As perspectivas de trabalho e abordagem da agricultura familiar e indígena em Roraima (Parte I) – Rafael Gastal Porto *A agricultura familiar brasileira, como já se sabe, é responsável por uma significativa e diversificada parcela da produção agropecuária no cenário nacional, nas suas mais variadas formas e características, em função das mais diversas realidades regionais existentes no País.Diante dessa constatação, um grande número de instituições públicas vem ao longo de sua história trabalhando inserida na realidade do bioma amazônico, onde se verifica forte presença da agricultura familiar e de populações indígenas, extrativistas, pescadores artesanais e ribeirinhos. No caso da agricultura familiar e indígena, pode-se destacar, recentemente, algumas perspectivas de abordagem de trabalho e linhas de atuação temáticas acerca destas categorias sociais.Desde fins de 2013, Roraima tem experimentado o trabalho dos Fóruns de Agricultura Familiar (FAF’s-RR) que ocorre em parceria com um rol de instituições públicas em conjunto com os poderes públicos e gestores com foco voltado à agricultura familiar e indígena. Ou seja, nos FAF’sse procura congregar um rol bem mais ampliado de parcerias e representações sociais para levantar e discutir demandas desse público no Estado.
A visão é o trabalho sistêmico e em rede na perspectiva do desenvolvimento rural e das políticas públicas. O estado de Roraima possui 15 municípios e os FAF’s estão presentes em todos.Em fins dos anos de 2014, um grupo de pesquisadores de diversas instituições, liderado pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM), com participação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Estadual do Pará (UEPA) e editores da Revista Terceira Margem Amazônia(http://www.revistaterceiramargem.com/index.php/terceiramargem)criaram o Grupo de Pesquisa ‘Agricultura Familiar, Inovação, Sustentabilidade e Ruralidade’ (GEPAFISR), o qual está registrado na base dos Diretórios do CNPq (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1596303087611947). Também o Grupo tem o seu link próprio na internet (http://gepafisr.cpaa.embrapa.br/)Como um dos desdobramentos desse trabalho, desde meados do ano de 2015, fomos convidados a fazer parte do GEPAFISR como um dos membros efetivos, os quais tem por objetivo acompanhar, analisar, discutir e propor o debate sobre a dinâmica do meio rural amazônico na seara técnico científica e acadêmica. Foram, assim, definidos alguns eixos temáticos que estruturam as pesquisas e os trabalhos em grupo, para dar seguimento a essa linha de atuação, bem como, vislumbrar as perspectivas que se tem em termos de futuras propostas de projetos e estudos dos sistemas agrários do Estado.
*Engenheiro Agrônomo——————————–
A liberdade está em saber servir – Vera Sábio*
Estava de férias, por isso parei de escrever um tempo; afinal, conscientizar não é fácil e, por mais que jorramos palavras, muitos escutam e poucos ouvem. E com a realidade na frente do nariz, não tenho nada a dizer, pois dependemos de novas ações, as quais posso fazer bem pouco neste momento.
Porém, a liberdade está em servir. Senti esta frase após pegar um táxi e ouvir do taxista que era ótimo ter aquele trabalho, onde ele era seu próprio patrão e fazia o que queria, sem ser mandado por ninguém. Neste momento pedi que ele virasse à esquerda…
Conclusão: não importa o que fazemos, sempre realizamos para outros e alguém faz para nós. Ninguém é autossuficiente que consegue sobreviver sozinho; no entanto, existem umbigos reluzentes que ainda não se deram conta disto. Estando aí a base de todo nosso caos.
A ganância desmedida e doentia retira a consciência de seres humanos, falhos, mortais e multáveis, carentes a todo instante de tudo que lhes mantem vivos, seguros, livres e capazes. Assim tornam do Brasil, pátria mãe, generosa e autossustentável, uma nação de miseráveis, sem educação, sem saúde, sem segurança, sem justiça e jogados a margem de toda perversidade.
Concordo que são humanos aqueles presidiários que desgraçadamente se matam com todo os requintes de crueldades. Todavia, o que faz o Estado em relação à vida de inocentes livres e desprotegidos, que morrem sem motivo, a cada dia por quem os retiram, além de bens materiais, a dignidade de estarem vivos, manter suas famílias, realizar seus sonhos e ter um lugar ao sol.
Os governantes consideram-se imunes e não entendem que a liberdade está em servir. E nesta guerra por poder invertem os valores e acaba por ser mais beneficiada a família de um preso que feriu de alguma forma seu direito à liberdade, do que de um trabalhador que honestamente paga seus impostos e luta incansavelmente para manutenção de sua família.
Se a realidade inverte o valor de ser bom e honesto, o que passaremos como princípios de dignidade aos nossos descendentes? Qual a importância de ser honesto, de ser livre, de ter moral e ética?Sem palavras, pois precisamos de novas ações.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e [email protected](95) 991687731——————————-Eu em mim – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida”.Dirigir a própria vida é umas das tarefas mais difíceis para o ser humano. Normal, e geralmente, ficamos o tempo todo tentando dirigir a vida dos outros. Ensinamos o que não conhecemos. Dizemos o que pensamos, sem nem mesmo saber se estamos usando o pensamento racional. Estamos sempre seguindo ensinamentos e crenças que nos são dados por outras pessoas. Ainda não aprendemos a aprender com os ensinamentos dos outros para poder dirigir nossos pensamentos.
Respeitar as pessoas é considerá-las evoluídas, dentro do meio em que ela vive e atua, seja profissional, social ou o que quer que seja. Quando não levamos isso em consideração, estamos desrespeitando a igualdade racional. E se você é dos que se sentem o dono da cocada preta, pelo cargo superior que ocupa, corta essa. São os iludidos com o poder, que causam os transtornos sociais que sempre vivemos no curso da vida.
Eu estava numa longa temporada em São Paulo, quando o Dr. Flamarion Portela foi governador do Estado de Roraima. Sem nenhuma intenção, um dia mandei uma matéria dizendo que sempre que eu estava num evento e o governador chegava, eu driblava o público para não cumprimentar o governador, em público. E isso porque detesto chamar alguém de excelência, santidade ou coisa assim. E só por isso. E casualmente, tive que vir a Boa Vista logo em seguida. E adivinha o que aconteceu. Eu assistia a um evento na antiga Casa da Cultura, quando de repente alguém tocou no meu ombro. E adivinha quem era: o governador Flamarion. Ele sorriu e falou alegre:
– Pode me chamar de você!
Rimos muito e nos abraçamos. No dia seguinte, sábado, fui ao Palácio do Governo, encontramo-nos e conversamos bastante. Foi um momento importante, porque vi o quanto podemos ser sinceros, sabendo que ainda há, na sociedade em que vivemos considerando-a tumultuada, dirigentes no poder que sabem limitar o nível entre o amor ao poder e o poder de amar. E quando amamos somos superiores sem a necessidade de demonstrar empáfia. Mesmo porque esta está muito longe de refletir o poder no poder. O importante é que sejamos nós em nós mesmos. Que onde quer que estejamos sejamos vistos e observados no que somos e não no que pensamos que somos. Mesmo porque sempre somos o que pensamos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. O amor cura todas as nossas feridas. E nem percebemos que o que nos parece superioridade não é mais do que a ferida da inferioridade. Ame e basta. Quem ama não fere. Pense nisso.