Boca da morte com dentes de ouro – Vera Sábio*
É triste demais saber que, pela própria mídia, ou seja, não é segredo para ninguém que, em Boa Vista, em 13 bairros, foram encontradas 85 bocas de fumo. E o que está sendo efetivamente feito para acabar com isto?
O mais ridículo ainda, com toda esta informação, é continuar existindo as tais bocas. Assim, um índice crescente da população: crianças, jovens e adultos, de todas as classes sociais, pertencentes ou não a escolas e a igrejas, com maior cultura ou com pouca, porém em grande maioria envolvidos com as drogas.
Na crise em alta, preços altíssimos nos mercados e farmácias, aumento do desemprego, ainda assim o comércio da droga continua crescendo. Tudo isto porque são bocas da morte, todavia, cheias de dentes de ouro, os quais crescem os olhos de políticos, empresários e traficantes com cara de cidadãos dignos e respeitáveis.
Gente totalmente inescrupulosa que visa riquezas sobre a morte de tantas pessoas que pensam que uma tragada só revela seu autocontrole, sua liberdade, sua modernidade e esperteza em relação à caretice dos pais e lares destruídos por tamanha inconsequência.
A internet, grande fonte de informação, revela a aceitação de famílias desestruturadas ou já dominadas pelos vícios, que acabam por permitir o consumo na própria casa. E esta libertinagem em nada ajuda aquele que quanto mais vende, mais consome e mais morre por não ter mais como se livrar nem do vício e nem dos traficantes.
Se a conscientização mexesse com o senso de moral, amor ao próximo e valorização da vida, poderíamos reafirmar sempre em todo local que aquele que ainda não foi totalmente dominado pela droga, mesmo assim está cometendo um crime, pois ajuda o dominado a morrer, cada vez que compra a droga dele e mantém o vício aceso.
Como diz o padre Fábio de Melo em seu livro “Vire a Página”, precisamos virar está página da nossa história se acreditarmos em um futuro melhor.
Não adianta fazer de conta e empurrar o problema com a barriga. É preciso as autoridades acabarem com estas bocas de fumo. É preciso uma punição eficaz, séria, rápida e verdadeira a todo traficante, independente quem seja ele.
É urgente a conscientização com punição a qualquer apologia a droga, pois são estes pensamentos errados que aumentam a curiosidade e dão o contraste necessário para justificar a primeira tragada. Não tem como fazer um novo começo, mas se quisermos podemos construir um novo fim, sem tanta droga e maior solidariedade, partilha, justiça e paz.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 991687731
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Trinta minutos para pensar em si – Flávio Melo Ribeiro*
Quando foi a última vez que você parou para pensar em si? Faço frequentemente essa pergunta aos meus pacientes e a resposta mais comum é: “Não lembro quando parei e refleti sobre a minha vida”. Isso mostra o quanto as pessoas não param para refletir sobre suas relações, tarefas, objetivos e trabalhos. No máximo, lamentam determinado infortúnio. Então, questiono se a pessoa percebe que deixar outro pensar sobre sua vida é se deixar comandar pelo outro, mas que a responsabilidade continua sendo sua, novamente a resposta é negativa. O interessante é que nos alimentamos, escovamos os dentes, nos lavamos, cuidamos dos bens, etc., mas pensamos muito pouco em nós mesmos. Falo isso porque a falta de tempo é a justificativa mais comum.
Se você não pensar no que está construindo, quem irá? Essa questão é mais séria do que muitos imaginam. Num primeiro momento, parece que a resposta mais coerente é “ninguém vai pensar por mim”.
Mas não é isso que ocorre. Na maior parte das relações, sempre tem alguém para pensar sobre a sua vida. O problema é que ela geralmente não pensa para realizar seus desejos, mas os próprios. Não o faz por mal, mas ela parte do próprio ponto de vista e o que considera que é o melhor para você. Se acertar, você fica feliz, mas na maior parte das vezes você reclama e, se realmente der errado, é você quem “paga”, ou financeiramente, ou com o tempo da sua vida, com retrabalho e quase sempre com sofrimento. E porque isso? Porque você não parou para pensar sobre si mesmo, sobre o que gosta, o que quer fazer, o que lhe realiza. Parece estranho, mas essas questões não são respondidas pela maioria das pessoas. Consequentemente, tantas pessoas tem dificuldade de escolher e, o pior, de aceitar o que não gostam.
Por isso é de suma importância parar, pelo menos, uns trinta minutos por dia para pensar em si. Não há necessidade de ser contínuo, mas no decorrer do dia disponibilizar esse tempo para si. Se você tiver condições de reservar no início da manhã uns minutos para refletir sobre o que fará no dia e suas consequências, aproveite! Esse tempo é um investimento para sua vida.
*PsicólogoCRP12/[email protected] Facebook: Viver – Atividades em Psicologia
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Os dois grupos – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Um apaziguador é um homem que alimenta o crocodilo na esperança de que o coma por último”. (Winston Churchill)
A ditadura militar no Brasil foi um momento hediondo. A Segunda Guerra Mundial foi um momento histórico, considerado o mais hediondo no século xx. Mas não podemos ignorar a importância de ambos os momentos para nosso desenvolvimento, nas devidas proporções. E é claro, não estamos fazendo apologia a catástrofes.
Nunca entendemos por que a humanidade tem que crescer sacudida por hecatombes, para sair da letargia mental dos pensadores. A Cultura Racional nos diz que nós apenas pensamos, mas não raciocinamos. E a dificuldade está aí. Temos uma capacidade incrível de pensar, mas nenhuma capacidade para raciocinar. O que justifica nossos erros, vida afora. E fora deste raciocínio tudo mais é papo furado.
Noventa e cinco por cento da população mundial é formada por dois grupos de tolos, divididos entre os que acreditam em tudo e os que duvidam de tudo. Ambos são prejudiciais ao desenvolvimento da humanidade. Mas, ambos compostos de seres humanos, com direitos iguais que devem ser respeitados. Os que acreditam em tudo são os “maria-vai-com-as-outras”. Para onde você vai, lá vão eles, tangidos como gado. Não têm pensamento próprio. São os que, cegamente, são responsáveis ignorados, por absurdos como os observados nas eleições eleitorais.
O segundo grupo é dos que duvidam de tudo, são os donos de suas próprias verdades. Os que para eles a única verdade que conta é a sua. São, os céticos. Para eles nada é válido a não ser o que se identifica com seus pensamentos esféricos. E pensamento esférico é aquele que, de qualquer ângulo que você o analisar dá no mesmo. O cético é aquele que não consegue enxergar além do próprio nariz. E não vai além dele. Eles mantêm o mundo nos limites do seu círculo que não vai além da sua envergadura. Vivem presos ao seu próprio mundo, com medo de enfrentar o mundo. E o que os leva a isso é o medo de errar. Eles tremem na base diante da possibilidade de errar. Ainda não foram capazes de aprender que só não acerta quem tem medo de errar. Não acreditaram, por seu ceticismo, no que seus pais lhes disseram: “Quem não arrisca não petisca.”
Finalmente, os cinco por cento restantes. São os que não têm medo de arriscar, de errar nem de bicho papão. São os que vivem suas próprias vidas, integrados ao mundo em que vivem. E isso os coloca no mundo dos ricos. E são, paradoxalmente, a minoria que alavanca e mantém o mundo; quer no âmbito material, intelectual e espiritual. Porque não é rico só quem tem posses. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR
TUCURUÍO leitor João Arthur Pereira de Mello comentou sobre o “Bom Dia!” da Parabólica de ontem: “O impedimento da construção do linhão de Manaus a Boa Vista é, como a coluna enfatiza, um crime perpetrado contra o Brasil, sob o argumento da intocabilidade de “direitos” ditos indígenas. Na realidade, os autóctones são insuflados por Ongs estrangeiras com vistas a manter, estrategicamente, Roraima isolado, sem condições de desenvolvimento suficiente para integrar-se efetivamente ao País, tornando mais provável o sonho de criação de áreas autônomas, tão a gosto dos que cobiçam os recursos minerais do maciço da Guiana, que envolve Roraima, Venezuela e Guiana”.
VIATURAS 1E-mail enviado por agentes de trânsito denuncia que a Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran) está operando em desacordo com o artigo 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro, ao utilizar três veículos sem giroflex e sinais sonoros. “Quatro saveiros foram compradas há meses, sendo que estava prevista, na licitação, a instalação de giroflex pelo vencedor, mas não ocorreu. Mesmo assim, foram recebidas”.
VIATURAS 2O texto continua: “Para não parar o atendimento à população, os agentes estão sendo obrigados a usá-las mesmo assim, em total desacordo com a Lei. Para os outros dois Spacefox não ficarem parados, os agentes compram as lâmpadas dos faróis e as lanternas com o próprio dinheiro. Um já ficou parado uma manhã inteira com o estepe furado, sendo consertado em uma borracharia particular, com ordem de serviço da prefeitura (…)”.
HOMICÍDIOSO internauta Carlos Evandro Pereira de Menezes comentou sobre o triplo homicídio cometido por um policial militar: “Já está na hora de começarmos a cobrar mudanças no sistema de justiça brasileiro. A Justiça deveria ser célere, mas o que vemos atualmente são processos demorando anos e anos para serem julgados. E os políticos são os culpados, pois as mudanças não ocorrem pelo simples fato de eles serem os maiores beneficiados por essa lentidão. Justiça demorada não é Justiça, é beneficio aos criminosos”.