Opinião

Opiniao 13 07 2016 2709

BRASIL: PAÍS DAS MISCIGENAÇÕES – Ademir Círico Júnior*O Brasil é o país das miscigenações culturais.Em todos os seus estados observa-se que há a multiculturalidade oriunda das descendências, que são heranças herdadas dos familiares mais antigos. É comum observarmos gaúcho, mineiro e cearense trabalhando juntos, em um mesmo restaurante. Pinhão, vatapá e churrasco em uma mesma refeição, fatos como estes e outros justificam essa união das variadas culturas, presentes em um mesmo país. E há de ponderar que essas interações culturais são benéficas, tanto para a nação, quanto para a sociedade, pois, a união, de fato, faz a força, ou seja, a cultura se fortalece quando é posta em união com as demais.

Atualmente, é comum encontrarmos pessoas com 4 ou 5 descendências, pois, são oriundas de seus antepassados, que, através da imigração, tiveram que fugir de seus países de origem, principalmente devido a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) por meio dos navios. Muitos dos quais passaram fome, sede, e, infelizmente, grande parte acabou falecendo por doenças contagiosas. As pessoas que sobreviveram, ao chegarem no Brasil, se instalaram nas cidades, muitas começaram a trabalhar como funcionários e outros abriram seus próprios negócios, a miscigenação veio a surgir devido a formação familiar destes imigrantes com brasileiros e brasileiras que ali já residiam.

O Brasil é um país que possui 26 estados e um Distrito Federal, sendo que são 27 culturas diferentes típicas de cada local, e tudo isso em um mesmo país. Em cada canto com suas especificidades, o clima, o sotaque, a culinária, enfim, há uma vasta cultura em nosso país. Isso, certamente, torna o Brasil, um diferencial perante os demais, por possuir tantas informações benéficas que agregam valores intangíveis para a nação.

Em uma visão externa, sobre o país, o Brasil é conhecido pelos outros países como o país do “jeitinho brasileiro”, mas, oque é esse jeitinho? Pois bem, essa expressão conhecida na visão do exterior, externa ao país, é sobre a facilidade que a sociedade brasileira possui em resolver as coisas, de um modo mais rápido, deixando, muitas vezes, a legalidade despercebida. Porém, há a exceção, nem todo ser social é corrupto, há, de fato a corrupção, mas não está em tudo e em todos, mas, infelizmente, são casos a parte, que denigrem a imagem do país, que mancham a visão positiva que o país poderia transmitir para os outros países. Em uma analogia, imagine uma pessoa varrendo a sujeira para baixo do tapete, agora fica a pergunta, de que adiantou varrer a sujeira? Se foi para um lugar encoberto que um dia alguém poderá descobrir, não é mesmo?

Finalizando, elenca-se que, a sociedade brasileira é batalhadora, corre atrás do hoje, em função do depois. A honestidade e a humildade são ferramentas essenciais para a vida de todas as pessoas.

Independentemente da conquista, do cargo promocional, dos status, esses elementos imprescindíveis, devem ser priorizados, para o melhor convívio, para a melhor interação entre as pessoas, rumo ao fortalecimento da miscigenação cultural, da aliança entre as culturas, que o nosso país possui, e possuirá por muito tempo. *Articulista—————————————-O Conselho Tutelar realmente protege as crianças? – Vera Sábio*Infelizmente fui alguém leiga e sensível pela qual o sentimento de amor e proteção a uma criança cheia de sarnas e piolhos, que apareceu na minha cassa com sua avó, no final de uma tarde do mês de maio, não me fez raciocinar e sim atender, acolher e amar, como poderia, aquele ser inocente de apenas 5 anos de idade.

Porém na manhã seguinte, acompanhada pela avó e tia da criança, fomos procurar o Conselho Tutelar onde as duas afirmavam que a criança já havia passado por lá no momento que estava sobre a proteção de outra família, também desconhecida a ela.

No conselho foi muito fácil o conselheiro me dizer que realmente a criança já havia passado por lá e ainda que eu não fosse parente dela, me deu um papel para colocá-la na escola, visto que a mesma tinha uma transferência da escolinha da Vila São Francisco.

Relato com isto a total imprudência em me darem uma criança que não fazia parte da minha família e qualquer um da família dela poderia ficar com ela. Criança não é mercadoria sem sentimentos que vai e vem como bola de ping-pong.

Todavia esperei quase 20 dias, durante os quais a avó afirmou várias vezes que a criança não possuía registro, mesmo ela tendo ido diversas vezes atrás e não encontrado a mãe, a qual sumiu no garimpo, isto de acordo com a avó; já que esta menina não era a única abandonada pela mãe, visto que esta deixou a de um ano em uma praça de acordo com o relato da tia que cuidava dela e a de quatro anos com um senhor que tinha ido no conselho com as duas, enquanto a de quatro e cinco estavam com ele. Sendo devolvida a de cinco para avó, não podendo ficar com as duas. Assim a avó me entregou a de cinco anos.

Depois que a criança estava em casa uns 18 dias, surgiu uma febre forte e foi constatado que ela estava com malária, sendo necessário interná-la por 3 dias. Antes da febre, fomos a vila São Francisco. Verificar os fatos relatados pela avó; lá o diretor da escolinha disse que a menina havia sido matriculada lá no dia 3 de março, junto com a irmã de 4 anos e levadas pela própria mãe. A mãe nunca entregou o registro da criança afirmando que não tinha. Ficamos muito mais confiantes com a declaração do diretor e entramos na justiça pela guarda da criança, onde a avó relatou o mesmo para a advogada.

A criança estava há 48 dias conosco, já havia começado a nos chamar de pais; somente quando foi internada pediu pela avó, sem jamais citar a mãe. Uma criança que ficou em casa de estranhos sem pedir pela mãe já é uma grande confirmação de como não era bem cuidada por ela. Mesmo assim fizemos avaliações psicológicas com ela e no laudo a psicóloga afirmou que a criança havia sofrido maus tratos como ter sido batida com pedaço de madeira e também abuso sexual; os quais foram comprovados pela própria boca da criança, diante a conselheira e a progenitora.

Quando a mãe apareceu como vítima, chorosa e desesperada atrás da filha, a conselheira me disse que realmente tinha ido um senhor com apelido de gaúcho; anotação do descaso total do conselho em falar com um homem que estava com uma criança que não era parente, mas porque tinham uma festa no conselho pela inauguração de uma sala simplesmente o deixaram ir embora com a mesma sem maiores informações.

Dizendo agora a conselheira que ele contou uma história mirabolante, conclusão confessou a irresponsabilidade dela em deixar o homem voltar com a criança, alegando que somente estava com a menina de 4 anos e não com a minha, isto porque a mãe que apareceu disse que a minha estava na Venezuela neste tempo. História muito mal contada até para eu relatar, no entanto culpa total de conselheiros irresponsáveis que na hora de devolver à filha a mãe, mostrou todo o poder, ainda que a mãe tenha feito tanto mal a filha; não importa, são venezuelanos e a responsabilidade não é do conselho em investigar, deixa levar e pronto.

Enquanto que no momento de deixarem comigo, também não observaram antes que quem teve passagem não era esta menina e sim sua irmã, que se o senhor não contou uma história verdadeira tinham que ter investigado antes de remendar uma situação que envolve criança, mãe, sentimentos e todo o futuro de uma vida totalmente desestruturada que já ficou em sabe

Deus quantos lugares diferentes, mas sua pureza em se envolver com o celular que a mãe a deu no momento, fez não entender a gravidade de um futuro que virá. Eu, meu marido, meu filho e toda a minha família temos que rezar e pedir muito a Deus que esta criança tenha bom futuro e que sua mãe tenha mudado. Porém a falha do conselho deve ser punida para que isto não se repita.

Este sistema de qualquer pessoa com graduação seja na área que for pode ser eleito como conselheiro é uma grande furada; pois muitos estão lá tão somente para ganhar sua sobrevivência, ou seja, o salário que lhes sustente e não por entender, respeitar e ser realmente dedicados a vida e proteção da criança. Uma festa de inauguração de uma sala é motivo para deixar a situação chegar onde chegou. Vergonhoso, triste e super injusto…*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]. (95) 991687731————————————–Vamos mudar – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Oh, doce amiga, é certo que seríamos felizesNa ausência desse calamitoso Brasil”. (Mário de Andrade)Com certeza, Mário de Andrade amou muito este Brasil. Ele jamais o vilipendiaria. Nós é que ainda não aprendemos a separar o Brasil, do Brasil que estamos vivendo. E estamos vivendo realmente, um Brasil calamitoso. Mas podemos e devemos mudar isso. Mas temos primeiro que nos conscientizarmos dos nossos poder e dever. Há décadas vimos ouvindo os alertas para o perigo que estávamos enfrentando no crime organizado. Mas ninguém fez absolutamente nada para a prevenção. Faz décadas que crianças e adolescentes são recrutados pelo tráfico de drogas. Foi quando foram criadas leis proibindo a prisão de menores de idade. Criamos um Brasil calamitoso

Mas vamos viver o nosso Brasil sem calamidades. Mas tudo vai depender de mudanças drásticas e urgentes. E como não podemos mudar de uma hora para outra, vamos ter calma, mas trabalhar com afinco. E comecemos com a consciência de que tanto somos responsáveis pelas mudanças quanto competentes para fazê-las. Então, mãos à obra. Lembrando-nos que somos, mesmo ignorando, os responsáveis pelos desmandos que estamos vivendo. Continuamos, apesar dos esclarecimentos, elegendo políticos que não são políticos, que não têm, pelo menos, conhecimentos sobre política. Governadores despreparados para governar, legisladores sem conhecimento de legislação, e por aí afora.

Sabe de uma coisa muito séria? A culpa pelos desmandos na política não é dos políticos, mas de quem os elege. Então vamos aprender a eleger. E isso só se consegue com educação. Então é aí que está o fundo do poço. Muito cuidado com os prováveis candidatos às próximas eleições. Porque eles não vão ter nenhum cuidado com você, eleitor. Então, cuide-se. E não se esqueça de que essa almofada tem bilros diversos. A obra vai depender de sua competência como cidadão. E não se esqueça de que quem vende o voto nem é cidadão nem merece respeito; nem do comprador que não merece respeito, nem da sociedade. Por favor, cidadão, não venda seu voto, senão você estará no mesmo nível dos que vendem drogas através dos menores de idade. E o “político” que compra seu voto nunca irá trabalhar para limpar a sociedade, do lixo da ignorância. Precisamos amar mais o Brasil para que sejamos realmente cidadãos brasileiros. Vamos nos educar. E não há educação sem amor. Charles Chaplin nos deixou esse recado: “Quando me amei de verdade, descobri que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato”. Só quando nos amamos nos valorizamos. Pense nisso. *[email protected]