Pense nisso.

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