Estado de consciência – Vera Sábio*A vida se processa como o rio que corre e não volta mais ao mesmo local. Todavia, a educação, religião, cultura e princípios familiares permitem que tenhamos um direcionamento sobre o que pode e não pode, o que é direito e o que é dever, o que é posto e imposto, enfim o que é certo ou errado de acordo com nosso estado de consciência.
Ouve-se muito dizer que isto é questão religiosa, isto é de acordo com a cultura, isto é imposto pela lei. No entanto, a consciência a respeito do que é certo ou errado perpassa muitos destes conceitos e depende de uma grande mudança intima, na noção de que aquilo é necessário para a própria proteção, para a saúde, para a ordem, para a boa convivência, para a paz mútua etc, sendo questões educacionais que nascem do berço e alcançam todos os estágios da vida.
Um exemplo claro é o cinto de segurança, da segurança daquele que o usa e da segurança de todo o trânsito. Sabe-se que muitos indivíduos o colocam simplesmente para cumprir a imposição de uma lei e não ser multado pelo seu descumprimento. Totalmente desnecessário se soubessem que a utilização do cinto, como da baixa velocidade, de não dirigir embriagado e outras normas de trânsito existem principalmente pela falta de um estado de consciência da sua real importância.
Tudo se torna lei e cabível de punições, visto que ainda não possuímos consciência da importância da aplicabilidade das mesmas. O ser humano de inteligência privilegiada continua respondendo conforme os homens das cavernas, quando se trata de honestidade, cidadania, princípios e ética.
E está aí, na luta por interesses egoístas, apáticos e ambiciosos, o tanto que se burlam leis e crescem as corrupções em todos os aspectos. Porém, cabe a cada um de nós começarmos a ter um estado de consciência capaz de fazer uma reforma íntima, a partir da qual modificaremos o mundo.
“A paz no mundo começa em mim…”
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]. (95) 991687731—————————————
O avanço tecnológico implica mudança cultural – Luiz Augusto Pereira de Almeida*O avanço tecnológico suscita correspondentes mudanças de hábitos, transformações na cultura, serviços, compras e no modo de interação da sociedade. Não é saudável resistir às transformações, pois isso significa estar em descompasso com o próprio tempo. Ao fenômeno no qual novos produtos ou processos extinguem sistemas, empresas e itens obsoletos, o economista austríaco Joseph Schumpter chamou de destruição criativa, em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia. Exemplos não faltam: fax, máquina de escrever, agendas eletrônicas, lista telefônica…
Dentre as conquistas tecnológicas que mais impactaram os costumes e a cultura da humanidade, incluem-se, com certeza, a internet e todas as possibilidades e facilidades que ela viabilizou para melhorar a vida das pessoas. Abrangendo a agilidade da comunicação interpessoal, o acesso a informações em tempo real, compras, pesquisas, contratação de serviços, locação virtual de vídeos e filmes e controle da conta bancária, a Web transformou o mundo e a vida das pessoas.
Em termos de mobilidade urbana, não foi diferente. Sabemos que, com dispositivos móveis, principalmente o celular, temos uma série de aplicativos que nos ajudam a encontrar os melhores caminhos, fugir do trânsito e verificar as mais adequadas linhas de ônibus e trens para se chegar ao destino desejado. Esse ganho específico da internet é particularmente importante nas grandes cidades, onde a locomoção segue sendo um desafio instigante. Não se pode imaginar, nos dias de hoje, alguém consultando um guia impresso de ruas.
Nessa onda de inovação que influência o modo de pensar e agir, surgiram os aplicativos para se chamar táxis. São muitas as opções. No mundo todo, nas mais modernas e importantes metrópoles, não param de surgir alternativas para o transporte das pessoas, desde os táxis convencionais, até serviços mais diferenciados na categoria de transporte de passageiros, como o Uber ou Meleva. Trata-se do típico exemplo de uma inovação que veio para substituir sistemas arcaicos. Os motoristas que gerarem maior valor para os consumidores e prestarem os melhores serviços prosperarão, ao passo que aqueles que forem incapazes disso deverão dedicar-se a outras profissões.
Como se pode observar no noticiário internacional, essas inovações da mobilidade urbana ainda não são unanimidade. Países como os Estados Unidos já regulamentaram o uso da tecnologia em vários estados. Na América Latina, o México é o único país a ter regulamentado o Uber. Na Europa, o assunto ainda gera polêmica. No Brasil, assistimos à enorme resistência dos taxistas e seus sindicatos à operação de serviços diferenciados de transporte propiciados pelo mencionado aplicativo. A atitude reacionária, lamentavelmente, não se limitou aos protestos e à mobilização contra as novidades. Têm ocorrido cenas de violência e agressão, incompatíveis com o país civilizado que todos almejamos.
Não só nesse caso da mobilidade urbana, que é decisiva para a qualidade da vida nas grandes cidades, como nas relações trabalhistas em geral, nos serviços e em todos os segmentos, não se justifica mais o caráter reacionário de feudos sindicais. Assim como o setor de telefonia, que, com sua abertura, experimentou nos últimos anos avanços inimagináveis, os taxistas passam a ser um bom exemplo de que precisam adequar-se ao novo e se modernizar. É bom para eles e melhor para seus usuários. Presos ao passado, ficarão para trás. Somente terão um passageiro quando alguém os procurar para ir a uma agência dos Correios para postar uma carta, numa viagem sem volta a um tempo que já acabou!
*Diretor da Fiabci/Brasil e diretor de Marketing da Sobloco Construtora————————————–A efemeridade da vida – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Cada um de nós vive num pequeno parêntese do tempo”. (José Norberto – cordelista)Viver uma longa vida é uma ilusão temporária. Lá de onde viemos não há unidade de tempo. Nosso tempo de vida não é mais do que um parêntese sufocante. Mesmo quando vivemos intensamente as euforias da existência, vivemos o constrangimento na certeza da morte. Aliá, a única certeza que o ser humano tem na vida. Mas o que isso pode nos ajudar para que vivamos o que realmente devemos viver? Simples pra dedéu. Ninguém neste mundo pequeno e evolucionário vive só de momentos agradáveis. Os dissabores fazem parte de nossa evolução. A alegria de viver está na alegria que compõe a vida. Sem alegria não é possível ser feliz. Quando sorrimos para nosso espelho interior, ele nos reflete uma imagem invisível, em forma de alegria. E sem esse entendimento nada, nem ninguém, pode nos trazer a felicidade. Então, vamos ser feliz.
Mas tenha cuidado. Ser feliz não é só nadar em mar de rosas. Os contratempos são inevitáveis, quando sabemos que estamos, vivemos e continuaremos por muito tempo, numa caminhada evolutiva. E tudo isso está dentro de você. E por isso nunca perca seu precioso tempo com coisas que não lhe tragam felicidade. Mesmo que elas sejam inevitáveis, não permita que sejam constantes. Esqueça, por tudo, tudo que não lhe foi agradável na sua infância, na adolescência, na juventude ou em qualquer momento de sua vida. Viva o momento atual como uma preparação para o futuro. E não cometa a infantilidade de torcer o nariz para essa verdade com aparência de pieguice. Só quando nos amamos, a nós mesmos, somos capazes de ser feliz.
Tudo o que você procura de bom está dentro de você. A dificuldade está em você acreditar nisso. Porque quando acreditamos que não podemos, não podemos. Quando acreditamos que somos capazes, somos capazes. Seguir este caminho já é um princípio de educação. Quando nos valorizamos somos valorizados. E só aí somos capazes de ser feliz, independentemente dos acontecimentos infelizes. Não perca tempo com eles. Isso não fará de você uma pessoa insensível, mas uma pessoa na busca da sua racionalidade. Preencha esse fim de semana com pensamentos e atitudes positivos, para que você possa ser realmente feliz.
Nunca tente fingir felicidade. Ninguém consegue parecer feliz quando está infeliz. Aproveita seu fim de semana e seja muito feliz. Você pode se achar que pode. Henry Ford já nos disse:“Se você acha que pode você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo”. Pense nisso.
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