Opinião

Opiniao 12522

Mudanças radicais

Marlene de Andrade

 

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm” (1ª Coríntios 6:12). 

 

A partir dos anos 60 a moral e os bons costumes, no mundo todo, mudaram de forma assustadora, pois muitas pessoas sem avaliar as consequências, começaram a visar apenas os prazeres mundanos, buscando assim somente o seu próprio bem-estar em todos os momentos da vida, sem pensar no seu próximo. Essa é a famosa lei do Gerson, a qual busca sempre obter vantagens, sem se importar com ninguém.  

Deu vontade de andar nus dentro das universidades, urinar e evacuar em cima da foto de Bolsonaro? É isso que fazem, pois na  maior insensatez vão lá para as praças da vida e fazem isso sem o menor escrúpulo. Deu vontade de darem um “cavalo de pau” dão sem nem pensar nos resultados, pois o negócio é curtir o momento e obter vantagens, mesmo que sejam apenas emocionais.  Nesse andar da carruagem os hábitos conservadores da ética, da moral e dos bons costumes vêm se diluindo cada vez mais. 

Namoro? Está cada vez acabando mais as relações dentro dos princípios cristãos. Olhou? Gostou? Então “fica” que é bom à beça e  esse modo moderno de se relacionar vem crescendo assustadoramente. É como  se  os relacionamentos fossem  mesmo para serem descartáveis, pois o que importa é a pessoa se sentir  sempre feliz, doa a quem doer. 

Hoje quase ninguém quer mais se envolver com ninguém e se de um relacionamento “ficante” for gerada uma criança não estão nem aí, pois imediatamente praticam o aborto. Bem-estar do outro? Quase não há mais essa preocupação. É verdade que tudo nos é lícito, mas a Bíblia diz que nem tudo nos convém. 

Há uma passagem bíblica que diz assim: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Filipenses 4:8). Essa passagem bíblica nos ensina que devemos seguir o caminho da retidão, mas nós temos a livre agência, ou seja, podemos fazer o que bem quisermos, porém não podemos nos esquecer de que sempre iremos colher os frutos amargos das nossas semeaduras. 

Somos livres? Até certo ponto sim, mas vejamos  o que nos diz Abraham Kuyper a esse respeito: “… A água é livre para descer numa cachoeira. Uma rocha quando solta do seu lugar no pico do Everest é livre para descer! Mas a água não é livre para subir a cachoeira e nem a pedra para subir o Everest…”. É verdade que temos livre agência sim, mas das consequências de nossas semeaduras nunca escapamos.  

 

Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI 

CRM-339 RQE 341 

É só o que falta

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Há uma coisa muito mais forte que o capricho das crueldades políticas: é a opinião livre, próspera, feliz, moralizada”. (Rui Barbosa)

Com certeza, é exatamente isso que nos falta para que sejamos realmente um povo. E sem civilidade não há sociedade. E ainda não temos uma política respeitável e que nos garanta a soberania. A Educação é o único instrumento que necessitamos forjar para que sejamos civilizados. E nunca seremos uma sociedade próspera sem uma política civilizada. E nunca teremos uma política civilizada sem políticos respeitáveis e, consequentemente, respeitados. E nunca formaremos essa sociedade enquanto não formos educados para tal.

O momento político que estamos vivendo atualmente, é reflexo do descontrole político que vimos alimentando há décadas e décadas. E ainda não somos capazes para entender que não poderemos mudar o rumo da história, da noite para o dia. Ainda levamos no cochilar, a advertência do Miguel Couto: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. E quem está, na política nacional, interessado em educar? Independentemente do partido político, do cargo que ocupa na política, ninguém fala sobre a liberdade cidadã.

Todo mundo, na política, está falando espalhafatosamente, sobre a Democracia. Mas ninguém é capaz de dizer que não há democracia sem a liberdade do voto. E todos nós sabemos, até mesmo os mais desinformados, que não há democracia com obrigatoriedade no voto. E enquanto formos obrigados a votar não teremos força política para podermos dizer o que realmente nos interessa. Mesmo porque enquanto ficarmos presos no círculo de elefante de circo, não poderemos reclamar pelos nossos deveres. Deveres que ainda não temos liberdade para cumpri-los.

Por que em vez de irmos para as ruas, como vândalos, não fazemos campanhas para a melhoria da nossa educação? Porque enquanto não formos um povo educado, os maus políticos continuarão batendo palmas e nos garantindo migalhas, para que não nos eduquemos. Porque eles sabem que enquanto não formos educados não teremos condições de viver uma democracia com voto livre, facultativo. Simples pra dedéu. Então se manque e valorize-se defendendo seus direitos de cidadãos para que possamos ser respeitados como um povo realmente civilizado.

As próximas eleições aproximam-se e não vemos nenhum movimento civilizado em busca de melhorias no nosso regime considerado democrático. Mas que na verdade não é mais do que fantasioso. Vamos nos educar politicamente para que possamos ter uma política de verdade, que nos honre. Mas para que ela nos honre precisamos primeiro honrá-la. Pense nisso.

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